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Resistência dos Materiais

Aula 01

Prof. Luciano F. Santos


1. Tipos de apoio:

1.1 Apoio móvel


Este apoio possui por definição apenas uma reação (na vertical).

Representação gráfica:

Reação Vertical (RV ou Ry)

OBS.: o termo reação pode ser entendido por vínculo,


restrição de movimentos (translação e/ou rotação).
1. Tipos de apoio:

1.1 Apoio móvel (exemplos):

IMAGEM 1.1b

IMAGEM 1.1a
1. Tipos de apoio:

1.2 Apoio fixo


Este apoio possui por definição uma reação vertical e uma reação
horizontal.

Representação gráfica:

Reação Horizontal (RH ou Rx)


Reação Vertical (RV ou Ry)

OBS.: esse tipo de apoio impede/restringe os movimentos


de translação (deslocamentos) horizontais e verticais.
1. Tipos de apoio:

1.2 Apoio fixo (exemplos):

IMAGEM 1.2a IMAGEM 1.2b


1. Tipos de apoio:

1.3 Engaste
Este apoio possui por definição uma reação vertical, uma reação
horizontal e uma reação de rotação ocorridas por forças que
provocam giro (momento) nesse ponto.
Representação gráfica:

Reação Horizontal (RH ou Rx)


Reação de Momento (RM)

Reação Vertical (RV ou Ry)

OBS.: esse tipo de apoio impede/restringe os movimentos


de translação (deslocamentos) horizontais e verticais e,
também, de rotação.
1. Tipos de apoio:

1.3 Engaste (exemplos):

IMAGEM 1.3b

IMAGEM 1.3a
1. Tipos de apoio – Resumo:

FONTE: http://image.slidesharecdn.com/resmat-estabilidadedasconstruesiii-
propriedades-131101180802-phpapp01/95/resmat-estabilidade-das-construes-
iii-propriedades-6-638.jpg?cb=1383329306
2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.1 Carga Concentrada - Exemplos
Viga de transição – pilar/viga

IMAGEM 2.1a

IMAGEM 2.1b IMAGEM 2.1c


2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.1 Carga Concentrada - Exemplos
Viga de transição – viga/viga

IMAGEM 2.1d

IMAGEM 2.1e IMAGEM 2.1f


2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.1 Carga Concentrada - Exemplos
Carga concentrada suspensa

IMAGEM 2.1g
2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.1 Carga Concentrada - Representação
Representação gráfica:

OBS.: as unidades de medidas dessas cargas podem ser kgf


(quilograma-força), tf (tonelada-força), kN (quilo-Newton),
etc.
2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.2 Carga Concentrada Inclinada- Exemplos
Treliças planas

IMAGEM 2.2a

IMAGEM 2.2b
2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.2 Carga Concentrada Inclinada- Exemplos
Estaiamento

IMAGEM 2.2c

IMAGEM 2.2d
2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.2 Carga Concentrada Inclinada- Exemplos
Pilar inclinado

IMAGENS 2.2f e 2.2g

IMAGEM 2.2e
2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.2 Carga Concentrada Inclinada - Representação
Representação gráfica:

OBS.: as unidades de medidas dessa carga podem ser kgf


(quilograma-força), tf (tonelada-força), kN (quilo-Newton),
etc.
2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.2 Carga Concentrada Inclinada
decomposição de vetores:

OBS.: as unidades de medidas dessa carga podem ser kgf


(quilograma-força), tf (tonelada-força), kN (quilo-Newton),
etc.
2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.3 Carga Uniformemente Distribuída - Exemplos
IMAGEM 2.3b

IMAGEM 2.3c

IMAGEM 2.3a
2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.3 Carga Uniformemente Distribuída - Representação

Representação gráfica:

OBS.: as unidades de medidas dessa carga podem ser kgf/m


(quilograma-força por metro), tf/m (tonelada-força por
metro), kN/m (quilo-Newton por metro), etc.
2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.3 Carga Uniformemente Distribuída -
Simplificação

Para simplificação do cálculo das


reações de apoio, a carga
uniformemente distribuída (w) pode
ser substituída por uma carga
concentrada equivalente (W), igual a
área da figura geométrica da carga
e que alinha-se com seu centróide
(centro de gravidade – CG).
2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.4 Carga Variavelmente Distribuída - Exemplos

IMAGEM 2.4a - PRESSÃO HIDROSTÁTICA

IMAGEM 2.4b
2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.4 Carga Variavelmente Distribuída - Representação

Representação gráfica:

OBS.: as unidades de medidas dessa carga podem ser kgf/m


(quilograma-força por metro), tf/m (tonelada-força por
metro), kN/m (quilo-Newton por metro), etc.
2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.4 Carga Variavelmente Distribuída -
Simplificação
Para simplificação do cálculo das
reações de apoio, a carga
variavelmente distribuída (w) pode
ser substituída por uma carga
concentrada equivalente (W), igual a
área da figura geométrica da carga
e que alinha-se com seu centróide
(centro de gravidade – CG).
2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.5 Momento Concentrado - Exemplos

IMAGEM 2.5a

IMAGEM 2.5b
2.5 Momento - Conceito
O momento é uma força que provoca giro (torque) em um ponto de
apoio pré-estabelecido.

IMAGEM 2.5c

Quanto maior for o braço (d) da ferramenta,


menor será a força (F) necessária para
provocar o giro (M) do parafuso.

IMAGEM 2.5d
2. Tipos de carregamentos (cargas):
2.5 Momento Concentrado - Representação

Representação gráfica:

OBS.: as unidades de medidas dessa carga podem ser kgfm


(quilograma-força metro), tfm (tonelada-força metro), kNm
(quilo-Newton metro), etc.
3. Equações da Estática (no plano)
As estruturas são classificadas em função do número de reações
de apoio (ou vínculos) que possuem e cada reação constitui um valor
desconhecido (incógnita) a ser determinado.
Para as estruturas planas, a Estática fornece três equações fundamentais:

Portanto, a soma de todas as forças (ações e reações) no sentido


horizontal (Fx ou FH) devem resultar em zero para garantir o
equilíbrio de translação (deslocamentos) nesse sentido. O mesmo se
aplica ao sentido vertical, onde a soma de todas as forças verticais
(Fy ou FV) também devem resultar em zero para garantir o equilíbrio
de translação nesse sentido. E por último, a soma dos momentos
(giros) em relação à um ponto distinto devem resultar em zero a fim
de garantir o equilíbrio de rotação em relação a esse ponto.
3.1 Estruturas hipostáticas
São aquelas cujo do número de reações de apoio (ou vínculos) é
inferior ao número de equações fornecidas pelas condições de
equilíbrio da Estática (no plano).

Nº de vínculos Nº de Equações

2  3
(RVA; RVB) (Fx=0;  Fy=0;  M=0)

Essa estrutura não possui nenhuma restrição à deslocamentos


horizontais, não atendendo uma das equações essenciais da
Estática (Fx=0).
3.2 Estruturas Isostáticas
São aquelas cujo do número de reações de apoio (ou vínculos) é
igual ao número de equações fornecidas pelas condições de
equilíbrio da Estática (no plano).

Nº de vínculos Nº de Equações

3 = 3
(RHA; RVA; RVB) (Fx=0;  Fy=0;  M=0)

Essa estrutura atende as equações essenciais da Estática


usando o mínimo de vinculação necessária para garantir que não
haja deslocamentos no eixo horizontal (RHA), não haja
deslocamentos no eixo vertical (RVA e RVB) e, por estar
biapoiada., não permite rotacionar em relação ao ponto A, nem
em relação ao ponto B.
3.3 Estruturas Hiperestáticas
São aquelas cujo do número de reações de apoio (ou vínculos) é
superior ao número de equações fornecidas pelas condições de
equilíbrio da Estática (no plano).

Nº de vínculos Nº de Equações

4 > 3
(RHA; RVA; (Fx=0;  Fy=0;  M=0)
RVB; RMA)

Essa estrutura possui mais restrições que o exigido pelas equações


essenciais da Estática. No exemplo em questão, não é necessário o
apoio móvel no ponto B, pois o engaste no ponto A já é suficiente
para garantir que não haja deslocamentos tanto horizontal quanto
vertical, bem como rigidez para que não ocorra rotação.
3.4 Equilíbrio Estático (externo/interno)
Entre as propriedades desejadas para as estruturas, a mais
importante é que, quando submetidas às mais diferentes forças,
possam manter-se em equilíbrio durante toda a sua vida útil.
Assim, para uma estrutura permanecer em equilíbrio estático é
necessário (mas não suficiente), que as dimensões de suas secções
sejam corretamente determinadas. No entanto, ainda que
corretamente dimensionada, a estrutura pode perder o equilíbrio
se seus apoios (ou vínculos) não forem corretamente projetados.
Por outro lado, apenas o correto projeto dos vínculos também não
garante a estabilidade da estrutura se as dimensões das suas
secções forem menores que as necessárias.
Assim, para garantir totalmente o equilíbrio estático, uma
estrutura deve atender a esta condição tanto externamente, pelo
equilíbrio nos seus vínculos, como internamente, pelo equilíbrio das
forças que ocorrem dentro das suas secções, como veremos no
decorrer dessa disciplina.
4. Cálculo das reações de apoio - Regras
1ª condição de equilíbrio
Somatório de todas as forças horizontais (ações e reações) – eixo x

Força com sentido à direita = (+) positivo

Força com sentido à esquerda = (-) negativo

2ª condição de equilíbrio
Somatório de todas as forças verticais (ações e reações) – eixo y

Força com sentido para cima = (+) positivo

Força com sentido para baixo = (-) negativo


4. Cálculo das reações de apoio - Regras
3ª condição de equilíbrio
Somatório de todas as forças que provocam giro (torque) em relação
a um ponto pré-determinado. Geralmente adota-se um dos ponto de
apoio como referência.

Momento (M) = Força (F) multiplicado pela distância (d) que a


força se encontra do ponto referência.

Rotação com sentido horário = (-) negativo

Rotação com sentido anti-horário = (+) positivo

O sentido das reações sempre será contrário à resultante das ações

OBS.: a convenção de sinais aqui adotada é a mais comum, no


entanto, pode-se adotar outras desde que se respeite a
regra de que sentidos contrários, sinais contrários. Seja
qual for a convenção adotada os valores serão os mesmos.
4. Cálculo das reações de apoio
EXEMPLO 1
Dada a viga isostática bi-apoiada representada abaixo, calcule as
reações de apoio.
EXEMPLO 1 - continuação
Conversão das cargas
distribuídas em cargas
concentradas:

Decomposição da carga
inclinada:
EXEMPLO 1 - continuação
EXEMPLO 1 - continuação
EXEMPLO 1 - continuação
EXEMPLO 1 - continuação
Fonte - Imagens:
IMAGEM 1.1a - http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/7/imagens/i295319.jpg
IMAGEM 1.1b - http://www.fec.unicamp.br/~fam/novaes/public_html/iniciacao/teoria/reacoes/foto8.jpg
IMAGEM 1.2a - http://wwwo.metalica.com.br/images/stories/Id5688/concepcao_fig02.jpg
IMAGEM 1.2b - http://www.amon.com.br/imagens/perfil_laminado_soldado/oficina_fiat/04012008097.jpg
IMAGEM 1.3a - http://www.fec.unicamp.br/~fam/novaes/public_html/iniciacao/teoria/reacoes/foto6.jpg
IMAGEM 1.3b - http://cursos.unisanta.br/mecanica/ciclo4/estaticanasestruturas.pdf
IMAGEM 2.1a - http://www.ebah.com.br/content/ABAAAewEgAG/trabalho-sistemas?part=4
IMAGEM 2.1b - http://www.trejor.com/emenda-de-elementos-pre-moldados
IMAGEM 2.1c - http://www.p9.eng.br/obras
IMAGEM 2.1d - http://www.premoldadositaipu.com.br/produtos.php
IMAGEM 2.1e - http://www.trejor.com/emenda-de-elementos-pre-moldados
IMAGEM 2.1f - http://www.p9.eng.br/obras
IMAGEM 2.1g - http://treicap.com.br/uploads/cursossite/0000011_zoom_ponte-rolante.jpg
IMAGEM 2.2a - http://www.destacando.com.br/madeira-para-telhado-cabo-frio-rj
IMAGEM 2.2b - https://arcowebarquivos-us.s3.amazonaws.com/imagens/02/95/arq_80295.jpg
IMAGEM 2.2c - https://pt.wikiarquitectura.com/wp-content/uploads/2017/01/Alamillo_1.jpg
IMAGEM 2.2d - https://arcowebarquivos-us.s3.amazonaws.com/imagens/28/28/arq_82828.JPG
IMAGEM 2.2e - https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pavilh%C3%A3o_Ciccillo_Matarazzo,_Marquise_1.JPG
IMAGEM 2.2f - https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-77780/zona-deportiva-salvador-espriu-soldevila-arquitectos
IMAGEM 2.2g - https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-77780/zona-deportiva-salvador-espriu-soldevila-arquitectos
IMAGEM 2.3a - https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/1277/1/2016HenriqueFerronatoNardi.pdf
IMAGEM 2.3b - http://www.r4tecno.com.br/
IMAGEM 2.3c - https://fotos.habitissimo.com.br/foto/montagem_744396
IMAGEM 2.4a - https://www.decoist.com/2013-01-09/decorate-luxury-backyard-pool/dream-backyard/
IMAGEM 2.4b - http://www.limux.com.br/obrasobrados?lightbox=image20q9
IMAGEM 2.5a - https://estudanteuma.files.wordpress.com/2014/09/6193141167_febe960a1c_b.jpg
IMAGEM 2.5b - http://www.dailymail.co.uk/news/article-2654824
IMAGEM 2.5c - http://www.laughtotears.com//upld/2/201202/ltt_0000157_602x426.jpg
IMAGEM 2.5d - http://www.labtestingmatters.org/wp-content/uploads/2016/05/door_open-1200x520.jpg

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