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PATOLOGIA E RECUPERAÇÃO DE

EDIFICAÇÕES
Prof.ª MEng. Everlânia Silva
CONCEITOS INICIAIS:
DURABILIDADE, PATOLOGIA E
VIDA ÚTIL DAS ESTRUTURAS.
CONCEITOS INICIAIS

 Para a ABNT NBR 15575:2013:

“Durabilidade” expressa o período esperado de tempo em


que um produto tem potencial de cumprir as funções a
que foi destinado, num patamar de desempenho igual ou
superior àquele predefinido.
 Para tanto, há necessidade de correta utilização;

 realização de manutenções periódicas em


obediência às recomendações do fornecedor do
produto;

 essas devem recuperar parcialmente a perda de


desempenho resultante da degradação, conforme
ilustrado na Figura
CONCEITOS INICIAIS

Alguns fatores são relevantes para se ter durabilidade em


edificações:

 Materiais e componentes utilizados;

 Condições de exposição a que está submetido (ao


entorno);

 Condições de uso;

 Ações de manutenção realizadas.


CONCEITOS INICIAIS

 VIDA ÚTIL período no qual a estrutura cumpre sua

função projetada sem custos importantes de

manutenção, ou seja, deverá estar sob manutenção

preventiva e não sofrer manutenção corretiva.


CONCEITOS INICIAIS

 PATOLOGIA: toda manifestação cuja ocorrência no


ciclo de vida da edificação, venha prejudicar o
desempenho esperado do edifício e suas partes
(subsistemas, elementos e componentes).

 Pode ocorrer na estrutura, na vedação, nos


componentes de abastecimento (dutos elétricos,
hidráulicos).
CONCEITOS INICIAIS

CAUSAS:
 Mau projeto;

 Erro de execução;

 Uso inadequado (usado para fins diferentes dos


calculados em projeto);

 Falta de manutenção.
CONCEITOS INICIAIS

AGENTES CAUSADORES:
 Mecânicos: Abalos sísmicos, alterações no terreno,
sobrecarga na estrutura.

 Químicos: Ação do sal do mar, poluição do ar, água na


estrutura, variação de temperatura, umidade relativa do
ar, radiação solar incidente, chuva.

 Biológicos: Fungos, bactérias, fungos.

 Físicos (do material): escolha errada, incorreto


dimensionamento.
 Alguns erros NÃO podem ser considerados

PATOLOGIAS....

(pra descontrair...)
Lembrando que...

Para a Engenharia o Estudo da Patologia considera as


partes que compõem o diagnóstico do problema:

 Sintomas
 Mecanismos
 Causas e Origens dos defeitos

À Terapia cabe estudar a correção e a solução desses


problemas patológicos
OBSERVAÇÃO

As patologias geralmente apresentam


manifestações externas
características
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

PATOLOGIAS
CONCEITOS INICIAIS

Para direcionar uma TERAPIA de recuperação para


problemas patológicos em determinada obra, precisa-se
conhecer:

SINTOMAS;
MECANISMO;
ORIGEM;
CAUSA e
CONSEQUÊNCIA.

Para se escolher o PROCEDIMENTO (MATERIAIS e


TÉCNICAS), de acordo com o diagnóstico.
TERAPIA

 SINTOMAS: manifestação característica, a partir do qual


se pode deduzir qual a natureza, a origem e os
mecanismos dos fenômenos envolvidos.

 Fissuras;
 Eflorescências
 Flechas excessivas
 Manchas no concreto aparente
 Corrosão das armaduras
 Ninhos de concretagem
 Degradação química
CONCEITOS INICIAIS

 MECANISMO: Método como ocorre o problema


patológico.

 ORIGEM: Indicação de que etapa do processo


construtivo teve origem o fenômeno. O processo de
construção e uso pode ser dividido em cinco grandes
etapas:
• Planejamento
• Projeto
• Fabricação de materiais e componentes fora da obra
• Execução propriamente dita
CONCEITOS INICIAIS

 CAUSAS: Os agentes causadores dos problemas


patológicos podem ser vários: cargas, variação da
umidade, variações térmicas intrínsecas e extrínsecas
ao concreto, agentes biológicos, incompatibilidade de
materiais, agentes atmosféricos e outros.

 CONSEQUÊNCIAS: Um diagnóstico se completa com


algumas considerações sobre as consequências do
problema no comportamento geral da estrutura. As
considerações podem ser de dois tipos, as que:
 Afetam as condições de segurança da estrutura;
 Comprometem as condições de serviço e funcionamento da
construção.
Exercício

Simule um problema patológico em uma edificação e,


correlacione seus possíveis MECANISMO, ORIGEM,
SINTOMA, CAUSA E CONSEQUÊNCIA da
manifestação patológica.
PATOLOGIAS EM ESTRUTURAS DE
CONCRETO

Disciplina: Patologia e Recuperação de Edificações


Prof.ª MEng. Everlânia Silva
INTRODUÇÃO

As estruturas de concreto não são eternas, pois se


deterioram com o passar do tempo e não alcançam
sua vida útil se não bem projetadas, executadas com
capricho, utilizadas com critério e, finalmente,
submetidas a uma manutenção preventiva.
INTRODUÇÃO

 Caso contrário apresentarão anomalias e deverão


ser recuperadas para garantir o prolongamento de
sua vida útil.

 O tratamento deverá ser baseado em um eficiente


diagnóstico
CAUSAS INTRÍNSECAS DA DETERIORAÇÃO

FALHAS DE EXECUÇÃO:

 Deficiências na concretagem;
 Inadequação de escoramentos e fôrmas;
 Deficiências nas armaduras;
 Utilização incorreta dos materiais de construção;
 Inexistência de controle de qualidade.
CAUSAS INTRÍNSECAS DA DETERIORAÇÃO

FALHAS DURANTE A UTILIZAÇÃO


 ausência de manutenção.

CAUSAS NATURAIS:
 Causas próprias à estrutura porosa do concreto;
 Causas químicas;
 Causas físicas;
 Causas biológicas.
CAUSAS EXTRÍNSECAS DA DETERIORAÇÃO

 Falhas durante o projeto;


 Falhas durante a utilização;
 Ações mecânicas;
 Ações físicas;
 Ações químicas;
 Ações biológicas;
 Ações térmicas.
DIAGNÓSTICO

 Inspeção visual;
 Mapeamento das anomalias;
 Auscultação percursiva;
 Ensaios;
Análise do microclima;
 Projetos;
 Histórico/reparos anteriores.
DIAGNÓSTICO

Anomalias mais
comuns:
 Fissuras;
 Concreto desplacado;
 Concreto desagregado;
 Concreto segregado;
 Infiltração;
 Corrosão.
Maior causa da deterioração do
concreto:

CORROSÃO
CORROSÃO DAS ARMADURAS

CORROSÃO: Deterioração de um material,


geralmente metálico, por ação química ou
eletroquímica do meio ambiente, aliada ou não a
esforços mecânicos.

No concreto: ocorre, geralmente, por ação


Eletroquímica (Reação química com transferência
de elétrons em meio aquoso).
CORROSÃO DAS ARMADURAS

Proteção da armadura

• FÍSICA: Cobrimento com camada de


concreto

• QUÍMICA: Passivação, por capa de óxidos.


CORROSÃO DAS ARMADURAS

CAUSAS DA CORROSÃO:
 Carbonatação ( CO2)
 Ataque por Cloretos (Cl-)
CORROSÃO DAS ARMADURAS

CARBONATAÇÃO
CORROSÃO DAS ARMADURAS

CARBONATAÇÃO – FATORES DE INFLUÊNCIA

 Concentração de CO2;
 Relação a/c;
 Cura;
 Tipo e quantidade de cimento;
 Adições minerais;
 Presença de fissuras;
 Condições de exposição;
 Técnicas construtivas.
CARBONATAÇÃO
CARBONATAÇÃO
CORROSÃO DAS ARMADURAS

CLORETOS
 Maiores vilões das estruturas de concreto;
 Podem provocar os maiores danos
CORROSÃO DAS ARMADURAS

CLORETOS
Podem ser introduzidos no concreto
Durante a mistura:
 Agregados contaminados;
 Aditivos aceleradores de pega (CaCl);
 Uso da água do mar.

Na estrutura acabada
 Ambientes marinhos;
 Uso de sais de degelo;
 Atmosferas industriais (fábricas de papel e celulose);
 Tratamentos de limpeza (ácido muriático).
CORROSÃO DAS ARMADURAS

CLORETOS – FATORES DE INFLUÊNCIA

 Tipo de cátion associado ao cloreto;


 Tipo de acesso (antes ou depois de endurecido;
 Presença de sulfatos;
 Tipo de cimento;
 Relação a/c;
 Carbonatação;
 Saturação dos poros;
 Teor de cimento;
 Temperatura ambiente;
 Presença de fissuras, etc.
CLORETOS
CLORETOS
TRATAMENTO
 Análise e identificação de pontos deteriorados;
 Demolição/escarificação das áreas deterioradas;
 Delimitação com serra mármore;
 Jateamento com jato abrasivo ou hidrojateamento;
 Recomposição ou substituição de armaduras;
 Aplicação de graute ou argamassas poliméricas nos locais de
reparos (manual, através de fôrmas ou projeção);
 Tratamento de fissuras (colmatação ou injeção);
 Estucamento;
 Pintura base epoxi;
 Sistema epóxi - poliuretano (superfícies externas).
RECUPERAÇÃO DA ESTRUTURA

Corrosões e bicheiras em estruturas de concreto são comuns devido a


falhas de concretagem.

Existem dois tipos materiais


que podem ser usados para
reparo:
• O GRAUTE: para
preenchimentos mais
profundos e pode ser
aplicado em camadas com
até 5 cm de espessura,
sem adição de brita ou
pedrisco.
• E a ARGAMASSA
Fontewww.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
POLIMÉRICA:
recomendada para
preencher reparos com até
2 cm de espessura.
PASSO - A - PASSO PARA RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURA

PASSO 1

Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp

Marcação da área:
Delimite a área com um ângulo reto, de preferência retangular, com uma
folga de 10 cm a 15 cm da área com bicheira ou com armadura exposta.
PASSO 2

Corte:
Corte a região demarcada
com disco de corte
apropriado, tomando o
cuidado de efetuar o
cruzamento dos cortes
nos cantos do reparo a
fim de assegurar a
profundidade. Isso
garante maior facilidade
para a limpeza do local.
Durante o corte, tome
cuidado para não romper
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
a armadura, se houver.
PASSO 3

Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp

Remoção do concreto
deteriorado:
Com ponteiro e marreta
ou rompedor elétrico,
apicoar e eliminar todas
as áreas deterioradas,
criando uma superfície
regular e limpa.
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
PASSO 4

Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp

Limpeza da área de trabalho


A superfície do concreto deve
estar isenta de partículas soltas
e da presença de graxa e óleos.
A área deve estar rugosa para
obter boa aderência.
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
PASSO 5

Preparação da mistura e da área:


Umedeça a área com a broxa e em
seguida prepare a argamassa ou graute
de acordo com a recomendação do
fabricante.

Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
PASSO 6

Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp

Recomposição do concreto:
Imediatamente após a preparação da mistura, aplique a
argamassa na área do reparo moldando com a colher de
pedreiro. Aplique por camadas: com a argamassa, a espessura é
de 2 cm, e no caso do graute é possível criar camadas de até 5
cm. O tempo de cura varia de acordo com o produto - argamassa
ou graute - de cada fabricante. Em média, cada camada de
argamassa demora 6h.
Algumas técnicas e ensaios para avaliação das estruturas:
 CARBONATAÇÃO avalia o pH do concreto (proteção das
armaduras);
 FISSURÔMETRO determina a abertura de fissuras;
 ESCLEROMETRIA avalia dureza superficial (noção da
homogeneidade);
 ULTRASOM detecta falhas internas (compacidade e resistência);
 ADERÊNCIA avalia a capacidade da superfície;
 PACOMETRIA avalia posição das armaduras;
 TEOR DE CLORETOS avalia despassivação das armaduras;
 POTENCIAL DE CORROSÃO avalia a propensão das armaduras;
 PERDA DE SEÇÃO determina a diferença em relação ao projeto;
 ÍNDICE DE VAZIOS avalia qualidade e compacidade do concreto.
TÉCNICAS DE INSPEÇÃO E
REPAROS EM ESTRUTURAS DE
CONCRETO
ENSAIOS TECNOLÓGICOS

 Os ensaios podem ser realizados in loco, ou em


laboratórios e responderão às necessidades de
reparo nas estruturas.
 Classificam-se em:

 DESTRUTIVOS
 NÃO DESTRUTIVOS.
ENSAIOS TECNOLÓGICOS

PENETRÔMETRO WINDSOR

 Analisa a resistência à penetração;


 Dispositivo (pistola finca-pinos) que dispara um pino
contra o concreto;
 O comprimento do pino que fica exposto é uma medida
da resistência à penetração do concreto, e pode ser
relacionada com sua resistência à compressão;
 Utilizado para medir o desenvolvimento de resistência do
concreto nas primeiras idades, a fim de se determinar o
momento adequado para a remoção de fôrmas.
ENSAIOS TECNOLÓGICOS
ENSAIOS TECNOLÓGICOS

MÉTODO DA MATURIDADE

 Estima o ganho de resistência do concreto com base no


histórico da temperatura desenvolvida durante a cura;
 Os efeitos combinados do tempo e da temperatura são
quantificados por meio de uma função de maturidade:
assume-se que amostras das mesmas misturas de
concreto de mesma maturidade atingirão a mesma
resistência, independentemente das combinações
tempo-temperatura que levam àquela maturidade;
 Monitora-se o desenvolvimento da resistência à
compressão nas idades iniciais do concreto, visando à
retirada das fôrmas e do escoramento.
ENSAIOS TECNOLÓGICOS

Termômetro Infra-vermelho e de contato


ENSAIOS TECNOLÓGICOS

ATIVIDADE E ABERTURA DE FISSURAS

 Verificação de existência de atividade nas fissuras.

 Acompanhamento e medição por meio de fissurômetro.


ENSAIOS TECNOLÓGICOS
ENSAIOS TECNOLÓGICOS

ULTRASSOM

 Determinação da velocidade de propagação de ondas


longitudinais através do concreto.

 Verificação da homogeneidade do concreto, detectando


eventuais falhas de concretagem, fissuras, etc.

 Monitoramento de variações no concreto ao longo do


tempo, decorrentes de agressividade do meio
ENSAIOS TECNOLÓGICOS - ULTRASSOM
ENSAIOS TECNOLÓGICOS

ESCLEROMETRIA

 Analisa a dureza superficial e homogeneidade do


concreto;
 Estima a resistência à compressão do concreto;
 Procedimento estabelecido pela NBR 7584;
 Utilizado em diferentes posições;
 Recomendado para grandes áreas de mesma
resistência.

Esclerômetro de reflexão de Schmidt


ENSAIOS TECNOLÓGICOS - ESCLEROMETRIA

Recomendações:

 Esmerilhamento com pedra abrasiva;

 Comparar concretos de mesmas idades;

 Molhar as superfícies 24h antes.


ENSAIOS TECNOLÓGICOS - ESCLEROMETRIA

PROCEDIMENTO DE ENSAIO (NBR 7584)


 Evitar leituras a distância < 5 cm das arestas;

 Efetuar no mínimo 9 leituras em cada área;

 Não realizar mais de 1 impacto no mesmo ponto;

 Usar distância mínima entre impactos de 3 cm.

 Nunca fazer ensaio em peças com menos de 14 dias.


Ideal mínimo 28 dias.
ENSAIOS TECNOLÓGICOS - ESCLEROMETRIA

 As superfícies de concreto devem ser secas e limpas e


preferencialmente planas.

 Superfícies irregulares não fornecem resultados


homogêneos.

 Superfícies úmidas devem ser evitadas.

 O Esclerômetro pode ser utilizado na posição vertical


(dois sentidos) ou na horizontal.

 Cálculo do IE (índice esclerométrico médio) será obtido


pela média aritmética dos valores obtidos no ensaio.
ENSAIOS TECNOLÓGICOS

ENSAIO POR LÍQUIDO PENETRANTE

 Identificar a região em que há penetração do líquido,


indicando fissura no material;

 Aplica-se, após a limpeza do material, uma camada de


líquido penetrante na superfície a ser ensaiada,
remove-se o excesso e, com o revelador, é possível
identificar a região em que há penetração do líquido,
indicando fissura no material.
ENSAIOS TECNOLÓGICOS
ENSAIOS TECNOLÓGICOS

ASPERSÃO DE INDICADORES DE PH

 Objetiva avaliar a profundidade de Carbonatação;


 Coloração “violeta” em regiões alcalinas;
 Incolores em regiões carbonatadas;
 Solução a 1%.
ENSAIOS TECNOLÓGICOS

PACÔMETRO
 Determina a profundidade e o diâmetro de armações de
aço localizadas dentro de estruturas de Concreto
(espessura da camada).
ENSAIOS TECNOLÓGICOS

ESPESSURA DE RECOBRIMENTO
ENSAIOS TECNOLÓGICOS

PERDA DE SEÇÃO DA ARMADURA


RECUPERAÇÃO DAS
ESTRUTURAS
PREPARO DO SUBSTRATO
PROCEDIMENTOS

 Utilização mais comum

 Equipamentos

 Execução

 Vantagens

 Desvantagens
PROCEDIMENTOS

ESCARIFICAÇÃO MANUAL
PROCEDIMENTOS

ESCARIFICAÇÃO MANUAL
PROCEDIMENTOS

DISCO DE DESBASTE
PROCEDIMENTOS

ESCARIFICAÇÃO MECÂNICA
PROCEDIMENTOS

DEMOLIÇÃO
PROCEDIMENTOS

LIXAMENTO ELÉTRICO
PROCEDIMENTOS

ESCOVAÇÃO MANUAL
PROCEDIMENTOS

PISTOLA DE AGULHA
PROCEDIMENTOS

JATO DE AREIA SECO OU ÚMIDO


PROCEDIMENTOS

DISCO DE CORTE

Corte para facilitar tratamento.

Abertura do sulco pré tratamento de fissura.


PROCEDIMENTOS

REMOÇÃO DE ÓLEOS E GRAXAS IMPREGNADOS

 A remoção de óleos, graxas e gorduras impregnados em


concretos em profundidades superiores a 3 mm requer a
remoção do concreto contaminado.

 Após a remoção e desligamento absoluto de fontes de


calor e chamas, aplicar na superfície um removedor de
graxas e limpador à base de solvente de alta penetração,
não corrosivo, adequadamente formulado para esta
finalidade.
LIMPEZA DA SUPERFÍCIE
REPAROS E REFORÇOS
ESTRUTURAIS
REPAROS E REFORÇOS ESTRUTURAIS

Alternativas cada vez mais comum devido:

 Estruturas mais esbeltas;


 Solicitações mais intensas;
 Ambientes mais agressivos;
 Consciência e maior conhecimento dos responsáveis
pela manutenção,
 Recuperação ou aumento do valor do imóvel;
 Inviabilidade de demolição e reconstrução;
 Mudança de uso da construção
Reparos superficiais localizados
Reparos superficiais grandes áreas
Reparos – juntas de movimentação
PATOLOGIAS EM ALVENARIAS E
REVESTIMENTOS

Disciplina: Patologia e Recuperação de Edificações


Prof.ª MEng. Everlânia Silva
PAREDES DE ALVENARIA

 Evolução dos processos construtivos e exigências


funcionais.

 Diversidade de materiais aplicados.

 Necessidade de alinhar aos projetos, o


detalhamento dos materiais aplicados e condições
de uso.
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

 A deterioração das paredes apresentam sintomas que


podem dividir-se em 2 grupos distintos:
 Patologias de ordem estrutural;
 Patologias não estruturais.

 As patologias de ordem estrutural afetam diretamente


a estrutura parede, podendo colocar em risco o seu
equilíbrio.
 Englobam-se dentro desta classe:
 Fissurações ativas;
 Envelhecimento dos materiais.
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

 As patologias não estruturais têm origem em fatores


externos à estrutura da parede, colocando em risco o seu
desempenho enquanto vedação ou divisória. Englobam-
se dentro desta classe de patologias:
 Fissurações das argamassas;
 Descasque ou descamação dos rebocos;
 Eflorescências e criptoflorescências;
 Envelhecimento e degradação dos materiais;
 Presença de microrganismos ou de organismos vivos;
 Pulverulência;
 Umidades;
 Aparecimento de manchas;
 Deterioração, descasque ou bolsas de água sob pintura.
MECANISMOS DE CAUSAS

Os sintomas decorrentes de fatores estruturais, podem


resultar das seguintes causas:

a) Erros de projeto (avaliação incorreta das tensões,


mal dimensionamento...);

b) Erros de execução (Aplicação incorreta das


argamassas de assentamento que devem, baixa
quantidade de argamassa nas juntas verticais,
aplicação não travada dos blocos de tijolo
provocando juntas lineares verticais de grande
dimensão, fragilizando a parede nomeadamente á
flexão quer horizontal quer vertical;
MECANISMOS DE CAUSAS

c) Erros na utilização (Aplicação de cargas sobre a


estrutura acima das que inicialmente foram previstas
em projeto de estabilidade; Alterações das condições
de utilização dos espaços; Alterações na estrutura da
construção;...)

d) Desastres ou erros de causas humanas (Construções


vizinhas sem contenções; Ampliações das construções
sem viabilização técnica; Alteração nas condições do
solo de fundação - ex. abertura de poços para extração
de água muito perto da construção) provocando uma
variação brusca do nível freático conduzindo a
assentamento das fundações); Fogo, explosões,
colisões.
MECANISMOS DE CAUSAS

e) Ações naturais (Temperaturas extremas provocando


variações elevadas nas tensões; Sismos; Ciclones ou
tornados; Avalanches, deslizamento de terras,
erupções vulcânicas...)

f) Envelhecimento dos materiais (redução das


características de resistências...)
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NOS
SISTEMAS DE REVESTIMENTOS
FISSURAS

 Patologia característica das estruturas de concreto.

 A caracterização da fissuração depende sempre da


origem, intensidade e magnitude do quadro de
fissuração existente.

 Fatores: retração plástica; assentamento plástico do


concreto; movimentação de formas e/ou do subleito;
retração hidráulica.
FISSURAS

 Retração plástica (quando a água de desloca para fora de


um corpo poroso não totalmente rígido, ocorre uma
contração deste corpo.
FISSURAS

 Retração hidráulica (após a pega é devido à perda por


evaporação de parte da água de amassamento para o
ambiente, de baixa umidade relativa. A retração após a pega
manifesta-se muito mais lentamente do que a retração
plástica.
MANCHAS NO CONCRETO

 Três causas básicas:

1. Pega diferenciada do concreto, ocorrida por um atraso no

processo de concretagem;

2. Posicionamento dos agregados graúdos muito próximos a


superfície;

3. Má aplicação das mantas de cura.


MANCHAS NO CONCRETO
BOLHAS

 Antecede o fenômeno de deslocamento dos revestimentos.

 Pequenas formações na superfície começam a aparecer, e


aos poucos, vão se tornando maiores e numerosas.

 Fatores: acúmulo de líquidos ou gases vindos da sub-base,


base e do próprio revestimento, em decorrência de falhas
durante a catalise dos materiais.
BOLHAS
EFLORESCÊNCIA

 Formação de sais solúveis que se depositam nas


superfícies dos materiais, levados do seu interior pela
umidade que os atravessa, formando manchas
normalmente brancas.

 Seu quadro patológico tem como fatores predominantes:


presença de umidade, sais solúveis e pressão
hidrostática.
EFLORESCÊNCIA
CRIPTOFLORESCÊNCIA

 Possui o mesmo mecanismo da Eflorescência, porém,


dá-se com a formação de grandes cristais dos sais
solúveis, que se fixam no interior da parede, aumentando
de volume e provocando a desagregação dos materiais.
CRIPTOFLORESCÊNCIA
TRINCAS, GRETAMENTOS E FISSURAS EM CERÂMICAS

 As trincas são rupturas causadas por esforços mecânicos,

resultando na separação das placas, gerando aberturas superiores a

1 mm.

 Já as fissuras, são rompimentos nas placas cerâmicas, que não

chegam a causar a ruptura nas placas, gerando uma abertura inferior

a 1 mm.

 Gretamento são aberturas em várias direções, inferiores a 1 mm,

ocorrendo na superfície esmaltada das placas, para evitar essa


DETERIORAÇÃO DAS JUNTAS

Compromete o desempenho dos revestimentos


cerâmicos, pois as juntas são responsáveis pela vedação
do revestimento cerâmico e por absorver deformações.
DETERIORAÇÃO DAS JUNTAS

 Ocorre quando há perda de estanqueidade e envelhecimento


do material de preenchimento. No caso da perda da
estanqueidade, isso se dá, devido ao mau procedimento de
limpeza, logo após a sua execução, que em contato com
agentes agressivos, pode causar fissuras.

 Em situações que os rejuntes apresentam uma quantidade


grande de resinas podem ocorrer envelhecimento e perda de
cor no revestimento.

 Para evitar essa patologia é necessário ter um controle


rigoroso da execução do rejuntamento, do preenchimento das
juntas e da escolha dos materiais que serão utilizados.
EXPANSÃO POR UMIDADE (EPU)

 Propriedade dos materiais cerâmicos que tendem a


inchar-se, em maior ou menor grau com o decorrer do
tempo.

 Associada à ausência de juntas adequadas resultará


fatalmente no descolamento do revestimento por
flambagem, ou gretamento e fissuras do esmalte.
EXPANSÃO POR UMIDADE (EPU)

 Com a EPU ocorre o aumento da peça cerâmica, devido


à absorção de água, podendo resultar no descolamento
da peça da argamassa.

 Para locais com umidade e que estão diretamente


expostos ao sol, deve-se analisar o índice de absorção
de água da peça, visando um índice baixo para que não
haja expansão.
EXPANSÃO POR UMIDADE (EPU)
DESTACAMENTO DE PLACAS
 O destacamento das placas ocorre devido a perda de
aderência da cerâmica do substrato, quando as tensões
aplicadas ultrapassarem a sua capacidade de aderência das
ligações.

 É possível perceber o destacamento da placa quando ocorrer


um som oco na cerâmica, ou quando ocorrer o estufamento
da camada de acabamento. Isso ocorre devido a acomodação
da construção, pela deformação lenta da estrutura de
concreto armado, pela ausência de detalhes construtivos,
quando utilizado cimento colante vencido, mão de obra
desqualificada, entre outras possibilidades.
DESTACAMENTO DE PLACAS
PATOLOGIAS NOS REVESTIMENTOS
ARGAMASSADOS

Ocorrem devido a qualidade do materiais utilizados na


execução, do traço da argamassa de cimento, da espessura
do revestimento, da aplicação do revestimento, do tipo de
pintura, da umidade e da expansão da argamassa de
assentamento.
As patologias mais frequentes nos revestimentos
argamassados são:

 fissuração e o deslocamento da pintura;

 formação de manchas de umidade, com desenvolvimento de


bolor;

 deslocamento da argamassa de revestimento da alvenaria;

 fissuração da superfície do revestimento;

 formação de vesículas na superfície do revestimento;

 deslocamento entre o reboco e o emboço.


QUALIDADE DOS MATERIAIS
UTILIZADOS
QUALIDADE DOS MATERIAIS UTILIZADOS

 Agregados

A desagregação do revestimento, tem como causa a presença


de torrões argilosos, com excesso de finos na areia ou de
mica em quantidade apreciável. A mica pode também reduzir
a aderência do revestimento à base ou de duas camadas
entre si.
QUALIDADE DOS MATERIAIS UTILIZADOS
QUALIDADE DOS MATERIAIS UTILIZADOS

 Cal
Se for utilizada logo após a fabricação, ocorrerá aumento
de volume, causando danos ao revestimento, mais
precisamente na camada de reboco. Existindo óxido de cálcio
livre, na forma de grãos grossos, a expansão não pode ser
absorvida pelos vazios de argamassa e o efeito é o de
formação de vesículas, podendo ser observados já nos
primeiros meses de aplicação do reboco.
QUALIDADE DOS MATERIAIS UTILIZADOS
QUALIDADE DOS MATERIAIS UTILIZADOS

 Cimento
Não existe inconveniente quanto ao tipo de cimento, mas sim,
quanto à finura que regulará os níveis de retração por
secagem. A retração nas primeiras 24 horas é controlada pela
retenção de água que, sendo proporcional ao teor de finos.
Mas, em idades, maiores, a retração aumenta com o teor de
finos. Para resolver o problema, costuma-se adicionar aditivo
incorporador de ar à argamassas de cimento, ou adicionar cal
hidratada para que aumente o teor de finos, melhorando a
retenção de água e trabalhabilidade do conjunto.
REPAROS MAIS COMUNS
PATOLOGIAS EM ALVENARIAS E
REVESTIMENTOS

Disciplina: Patologia e Recuperação de Edificações


Prof.ª MEng. Everlânia Silva
PATOLOGIAS EM PINTURAS

Disciplina: Patologia e Recuperação de Edificações


Prof.ª MEng. Everlânia Silva
CONCEITOS DE TINTAS

CLASSIFICAÇÕES:

 À base (veículo) de óleo ou solventes

 À base de água
VANTAGENS
Tintas a base de solvente:
 Melhor cobertura na primeira demão;
 Aderem melhor às superfícies que não estão muito limpas;
 Tempo de abertura maior (espaço de tempo em que a tinta pode ser
aplicada com pincel antes de começar a secar);
 Depois de seca apresenta maior resistência à aderência e a abrasão.

 Tintas à base de água:


 Melhor flexibilidade em longo prazo;
 Maior resistência a rachaduras e lascas;
 Maior resistência ao amarelamento, em ares protegidas da luz do sol;
 Exala menos cheiro;
 Pode ser limpa com água;
 Não é inflamável.
Fonte: POLITO, Giuliano. Apostila de Pintura. UFMG, 2006.
DESEMPENHO DOS REVESTIMENTOS
POR PINTURA
 Preparação do substrato.

 Compatibilização da solução adotada com o


desempenho desejado.

 Aplicação por especificações técnicas.

 Características do revestimento aplicado: aparência,


aplicabilidade, nivelamento, aderência, estabilidade
de cor, permeabilidade, poder de cobertura,
consumo, lavabilidade.
INCIDÊNCIA DAS PATOLOGIAS NAS
PINTURAS

 Durante a vida útil da pintura;

 Armazenamento do produto;

 Logo após a aplicação da tinta.


EXEMPLOS DE PATOLOGIAS EM
PINTURAS
EFLORESCÊNCIA
SAPONIFICAÇÃO: uso de tinta defeituosa, aplicação de
tinta alquídica sobre superfície contaminada, problemas
de umidade.
DESAGREGAMENTO
DESCOLAMENTO
BOLHAS
MOFO OU BOLOR
DESBOTAMENTO
CALCINAÇÃO
Mais frequente em tintas base óleo. Originada por alto teor de pigmento,
deficiente selagem do substrato, excesso de solvente ou aplicação de camada
muito fina.
DESCASCAMENTO DE TINTA ESMALTE EM MADEIRA
ENRUGAMENTO
MANUTENÇÃO ESTRUTURAL

Uma boa definição para manutenção será a constante do British


Standards 3811, de 1984, que estabelece ser:

"manutenção estrutural a combinação de todas as ações de


caráter técnico e/ou administrativo que tenham por fim garantir ou
restabelecer, para uma determinada estrutura, as condições
necessárias para que esta desempenhe, capazmente, as funções
para as quais foi concebida".
MANUTENÇÃO ESTRUTURAL
CADASTRAMENTO DAS ESTRUTURAS
 Centralizado no próprio local de utilização (edifícios residenciais, comerciais
ou industriais, por exemplo), ou em órgãos habilitados para o controle de
várias estruturas (pontes, estruturas "off-shore", etc.).

 Devem ser mantidos em arquivos bem organizados e de fácil acesso.

 Deve conter, pelo menos, os seguintes elementos:


 histórico da construção, com projetos, memoriais descritivos e especificações;
 investigações preliminares (geotécnicas, hidrológicas, ambientais, etc.),
programas de execução,
 diário de obra, relatórios da fiscalização, contratos, registros de alterações,
relatórios de ensaios de materiais e de controle de qualidade, etc.;
 intervenções técnicas já realizadas, incluindo, nas devidas proporções, e
quando for o caso, toda a documentação descrita para o item acima;
 registro da vistoria cadastral (recebimento da obra);
 registro de vistorias de rotina porventura já realizadas;
 documentação fotográfica e/ou em vídeo.
INSPEÇÃO PERIÓDICA
 Registrar danos e anomalias e avaliar a importância que os mesmos
possam ter do ponto de vista do comportamento e da segurança
estrutural.

 Todos os danos e anomalias constatados neste tipo de inspeção devem


ser registrados, sendo então as planilhas enviadas para o responsável
pelo cadastro e acompanhamento da estrutura, que as analisará e
tomará as providências cabíveis.

 A periodicidade varia de acordo com a idade, a importância e a


vulnerabilidade da estrutura, ou dos elementos. A análise da inspeção
periódica poderá conduzir à caracterização de uma das seguintes
situações:
 Danos desprezíveis ou inexistência de danos.
 Pequenos danos.
 Danos importantes.
 Danos emergenciais.
INSPEÇÕES CONDICIONADAS
 Realizadas todas as vezes que as inspeções periódicas
indicarem a existência de situações anômalas em
determinadas peças estruturais, ou em casos de danos
emergenciais ou de alarme.

 Diferenciam-se das inspeções periódicas por


obrigatoriamente serem realizadas por pessoal técnico
especializado, com a utilização de sofisticada
aparelhagem para medições, realização de ensaios
especiais, análise de toda a documentação cadastral e
emissão de laudo técnico, complementado, se for o
caso, pelo correspondente projeto de recuperação ou de
reforço (desenhos de execução, memorial de cálculo e
especificações).
INSPEÇÃO

MANUTENÇÃO
DIAGNÓSTICO DAS PATOLOGIAS

 A partir do conhecimento das diferentes manifestações

patológicas.

 Base para escolha de terapias adequadas.

 Determinado a partir da INSPEÇÃO.


DIAGNÓSTICO DAS PATOLOGIAS

Etapas gerais de uma inspeção:


 Elaboração de uma ficha de antecedentes, da estrutura e do
meio ambiente, baseado em documentação existente e visita
a obra.
 Exame visual geral da estrutura.
 Levantamento dos danos.
 Seleção das regiões para exame visual mais detalhado e
possivelmente da retirada de amostras.
 Seleção das técnicas de ensaio, medições, análises mais
acuradas, etc.
 Seleção de regiões para a realização de ensaios, medições,
análises físico-químicas no concreto, nas armaduras e no
meio ambiente circundante.
 Execução de medições, ensaios, e análises físico-químicos.
INSPEÇÃO

Dependendo do tipo e magnitude da informação que se

quer obter, pode-se adotar uma INSPEÇÃO

PRELIMINAR e INSPEÇÃO DETALHADA.


INSPEÇÃO

INSPEÇÃO PRELIMINAR

 Com base nas informações obtidas através desta etapa,

é possível determinar a natureza e origem do problema;

 Serve como base para um estudo mais detalhado.


INSPEÇÃO PRELIMINAR

a) Ficha de avaliação de antecedentes da estrutura e do meio.

 Estrutura: procurar buscar a maior informação possível sobre a


estrutura, como a idade ou tempo de serviço, natureza e procedência
dos materiais constituintes do concreto, dosificação e resistência
característica do concreto, qualidade e\características de construção,
idade de início dos problemas, diagnósticos e reparações anteriores,
níveis de tensão de trabalho da estrutura, eventuais mudanças de
uso da estrutura, etc
INSPEÇÃO PRELIMINAR

Meio ambiente: Tipo de atmosfera: Urbana, rural, marinha, industrial


ou a combinação entre algumas delas. Estimar a possível presença de
contaminantes, ciclos de temperatura, umidade relativa e ventos
atmosféricos e locais. Tipos de água: Naturais, salobras, doces,
subterrâneas, potável, esgoto industrial ou doméstico, sua composição
química e eventual contaminação. Natureza do solo: Natural, aterro,
ácido, alcalino, resistividade elétrica, características. Presença de
correntes erráticas: avaliação da existência e possível contaminação.
Agentes químicos: Presença de contaminações industriais, esgoto, etc.
INSPEÇÃO PRELIMINAR

b) Exame geral visual da estrutura


 Deve permitir determinar se o problema se apresenta por
igual ou apresenta causas localizadas.
 Deve-se realizar um exame diferenciado dos elementos,
registrando os sinais aparentes de corrosão (manchas,
extensão, grau de degradação, etc.), fissuras (localização,
direção, dimensão, etc.), regiões de desprendimento de
concreto com/sem exposição da armadura, degradação do
concreto, assim como qualquer outra anomalia.
 A elaboração de um registro fotográfico amplo é muito
importante

A tabela a seguir, proposta pela ACI apresenta um exemplo de


como se pode realizar a classificação dos danos na estrutura.
INSPEÇÃO

INSPEÇÃO DETALHADA

A partir da inspeção preliminar, pode ser necessária uma


inspeção mais criteriosa, onde serão abordados:
 Fichas, croquis e planos de levantamento de danos.

 Plano de amostras.

 Tabela de tipificação dos danos.

 Técnicas de ensaio / medição / análises adequadas.

 Regiões onde deverão ser realizados ensaios.

 Planificação de materiais e equipamentos.


INSPEÇÃO DETALHADA

Uma vez conhecida a estrutura, através da inspeção, ensaios,


etc, deve-se separar as patologias da estrutura.

A classificação das patologias tem o objetivo de orientar as


causas e origem dos problemas. Exemplo:

 Diferenciar as regiões com distintas exigências estruturais /


mecânicas.
 Identificar as características originais do concreto.
 Diferenciar as distintas regiões submetidas a distintos meios
agressivos.
 Estabelecer os graus de deterioração da estrutura ou seus
elementos.
INSPEÇÃO DETALHADA

Deve-se também selecionar:

 Técnicas e regiões de ensaio, medições e análises.

 Plano de utilização de materiais e equipamentos.

 Plano de execução da inspeção detalhada.


INSPEÇÃO DETALHADA

Ensaios a realizar:

CONCRETO ARMADURA
 Resistividade  Localização e espessura de
 Esclerometria recobrimento
 Ultra-som  Perda de diâmetro e seu limite

 Profundidade de carbonatação
elástico
 Medição de potenciais
 Concentração de cloretos
 Medição da velocidade de
 Resistência à compressão
corrosão.
 Porosidade
SERVIÇOS DE REPAROS E DE REFORÇOS
 Podem ser classificados em reparos de pequena monta e reparos
de grande monta.

 Reparos de pequena monta: são os reparos ocasionais ou de


manutenção rotineira, que poderão ser executados, sem maiores
problemas, por pessoal próprio de manutenção.
Exemplos:
 reparos de partes danificadas dos pavimentos (de pontes, terraços, "playgrounds",
etc.) e de revestimentos (de marquises, terraços sem acesso ao público, etc.),
incluindo a remoção do pavimento ou do revestimento danificado;
 selagem de juntas de dilatação com elastômeros;
 modificação da declividade em pisos, no caso em que poças d’água estejam sendo
formadas;
 reconstituição de pingadeiras e de pinturas protetoras contra a ação das águas;
 pequenos trabalhos de reconstituição do cobrimento de armaduras que foram
expostas por erosão do concreto ou por choque mecânico;
 em pontes, os casos mais simples de nivelamento do aterro nos encontros, para
que assim se elimine o choque das rodas dos veículos contra a estrutura, na
SERVIÇOS DE REPAROS E DE REFORÇOS

Reparos de grande monta: podem ser divididos em três


grupos básicos:
 renovação integral do pavimento
 revisão da impermeabilização e,
 execução de reparos estruturais.

É conveniente que os trabalhos relativos a qualquer um dos três


grupos sejam entregues a empresas especializadas.
SERVIÇOS DE REPAROS E DE REFORÇOS

TRABALHOS DE REFORÇO

 Podem se fazer necessários pelas mais diversas razões, tais


como a necessidade de aumento da capacidade de carga da
estrutura, ou a correção de danos causados quer por agentes
externos (choques, correntezas, incêndios, etc.), quer pela
deterioração da obra em grau muito elevado.

 Além de ser absolutamente necessário contar, para sua


execução, com pessoal e empresas especializados, é
imprescindível que haja um projeto de reforço realizado por
engenheiro estrutural familiarizado com este tipo de serviço.
PATOLOGIA E RECUPERAÇÃO DE
EDIFICAÇÕES
Prof.ª MEng. Everlânia Silva

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