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Ainda em relação aos atos cometidos fora de seu mar territorial, o Brasil
deveria ter comunicado imediatamente o Conselho de Segurança da ONU para que
fossem tomadas as atitudes cabíveis em relação às atividades desenvolvidas pelo
grupo terrorista. Porém, o Estado brasileiro poderia e, inclusive, deveria intervir em
legítima defesa das vítimas.
Desta forma, verifica-se que o Estado brasileiro foi omisso em relação aos atos
atentatórios à dignidade humana, bem como aos atos terroristas praticados pelo grupo
Guerreiros do Botocoboran, não cumprindo com a sua responsabilidade de evitar tais
atos nem aplicando sua jurisdição sobre os criminosos que os praticaram.
Ainda, percebe-se que a Organização das Nações Unidas deveria, assim que
comunicada, intervir para que os atos terroristas praticados fossem impedidos ou
amenizados por meio de ações do Conselho de Segurança, apoiando o Estado
brasileiro na aplicação de sua jurisdição, como também deveria ter intervindo nas
ações praticadas em águas internacionais.
3. Jurisdição Internacional
Como visto, vários são os aspectos que permitem que o caso seja configurado
como crime contra a humanidade. A prática de extermínio, tortura, escravidão,
agressão sexual são só alguns exemplos do rol de atrocidades praticadas pelo grupo
terrorista. Desse modo, caberia a utilização da jurisdição do tribunal penal
internacional.
Terrorismo
Pirataria
Código de Bustamante
Jurisprudência
PENAL. CRIME COMETIDO A BORDO DE NAVIO MERCANTE.
APLICAÇÃO DA LEI PENAL BRASILEIRA. CODIGO DE BUSTAMANTE.
AO CRIME COMETIDO EM AGUAS TERRITORIAIS DO BRASIL A BORDO
DE NAVIO MERCANTE, DE OUTRA NACIONALIDADE, SE APLICA A LEI
PENAL BRASILEIRA, AFASTADA A INCIDENCIA DO ART. 301 DO
CODIGO DE BUSTAMANTE, POR IMPORTAR A SUA PRATICA EM
PERTURBAÇÃO DA TRANQUILIDADE DO NOSSO PAIS, TANTO MAIS
QUANDO OS PAISES DE NACIONALIDADE DE AUTOR E VITIMA E DA
BANDEIRA DO NAVIO NÃO SÃO SIGNATARIOS DA CONVENÇÃO DE
HAVANA DE 1928.
(RHC 853/BA, Rel. Ministro DIAS TRINDADE, SEXTA TURMA, julgado em
12/11/1990, DJ 03/12/1990, p. 14330)
Crimes ambientais