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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP

ESCOLA DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
GERÊNCIAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DE OBRAS

RAYLANDO SOARES DE LIMA


DJAVAN
NEILDO ALVINO DA SILVA JUNIOR

GERÊNCIAMENTO DE SUPRIMENTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

NATAL
2016
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1 INTRODUÇÃO

Suprimento é ato ou efeito de suprir, de remediar a falta de algo, de abastecer


ou fornecer. No caso da construção civil, o sentido que se atribui ao termo, é em
relação à cadeia de materiais que uma obra necessita. Para que isso aconteça é
necessário que se gerencie o mesmo em seus diversos setores, subdivididos em
funções estabelecidas, com o objetivo de garantir a produção da obra, com o menor
estoque possível, alimentando-a para avalizar o andamento dos serviços,
respeitando os prazos através de logística interna; que visa o fluxo e a
movimentação dos suprimentos e reversa; que aponta a substituição e concertos
dos produtos com avaria como também, coleta dos resíduos sólidos para destinação
final ou restituição dos mesmos às empresas.

2 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

O processo de como a gestão dos suprimentos se da, pode variar entre as


empresas, que depende do funcionamento organizacional, do tipo de sistemas de
informação utilizado e procedimentos que são realizados. Porem a gestão abrange-
se por meio de setores; Engenharia, Compras e Almoxarifado, que são
responsáveis, pela solicitação (Engenharia), Fornecedores (Compras), aquisição
(Compras), recebimento (Almoxarifado), controle (Almoxarifado) e logística dos
suprimentos (Engenharia/Almoxarifado).

2.1 SOLICITAÇÃO

Inicia se com a identificação da necessidade dos insumos a partir de analise


feito no cronograma de materiais, para então a elaboração da requisição, com os
detalhes do produto; especificações técnicas e seus respectivos quantitativos para
então ser posteriormente encaminhada (solicitação) ao setor de compras para ser
aprovado.
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2.2 FORNECEDORES

A partir do cadastro de fornecedores e com as requisições em mãos, o setor


de compras pode então fazer um formulário de cotação dos preços, observando
critérios, como: condições de pagamento e o preço unitário do material. Na
negociação com os fornecedores a busca por preços em conta, é o parâmetro
principal que define a escolha do fornecedor, além da proximidade com a obra,
quantidade de materiais, prazo de entrega (menor possível), qualidade, garantia e
reposição.

2.3 AQUISIÇÃO

Após ter sido aprovado a requisição (solicitação) e ter sido feito a escolha do
fornecedor e o valimento da ordem de compra, somente então a aquisição pode ser
efetuada. O pagamento ao fornecedor é feito após a entrega do material na obra e
com sua devida confirmação. Após o pagamento é feito o recolhimento dos recibos.

2.4 RECEBIMENTO

Alguns cuidados devem ser tomados na hora do recebimento do material,


como: verificação das informações (quantidades, valor ou preço, especificação,
marca) da nota fiscal com a ordem de compra; inspeção visual do material com
relação a sua integridade, aspecto e apresentação; medição do volume (areia e
brita), medição de dimensões (blocos e formas de madeira), ensaios (slump test.)
etc..

3.0 ARMAZENAMENTO
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O armazenamento da cal, cimento, argamassa e gesso devem seguir


algumas recomendações: Para o cimento e o gesso o empilhamento máximo deve
ser de 10 sacos, 15 sacos de cal e 20 sacos de argamassa e devem ser estocados
em local aberto, mas que proteja da chuva. Recomenda-se que o estoque tenha
uma abertura para entrada e outra para saída, assim, os sacos mais antigos são
usados primeiro. Para evitar o contato dos produtos com a umidade, as pilhas
devem ficar sobre estrados de 30 cm de altura em relação ao piso e a uma distância
de 30 cm das paredes.

A dosagem e mistura são feitas em local coberto e ventilado, que não


atrapalhe o movimento de outros materiais e que esteja próximo ao equipamento de
transporte vertical (elevador ou grua).

A areia e brita, devem ser armazenadas em baias com 1,20m de altura com
blocos de concreto, para evitar o vazamento do material e sua mistura com entulho e
outros tipos de pedra ou areia. O material também não pode ter contato com o solo,
por isso deve ser armazenado preferencialmente sobre um contra piso de concreto.
Cada tipo de granulometria de areia ou brita deve ter sua própria baia.

Os blocos cerâmicos ou de concreto, devem ter altura máxima de


empilhamento de 2 m. A armazenagem pode ser feita em locais abertos, sem
prejuízos à qualidade das peças, colocando os blocos diferentes em pilhas
separadas, evitando a troca de materiais durante a execução da alvenaria e também
próximo ao ponto onde serão utilizadas ou do equipamento de transporte vertical.

O aço, (vergalhões) são agrupados e etiquetados por bitola e separados por


baias e empilhados com altura de no máximo de 50 cm. O material também deve ser
armazenado sobre o estrado com altura mínima de 7 cm em relação ao piso e deve
ficar o mais próximo possível da central de corte e dobra do canteiro.

4.0 LOGISTICA

Objetivos da Logística nas obras civis:


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• Permite um fluxo de serviços e materiais de forma contínua;

• Reduz transportes e movimentos, melhorando processos;

• Reduz perdas e desperdícios de insumos;

• Integra todos os elementos da obra;

• Melhora e facilita as condições de trabalho;

• Aumenta a produtividade;

• Reduz o nível de cansaço dos trabalhadores;

• Permite flexibilidade para atender as mudanças que possam ocorrer ao longo


da obra.

A logística reversa é um "instrumento de desenvolvimento econômico e


social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios
destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor
empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada".

5.0 REFERÊNCIAS

MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE. Logística Reversa. Disponível em:


http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-perigosos/logistica-reversa

Simões, Antonio - Mara Sheyla. Estudo do gerenciamento do setor de


suprimentos em uma empresa construtora. Disponível em:
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2003_tr0110_1414.pdf
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