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AO

CONSULTÓRIO PIN
ATT. DR. NUNO LOBO ANTUNES

29/05/2018

Conforme se recordará, recorri aos serviços do vosso consultório por indicação do Ilustre Dr.
Sousa Machado, que me prestou auxílio jurídico na temática da alienação parental, e procurei
aconselhamento junto de vós na esperança de encontrar o melhor tratamento na questão que vejo
consumir progressivamente a minha família até a presente data e que se prende com a alienação
parental e com o facto de as minhas duas filhas viverem coagidas a não conviverem livremente com
o pai.
Depois de em 14/11/2017 ter ouvido, sempre na presença da mãe, as minhas duas filhas menores,
para se inteirar do que realmente as preocupava, sugeriu que as mesmas fossem observadas
novamente em Portugal, mais concretamente em Lisboa, o que ocorreu no mês de Dezembro de
2017.
No dia 3 de Janeiro do ano em curso, as minhas filhas foram observadas numa nova consulta em
Lisboa, sendo certo que, nesse momento, o Dr. apresentou dois posicionamentos:
- Ou se entregava a situação à psicóloga dos divórcios;
- Ou se aguardava mais algum tempo pelas reacções das duas menores, tendo em conta que
regressavam da viagem de férias com os irmãos e os seus estados psico-emocionais se
encontravam bem.
A opção escolhida foi a segunda, da qual foi informada a progenitora, tendo existido nesse
momento, em minha opinião, a primeira falha em todo este processo – fui informado desta opção
na qualidade de progenitor, mas não fui copiado no e-mail enviado a progenitora.
Já no decurso do mês de Março do ano em curso, mais precisamente durante as férias da Páscoa,
o ora signatário contactou o Exmo. Dr. Nuno Lobo Antunes com o objectivo de se dirigir a Lisboa
para que as menores fossem a uma nova consulta. Infelizmente, tal não veio a ocorrer, uma vez que
o Exmo. Sr. Dr. colocou vários entraves, indagando sobre o conhecimento da mãe e tendo mesmo
exigido que esta enviasse uma comunicação, via electrónica, a formalizar o seu consentimento. Na
minha modesta opinião, identifico o segundo erro neste processo – tratamento desigual dos
progenitores.
Ora, no dia 25 de Abril do corrente ano, e para espanto do ora signatário, este recebeu um
contacto telefónico da Clinica Fernando Póvoas, a solicitar informações sobre a localização da
menor Paloma, uma vez que iria ser atendida pelo Neuro Pediatra em Luanda.
Terceira falha (grave) do processo: desconhecendo por completo o progenitor esta nova consulta
da menor em Luanda, presume que têm existido contactos entre a progenitora e o Exmo. Dr. Nuno
Lobo Antunes à revelia e com a total ausência de partilha com o progenitor.
Por entender que os factos acima descritos são graves e se encontram em total discordância com a
ética médica, designadamente com as normas e procedimentos que regulamentam a actividade
médica, existe, na minha opinião, a necessidade de se acautelar que tais comportamentos se
repitam num futuro próximo e coloquem em risco o equilíbrio das famílias e a relação entre os
progenitores e as menores.
Pretendo apenas com esta exposição mostrar o meu total desagrado e insatisfação na forma como
todo o processo foi conduzido, e ao facto de não conseguir evitar os malefícios que a mãe vêm
provocando de forma consciente e reiterada na vida destas duas crianças.
De qualquer forma, face à parcialidade que se entende existir no tratamento médico de toda esta
questão, à quebra de confiança que daí decorre e em nome do superior interesse das duas menores,
que se entende estar em risco, mais se informa que as menores passarão a ser assistidas por outro
consultório.
Atentamente
José Tomás de Morais

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