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Tal tese encontra ainda amparo em parte doutrina especializada [4] em Direito
Previdenciário:
(Castro, Carlos Alberto Pereira de. Manual de Direito Previdenciário/Carlos Alberto Pereira de Castro;
João Batista Lazzari – 14. ed. – Florianópolis: Conceito Editorial 2012. p. 539)
CONCLUSÃO:
Em vista do exposto, não restam dúvidas de que estamos diante de uma questão
extremamente delicada, a qual deverá se acirrar nos próximos anos, sobretudo com
base nas projeções do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de que a
expectativa de vida do brasileiro continuará subindo [6], o que certamente nos levará a
um cenário com mais idosos necessitando de auxílio permanente de terceiros.
Parte da doutrina entende que não há como se negar que o contexto fático
analisado pelo legislador à época da elaboração da Lei 8213/91 foi alterado
sensivelmente ao longo do tempo, carecendo, portanto, de alguns ajustes no intuito
de avançar em conjunto com a sociedade.
Entretanto, consideramos temerária a atuação sistemática do Poder Judiciário no
sentido de se estender o adicional de 25% (vinte e cinco por cento) a outros tipos de
aposentadoria (especial, por idade, tempo de contribuição), sem qualquer previsão
legal, sobretudo quando consideramos que o Legislador foi expresso ao determinar
os destinatários da norma.
Nesse cenário atual, a extensão efetuada pelo Poder Judiciário encontra óbice no
princípio da legalidade, na separação dos poderes, no princípio da seletividade, na
vedação constitucional a extensão de benefício sem a prévia fonte de custeio (art.
195, §5º da Constituição Federal de 1988) e ao equilíbrio financeiro atuarial da
Previdência Social.
Em sendo assim, ressaltamos que tais procedimentos deverão ser objeto de
discussão no âmbito do Congresso Nacional, em respeito aos princípios basilares
que regem nossa República.