Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Oi pessoal, a partir de agora vou começar a escrever uma série de posts relacionados aos
protocolos de comunicação utilizados na automação industrial. E para o primeiro artigo desta
série, vamos conhecer melhor sobre o protocolo Profibus, sua história e principais vertentes.
O Profibus é um dos protocolos que fazem parte do grupo dos “fieldbuses” abertos e
independentes de fornecedores (não-proprietários), que permitem, portanto a integração de
equipamentos de diversos fabricantes em uma mesma rede. Estamos falando de
interoperabilidade e intercabiabilidade.
O primeiro quer dizer que, em uma rede fieldbus podem estar interligados equipamentos de
diversos fabricantes. Todos se comunicam perfeitamente bem, graças à padronização do
protocolo. Já o segundo quer dizer que, se eu tirar da minha rede um equipamento de um
fabricante (um transmissor de pressão, por exemplo) e colocar o mesmo equipamento de um
outro fabricante, este segundo equipamento vai ser capaz de realizar as mesmas atividades que
o primeiro.
A história do Profibus começou em 1987, na Alemanha, quando 21 companhias e institutos
uniram forças e criaram um projeto estratégico fieldbus. O objetivo era a realização e
estabilização de um barramento de campo bitserial, sendo o requisito básico, a padronização da
interface de dispositivo de campo [2].
Este protocolo começou seu avanço inicialmente na automação de manufatura e, desde 1995,
na automação de processos (Profibus PA). O padrão Profibus atende às exigências das normas
IEC61158 e EN50170 e, conta com 3 tipos de tecnologias: DP, PA e PROFINET. Segue abaixo
uma descrição resumida de cada um desses três protocolos:
Profibus DP: Foi desenvolvido para operar com uma alta velocidade e conexão de baixo
custo, e é utilizado na comunicação entre sistemas de controle de automação e seus
respectivos I/O’s distribuídos no nível de dispositivo. Pode ser usado para substituir a
transmissão de sinal em 24 V em sistemas de automação de manufatura assim como para
a transmissão de sinais de 4 a 20 mA ou HART® em sistemas de automação de processo
[2].
Profibus PA: Esta tecnologia define, em adição às definições padrões do Profibus DP, os
parâmetros e blocos de função para dispositivos de automação de processo, tais como
transmissores, válvulas e posicionadores [2]. O Profibus PA possui uma característica
adicional que é a transmissão intrinsecamente segura, o que faz com que ele possa ser
usado em áreas classificadas, ou seja, ambientes onde existe o perigo de explosão. É
indicado por controlar variáveis digitais em linhas de produção seriada ou células integradas
de manufatura. Encontrado predominantemente nas indústrias de transformação [3].
Profinet: Pode ser utilizado em aplicações em tempo real (rápidas) e em aplicações onde o
tempo não é crítico, por exemplo, na conversão para rede Profibus DP [8].
Características Básicas
O Profibus é um sistema dito multimestre e permite a operação conjunta de equipamentos ou
controladores terminais de engenharia ou visualização, com seus respectivos periféricos. Os
Dispositivos Mestres determinam a comunicação de dados em um barramento. Essa
comunicação é realizada enquanto o dispositivo mestre possui o direito de acesso ao barramento
(token). O token é um mecanismo de arbitragem que deve ser implementado para evitar
possíveis colisões no barramento quando mais de uma estação deseja transmitir uma mensagem
[5].
Ver Figura 1:
A arquitetura da rede Profibus é baseada em protocolo de rede que segue o modelo ISO/OSI.
No Profibus DP são utilizadas as camadas 1 e 2 e também a Interface do Usuário. Já no Profibus
PA e Profinet, além dessas, a camada 7 também é utilizada. Essa arquitetura simplificada
garante uma transmissão de dados eficiente e rápida. Abaixo, segue uma breve descrição sobre
cada camada:
Bom, essa foi uma introdução sobre o protocolo Profibus como um todo. Para a próxima parte
vou escrever sobre uma das três vertentes: o Profibus DP.
Até mais!
Referências bibliográficas: