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Expansão Adiabática

INTRODUÇÃO

O objetivo deste experimento é determinar a razão Cp/Cv para


o ar e, através disso, identificar o seu modelo molecular, usando os
seguintes objetos :
Garrafão de vidro, monômetro de óleo, haste, suporte,
mangueiras e seringa.

MONTAGEM
PROCEDIMENTOS E ANÁLISES.
Iniciamos o experimento abrindo a torneira do garrafão e
elevando o embolo da seringa até mais ou menos 35ml, abaixamos
lentamente o êmbulo da seringa até o fim e aguardamos até que o
óleo escorre-se e que o ar interno do garrafão fique em equilíbrio
térmico, anotamos a pressão manométrica  h1 na tabela I, em
seguida finalizamos o experimento abrindo e fechando rapidamente
a torneira provocando uma expansão adiabática do gás no interior
do garrafão, esperamos mais alguns segundos é pegamos  h2 e
anotamos também na tabela I.

TABELA I
 h1  h2
01 110mm 30mm
02 120mm 30mm
03 108mm 29mm
04 112mm 45mm
05 120mm 30mm
06 122mm 36mm
07 134mm 38mm
08 76mm 21mm
09 121mm 22mm
10 110mm 27mm
11 131mm 31mm
12 108mm 29mm
13 128mm 30mm
14 121mm 34mm
15 131mm 31mm

Um processo adiabático é um processo em que não há troca


térmica entre o sistema e suas vizinhanças, as suas variáveis de
estado são as seguintes, temperatura, que será constante neste
processo, pressão, que variará junto com o volume de acordo com o
gráfico abaixo.
Capacidade calorífica a pressão e volume constantes vem a ser
a energia necessária para elevar de um grau a temperatura de uma
substância
O valor de  = Cp/Cv para uma gás monoatômico e diatômica são:

Monoatômico
Cv = 3/2 .nr
Cp = 5/2 . nr
 = 5/3 = 1.666
Diatômico
Cv = 5/2 .nr
Cp = 7/2 . nr
 = 7/5 = 1.4
A relação entre  e o modelo molecular do gás é que:
 = (  h1 /  h1 -  h2) = g +2/g
isolando g temos que:
g = 2(  h1 -  h2)/  h2
substituindo um valor de tabela temos que g é igual a 5.333
que tem como estrutura um halter rígido, pois:
2 = halter liso
5 = halter rígido
7 = halter vibrante

P
P0+  h1

P0+  h2 33g
P0

V
V1 V2=V3
Analizando o gráfico acima vimos que o processo de 1 a 2 e
uma expansão adiabático com diminuição de temperatura do gás e o
processo de 2 a 3 e isovolumétrico, com um aumento de
temperatura ou seja, a volume constante.
Como a temperatura é a mesma, Podemos admitir  da
seguinte forma:
P1V1 = P2V2
(P0 +  h1)V0 = (P0 +  h2)V2
como:
(P0 +  h1) = P0( 1+  h1/ P0)
(P0 +  h2) = P0( 1+  h2/ P0)

V2 = ((1+  h1/ P0)/( 1+  h2/ P0)) . V0

pelo processo de 1 para 2 adiabático:


P1V1  = P2V2 
P0 (1+  h1/ P0) . V0  = P0 ((1+  h1/ P0)/( 1+  h2/ P0))  . V0

Aplicando logaritmo.
 [ln ( 1+  h1/ P0) – ln ( 1+  h2/ P0)] = ln ( 1+  h/ P0)
para  h/ P0 <<1, ln ( 1+  h/ P0)   h/ P0
Logo:
 = ((  h1/ P0 )– (  h2/ P0)) =  h1/ P0
 =  h1 /  h1 -  h2

TABELA II

 h1  h2 
01 110mm 30mm 1.375
02 120mm 30mm 1.333
03 108mm 29mm 1.367
04 112mm 45mm 1.671
05 120mm 30mm 1.333
06 122mm 36mm 1.418
07 134mm 38mm 1.395
08 76mm 21mm 1.420
09 121mm 22mm 1.222
10 110mm 27mm 1.325
11 131mm 31mm 1.310
12 108mm 29mm 1.367
13 128mm 30mm 1.306
14 121mm 34mm 1.390
15 131mm 31mm 1.310

Os cálculos do tratamento estatístico para  usando a teoria do


desvio padrão esta em anexo, e o resultado fui:
 = (1.37 +- 0.02)

CONCLUSÃO
Como o tratamento estatístico para  deu 1.3, que se
aproximou de 1.4, então conclui-se que o modelo molecular
aceitável para o gás é o diatômico.
O erro percentual cometido no experimento foi de:
% = |Vexp – Vteo|x100 = |1.37 – 1.4|x100 = 2.1%
Vexp 1.4
Podemos citar alguns dos erros sistemáticos do experimento
como a consideração do gás como sendo ideal, o não fechamento da
válvula tão rápido suficiente para que não haja troca de calor com o
meio externo,a injeção do ar rapidamente na seringa.

ANEXO
 Tratamento estatístico para  usando a teoria do desvio
padrão
n
1 1 n
  = [  2  (  ) 2 ]
n  1 i 1 n i 1

n
(  ) 2 = 421.973
i 1
n

i 1
 2 = 28.2660

  = 0.098 = 0.10
  = 0.10/ 15 = 0.02
m
 = (1.370+-0.020)

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