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A construção da pessoa acontece na medida em que a criança, opondo-se ao outro, distancia-se do meio onde
está envolvida. A sucessão de elementos de ordem afetiva e cognitiva se alternam no processo de desenvolvimento,
sublinhando os aspectos subjetivos e objetivos na construção do “eu” e do mundo. O recorte corporal permite uma
objetivação da imagem e, portanto, a consciência de um “eu” subjetivo, que o espelho reflete.
A questão da motricidade é muito forte na teoria walloniana, compreendida como um instrumento privilegiado de
comunicação da vida psíquica. A criança, que ainda não possui a linguagem verbal, exprime por meio da motricidade suas mais
diversas necessidades, traduzidas, portanto, de uma forma não verbal e com aspectos afetivos de expressão de bem ou mal estar.
Nesse sentido Fonseca (2008, p.15) esclarece:
A motricidade contém, portanto, uma dimensão psíquica, e é um deslocamento no espaço de uma totalidade motora,
afetiva e cognitiva, que se apresenta em termos evolutivos segundo Wallon sob três formas essenciais: deslocamentos passivos ou
exógenos, deslocamentos ativos ou autógenos e deslocamentos práxicos.
O movimento não é um puro deslocamento no espaço nem uma adição pura e simples
de contrações musculares; o movimento tem um significado de relação e de interação afetiva com o mundo exterior, pois é a
expressão material, concreta e corporal de uma dialética subjetivo-afetiva que projeta a criança no contexto da sociogênese.
• Aprender a escrever, ler e falar requer alta capacidade de coordenação fina, daí a importância de
possibilitar um vasto repertório de vivências motora às crianças em todas as fases da infância.
• Está base Psicocinética é vital para todo o processo de desenvolvimento da pessoa para além do físico,
mas também do cognitivo, social e afetivo.