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Gestão do conhecimento

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A gestão do conhecimento, do inglês KM - knowledge management, é o nome dado ao conjunto de tecnologias
e processos cujo objetivo é apoiar a criação, a transferência e a aplicação do conhecimento nas organizações. O
conhecimento e a gestão do conhecimento são conceitos complexos e multifacetados. Assim, o
desenvolvimento e implementação de uma gestão do conhecimento que seja eficaz requer uma rica
fundamentação de várias literaturas[1].
A gestão do conhecimento é um processo para criação, captura, armazenamento, disseminação, uso e proteção
do conhecimento importante para a empresa. A Gestão do Conhecimento, por meio de suas práticas, objetiva
organizar de forma estratégica os conhecimentos dos colaboradores e os conhecimentos externos, que são
fundamentais para o sucesso do negócio. (Sebrae)
Utilizando a gestão do conhecimento, a empresa pode diminuir os gastos em produtos e investir em capital
intelectual, o que, geralmente, tem um melhor custo-benefício.
Gestão do conhecimento, o lado humano
Ao se tratar de dado, informação e conhecimento, o único elemento entre estes que é objetivamente
quantificável é o dado. Isto implica que o único destes elementos que pode ser tratado pelos sistemas
informatizados é o dado. Os sistemas de informação podem facilitar o nosso processo de obtenção de
informações a partir de uma massa de dados, e os sistemas de Gestão do Conhecimento podem nos ajudar a
organizar o conhecimento de uma organização, contudo, tanto informações quanto conhecimento residem
exclusivamente na mente humana.
É justamente em função desta característica patentemente humana da informação e do conhecimento que
podemos extrair uma das principais (senão Gestão da informação e do conhecimento a principal) características
da Gestão do Conhecimento: em que pese os sistemas informatizados ocuparem um papel preponderante
nesta área de estudo, trata-se de uma matéria multidisciplinar, isto é, que deve englobar outros aspectos que
vão muito além da tecnologia.
Vamos, a partir de agora, entrar em contato com alguns dos aspectos mais importantes da Gestão do
Conhecimento, primeiramente observando alguns fatores humanos e, em seguida, alguns dos principais pontos
tecnológicos.
Características
A investigação na área da gestão do conhecimento está ligada a várias disciplinas, entre as quais, a gestão
estratégica, a teoria das organizações, os sistemas de informação, a gestão da tecnologia e inovação, o
marketing, a economia, a psicologia e a sociologia, por exemplo.
A principal preocupação dos investigadores na área da gestão do conhecimento reside na busca da melhoria de
desempenho das organizações através de condições organizacionais favoráveis, processos de localização,
extração, partilha e criação de conhecimento, assim como através das ferramentas e tecnologias de informação
e comunicação.
De forma geral, acredita-se que uma boa prática de gestão do conhecimento influencia direta e indiretamente
o bom desempenho organizacional e financeiro de uma organização.
A Gestão do Conhecimento possui ainda o objetivo de controlar, facilitar o acesso e manter um gerenciamento
integrado sobre as informações em seus diversos meios. Entende-se por conhecimento a informação
interpretada, ou seja, o que cada informação significa e que impactos no meio cada informação pode causar de
modo que a informação possa ser utilizada para importantes ações e tomadas de decisões.
Sabendo como o meio reage às informações, pode-se antever as mudanças e se posicionar de forma a obter
vantagens e ser bem sucedido nos objetivos a que se propõe. Em uma definição resumida pode-se dizer que
Gestão do Conhecimento é um processo sistemático, articulado e intencional, apoiado na geração, codificação,
disseminação e apropriação de conhecimentos, com o propósito de atingir a excelência organizacional.
Vantagens oferecidas
Vários autores (Brucker, 1993; Davenport et al., 1996; Staples et al., 2001; Holsapple, 2008, etc.) afirmam que
boas iniciativas e práticas de gestão do conhecimento contribuem para a sustentabilidade das vantagens
competitivas das organizações que as empreendem.
Entre as diversas vantagens de uma boa gestão de conhecimento, reconhecem-se as seguintes:
 Vantagem competitiva em relação à concorrência
 Redução dos custos e tempo de produção e desenvolvimento de produtos
 Rápida comercialização de novos produtos
 Aumento do valor das ações
 Maximização do capital intelectual/ativos intelectuais
 Melhoria dos processos internos e maior fluidez nas operações
 Processos de tomada de decisões mais eficientes e melhores resultados
 Melhoria na coordenação de esforços entre unidades de negócios
 Melhoria da prestação de serviços (agilidade), da qualidade dos produtos e da qualidade do serviço cliente
Objetivos da gestão do conhecimento
A gestão de conhecimentos tem como objetivos:
 Tornar acessíveis grandes quantidades de informação organizacional, compartilhando as melhores práticas
e tecnologias;
 Permitir a identificação e mapeamento dos ativos de conhecimento e informações ligados a
qualquer organização, seja ela com ou sem fins lucrativos (Memória Organizacional);
 Apoiar a geração de novos conhecimentos, propiciando o estabelecimento de vantagens competitivas.
 Dar vida aos dados tornando-os acessíveis e úteis transformando-os em informação essencial ao nosso
desenvolvimento pessoal e comunitário.
 Organiza e acrescenta lógica aos dados de forma a torná-los compreensíveis.
 Aumentar a competitividade da organização através da valorização de seus bens intangíveis.
O conhecimento pode ser implícito (tácito) ou explícito.
Segundo Larry Prusak,[2] a unidade de análise do conhecimento não deve ser a organização, nem o indivíduo,
mas sim grupos com contextos comuns.
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De acordo com Ricardo Keita, Peter Drucker, o pai da administração moderna, já sabia sobre a importância das
informações e o poder que o conhecimento carrega.
Atualmente a Gestão do Conhecimento está cada vez mais difundida e, facilmente podemos encontrar práticas
em todas as empresas e até mesmo no seu ambiente pessoal, tudo isso em função do avanço da tecnologia da
informação.
No ambiente da Gestão do Conhecimento, encontraremos:
1. Inteligência Competitiva: É o processo contínuo de monitoramento que busca identificar tendências do
mercado, desenvolver análises estratégicas, descobrir oportunidades e mapear riscos através de
metodologias.
2. Educação Corporativa: É o processo responsável pela estruturação da cultura organizacional, de forma
que, educando os membros da empresa, alinhe todos com as estratégias e objetivos da empresa.
3. Gestão de Competências: É o processo que busca, de forma organizada e contínua, identificar quais são
os conhecimentos, as habilidades e atitudes que as pessoas precisam ter ou desenvolver para atender
aos objetivos da empresa.
4. Gestão do Capital Intelectual: É o processo que identifica, compartilha, e utiliza de forma eficaz os
conhecimentos adquiridos e acumulados da empresa.
5. Gestão da Informação : É o processo que se preocupa com a organização e estruturação das
informações que são importantes para a empresa, com o propósito de facilitar a tomada de decisão.
6. Aprendizagem Organizacional: É um processo de aprendizagem coletivo, o ambiente de inovação, e
utiliza a detecção e correção de erros em busca da melhoria contínua, podendo resultar em novos
conhecimentos ou novas soluções.
Gestão do Conhecimento e Capital Humano nas Organizações
A economia da sociedade globalizada e interdependente traz mudanças radicais em termos do surgimento de
uma nova sociedade, a sociedade da Era da Informação, que coloca o conhecimento como o ativo de produção
mais importante do Terceiro Milênio.
Os recursos intangíveis entram em cena
A partir da década de 1980 passa a surgir uma intensa busca por uma nova concepção e visão da empresa.
Nasce então o conceito de Capital Intelectual, como forma de evidenciar e potencializar a força dos recursos
intangíveis.
Essa emergência traz uma consequente necessidade de mudança de paradigmas e enfoques para as
organizações: a necessidade da revalorização do capital humano.
A grande transformação desta sociedade não é apenas o avanço tecnológico em si, mas sim como associar
estes recursos tecnológicos a fatores humanos como criatividade, comprometimento e conhecimento a fim de
agregar valor aos produtos e/ou serviços oferecidos pelas organizações.
Estratégia de capital humano
As mudanças acontecendo
Recursos tradicionais apenas proporcionam vantagens temporárias;O local do escritório perde importância na
era digital;As pessoas, o capital humano, torna-se fonte geradora de receita; a informação, ferramenta para a
comunicação; e o relacionamento torna-se algo interativo e decorrente das redes pessoais. A gestão de uma
organização precisa assim gerenciar seu capital humano e o conhecimento requerido e/ou produzido. Seu novo
desafio é alinhar a gestão destes capitais intangíveis com o planejamento estratégico da organização, de forma
que agreguem valor aos processos de negócio e criando vantagem competitiva para a organização.
Para elaborar a melhor estratégia de capital humano é preciso considerar três fatores:
 Sistemas: compreender como várias práticas e programas de capital humano (remuneração, treinamento,
gestão de carreiras e supervisão) trabalham em conjunto para produzir os retornos esperados.
 Os fatos certos: contabilidade precisa e detalhada dos atributos da força de trabalho, assim como das
práticas de capital humano assim que elas são realmente implementadas.
 Foco no valor: um foco inflexível em como o capital humano impulsiona importantes resultados de negócio
– faturamento, lucros, retenção do cliente e qualidade.
Companhias que começam a agir cedo na identificação e na medição dos fatores importantes de capital
humano, e no ajuste fino da estratégia de capital humano podem delinear vantagens competitivas significativas
e duradouras.
Processos intensivos em conhecimento
Os processos intensivos de conhecimento estão, tradicionalmente, baseados na geração, conversão e nos
fluxos dinâmicos de conhecimentos que envolvem seus processos de negócio.
São processos não estruturados caracterizados por forte dependência do conhecimento embutido nas pessoas
e por consequência seu fluxo de eventos se estabelece de forma evolutiva e dinâmica, não podendo ser
claramente definido. Apesar de contribuir agregando valor aos processos de negócio da organização,
dificilmente apresentam métricas para avaliar o seu sucesso.
Dificuldade de Implantação
As empresas enfrentam grandes dificuldades na implantação deste. Altos custos dificultam, e problemas na
cultura organizacional da empresa, pois quando uma empresa (dono, gestores e funcionários) estão
acostumados ao trabalho manual, ou a uma forma de trabalho, implantar outra cultura, automatizar ou
qualquer quer seja a mudança, bate de frente a forma de trabalho que estão acostumados, e isso causa
divergências e problemas. As pessoas tendem a se acomodar com um estilo de vida, e tira-las disso requer
planejamento e tempo.[carece de fontes] Por isso, a empresa deve planejar e estudar todos os possíveis erros, pois o
que deveria ser um crescimento acaba se tornando um transtorno, ocasionando gastos desnecessários e
prejuízos a instituição.[carece de fontes]
Sistemas de gestão E/OU Gerenciamento de conhecimento
Os Sistemas de Gestão do Conhecimento (Knowledge Management Systems) são soluções de TI que amparam
as iniciativas empresariais típicas de Gestão do Conhecimento como identificação, criação, apresentação e
distribuição do conhecimento dentro do contexto corporativo. (MVL)
Os Sistemas de Gerenciamento de Conhecimento tem como importante objetivo proporcionar habilidades (a
gerentes e organizações em geral) que apoiem a tomada de decisão, e consequentemente aumentem a
vantagem competitiva da empresa.
Tais sistemas possuem como principal característica a coleta de dados, que posteriormente serão processados
para que se obtenha um conjunto de relevante informações que serão agregadas e distribuídas em forma de
conhecimento dentro da organização.
Gestão do conhecimento no Japão
O conceito de ba[3] foi introduzido em 1996 por Ikujiro Nonaka e Hirotaka Takeuchi (em seu livro onde
desenvolveu-se a ideia sobre a chama espiral do conhecimento) , Noburo Konno. Desde então, exerce um papel
fundamental sobre a maneira japonesa de criação de conhecimento, sendo que aos poucos esse conceito
começa a fazer parte dos jargões utilizados na literatura especializada de KM (Knowledge Management), fora
do arquipélago japonês. Sendo que a abordagem japonesa sobre os conceitos de KM se encontra distinta da
norte-americana, essa fortemente orientada sobre as tecnologias de informação (IT oriented). Esses conceitos
carregam forte significado da cultura japonesa e torna-se, muitas vezes, de difícil compreensão por meio da
linguagem ocidental, utilizando termos únicos, claros, distintos e sem ambigüidades. Portanto, o presente
artigo propõe a expressão Comunidades Estratégicas de Conhecimento como uma possível versão ocidental
equivalente ao conceito de ba.
Ba é um ideograma kanji que, em sua parte esquerda representa a terra, a água fervente, o crescimento e, a
parte direita, significa a capacidade de realização (enable). Um lado designa um potencial e o outro indica um
tipo de motor ou um movimento que proporciona uma transformação. Qualifica-se como um good ba as
situações relacionais que energizam as pessoas tornando-as criativas, dentro de uma interação positiva e
dinâmica. A parte direita do ideograma refere-se à filosofia do yin e do yang ou da transformação permanente.
Um ba pode ser aberto a uma continuidade de interação junto a um tipo de atmosfera e de um ambiente que
constitui um clima particular, ligado a um espaço e a um tempo compartilhado por uma comunidade (a shared
space in motion ). Ikujiro Nonaka define o bacomo um espaço partilhado para a emergência de relações. Esse
espaço poderá ser físico (como um escritório ou outros locais de trabalho), mental (experiências
compartilhadas, ideias ou ideais) ou toda a combinação dos dois. Para o autor, o que diferencia o ba das
interações humanas ordinárias é o conceito de criação de conhecimento. O ba fornece uma plataforma que,
dentro de uma perspectiva transcendental, integra toda a informação requisitada (…) ba é um contexto
carregado de significado.
Então, nós consideramos ba como sendo um espaço compartilhado que serve como uma base para a criação de
conhecimento. As trocas de dados, de informação, de opinião, de colaboração e de uma mobilização sobre um
projeto, confrontado às necessidades e ao desconhecido convergem ao ba dentro das organizações. Para se
produzir, a organização do vazio, dos espaços de tensão criativa e de relações lhe são favoráveis.
O ba comporta, também, um tipo de indeterminação orientada, mas aberta, tacitamente vivida como um
círculo de conivência. O ba não vem à realidade por decreto. Não é produzido pelo modelo do command and
control próprio da gerencia piramidal tradicional. Ao contrário é ajustado por atores voluntários dentro de um
ambiente energize e estimule com atenção ao respeito mútuo. O ba é fundamentalmente subjetivo e
relacional, envolvendo os atores pelo fato de ser orientado pelo interesse e por não existirem fortes conflitos
nos relacionamentos humanos.
O Ba é considerado como um fator determinante da adoção dos sistemas de gestão do conhecimento (KMS-
knowledge management systems) pois este influencia diretamente o ambeinte propicio a partilha de tarefas
tacitas levando a intação e uso efectivo destes sistemas por parte das organizações[4].
Dentro destes períodos, foram analisadas as abordagens da Administração, segundo o seguinte esquema:
a) Durante a 2ª Revolução Industrial, inicia-se, em torno de 1920, a Era da Gestão Empresarial, a qual se divide
em 4 períodos diferentes: - Era da Produção em Massa (1920/49): ênfase na quantidade de produção e na
padronização do processo (linha de montagem); - Era da Eficiência (1950/69): ênfase no controle interno das
operações (burocratização da gestão); - Era da Qualidade (1970/89): ênfase na satisfação do cliente; - Era da
Competitividade (a partir de 1990): ênfase na busca da excelência empresarial (eficiência + eficácia), atendendo
os interesses de clientes, colaboradores, comunidade e acionistas.
b) As duas primeiras Eras, Produção em Massa e Eficiência, correspondem às abordagens tradicionais da
Administração, da Escola Clássica à Teoria da Contingência.
c) As duas últimas Eras (Qualidade e Competitividade) correspondem às Novas Abordagens da Administração,
que são os seguintes: - Administração Japonesa - Administração Participativa - Administração Empreendedora -
Administração Holística - Corporação Virtual
Cada uma destas novas abordagens de Administração será analisada a partir dos seguintes aspectos:
a) Origem e evolução histórica (exceto as duas últimas abordagens, tendo em vista que são abordagens
futuristas da Administração) b) Filosofia central da abordagem. c) Principais práticas gerenciais: Processo
decisório; postura gerencial; estrutura organizacional; controles; sistemas de incentivos; técnicas e
instrumentos gerenciais. d) Aspectos críticos na aplicabilidade do modelo.

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