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ARRANJO FÍSICO
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1. INTRODUÇÃO
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que possibilitem realizar suas atividades e sua interdependência. Com um bom
arranjo físico obtêm-se resultados surpreendentes na redução de custos de
operação e no aumento da produtividade e eficiência.
Embora em alguns casos o planejamento do arranjo físico pode parecer
uma tarefa simples, ele torna-se demorado e não tão fácil quando os recursos de
transformação ou máquinas são de difícil movimentação. Se o arranjo físico
(examinado a posteriori) está errado, pode-se levar a padrões de fluxo
excessivamente longos ou confusos, estoque de materiais, tempo de
processamento longos desnecessariamente e altos custos (SLACK, et al., 1997).
O re-arranjo físico de um determinado local pode interromper seu funcionamento
levando à insatisfação do cliente ou a perdas na produção.
2. CONCEITOS BÁSICOS
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VARIAÇÃO NA DEMANDA
- A produção atual satisfaz as estimativas de vendas ?
- Os equipamentos de transporte e manuseio serão suficientes?
CONDIÇÕES INSEGURAS
- Existe excesso de material ao lado da máquina?
- A área é adequada para o posto de trabalho? Existência de área que
comporta apenas um equipamento, onde na realidade há dois?
- Os materiais inflamáveis estão colocados em área Segura?
- Existem muitos acidentes de trabalho?
- Há espaço para tráfego e operação de máquinas?
- O tipo de piso é adequado para a atividade?
- A faixa demarcatória protege o trabalhador dos meios utilizados para o
manuseio de materiais?
MANUSEIO EXCESSIVO
- Os materiais percorrem grandes distâncias ?
INCREMENTAR A PRODUÇÃO:
- fluxo mais racional.
REDUÇÃO DE MANUSEIO:
- utilização da movimentação no processo produtivo.
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- menos manuseio (menor perda e danos de materiais, etc.)
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escolher o tipo de processo a ser adotado. Os tipos de processos são: processo
por projeto, processo jobbing, processo em lotes, processo em massa e processo
contínuo.
Uma vez decidido o tipo de processo, deve-se definir qual será o tipo
básico de arranjo físico que será adotado.
O tipo básico de arranjo físico é a forma geral do arranjo de recursos
produtivos da operação. Existem diferentes maneiras de alocar os recursos
produtivos de transformação, porém a grande parte é determinada pelo tipo de
produto, tipo de processo de produção e volume de produção.
De acordo com Black (1998), cinco projetos de sistemas de manufatura
podem ser identificados: arranjo físico de posição fixa (project shop), funcional (job
shop), em linha (flow shop), fábrica com células integradas e o processo contínuo.
Arranjo físico em linha (flow shop) : tem uma disposição fixa orientada
para o produto e os postos de trabalho (máquinas, bancadas) são colocados na
mesma seqüência de operações que o produto sofrerá. É caracterizado por
grandes lotes, menor variedade e maior mecanização (BLACK, 1998). É comum
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existir uma máquina de cada tipo, exceto quando são necessárias máquinas em
duplicata para balancear a linha de produção. Esta é a solução ideal quando se
tem apenas um produto ou produtos similares, fabricados em grande quantidade e
o processo é relativamente simples. O tempo que o item gasta em cada estação
ou lugar fixado é balanceado. As linhas são ajustadas para operar na velocidade
mais rápida possível, independentemente das necessidades do sistema. O
sistema não é flexível
Matéria Produto
Prima TO SE FU PL Acabado
SE SE TO TO FR FR RE RE
SE SE TO TO FR FR RE RE
SE SE TO TO FR FR RE RE
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que é necessária para fazer um grupo de produtos. As máquinas na célula são
todas, normalmente de ciclo único e automático, sendo que elas podem completar
o seu ciclo desligando automaticamente.
A célula normalmente inclui todos os processo necessários para uma
peça ou submontagem completa. Os pontos chaves desse tipo de arranjo são :
- máquinas são dispostas na seqüência do processo;
- uma peça de cada vez é feita dentro da célula;
- os trabalhadores são treinados para lidar com mais de processo
(operadores polivalentes);
- o tempo do ciclo para o sistema dita a taxa de produção para a célula;
- os operadores trabalham de pé e caminhando.
SE RE SE RE TO FR TO RE
TO FU TO RE TO FR FU RE
TO FR TO FU FU FU FU FR
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Processo Arranjo Físico
Por Projeto Posicional
Posicional
Jobbing
(tarefas) Funcional (por
processo)
Funcional (por
Lotes processo)
(batelada)
Celular
Celular
Em massa Linear (por
produto)
Linear (por
Contínuo
produto)
Fonte: Adaptado de Slack et al, (1997)
3.1.Tipos de Fluxo
1 2 3 4
1 4 5 8
2 3 6 7
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material (a mesma empilhadeira pode ser usada para ambos os propósitos) ou
considerações de acesso externas (acesso de estrada, docas de caminhão).
Também são preferidos fluxos em "U" para esteiras de produção. Neste
caso, os trabalhadores são colocados no centro do "U" e podem monitorar um ao
outro no progresso do trabalho, colaborando facilmente sempre que exigido. A
proximidade íntima também ajuda no espírito de equipe.
1 2 3 4
8 7 6 5
2 1
3
1 4
6 5
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A análise de fluxo do material pode ser feita:
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procedimento, incluindo informações consideradas, para fins de análise, tais
como: necessidade de tempo e distância de percurso. Para descrição dos eventos
realizados, a técnica utiliza os elementos de um processo e seus respectivos
símbolos que foram normalizados pela ASME (American Society of Mechanical
Engineers) : operação, transporte, inspeção, armazenamento e demora.
2 Costuras
De carrinho até
maq. de casear
3
Fazer
caseados
Colocar
4
botões
De carrinho até
banc. de inspeção
Quanto à qualidade
5
da costura
Até Banc.
de passar
6 Passar
Colocar no
7
cabideiro
No cabideiro até
setor de embalagem
8 Dobrar
Colocar no
9
saco plástico
10 Colocar na caixa
de papelão
De carrinho
até expedição
Expedição
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Gráfico do Processo –Operação
Linha, Etiqueta,
Papelão para gola
Linha
Linha e Botões
4 Pregar botões
6
Colocar no cabideiro
Embalagem
9
Colocar na caixa na bancada de embalagem
Expedição
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Carta de Múltiplo Processo
Esta carta junta todos os produtos (ou serviços) em uma única folha de
papel. A primeira coluna à esquerda é reservada para as operações (ou postos de
trabalho) e cada uma das colunas é reservada para um produto (ou serviço).
O roteiro de cada produto (ou serviço) é então traçado por meio das
operações (ou tarefas) pré-identificadas. Com esses roteiros diagramados lado a
lado podemos fazer uma comparação dos fluxos de cada produto (ou serviço).
O objetivo é obter um fluxo progressivo com o mínimo de retornos e
aproximar ao máximo as operações (ou tarefas) ou postos de trabalho entre as
quais haja uma alta intensidade de fluxo. A figura 3 mostra um exemplo de carta
de múltiplo processo.
Produto
Produto A Produto B Produto C
Posto
Almoxarifado 1 1 1
Corte 2 3 2
C.Q 3 4 4
Furadeira 2 3
Expedição 4 5 5
Fluxograma
É uma representação gráfica mostrando todos os passos de um processo.
Apresenta uma excelente visão do processo e pode ser uma ferramenta útil para
verificar como os vários passos do processo estão relacionados entre si, bem
como detectar oportunidades de melhorias de processos (eliminação de etapas,
agregação de processos, etc.).
início
Atividade 1
N
Decisão
Atividade 2
Fim
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4. FATORES A SEREM ESTUDADOS NA ELABORAÇÃO DO
ARRANJO FÍSICO
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- manuseio (freqüência, razão, esforço físico necessário, tempo
utilizado);
- espaço existente para a movimentação;
- dimensionamento da largura do corredor em função dos equipamentos,
meio de transporte, etc.;
- segurança dos funcionários e visitantes;
- acesso aos meios de combate de incêndio, meios auxiliares, etc.
5. DIMENSIONAMENTO DE ÁREAS
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para a retirada da peça depois do processamento, a colocação e retirada de
dispositivos, etc.
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ÁREA PARA PEÇAS PROCESSADAS - São válidas as considerações
apresentadas para as matérias primas não processadas.
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Fonte : Abrantes (2004)
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Fonte ( Abrantes (2004)
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- folga para transporte móvel e objeto parado : 15 cm
- folga para transporte móvel e objeto móvel : 30 cm
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essenciais das propostas. Deixar de fora estas pessoas realmente envolvidas no
processo é um erro que poderá levar a um arranjo pouco operacional ou a uma
instalação que não funcionará eficientemente (MUTHER, 1978).
Procedimento :
P1
P2
TRANSP P1 P2 TOTAL
AB 10 10
BC 10 15 25
CD 15 15
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c) Construir o diagrama De-Para, onde cada elemento do diagrama mede
a quantidade de transporte total entre as unidades da linha e da coluna
Para
A B c D
D
A B C D
De
A 10
B 25
C 15
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Um diagrama de Sankey é um fluxograma direcional onde a largura das
setas é proporcional à quantidade de fluxo. As grandes quantidades são indicadas
por meio de setas grossas em escala e as pequenas quantidades por meio de
setas proporcionalmente finas.
Um exemplo, logística pode-se observar um diagrama de Sankey dos
materiais passando pelos diversos setores da empresa desde a “Entrada do
material” até a “Expedição”.
Para facilitar a elaboração de um diagrama de Sankey, aconselha-se dividir
a tarefa em três etapas.
A primeira etapa consiste na determinação do ponto de partida e ponto
final. Neste exemplo, o ponto de partida é a “Entrada do material” e o ponto final é
a “Expedição
Entrada do material
Expedição
Entrada do material
100
Produção
170
Montagem
160
Expedição
Na terceira e última etapa deve ser feita a disposição dos fluxos de volumes
restantes, de forma a resultar num diagrama sem atravessamentos de nível. A
atribuição à direita ou à esquerda do fluxo principal pode ser escolhida de forma
aleatória.
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Entrada do material
80
70
5 5 5
Produção
170
Montagem
15
160
Depósito de produtos
acabados
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Expedição
Procedimento :
CENTRO 1 2 3 TOTAL
A 10 10
B 10 10 20
C 10 10
D 15 15
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d) Determinar a posição média dos centros de trabalho;
PMA = 10 X 1 = 10
10
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A parte superior é destinada
para a classificação das vogais
(importância da inter-relação).
1 2 3
2 3
1 2 3
4 5
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7. COR E SINALIZAÇÃO NA SEGURANÇA
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Cores frias (azul, verde): são cores suaves e calmantes, transmitem
frescor, descanso, paz e equilíbrio.
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se repetirá muitas vezes ao dia. Outro cuidado a ser tomado é quanto o índice de
reflexão, o normal é escolher cores entre 60% e 75% de reflexão, porém com
áreas muito iluminadas este índice deve ser de 50%.
O uso das cores com alto índice de refração ocasiona em uma melhora
significativa nos níveis de iluminação. Aproveite-se assim uma grande iluminação
com pouca quantidade de luminárias ou com lâmpadas de baixa potência.
As colunas podem ser pintadas como as paredes e neste caso elas
passam uma sensação de amplitude. Quando a idéia é dividir o ambiente as
colunas podem ser pintadas com cores diferentes para delimitar cada área.
O piso deve ser mais escuro que as paredes e o teto para evitar
ofuscamentos devido a reflexão, mas não devem ser utilizadas cores muito
escuras. Geralmente tons pastéis claros são utilizados por não possuírem muita
reflexão e terem um aspecto de limpeza.
As máquinas e superfícies de trabalho devem ter o menor índice de
reflexão (20%-40%) e o acabamento de ser sem brilhos para evitar o ofuscamento
do trabalhador.A cor deve estar condicionada as ferramentas de trabalho de modo
que não haja um contraste muito forte. As cores principais não devem perturbar a
atenção do trabalhador e devem favorecer a concentração. Partes críticas ou
móveis da máquina deverão ter destaque do corpo da máquina, visando à
segurança do trabalhador.
Portanto o ambiente de trabalho torna-se muito parecido com a natureza
onde tem-se cores escuras para o chão (terra), valores médios para as elevações
(florestas) e cores vivas para objetos em destaque (frutos) e a parte mais clara no
alto (céu).
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Amarelo (muitas vezes em contraste com o preto): temperatura (frio),
cuidado, requer atenção, aviso de transportes;
SINALIZAÇÃO GERAL:
O objetivo das sinalizações dentro de uma empresa visa a ordenação e
orientação de uma forma simples e eficaz, portanto é necessário que uma
sinalização seja facilmente vista e entendida. Para conseguir estas facilidades é
importante haver contraste e visibilidade nas cores utilizadas. Na comunicação a
cor tem a função específica de ajudar na clareza e da mensagem a ser
transmitida., sempre buscando o melhor entendimento.
Para usar o contraste em sinalizações de forma eficaz devemos sguir
alguns padrões. Na tabela 3 abaixo temos os melhores contrastes quanto a
distância de observação e visibilidade.
Como pode-se ver o contraste amarelo com preto é o que gera maior
visibilidade isto devido ao amarelo ser uma cor quente que atrai a atenção quando
usada em pequenas proporções. O branco e preto contraste mais comum, gera
um bom contraste, porém nenhuma das duas cores é atrativa ao olhar (em
comparação ao amarelo ou vermelho) diminuindo assim a visibilidade.
Tendo em mãos estas informações as sinalizações dentro de uma empresa
são geralmente divididas em: placas ou painéis e delimitação de áreas.
A sinalização através de placas e painéis é destinada a orientação. Serve
para indicar escadas, saídas, caminhos e eventuais explicações sobre a empresa
ou partes da mesma. Para informações direcionais a maneira mais eficaz é por
exemplo uma seta em contraste com o fundo da placa contendo juntamente o
nome do local. Em casos como este deve-se evitar um uso demasiado de
informações o que pode confundir ou dificultar a transmissão da informação.
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entrada
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VERMELHO : O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos
e aparelhos de proteção e combate a incêndio Não deverá ser usado na indústria
para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação com o
amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta). É empregado
para identificar:
Corrimão e parapeitos
bordas desprotegidas de aberturas no solo(poços,entradas subterrâneas,
etc.)
Cabines, caçambas
pára-choques de veículos de transporte pesado, sob a forma de listas
amarelas e pretas
Faixas no piso de entrada de elevadores
Paredes de fundos de corredores sem saída
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AZUL : O azul será utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu emprego
limitado a avisos contra uso e movimentação de equipamentos, que deverão
permanecer fora de serviço. Pode ser empregado :
barreiras e bandeirolas de advertência a serem localizadas
empregado em nos pontos de comando, de partida, ou fontes de energia
dos equipamento
canalizações de ar comprimido
prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em
manutenção
LARANJA : é utilizado para indicar locais que apresentam perigo, por ser uma
cor que atrai a atenção das pessoas. Devem ser pintados em laranja:
Canalizações que contém ácido
partes móveis da máquina e equipamentos
parte interna de caixas que protegem dispositivos elétricos
os dispositivos de corte de guilhotina ,bordas externas de serras, prensas ,
entre outros
botões de arranque de segurança
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SINALIZAÇÃO
O tamanho dos sinais será em função do lugar no qual vai ser colocado,
do caráter de risco envolvido, da distância visual e da quantidade de letras que se
utilizará. Ao escolhermos o tamanho deverá ser levada em conta a dimensão que
permita economia e uso de materiais existentes no mercado.
Os sinais deverão ser inspecionados periodicamente e mantidos em boas
condições. Deverão estar sempre limpos, bem iluminados e legíveis. Os avisos
danificados ou ilegíveis deverão ser reparados ou retirados imediatamente.
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8. ARMAZENAMENTO
Sacos e fardos
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Madeiras
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Armazenamento de líquidos perigosos
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8.3. Arranjo Físico do Armazenamento
CORREDOR
PORTAS DE ACESSO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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