Você está na página 1de 3

EXCELENTÍSSIMA SENHORA RELATORA DA COLENDA TURMA

RECURSAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE.

Processo nº ____________________

__________________________, já conhecido nos autos da ação judicial


onde litiga com a __________________________________, feito autuado sob
numeração em epígrafe, por intermédio de seu advogado, vem à presença deste
d. Juízo apresentar manifestação nos seguintes termos:
O recorrido ingressou com a ação de indenização, em breve síntese, por
ter sido impedido de realizar a matricula no período 2017.1, sob a alegação que o
mesmo estaria devendo uma parcela da mensalidade referente ao mês de
dezembro de 2016.
O recorrido é aluno do curso de Engenharia Civil da Reclamada e
sempre pagou em dia as mensalidades. Ocorre que, ao tentar realizar a matrícula
para 2017.1, foi impedido, sob a alegação de que estava em débito na mensalidade
vencida em 23/12/2016, no valor de R$ 579,79.
O Recorrido, por diversas vezes tentou demonstrar o pagamento do
débito, por meio de extrato bancário, contudo a Recorrente não aceitou a
comprovação do pagamento.
Além disso, em razão desta situação, perdeu o desconto de 40% que
tinha na mensalidade até o término do curso.
Cumpre informar que o Recorrido já perdeu dois períodos do seu
curso, pois a Recorrente o impede de se matricular e está na iminência de perder o
terceiro.
Em decorrência do dano sofrido o recorrido, pleiteou na ação, a
declaração de inexistência de débito, referente à mensalidade do mês 12 de 2016, a
matricula imediata do aluno no curso com os 40% (quarenta porcento) a qual
tinha direito até o final do curso, restituição dos valores descontados, bem como
indenização por danos morais.
Durante a instrução probatória restou demonstrado que o Recorrente
de maneira indevida não reconheceu o pagamento feito através de debito em
conta da genitora do Recorrido.
Dos extratos juntados pelo Recorrido, de fato, é possível visualizar o
débito, em 20.12.16, da exata quantia cobrada a título de mensalidade do curso de
Engenharia Civil ofertado pela Recorrente, qual seja, R$ 579,79 (quinhentos e
setenta e nove reais e setenta e nove reais). Observa-se, especificamente no
documento acostado, a informação de que a beneficiária do pagamento foi a, o
que torna inquestionável o pagamento da mensalidade ora questionada.
Por fim o juiz a quo julgou parcialmente procedente os pedidos autorais,
declarando a inexistência do débito referente a mensalidade de 12/2016, condenando à ré a
manter o desconto ofertado até o final do curso, bem como condenou a Recorrente ao
pagamento em favor do autor de indenização pelos danos morais sofridos, no valor de R$
8.000,00 (oito mil reais), corrigida monetariamente pelo INPC e acrescida de juros de
mora de 1% a.m a partir da sentença.
Não satisfeito com sentença, a Faculdade recorreu e este recurso esta pedente
de julgamento.
Acreditando que, parte da situação tinha sido resolvida, o Recorrido,
encaminhou-se ate a instituição de ensino afim de realizar sua matricula, sendo
informado que reabertura de matricula se daria pelo site. Ao tentar realizar a
referida matricula, o Recorrido não conseguiu visto que a pedencia financeira ainda
consta no referido sistema.
Diante disso, tem-se que o Recorrido ainda não conseguiu se
matricular na instituição Recorrente, já tendo dois períodos sem cursar e indo
para um terceiro período em 1/2018, mesmo tendo pago todas as mensalidades
cobradas e ter sido declarada a não existência de débito em sede de primeiro
grau, conforme se ve abaixo.

Diante disso, o Recorrido vem a presença desta Colenda Turma


Recursal, requerer ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DE TUTELA RECURSAL,
afim de que, o Recorrido possa se matricular no Curso de Engenharia, a que faz
jus, sem que o impedimento financeiro seja impecilio para tanto, tendo em vista a
desconstituição de debito em 1º Grau, requerendo, ainda que, seja o Recurso
Inominado levado para pauta de julgamento e que o mesmo seja julgado em
caráter de URGÊNCIA, visto a necessidade de resolver a lide para que não ocorra
a negativa de matricula nos semestres posteriores.

Nestes termos, pede deferimento.


Aracaju, Sergipe, em 31 de julho de 2018.

JOÃO CARLOS MACHADO BATISTA


Advogado - OAB/SE 4.719

Você também pode gostar