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LIÇÃO 5, UM HOMEM DE DEUS EM DEPRESSÃO

LIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2013 - CPAD - Para jovens e adultos


Tema: Elias e Eliseu um Ministério de Poder para toda a Igreja.
Comentário: Pr. José Gonçalves
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
QUESTIONÁRIO
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS,
IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm

TEXTO ÁUREO
"Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados;
perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos" (2 Co 4.8,9).
VERDADE PRÁTICA
Os conflitos de Elias o levaram a enfrentar períodos de depressão e tristeza. Mas o Senhor
ajudou-o superar.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Tg 5.18 Elias, um homem spiritual
Terça - Tg 5.17 Elias, um homem sentimental
Quarta - 1 Rs 19.3 Elias, um homem em fuga
Quinta - 1 Rs 19.4 Elias, um homem em isolamento
Sexta - 1 Rs 19.4,5,6 Elias, um homem em autocomiseração
Sábado - 1 Rs 19.7 Elias, um homem sob os cuidados divinos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Reis 19.2-8


2 Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses e
outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles. 3 O
que vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio a Berseba, que é de Judá,
e deixou ali o seu moço. 4 E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou
debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR; toma
agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais. 5 E deitou-se e dormiu debaixo de
um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come. 6 E olhou, e eis
que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e
bebeu, e tornou a deitar-se. 7 E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse:
Levanta-te e come, porque mui comprido te será o caminho. 8 Levantou-se, pois, e comeu, e
bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe,
o monte de DEUS.
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Meus comentários (Ev. Henrique):
Elias não teve medo de 850 profetas, por que agora teria medo de uma mulher sem os 850
profetas que trabalhavam para ela? Estavam todos mortos.
Elias poderia pedir para descer fogo do céu e queimar a rainha Jezabel, mas isso era contra os
princípios dos profetas que não podiam tocar na vida dos reis ou autoridades reais (ungidos de
DEUS).
Elias deixa seu servo a salvo no território de Judá, além da fronteira com o território vizinho de
Israel, onde Acabe e Jezabel não penetrariam - O legítimo servo de DEUS se preocupa com
seus discípulos.
Todos os servos de DEUS, logo após serem usados por DEUS em grandes milagres, se
sentem frustrados por não verem a reação correta do povo diante da presença de DEUS, não
sentirem uma real conversão do povo. O que deveria ser óbvio diante de tanto poder e
manifestação clara de Sua existência.
Enquanto Acabe foi comer e beber Elias foi orar. Essa é a maior diferença entre um homem de
DEUS e um homem pouco espiritual ou de espiritualidade nenhuma - o homem de DEUS jejua
sempre, estuda a palavra de DEUS sempre, Ora sempre.
Elias orou para não chover, agora ora para chover. DEUS faria tudo sem Elias, mas queria que
Elias fosse seu intercessor entre ELE e o povo. Um homem de DEUS se coloca no chão diante
de DEUS e pede, não exige. DEUS confirma sua oração com sinais, prodígios e maravilhas.
Elias falou com o moço para voltar sete vezes, indicando que a oração era insistente,
perseverante, com fé.
Elias se sentiu agora, sem utilidade para DEUS aqui na terra, pois já havia feito o que
precisava fazer e quem não se convertera é porque não queria mesmo se converter. Desejou
estar com DEUS para sempre sem ter que enfrentar os inimigos de DEUS e agora dele
também, por ter sido o instrumento de DEUS para conversão do povo. Sentia um tremendo
cansaço e desânimo, normais a todos os que enfrentam grandes batalhas espirituais. Elias não
sentiu desejo de se matar, mas desejo de estar para sempre com DEUS, nos braços do PAI -
seu desejo foi cumprido sem ele ter que passar pela morte. Elias estava decepcionado com
Acabe e com o povo - ele esperava que Acabe se convertesse totalmente com os milagres
realizados por DEUS. Ele correu mais do que os cavalos de Acabe para mostrar mais uma vez
a superioridadae de DEUS sobre os deuses. Não adiantou - Acabe continuava submisso a
Jezabel que ameaça sua vida.
Elias não tinha problema com demônios, não estava doente. Sentia medo de morrer como
qualquer homem normal. Qualquer crente que fez missões em algum local que havia
perseguições por parte dos descrentes ou ateus sabe o que é ser ameaçado de morte e como
isso dá medo. Eu mesmo passei por isso quando fazia missões tanto entre os índios como
entre outros de outras cidades onde abri igrejas.
Elias subiu para um monte, pois era no monte que era mais forte - DEUS estava mais próximo
dele ali - Foi de um monte que enviou fogo para destruir os soldados que o queriam prender -
esperava confrontar os enviados da rainha dali - Mal sabia ele que teria ali um encontro real
com DEUS.

Exemplos de servos de DEUS que desejaram a morte - nunca desejaram se matar, pois estariam
desejando pecar - só quem tem direito sobre a vida é DEUS, eles desejavam na verdade é estar com
DEUS, assim como Enoque, Moisés e Elias que subiram sem provarem da morte:
Jó - Jó 3.11, 13, 20, 21-26; 9.21
Abraão -
Moisés - (Nm 11.10-15
Davi - Sl 88.1-5
Elias - 1 Rs 19.4; Tg 5.17
Jeremias - (Jr 20.14-18)
Jonas - Jn 4.1-3
JESUS (como homem) - Mt 26.37-38
Paulo - Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Fl 1.21 - Rm 9.1-3; 1 Co 9.15; 2 Co1.8

Sinceramente não vejo Elias como alguém com depressão. Todos os servos de DEUS que são citados
como depressivos por psicólogos, na verdade eram legítimos servos de DEUS que entregaram suas vidas
a DEUS tão intensamente que desejavam estar com ELE o mais brevemente possível, pois enxergavam
além do céu azul que vemos. Eram homens extramamente espirituais que não amavam as coisas
materiais, mas as espirituais. Esses homens não podem ser compreendidos pelos amantes do mundo e da
sabedoria humana. Raros são aqueles que realmente entregam-se totalmente a DEUS sem amarem o
mundo e o que nele há. São os loucos, os depressivos, etc... dos quais o mundo não é digno.
os legítimos homens de DEUS não são de conversinhas tolas, não são de rodinhas políticas, não são de
piadinhas, não são de banhos coletivos, não são de fofoquinhas. Tudo o que lhes causa prazer e alegria
está suprido com a presença de DEUS.
Os homens citados acima sentiram o que DEUS sente, amaram o que DEUS ama, choraram o que DEUS
chora, se entristeceram pelo que DEUS se entristece.
DEUS tratou com todos eles e todos eles descansaram em DEUS, se alegraram em DEUS, estão hoje na
presença de DEUS.

Salmos 91
Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará
Salmos 91:1
Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.
Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.
Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o
teu escudo e broquel.
Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,
Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia.
Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti.
Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.
Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação.
Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.
Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus
caminhos.
Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.
Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.
Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque
conheceu o meu nome.
Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o
glorificarei.
Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação.

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Comentários BEP - CPAD


Em 1 Rs 19.3 ELE [ELIAS], SE LEVANTOU, E, PARA ESCAPAR COM VIDA, SE FOI.
À expressão da fé de Elias, e às suas vitórias sobrenaturais, no cap. 18, seguiram-se o medo,
a fuga para salvar a vida e o desânimo, tudo resultando do propósito de Jezabel de destruir a
vida do profeta (v. 2).
(1) Posto que Elias não recebera nenhuma mensagem do Senhor para permanecer em
Jezreel, sua presença ali significava arriscar desnecessariamente a sua vida (cf. 18.1). Seguiu
então para o monte Horebe (i.e., o monte Sinai).
(2) A retirada forçada de Elias para o território de Judá e o deserto é um exemplo daqueles que
"por causa da justiça" (ver Mt 5.10) são maltratados e forçados a andar errantes pelos
desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra (Hb 11.37,38). De maneira semelhante a
Elias, há profetas que tiveram de deixar suas igrejas; pregadores, os seus púlpitos;
professores, as suas salas de aula; e leigos, os seus empregos; por se posicionarem contra o
pecado, por falarem segundo a Palavra de DEUS, e seguirem o caminho da justiça, por amor
do nome de DEUS. Grande é o seu galardão no céu (Mt 5.10-12).

Em 1 Rs 19.4 TOMA AGORA A MINHA VIDA.


Elias tomado de cansaço, desânimo, tristeza, orou pedindo a DEUS que Ele o dispensasse do
pesado ministério profético e o deixasse partir para o descanso celestial.
(1) Os sentimentos de Elias não eram muito diferentes dos do
(a) apóstolo Paulo, quando afirmou ter "desejo de partir e estar com CRISTO" (Fp 1.23), ou
(b) dos heróis da fé, que "desejam uma [pátria] melhor, isto é, a celestial" (Hb 11.16; ver
também Moisés, em Nm 11.15).
(2) Algumas das razões de estar Elias profundamente desanimado.
(a) Aparente fracasso: ele esperava a conversão de todo o Israel, e possivelmente, até mesmo
de Jezabel; mas agora, pelo contrário, tinha que fugir para salvar sua vida. A esperança, a
labuta e o esforço da sua vida inteira findavam agora em fracasso, conforme parecia (vv. 1-4).
(b) Solidão: julgava ser ele o único que batalhava pela verdade e justiça de DEUS (v. 10; cf.
Paulo, 2 Tm 4.16).
(c) Exaustão física depois de uma longa e árdua viagem (vv. 3,4; 18.46).

Em 1 Rs 19.5 UM ANJO O TOCOU.


DEUS cuidou do desalentado Elias de modo compassivo e amorável (Hb 4.14,15).
(1) Permitiu que Elias dormisse (vv. 5,6).
(2) Fortaleceu-o com alimentos (vv. 5-7).
(3) Propiciou-lhe uma revelação inspiradora do seu poder e presença (vv. 11-13).
(4) Concedeu-lhe nova revelação e orientação (vv. 15-18).
(5) Deu-lhe um companheiro fiel e fraterno (vv. 16,19-21).
Noutras palavras, quando o filho de DEUS enfrenta o desânimo, no desempenho que DEUS
lhe confiou, ele pode suplicar a DEUS, em nome de CRISTO, que lhe dê força, graça e
coragem, e os capacite diante de tais situações (Hb 2.18; 3.6; 7.25).
Em 1 Rs 19.8 QUARENTA DIAS E QUARENTA NOITES.
Alguns consideram o jejum aqui mencionado, bem como o de Moisés (Êx 34.28) e o de JESUS
(Mt 4.2), como casos de jejuns prolongados. Porém, os casos acima não são de jejum no
sentido comum. Moisés, na presença de DEUS e envolvido na nuvem, foi sustentado de modo
sobrenatural. Elias foi alimentado duas vezes de modo sobrenatural, o que lhe propiciou forças
durante quarenta dias (vv. 6-8).
JESUS foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto, e não sentiu fome a não ser depois de quarenta
dias (ver Mt 4.2; 6.16).
PARA MELHOR ENTENDERMOS A LIÇÃO, VEJAMOS A LIÇÃO 4 - DEPRESSÃO, A
DOENÇA DA ALMA - 3º TRIMESTRE DE 2008
LIÇÕES BÍBLICAS ALUNO - JOVENS E ADULTOS - AS DOENÇAS DO NOSSO SÉCULO -
AS CURAS QUE A BÍBLIA OFERECE
Comentarista: Pr. Wagner dos Santos Gaby

TEXTO ÁUREO
"Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em DEUS, pois
ainda o louvarei na salvação da sua presença" (Sl 42.5).

VERDADE PRÁTICA:
DEUS não criou o ser humano para viver desanimado ou deprimido, mas para uma vida
saudável e feliz.

A DEPRESSÃO ESPIRITUAL DO PROFETA ELIAS E O TRATAR DE DEUS (São


Luis−MA pr.vilmar.rodrigues@hotmail.com pr.vilmar.rodrigues@hotmail.com)

A vida do ser humano sem DEUS pode ser resumida em uma só palavra: infelicidade.
Infelicidade em última instância significa − ausência eterna da presença de DEUS. Ninguém
deseja isso para si; pois quem desejaria para si a morte?
Uma pessoa que entrega sua vida verdadeiramente ao Senhor JESUS CRISTO e para Ele
vive, passou da morte para vida, portanto, encontrou a felicidade. Sendo isto um fato, temos
que enfrentar a questão de muitos crentes fiéis estarem em profunda depressão espiritual.
Responder esta questão não é simples. Mas a Bíblia nos norteia nesse particular através de
exemplos dos santos que enfrentaram o quarto escuro e solitário da depressão. O profeta Elias
é um exemplo clássico do que estamos tratando.
Em 1 Rs 19.1−8 encontramos o profeta prostrado no chão em grande declínio espiritual. Ele
chega ao ponto de pedir para si a morte (v.4). Por quê? Para responder esta pergunta temos
que analisar todo o contexto que envolve a referente passagem.
Elias surge no cenário de Israel em um momento extremamente difícil. Acabe era o rei. Sobre
ele está escrito:
“Fez Acabe, filho de Onri, o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram
antes dele. Como se fora coisa de somenos andar nos pecados de Jeroboão... tomou por
mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, serviu a Baal, e o adorou” (16.30,31).
Acabe, por inveja e sob a influência da mulher tomou posse da vinha do falecido Nabote, morto
maquiavelicamente por Jezabel e seus comparsas (21.1-16). Acabe era rei, mas não mandava;
era isrealita, mas servia à Baal; queria ouvir a voz de DEUS, mas atendia as palavras dos
falsos profetas; estava vivo, mas era como se estivesse morto. Acabe já era mau, mas por
casar-se com uma mulher ímpia, impiedosa, idólatra e dominadora ficou pior ainda. Juntamente
com sua mulher matou e perseguiu os profetas de DEUS durante os vinte e dois anos de seu
reinado. Apesar de tudo, Acabe teve boas atuações, principalmente na área de construção civil
(22.39).
DEUS estava trabalhando em silêncio quando por meio de Obadias alimentou e protegeu de
Acabe e Jezabel cem de seus profetas (18.5). Mas Sua paciência e seu silêncio para com os
dois tinham acabado e como sinal disto enviou-lhes o profeta Elias.
Destaca-se de imediato em Elias três características indispensáveis a todo cristão: coragem no
Senhor (17.1), obediência ao Senhor (v.2−5), dependência no Senhor (v.4−6). Isto tudo,
observemos, em meio a um cenário de idolatria, perseguição e corrupção. Agora, para piorar,
por causa do pecado, não cairia sobre a terra dos hebreus orvalho e chuva durante três anos e
meio.
Até ao triunfo do Carmelo quando Elias sozinho enfrentou quatrocentos e cinqüenta profetas de
Baal e quatrocentos de poste-ídolo, não se observa nele segundo as Escrituras nenhum traço
de depressão espiritual. Mas depois do Carmelo e mais precisamente quando Elias aguardava
à entrada de Jezreel boas notícias que dentro de um prognóstico seu viriam da casa real, tudo
mudou (18.46)!
Elias fez um prognóstico que uma vez exterminados os falsos profetas de Baal, DEUS, de
imediato, enviaria o avivamento espiritual sobre toda a nação. Isto fica mais evidente quando
depois da vitória sobre os falsos profetas, Elias disse a Acabe: “Sobe, come e bebe, porque já
se ouve ruído de abundante chuva” (18.41). A chuva era o sinal! Quando acabe deu a notícia a
Jezabel, ela prontamente enviou um mensageiro dizer a Elias: “Façam-me os deuses como
lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles”
(19.2). A reação imediata do profeta foi esta: “Temendo, pois, Elias, levantou-se e, para
salvar sua vida, se foi e chegando a Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço”
(19.3). Depois de percorrer uns cento e sessenta quilômetros, ele deixou o seu discípulo e se
prostrou debaixo de um zimbro de tanta exaustão. Elias não estava preparado para esta
resposta da realeza, pois entendia que todo o problema em Israel se resumia aos falsos
profetas. Concluiu que uma vez exterminados, não só a chuva cairia, mas a fome deixaria de
assolar a nação, o pasto ressurgiria para alimentar o gado; lagos, córregos, e rios alegrariam o
povo em abundância de água – que mais a realeza e a multidão queriam?
Elias caiu em depressão por se achar um fracassado em sua missão espiritual para com o
povo e, sobretudo com Acabe e Jezabel. As bênçãos materiais, DEUS tinha derramado, mas
as espirituais como a salvação e a mudança de atitude da realeza para com Ele mesmo e seu
povo, o Senhor não realizara. Isso foi o bastante para o mundo de Elias ruir. Disse o
profeta:“Basta; toma agora a minha alma, não sou melhor do que meus pais”19.4. Elias não
teve poder de reação para lidar com o ocorrido. É um perigo quando objetivamos algo e em
prol deste algo empenhamos toda a nossa força sem lograr êxito. Elias se sentiu assim. Julgou
que seu esforço foi em vão porque DEUS não agiu na realeza de Israel conforme seu ponto de
vista. A vontade do Senhor é soberana! O profeta Jonas se viu decepcionado com DEUS, pois
não obteve o resultado que queria com sua pregação, resultado: entrou em depressão.
A depressão espiritual de Elias trouxe-lhe conseqüências drásticas.
Em primeiro lugar: medo. O texto nos diz: “Temendo, pois, Elias, levantou-se e, para salvar a
sua vida se foi...” (19.3). O profeta valente e ousado agora estava fugindo de medo das
ameaças da rainha (v.2) que poderia lhe tirar a própria vida (v.3).
Em segundo lugar: desesperança. Observemos que a Palavra é clara: “e ali deixou o seu
moço” (v.3). Elias perdeu o ânimo para ensinar o seu discípulo (v.3) e o amor por si próprio
(v.4).
Em terceiro lugar: esgotamento. Isto é evidente: “Deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro” (v.5).
Seu esgotamento não só foi físico (vs. 5-7), mas também espiritual (v.8), por isso que Elias por
orientação de um anjo do Senhor foi se tratar com DEUS no monte Horebe.
Tiago bem disse que o profeta Elias foi homem semelhante a nós, sujeito aos nossos mesmos
sentimentos (Tg 5.17). Não só Elias, mas Davi (Sl 51.10,12), Asafe (Sl 73.2,3), Pedro (Mt
26.74,75), Paulo (2 Tm 4.9−18) entre outros personagens bíblicos caíram em depressão
espiritual. DEUS tratou com todos.
DEUS não só habita no alto e santo lugar, mas também com o contrito e quebrantado de
coração (Is 57.15). Jeová jamais deixaria só seus filhos no quarto escuro e solitário da
depressão espiritual. O hino 193 da harpa cristã de Paulo Leivas Macalão traz a confiança
inabalável em DEUS oriunda do usufruto de Sua presença apesar da depressão:
Ele intercede por ti, minh’alma;
Espera Nele, com fé e calma;
JESUS de todos teus males salva,
E te abençoa dos altos céus.
Foi a intercessão de JESUS por Pedro, quando este lhe negou por três vezes, que o sustentou
em seu choro de amargura e desespero: “Eu, porém, roguei por ti, para que tua fé não
desfaleça” (Lc 22.32a). O salmista com veemência exclamou: “Por que estás abatida, ó minha
alma? Espera em DEUS, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e DEUS meu” (Sl 42.5). Fica
claro que a cura da depressão espiritual se centraliza em DEUS. Fica claro também que todos
os grandes homens de DEUS que caíram em depressão correram para o trono da graça a fim
de obterem socorro em ocasião oportuna. Quando esta força de buscar o trono era inexistente,
o Senhor ia ao encontro dos seus filhos, como no caso de Pedro e especificamente no caso de
Elias.
O texto de 1 Rs 19.9−18 mostra como DEUS tratou e restaurou o seu profeta.
Primeiro: DEUS levou Elias à sua presença. O verso 9 diz: “Ali entrou numa caverna, onde
passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do Senhor e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?”.
O profeta passou uma noite inteira no divã de DEUS. Foi o próprio Senhor que o conduziu à
sua presença. Os versos 7 e 8 deixam claro isto: “Voltou segunda vez o anjo do senhor,
tocou−o e lhe disse: Levanta−te, e come, porque o caminho te será sobremodo longo.
Levantou−se, pois, comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e
quarenta noites até Horebe, o monte de DEUS”. DEUS estava em silêncio quando Elias estava
prostrado no chão pedindo para si a morte. Agora, no monte Horebe é diferente, DEUS lhe
dirige a palavra: “Que fazes aqui Elias?”. Quem não anela ouvir em meio às tempestades a voz
inconfundível de DEUS? Feliz o homem cujo deserto termina no monte santo de DEUS!!. A
palavra de Jeová é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sl 119.105). E
mais: “Na tua presença há plenitude de alegria” (Sl 16.11). O profeta deprimido, como qualquer
outro crente, precisava da amável e confortadora presença de DEUS. Foi Somente no trono do
Pai que Elias se reencontrou com a verdadeira alegria que a depressão espiritual lhe tirou.
Segundo: DEUS se revelou maravilhosamente a Elias. No verso 11 está escrito: “Disse−lhe
DEUS: Sai, e põe−te neste monte perante o Senhor. Eis que passava o Senhor...”
São poucos os casos bíblicos em que DEUS se revela de uma maneira especial para os seus
filhos. Abraão foi chamado amigo de DEUS (Tg 2.23). Enoque andou com DEUS (Gn 5.24). Jó
depois da provação, quando perdeu bens, amigos, filhos, saúde, pôde dizer: “Eu te conhecia só
de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso me abomino no pó e na cinza” (Jó
42.5,6). Existe um anelo em todo cristão para contemplar a grandeza do Senhor, à semelhança
de Moisés que suplicou a DEUS: “Rogo−te que me mostres a tua glória. Respondeu−lhe, o
Senhor: “Farei passar toda a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o nome do Senhor;
terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me
compadecer” (Êx 33.18,19). É na vontade soberana de DEUS que está o segredo de Sua
manifestação pessoal aos seus. Isto não implica dizer não devamos pedir e orar pela bênção.
Devemos sim, buscar acima de tudo o DEUS da bênção e não meramente a bênção como é
corrente nos dias de hoje! Elias, assim como os outros, foi agraciado por DEUS com Sua
maravilhosa manifestação.
No verso 11, DEUS não estava num grande e forte vento; muito menos no terremoto. No verso
12, o Senhor não estava no fogo, mas numa brisa suave e tranqüila. À suave manifestação de
DEUS, Elias “envolveu o rosto no seu manto...” (v. 13). O profeta sentiu o marcante poder
santificador e renovador do Senhor. Não há depressão espiritual que resista ao tratar do
Médico dos médicos. È Ele quem unicamente amassa o barro porque Ele é o oleiro!
Terceiro: DEUS deu uma lição no profeta Elias. No verso 18 DEUS fala assim: “Também
conservei em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o
não beijou”.
DEUS é o mestre por excelência. Ele ensinou ao rebelde e insensível profeta Jonas o valor do
verdadeiro amor ao próximo através da morte de uma simples planta (Jn 4.6−11). O salmista
aprendeu o valor da disciplina divina, pois escreveu: “Antes de ser afligido andava errado, mas
agora guardo a tua palavra. Bem sei, ó Senhor, que os teus juízos são justos, e que com
fidelidade me afligiste” (Sl 119.67,75). Elias experimentou a correção celestial em sua vida.
Mas antes disto se estribou em sua fidelidade a DEUS para reclamar Sua proteção. No verso
14 ele repete com mais intensidade o que falara no versículo 11: “Tenho sido em extremo
zeloso pelo Senhor DEUS dos exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança,
derribaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram
tirar−me a vida”. O profeta ouviu no verso 18 do próprio DEUS: “Também conservei em Israel”,
Elias, “sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou”.
Jeová mostrou ao seu profeta que estava trabalhando em secreto. Elias estava se achando o
último dos profetas. Talvez imaginasse que nele se resumisse a esperança de Israel. Elias
aprendeu que DEUS é DEUS.
Que lição!
Quarto: DEUS renovou a vocação profética de Elias. O versículo 15 evidencia isto: “Disse−lhe
o Senhor: Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e...”
Uma vez revigorado, Elias, o tesbita, tinha que ungir Hazael como rei da Síria (v.15); Jeú como
rei de Israel (v.16); e a tarefa mais difícil, que era ungir a Eliseu como profeta em seu lugar
(v.17). Elias tinha agora que passar o cajado. Talvez não imaginasse que este dia chegasse
nestas circunstâncias. Contudo, tinha sido renovado para tal missão! O avivamento sempre foi
derramado por DEUS quando necessário sobre Israel, bem como individualmente sobre seus
filhos. DEUS renovou Israel no tempo do profeta Samuel (Sm 7.1−13); do rei Josias (2 Rs
11.18); de Esdras e Neemias (Ed 10.3; Ne 13.19). É notório que de forma particularizada o
avivamento desceu várias vezes sobre o melancólico Jeremias (Jr 17.14). Davi experimentou
isto em meio a sua confissão de pecado de adultério ao Senhor (Sl 51). No Novo Testamento o
apóstolo Paulo disse ao jovem e introvertido pastor Timóteo: “reavives o dom de DEUS, que há
em ti pela imposição de minhas mãos” (2 Tm 1.6). A igreja primitiva de Atos é o modelo terreno
a ser seguido. Mas ela foi uma igreja que se desenvolveu debaixo da chuva poderosa do
avivamento. Sempre precisaremos do renovo de DEUS em nossas vidas. Grandes homens de
DEUS precisaram! Elias necessitou! Portanto, busquemos o trono da graça do Senhor, pois de
lá, somente de lá vem o reavivamento que nos curará de toda depressão espiritual.
Sempre nos lembraremos e louvaremos a estrofe do hino harpa 193:
“Por que te abates, ó minha alma?
E te comoves perdendo a calma?
Não tenhas medo, em DEUS espera,
Porque bem cedo, JESUS virá (P.L.M)”.
Ao Rei eterno e imortal, honra e glória através dos séculos. Amém!

Depressão (http://drauziovarella.ig.com.br/artigos/depressao.asp)
Depressão é uma desordem psiquiátrica muito mais freqüente do que se imaginava. Estudos
recentes mostram que 10% a 25% das pessoas que procuram os clínicos gerais apresentam
sintomas dessa enfermidade. Essas porcentagens são semelhantes ao número de casos de
hipertensão e infecções respiratórias que os clínicos atendem em seus serviços. Ao contrário
dessas doenças, entretanto, eles não costumam estar preparados para reconhecer e tratar
depressões.
Para caracterizar o diagnóstico de depressão, foi criada a tabela de abaixo. Nela, cinco ou mais
dos sintomas relacionados devem estar presentes. Dentre eles, um é obrigatório: estado
deprimido ou falta de motivação para as tarefas diárias, há pelo menos duas semanas.

Critérios para diagnóstico de depressão


(Segundo o DSM-IV, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4ª edição).

1· Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo;


2· Anedônia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;
3· Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;
4· Dificuldade de concentração: habilidade freqüentemente diminuída para pensar e
concentrar-se;
5· Fadiga ou perda de energia;
6· Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
7· Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor;
8· Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;
9· Idéias recorrentes de morte ou suicídio.

De acordo com o número de itens respondidos afirmativamente, o estado depressivo


pode ser classificado em três grupos;
1) Depressão menor: 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas, incluindo estado deprimido
ou anedônia;
2) Distimia: 3ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos, no mínimo;
3) Depressão maior: 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado
deprimido ou anedônia.

Os sintomas da depressão interferem drasticamente com a qualidade de vida e estão


associados a altos custos sociais: perda de dias no trabalho, atendimento médico,
medicamentos e suicídio. Pelo menos 60% das pessoas que se suicidam apresentam sintomas
característicos da doença.
Embora possa começar em qualquer idade, a maioria dos casos tem seu início entre os 20 e os
40 anos. Tipicamente, os sintomas se desenvolvem no decorrer de dias ou semanas e, se não
forem tratados, podem durar de seis meses a dois anos. Passado esse período, a maioria dos
pacientes retorna à vida normal. No entanto, em 25% das vezes a doença se torna crônica.

Fatores de risco para depressão


· História familiar de depressão;
· Sexo feminino;
· Idade mais avançada;
· Episódios anteriores de depressão;
· Parto recente;
· Acontecimentos estressantes;
· Dependência de droga.

O número de casos entre mulheres é o dobro dos homens. Não se sabe se a diferença é
devida a pressões sociais, diferenças psicológicas ou ambas. A vulnerabilidade feminina é
maior no período pós-parto: cerca de 15% das mulheres relatam sintomas de depressão nos
seis meses que se seguem ao nascimento de um filho.
A doença é recorrente. Os que já tiveram um episódio de depressão no passado correm 50%
de risco de repeti-lo. Se já ocorreram dois, a probabilidade de recidiva pode chegar a 90%; e se
tiverem sido três episódios, a probabilidade de acontecer o quarto ultrapassa 90%.

Como é sabido, quadros de depressão podem ser disparados por problemas psicossociais
como a perda de uma pessoa querida, do emprego ou o final de uma relação amorosa. No
entanto, até um terço dos casos estão associados a condições médicas como câncer, dores
crônicas, doença coronariana, diabetes, epilepsia, infecção pelo HIV, doença de Parkinson,
derrame cerebral, doenças da tireóide e outras.
Diversos medicamentos de uso continuado podem provocar quadros depressivos. Entre eles
estão os anti-hipertensivos, as anfetaminas (incluídas em diversas fórmulas para controlar o
apetite), os benzodiazepínicos, as drogas para tratamento de gastrites e úlceras (cimetidina e
ranitidina), os contraceptivos orais, cocaína, álcool, antiinflamatórios e derivados da cortisona.
A maioria dos autores concorda que a psicoterapia pode controlar casos leves ou moderados
de depressão. O método oferece a vantagem teórica de não empregar medicamentos e
diminuir o risco de recidiva do quadro, desde que a pessoa aprenda a reconhecer e lidar com
os problemas que a conduziram a ele. A grande desvantagem, no entanto, está na lentidão e
imprevisibilidade da resposta. A psicoterapia não deve ser indicada como tratamento exclusivo
nos casos graves.
Embora reconheçam os benefícios da psicoterapia, a maioria dos autores admite que a
tendência moderna é empregar medicamentos para tratar quadros depressivos.

O plano terapêutico deve compreender três fases:

1) Fase aguda: Dura seis a doze semanas, e tem o objetivo de fazer regredir os sinais e
sintomas da doença. Cerca de 70% dos pacientes responde a esta fase. Quando não ocorre
resposta, o diagnóstico de depressão precisa ser reavaliado e, se houver confirmação, o
esquema de tratamento modificado.

2) Fase de continuidade: Nela, a medicação deve ser mantida em doses plenas por quatro a
nove meses, contados a partir do desaparecimento dos sintomas, com o objetivo de evitar
recidivas. A descontinuação prematura aumenta o risco de recidiva em 20% a 40%.

3) Fase de manutenção: Não tem duração definida (pode ser mantida por muitos anos). Está
indicada apenas nos casos de depressão grave, com alto risco de recidiva ou idéias
dominantes de suicídio. Deve ser considerada nas pessoas que tiveram três ou mais episódios
de depressão, ou dois episódios mais história familiar de depressão recidivante, instalação dos
sintomas antes dos 20 anos de idade ou em qualquer caso com risco de morte.
Quem começa um tratamento desses deve ser alertado para o fato de que os benefícios
podem não ser aparentes nas primeiras duas a quatro semanas. Nessa fase, em que alguns
experimentam os efeitos colaterais dos medicamentos sem notar melhora, muitos desistem do
tratamento.
Muitos portadores de depressão não se dispõem a fazer psicoterapia nem a tomar remédio.
Esses devem praticar exercício físico com regularidade (melhora o humor e a auto-imagem) e
aumentar o número de atividades diárias capazes de lhes dar prazer. Precisam estar cientes,
porém, de que depressão é doença potencialmente grave, recidivante, capaz de evoluir
independentemente do controle voluntário.

Depressão na infância e adolescência


Depressão é uma doença crônica, recorrente, muitas vezes com alta concentração de casos na
mesma família, que se manifesta não só em adultos, mas também em crianças e adolescentes.
Qualquer criança ou adolescente pode ficar triste, mas o que caracteriza os quadros
depressivos nessas faixas etárias é o estado persistentemente irritado, tristonho ou
atormentado que compromete as relações familiares, as amizades e a performance escolar.
Em pelo menos 20% dos pacientes com depressão instalada na infância ou adolescência,
existe risco de surgirem distúrbios bipolares, nos quais fases de depressão se alternam com
outras de mania, caracterizadas por euforia, agitação psicomotora, diminuição da necessidade
de sono, idéias de grandeza e comportamentos de risco.
Antes da puberdade, o risco de apresentar depressão é o mesmo para meninos ou meninas.
Mais tarde, ele se torna duas vezes maior no sexo feminino. A prevalência da enfermidade é
alta: depressão está presente em 1% das crianças e em 5% dos adolescentes.
Ter um dos pais com depressão aumenta de 2 a 4 vezes o risco da criança. O quadro é mais
comum entre portadores de doenças crônicas como diabetes, epilepsia ou depois de
acontecimentos estressantes como a perda de um ente querido. Negligência dos pais ou
violência sofrida na primeira infância também aumenta o risco.
É muito difícil tratar depressão em adolescentes sem os pais estarem esclarecidos sobre a
natureza da enfermidade, seus sintomas, causas, provável evolução e as opções
medicamentosas.
Os estudos mostram que 60% desses pacientes respondem ao tratamento. Esses
medicamentos apresentam menos efeitos colaterais e risco de complicações por overdose
menor do que outras classes de antidepressivos. A recomendação é iniciar o esquema com
50% da dose e depois ajustá-la no decorrer de três semanas de acordo com a resposta e os
efeitos colaterais. Obtida a resposta clínica, o tratamento deve ser mantido por seis meses, no
mínimo, para evitar recaídas.
A terapia comportamental mostrou eficácia em ensaios clínicos, e parece dar resultados
melhores do que outras formas de psicoterapia. Através dela os especialistas procuram ensinar
aos pacientes como encontrar prazer em atividades rotineiras, melhorar relações interpessoais,
identificar e modificar padrões cognitivos que conduzem à depressão.
Outro tipo de psicoterapia eficaz em ensaios clínicos é conhecida como terapia interpessoal.
Nela, os pacientes aprendem a lidar com dificuldades pessoais como a perda de
relacionamentos, as decepções e frustrações da vida cotidiana. O tratamento psicoterápico
deve ser mantido por seis meses, no mínimo.
Como o abuso de drogas psicoativas e suicídio são conseqüências possíveis de quadros
depressivos, os familiares devem estar atentos e encaminhar os doentes a serviços
especializados assim que surgirem os primeiros indícios de que os problemas da depressão
possam estar presentes.

Depressão: doença que precisa de tratamento (Ricardo Moreno - médico psiquiatra e


professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo).
Depressão não é tristeza. É uma doença que precisa de tratamento. Cerca de 18% das
pessoas vão apresentar depressão em algum período da vida. Quando o quadro se instala, se
não for tratado convenientemente, costuma levar vários meses para desaparecer. É também
uma doença recorrente. Quem já teve um episódio na vida, apresenta cerca de 50% de
possibilidades de manifestar outro; quem teve dois, 70% e, no caso de três quadros bem
caracterizados, esse número pode chegar a 90%.
A depressão é uma patologia que atinge os mediadores bioquímicos que agem na condução
dos estímulos através dos neurônios que possuem prolongamentos que não se tocam. Entre
um e outro, há um espaço livre chamado sinapse absolutamente fundamental para a troca de
substâncias químicas, íons e correntes elétricas. Essas substâncias trocadas na transmissão
do impulso entre os neurônios, os neurotransmissores, vão modular a passagem do estímulo
representado por sinais elétricos.
Na depressão, há um comprometimento dos neurotransmissores responsáveis pelo
funcionamento normal do cérebro.

Diferença entre tristeza e depressão


Dráuzio – Vamos começar pela pergunta clássica: qual a diferença entre tristeza e depressão?
R. Moreno - Tristeza é um fenômeno normal que faz parte da vida psicológica de todos nós.
Depressão é um estado patológico. Existem diferenças bem demarcadas entre uma e outra. A
tristeza tem duração limitada, enquanto a depressão costuma afetar a pessoa por mais de 15
dias. Podemos estar tristes porque alguma coisa negativa aconteceu em nossas vidas, mas
isso não nos impede de reagir com alegria se algum estímulo agradável surgir. Além disso, a
depressão provoca sintomas como desânimo e falta de interesse por qualquer atividade. É um
transtorno que pode vir acompanhado ou não do sentimento de tristeza e prejudica o
funcionamento psicológico, social e de trabalho.

Possibilidades de prevenção
Dráuzio – O que se pode fazer neste mundo moderno para não cair em depressão?
R. Moreno – A primeira coisa é apelar para o bom-senso. Não há uma receita básica , mas
todos podemos contar com o bom-senso para conseguir uma qualidade de vida satisfatória.
Depois, é preciso desenvolver a capacidade de enfrentar e resolver problemas, dificuldades e
conflitos. Tanto isso é possível que apenas 18% da população apresenta quadros depressivos
ao longo da vida. Problemas todos temos. É necessário, dentro das possibilidades, aprender a
lidar com eles e a não deixar que nos abalem demais.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, nossa lição trata de uma das doenças mais perniciosas de nossos dias, a
depressão. Tendo como base a vida do profeta Elias, o comentarista discorre a respeito do
assunto. Leia atentamente toda a história do profeta e grife os textos que assinalam suas
grandes realizações espirituais, mas também suas fraquezas tal qual encontramos em Tg
5.17,18. Apresente aos alunos uma tabela com as seguintes características dos crentes
esgotados: apatia, ira, ressentimento, vulnerabilidade às doenças, desilusões, antipatia, mau
humor, agressividade, isolamento, intolerância e aversão aos outros. Algumas delas também
estiveram presentes no profeta. Incremente o gráfico conforme suas anotações a respeito do
porta-voz divino, Elias. A despeito de alguns pensarem que o crente jamais se deprime, a
própria Bíblia menciona diversos casos de servos de DEUS que passaram por severas crises
dessa doença, que se mostra cada vez mais ativa nesses últimos tempos. Como enfrentá-la?
Quais são suas causas? É sobre esse importante assunto que iremos estudar nesta lição.

Elias soube dizer à viúva: "Não temas", mas não soube dizer a si mesmo as mesmas palavras
de fé. Assim é a vida de um servo de DEUS, não é infalível e nem um super-homem, às vezes
passa por momentos mais angustiantes que os demais, mesmo tendo sido usado
grandiosamente por DEUS:

Depressão de
Elias. Tabela com
as características Vitórias na vida de Elias Resumo da vida de Elias:
dos crentes
esgotados:
Três vezes
alimentado por Os
provisão divina: milagres
Por corvos, 1Rs realizados
Sua aparição não
17:6. por Elias:
anunciada ante o idólatra
Pela despensa
Apatia rei Acabe a fim de
da viúva, que
anunciar uma prolongada
milagrosamente
seca, 1Rs 17:1
aumentava,
1Rs 17:15.
Por um anjo,
1Rs 19:5-8.
Faz que
Foi sustentado com Reformista
não chova,
Ira alimento trazido por valente, 1Rs
1Rs 17:1;
corvos, 1Rs 17:2-6 18:17-40.
Tg 5:17.
Elias, por meio de grande Multiplica a
Repreendeu
esforço, em oração, trazer farinha e o
Ressentimento reis, 1Rs 21:20;
o menino de volta à vida, azeite, 1Rs
2Rs 1:16.
1Rs 17:17-24. 17:14.
No monte Carmelo, 1Rs Poderoso na
Ressuscita
18:20-40. Depois da oração, 1Rs
Vulnerabilidade Às um
oração de Elias, o fogo 17:20-22;
Doenças menino,
divino desce e consome o 18:36-38; Tg
1Rs 17:22.
sacrifício, v. 30-38 5:17.
O fim da seca. A oração Deixou-se
de Elias pela chuva. O desencorajar, Consome o
Desilusões profeta corre adiante do em certa holocausto,
rei até Jezreel, 1Rs 18:41- ocasião, 1Rs 1Rs 18:38.
46. 19:3,4.
Consome
Alimentado por um anjo e Não era pelo fogo
continua seu caminho até infalível ao os capitães
Antipatia
o monte Horebe, 1Rs julgar, e seus
19:1-8. 1Rs 19:14,18. homens,
2Rs 1:10.
Elias pronuncia sentença Faz que
Mau Humor
sobre o malvado rei e sua chova de
esposa, 1Rs 21:17-24. novo, 1Rs
18:41.
O rei envia duas
companhias de soldados Divide as
para capturar o profeta, águas do
Agressividade
mas Elias pede fogo do Jordão,
céu e destrói-as, 2Rs 1:1- 2Rs 2:8.
12.
Acompanhado por Eliseu,
viaja através do país até
chegar ao rio Jordão,
Isolamento onde Elias golpeia as
águas com seu manto, e
ambos o cruzam em terra
seca.
Enquanto conversam,
Eliseu formula seu pedido
de despedida.
Subitamente, um carro de
Intolerância
fogo separa os dois
amigos, e Elias é levado
por um redemoinho ao
céu, 2Rs 2:1-11.
ELIAS, o profeta:
No monte da
Referências gerais: 1Rs
Transfiguração. Elias
Aversão Aos 17:1,15,23; 18:21; 19:5,19;
reaparece com Moisés e
Outros 21:17; 2Rs 1:3,10; 2:11;
conversa com CRISTO,
2Cr 21:12; Ml 4:5; Mt 17:3;
Mt 17:3.
Lc 4:26; 9:54; Tg 5:17.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional
"Lidando com o Estresse
1. Use seus recursos espirituais. Pergunte-se: 'Estou orando e estudando a Palavra? Minha
vida devocional está indo bem?' Sua vida espiritual e disciplinas são seus recursos espirituais.
2. Anote num papel as situações estressantes de sua vida. Não deixe nada de fora. Podem ser
conflitos pessoais, obrigações e outros assuntos que o estejam afligindo. Ore por cada item da
lista e lance suas ansiedades sobre JESUS.
3. Reexamine suas prioridades. As prioridades em nossas vidas devem ser (1) nosso
relacionamento com DEUS, (2) nosso relacionamento com a esposa e filhos e (3) nosso
ministério.
4. Faça mudanças. Quando examinamos todas as nossas responsabilidades e exigências de
tempo, freqüentemente vemos a necessidade de fazer algumas mudanças. Algumas
responsabilidades podem ser delegadas a outras pessoas competentes. Outras podem ser
adiadas ou mesmo canceladas. Se você está dominado pela abundância de ocupações de sua
agenda, analise que compromissos podem ser mudados. Foi o que Jetro comentou a seu
genro Moisés: 'Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque
este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer' (Êx 18.18)."
(GOODALL, W. I. Dominando o estresse e evitando o esgotamento. In CARLSON, R. (et al) O
pastor pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, pp.173-4.)

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CARLSON, R. (et al) O pastor pentecostal. RJ: CPAD, 1999.
DANIEL. Silas. Como vencer a frustração espiritual. RJ: CPAD, 2006.
SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão, CPAD, no 35, p.38.

APLICAÇÃO PESSOAL
Após muitas e incansáveis realizações espirituais, Elias cansou-se. Nem mesmo a lembrança
dos milagres passados trazia refrigério àquele profeta de DEUS. A autocomiseração, a solidão,
o esgotamento físico e mental, a incerteza da eficácia de suas realizações e o desânimo o
dominavam lentamente (1 Rs 19.414). Esqueceu-se dos grandes milagres operados pelo
próprio DEUS em sua vida. Estava, o profeta, frustrado, abatido e deprimido. Mas como julgar
o sucesso ministerial? Acaso Elias não era bem-sucedido? O teólogo Silas Daniel afirma que o
sucesso ministerial caracteriza-se 'pelo fiel cumprimento da chamada divina e não
necessariamente pela quantidade do que foi conquistado. Não deve ser medido apenas pelas
bênçãos recebidas hoje, mas pelas que virão e pelo cumprimento fiel das nossas
responsabilidades. Passa pela qualidade do nosso serviço a DEUS e não necessariamente
pela quantidade do nosso serviço.' (Como vencer a frustração espiritual, pp.126-8.) Não
desanimes! 'DEUS não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho da caridade
que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis' (Hb
6.10).

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INTERAÇÃO
No ambiente eclesiástico é comum pensar que o crente é imune às doenças da alma. É como
se o seguidor de JESUS vivesse dentro de uma redoma de vidro isolado e "protegido" de
qualquer desconforto psicossocial. Ledo engano! As Escrituras falam claramente das
fragilidades humanas e descreve-as na vida dos maiores "gigantes espirituais". A história da
Igreja mostra-nos baluartes dos movimentos de despertamentos e avivamentos espirituais -
nos séculos XVIII e XIX - que sofriam profundas crises na alma. Mas o Senhor não deixou de
usá-los por isso. Era o caso de David Brainerd, missionário norte-americano; John Bunyan,
profícuo escritor cristão e pregador britânico; William Cowper, poeta e compositor britânico.

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:


Compreender a humanidade do profeta Elias.
Identificar as causas e sintomas da depressão de Elias.
Detalhar o tratamento de DEUS à depressão de Elias.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir a lição dessa semana conceitue a depressão, suas causas e
sintomas. (1) Depressão - é um transtorno psiquiátrico ligado a um desequilíbrio das
substâncias químicas no cérebro. Portanto, depressão não é tristeza, é uma doença que
precisa ser tratada. (2) Causas e Sintomas - genético, tipo de estilo de vida, alimentação,
estresse e problemas de ordem pessoal. Os sintomas gerais são: humor deprimido, isolamento
social, comportamento autodestrutivo, tentativa de suicídio, delírios, etc. Essa é apenas uma
sugestão para auxiliar na preparação de sua aula. Não deixe, pois, de fazer a sua pesquisa.
Use livros, revistas, internet, etc. As possibilidades são muitas.

PALAVRA-CHAVE - DEPRESSÃO - Distúrbio mental caracterizado por desânimo,


sensação de cansaço, ansiedade em grau maior ou menos.

RESUMO DA LIÇÃO 5, UM HOMEM DE DEUS EM DEPRESSÃO


I. ELIAS – UM HOMEM COMO OS OUTROS
1. Um homem espiritual.
2. Um homem sentimental.
II. AS CAUSAS DOS CONFLITOS DE ELIAS
1. Decepção.
2. Medo.
III. AS CONSEQUÊNCIAS DOS CONFLITOS
1. Fuga e isolamento.
2. Autopiedade e desejo de morrer.
IV. O SOCORRO DIVINO
1. Provisão física.
2. Provisão espiritual.

SINÓPSE DO TÓPICO (1) - Elias era um homem como outro qualquer. Sujeito às intempéries
da vida.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) - Os conflitos de Elias estavam associados à decepção e o medo.
SINÓPSE DO TÓPICO (3) - Algumas características que podem descrever a depressão de
Elias são: desejo de fuga, isolamento, autopiedade e desejo de morrer.
SINÓPSE DO TÓPICO (4) - O socorre divino trouxe provisão física e espiritual ao profeta
Elias.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Teológico


"[Uma Resposta de DEUS a Elias]
Em um determinado ponto da história, Elias, totalmente triste, disse: 'E eu fiquei só', achando
que era o único israelita que se arrependeu, que creu e que conheceu o perdão de DEUS (1
Rs19.14). O Senhor repreende-o e afirma: 'Também eu fiz ficar em Israel sete mil: todos os
joelhos que se não dobraram a Baal' (1 Rs 19.18). Em sua Epístola aos Romanos, Paulo cita
essa história, com queixa de Elias e a repreensão do Senhor, e acrescenta logo depois: 'Assim,
pois, também agora neste tempo ficou em resto, segundo a eleição da graça' (Rm 11.5).
Por que DEUS é tão gracioso que nos escolhe? Porque Ele quer um nome para si mesmo. Na
consagração do Templo, Salomão ora para que DEUS abençoe seu povo: 'Para que todos os
povos da terra saibam que o Senhor é DEUS e que não há outro' (1 Rs 8.60).
[...] DEUS chama um povo para ser seu para a sua glória. Ouvir a esse chamado e aceitá-lo é
a estrada para frente e para cima. Recusar esse chamado, por menor que se inicie a recusa,
leva apenas ao declínio. E o fim não é bom. Oro para que seu fim seja bom e para que suas
escolhas, mesmo hoje, caminhem nessa direção" (DEVER, Mark. A Mensagem do Antigo
Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1.ed. Rio de Janeiro: 2008, p.322).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Devocional


"Distúrbios psicossomáticos
A revista Isto É, em sua edição número 2004 [...] faz uma análise do poder das emoções e os
males que as emoções negativas causam ao coração. Esta reportagem científica da Isto É,
trata especialmente dos prejuízos do coração. Fala que o primeiro caminho a ser seguido para
atingir o coração é através do sistema nervoso autônomo (SNA). Ele envia sinais elétricos,
recebidos por fibras nervosas presentes no tecido cardíaco. Seu papel é acelerar ou diminuir o
ritmo cardíaco. A outra via é química. Seu principal agente são os hormônios, como a
adrenalina, por exemplo, secretados por algumas glândulas. Eles entram em ação após
receber as ordens do hipotálamo, parte do sistema límbico, gerando sérios problemas ao
coração.
Quando as pessoas têm raiva, irritação, ansiedade, tristeza e depressão acontece o seguinte:
as glândulas adrenais, situadas acima dos rins, aumentam a produção de adrenalina e
provoca:
- Diminuição do calibre dos vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial. - Maior produção
de fatores pró-coagulante, deixando o corpo mais vunerável à formação de coágulos que
podem entupir as artérias.
- Desequilíbrio na atividade do endotélio, tecido que reveste as paredes dos vasos. Ele produz
substâncias que ajudam na dilatação das artérias e outras envolvidas em processos
inflamatórios. Como resultado, há maior estreitamento dos vasos e produção de compostos
inflamatórios.
- Pelo sistema nervoso, são emitidos sinais que elevam a frequência cardíaca.
- Há prejuízo no sistema de defesa do corpo, ficando nosso corpo sujeito às várias doenças.
- A depressão, por exemplo, aumenta o batimento cardíaco e prejudica sua vulnerabilidade. Se
não há variação, há sobrecarga do músculo cardíaco.
Tudo isso aumenta as chances de infarto em portadores de fatores de risco, como alto
colesterol e hipertensão.
Enfim, as emoções prejudicam terrivelmente o coração, mas também prejudica o estômago, a
pele, as vias respiratórias e todos os demais órgãos do corpo.
[...] A melhor prevenção de doenças é ter equilíbrio espiritual e emocional. É trabalhar com
tranquilidade e paz. É vencer o ódio, o ressentimento, a preocupação e a ansiedade"
(FERREIRA, Israel Alves. 1. ed. As emoções de um líder: Como administrar corretamente as
suas emoções. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp. 117-18).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
DEVER, Mark. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2
Removendo a pedra da depressão - I Reis 19:4
4 Ele, porém, entrou pelo deserto caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e
pediu para si a morte, dizendo: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou
melhor do que meus pais.

Descubra o segredo de Davi para vencer a depressão


Esta manhã, quando eu estava lendo a Bíblia, deparei-me com este capítulo. Eu queria
compartilhar rapidamente este Salmo com você. Davi passou por muitas vicissitudes na vida,
havia momentos em que ele se sentia abalado e desamparado, mas sempre recorria a Deus. O
Salmo 13 é um destes momentos desesperadores pelos quais Davi passou. Ele escreveu
igualmente outros Salmos que fala da depressão, mas vamos estudar o Salmo 13, que é um
olhar eloquente para o assunto de luta e depressão.

Até quando te esquecerás de mim, Senhor? Para sempre? Até quando esconderás de mim o
teu rosto? Até quando consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia?
Até quando se exaltará sobre mim o meu inimigo?

Atende-me, ouve-me, ó Senhor meu Deus; ilumina os meus olhos para que eu não adormeça
na morte; para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus adversários não se
alegrem, vindo eu a vacilar. Mas eu confio na tua benignidade; na tua salvação se alegrará o
meu coração. Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem. Sl 13. 1-6

Um dos muitos aspectos da Bíblia que eu aprecio muito é o fato de que é dolorosamente
honesta em sua escrita. Neste Salmo, Davi está claramente deprimido. Ele se sente
abandonado por Deus e pessoalmente perdido. O Senhor está distante e os inimigos terrenos
de Davi estão perto. Ele está com medo, tanto para a sua vida terrena e sua alma eterna. Já
esteve lá? Eu sim.

O que eu notei, no entanto, é a mudança abrupta na voz de Davi para o final do Salmo. No seu
ponto de depressão absoluta (ou pensamentos destrutivos Davi tomou três decisões rápidas.

3 passos de Davi para superar a depressão

depressãoPor isso não me calo; na aflição do meu espírito me desabafarei, na amargura da


minha alma farei as minhas queixas
1-Confiar na misericórdia de Deus

Primeiro, Davi decide confiar na “misericórdia” de Deus. Mesmo durante os tempos em que
se sentiu abandonado por Deus, Davi escolheu confiar em Deus como refúgio. Deus é Deus e
digno de nossa confiança, não importa o que estamos sentindo. Não importa o quão escuro
ficou para Davi (aparentemente a ponto de uma depressão suicida), ele ainda escolheu confiar
em Deus com sua vida e bem-estar.

2-Alegrar-se em Deus

Em segundo lugar, Davi escolheu alegrar-se no que ele sabe sobre Deus. Embora as coisas
sejam escuras e Deus pareça distante para Davi, ele muda da depressão para alegria na
salvação que Deus prometeu para ele. Nós vemos este ensino também na carta de Paulo de 1
Tessalonicenses 5. 16-18.

Davi demonstra o que Paulo ensina mais tarde no Novo Testamento. Não importa as suas
circunstâncias, se alegre. Paulo escreveu as palavras de “Alegrai-vos sempre no Senhor;
regozijai-vos” literalmente da prisão. Ele entendeu a pressão que estava sob Davi e repetiu as
mesmas palavras.

3-Davi resolveu adorar a Deus

Em terceiro lugar, Davi escolheu realmente adorar. Ele caiu em depressão, o que é fácil para
qualquer um de nós. No entanto, ele não ficou lá. Ele escolheu adorar a Deus em vez de
chafurdar na auto-piedade (um tipo de auto-adoração em si). Fomos criados para a adoração.

Eu acredito nisso com todas as fibras do meu corpo. Quando não estamos adorando a Deus,
vamos adorar a alguma coisa. Esta adoração pode vir na forma de materialismo, luxúria,
avareza, gula, ou muitos outros vícios que tendem a “curvar-se”. Aqui, Davi escolheu fazer sua
adoração ao Deus vivo. Ficar longe do medo e da depressão. Boa escolha.

Eu não estou dizendo que é fácil, mas eu estou dizendo que nós encontramos um bom plano
para lidar com a depressão e medo neste Salmo. Sim, precisamos do conselho e ajuda de
outras pessoas quando estamos presos e atolados em depressão. No entanto, há verdade nos
elementos de confiança em Deus, regozijando-se em qualquer circunstância em que nos
encontramos, e adorando-O (mesmo no meio da depressão), em vez de adorar a nós mesmos
por meio da dúvida, a auto-piedade, e até mesmo auto-aversão.

A depressão é grande, mas Deus é ainda maior. Podemos optar por confiar, exulte, e adore,
mesmo no meio das nossas horas mais sombrias. Já vi isso na vida dos cristãos perseguidos
em diferentes partes do mundo. Eu já vi isso em amigos e familiares durante a dor horrível de
luto pela morte de entes queridos.

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