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AULA 1

Introdução a Assistência Farmacêutica

Prof. (a): Frederico Antonino

08/02/2018

UNINABUCO - PAULISTA – PE
2018.1
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

A estruturação da Assistência Farmacêutica é um dos


grandes desafios que se apresenta aos gestores e
profissionais do SUS, quer pelos recursos financeiros
envolvidos como pela necessidade de aperfeiçoamento
contínuo com busca de novas estratégias no seu
gerenciamento.
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

As ações desenvolvidas nessa área não devem se


limitar apenas à aquisição e distribuição de
medicamentos exigindo, para a sua implementação, a
elaboração de planos, programas e atividades
específicas, de acordo com as competências
estabelecidas para cada esfera de governo.
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

É necessário que os gestores aperfeiçoem e busquem


novas estratégias, com propostas estruturantes, que
garantam a eficiência de suas ações, consolidando os
vínculos entre os serviços e a população, promovendo,
além do acesso, o uso racional dos medicamentos e a
inserção efetiva da assistência farmacêutica como uma
ação de saúde.
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

A eficácia no gerenciamento dessa área pressupõe,


além da disponibilidade de recursos financeiros para
aquisição dos medicamentos, a organização dos
serviços e, de forma muito especial, pessoal
capacitado para coordenar as ações por ela
desenvolvidas.
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

Um dos grandes desafios da humanidade sempre foi


controlar, reduzir os efeitos ou eliminar os sofrimentos
causados pelas enfermidades.
A saúde de uma população não depende apenas dos
serviços de saúde e do uso dos medicamentos.
Entretanto, é inegável sua contribuição e a importância
do medicamento no cuidado à saúde.
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

A Assistência Farmacêutica, como política pública, teve


início em 1971 com a instituição da Central de
Medicamentos (CEME), que tinha como missão o
fornecimento de medicamentos à população sem
condições econômicas para adquiri-los (BRASIL, 1971)
e se caracterizava por manter uma política centralizada
de aquisição e de distribuição de medicamentos.
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

Mudanças de princípios foram introduzidas com a promulgação da


Constituição Federal em 1988. Esta estabeleceu a saúde como
direito social (Art. 6º) e o seu cuidado como competência comum da
União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios (Art. 23).

O Art. 196 determina que:


“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
(BRASIL, 1988, p. 154)
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

A regulamentação da Constituição Federal, específica


para a área da saúde, foi estabelecida pela Lei Orgânica
da Saúde (Lei n. 8080/90) que em seu Artigo 6º
determina como campo de atuação do SUS, a
“formulação da política de medicamentos (...)” e
atribui ao setor da saúde a responsabilidade pela
“execução de ações de assistência terapêutica integral,
inclusive farmacêutica.” (BRASIL, 1990)
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

A CEME foi responsável pela Assistência Farmacêutica


no Brasil até 1997, quando foi desativada, sendo suas
atribuições transferidas para diferentes órgãos e
setores do Ministério da Saúde.
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

No ano de 1998, foi publicada a Política Nacional de Medicamentos


(PNM), por meio da Portaria GM/MS n. 3916, tendo como
finalidades principais (BRASIL, 2002a):
• Garantir a necessária segurança, a eficácia e a qualidade dos
medicamentos.
• A promoção do uso racional dos medicamentos.
• O acesso da população àqueles medicamentos considerados
essenciais.
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

A PNM apresenta um conjunto de diretrizes para alcançar os


objetivos propostos, quais sejam:
• Adoção da Relação de Medicamentos Essenciais.
• Regulação sanitária de medicamentos.
• Reorientação da Assistência Farmacêutica.
• Promoção do uso racional de medicamentos.
• Desenvolvimento científico e tecnológico.
• Promoção da produção de medicamentos.
• Garantia da segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos.
• Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos.
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

Destas diretrizes são consideradas prioridades, a


revisão permanente da Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais (Rename), a reorientação da
Assistência Farmacêutica, a promoção do uso racional
de medicamentos e a organização das atividades de
Vigilância Sanitária de medicamentos.
A Assistência Farmacêutica tem caráter sistêmico,
multidisciplinar e envolve o acesso a todos os
medicamentos considerados essenciais.
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

Na PNM é definida como:


Grupo de atividades relacionadas com o medicamento,
destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma
comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em
todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação
e o controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica
dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da
utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre
medicamentos e a educação permanente dos profissionais de
saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso
racional de medicamentos. (BRASIL, 2002a, p.34).
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

A reorientação da Assistência Farmacêutica está fundamentada


na descentralização da gestão, na promoção do uso racional dos
medicamentos, na otimização e eficácia do sistema de
distribuição no setor público e no desenvolvimento de iniciativas
que possibilitem a redução nos preços dos produtos (BRASIL,
2002a).
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

Por indicação e fundamentado nas propostas aprovadas na I Conferência


Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica realizada em 2003,
o Conselho Nacional de Saúde (CNS) aprovou em 2004, através da
Resolução n. 338, a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF),
que a define como:
Um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da
saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo
essencial e visando o acesso e seu uso racional. Este conjunto envolve a
pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos,
bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição,
dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços,
acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da
obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da
população. (BRASIL, 2004c)
2. DISCUSSÃO TEÓRICA

De acordo com a PNAF, a Assistência Farmacêutica deve


ser entendida como política pública norteadora para a
formulação de políticas setoriais, tendo como alguns dos
seus eixos estratégicos, a manutenção, a qualificação dos
serviços de assistência farmacêutica na rede pública de
saúde e a qualificação de recursos humanos, bem como a
descentralização das ações (BRASIL, 2004c).
3. CICLO DA AF
4. REFERÊNCIAS

Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde.


Assistência Farmacêutica no SUS / Conselho Nacional de
Secretários de Saúde. – Brasília : CONASS, 2007.

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