14/10/04
de distingui-lo da realidade.
CONT. TEORIA DO APARELHO
PSIQUICO DE FREUD
Capacidade de administrar a nossa vida psíquica
ou em geral esta diretamente relacionada aos
contornos psíquicos. É ter uma meta, desejos
definidos, libido estruturada, saber o que quer.
Esses são limites impostos ao id, as pretensões
da criança.
Os limites são coisas simples que a vida
providencia. Ex: criança cai do degrau, bate a
cabeça... E fica revoltada, se vira para a mãe e
chora! Esse choro não é por dor, é de revolta,
raiva, pq aconteceu algo que não deveria ter
acontecido.
A criança supera a primazia do sentimento
oceânico através das frustrações que sofre no
dia-a-dia - oposições ao seu desejo
expansionista.
Então ou ela desenvolve uma proteção (defesa
para enfrentar) a essas barreiras todas ou se
desestrutura, se fere demais.
Essa proteção se da pelo desenvolvimento de
uma barreira externa que é o ego. Ele tem a
função precípua de desenvolver o contato com a
realidade e de buscar nesta formas ajustadas de
satisfação dos impulsos do id. Funções de
percepção, conhecimento e motilidade
(movimentar).
O ego apresenta os chamados mecanismos de
defesa que são inconscientes. As vezes ele
impede a satisfação para evitar coisas piores. Ex:
cara que fica inventando desculpas para não
encontrar a garota.
Mecanismo de racionalização - ego busca razoes
aceitáveis para justificar um ato, que não são as
verdadeiras, pois estas não seriam aceitáveis.
O ego rege-se pelo Principio da realidade, graças
ao qual ele desenvolve a "prova de realidade",
que demonstra a maturidade da pessoa.
A prova de realidade se desenvolve na medida
em que vc descobre emocionalmente que nem
tudo que vc deseja, por mais que o faca, nem por
isso lhe pertence. E tudo o que vc quer mais
evitar, por mais que queira, nem por isso deixa
de lhe pertencer. Esse é o grande desafio do
homem! Ser feliz é saber administrar as suas
frustrações. A intensidade da frustração se mede
pela intensidade do desejo e pela incapacidade
O delinqüente é invariavelmente alguém que não
consegue fazer isso.
Essa prova de realidade vai ser desenvolvida
desde os primeiros meses de vida.
Qdo vc esta numa situação de massa, em que vc
se vê tomado pelas emoções da massa (graças a
atuação de um caudilho), ocorre a chamada
regressão do ego. Suas funções se diluem. Ele
momentaneamente se torna vulnerável, fraco e o
individuo se deixa tomar pelo impulsos, paixões
e emoções da massa. É como se o ego recuasse e
deixe espaço para um outro ego (o do caudilho).
Temos um acréscimo dos impulsos, uma
diminuição da inteligência e da capacidade
critica. Numa situação de massa ha uma
diminuição da responsabilidade individual
(segundo o prof. ate da imputabilidade, mas o
individuo resolveu de livre e espontânea vontade
entrar na massa!).
A maior parte do ego é inconsciente, mas tem
uma parte consciente considerável.
Qdo a criança atinge 4 ou 5 anos, ela vai
internalizando algumas normas e valores. Ate
então ela se sentia o centro das atenções (amor
de identificação com o pai e de posse com a
mãe). Passa então a descobrir que o mundo não
precisa de vc, que entre o pai e a mãe tb existe
uma relação, que ate a prescinde! Que a mãe não
pertence a ele, pertence como mulher ao pai. A
relação que quer mater com ela é proibida.
Começa a desenvolver a experiência do que é ser
excluído.
"Para se sentir incluído, tenho que me sentir
único, exclusivo".
criança vai ter que internalizar a principal norma
que é a interdição do incesto. A partir dai a
criança vai desenvolvendo e estruturando a sua
libido, num amadurecimento de sua sexualidade
para fora do lar.
Aqui ha a descoberta de seus direitos. e deveres.
O aprendizado da relação a três (a relação a dois
é mais fácil) - célula mater do relacionamento
social mais amplo (rivalidade, competição e
oposição amor e ódio).
A família é o contexto onde se aprende a
conviver com o amor e o ódio, a administrar as
rivalidades, as paixões e a competição.
É daqui que vai surgir o super ego.
21/10/04
O menino tem no pai um objeto de identificação
(amor de identificação) e pela mãe tem amor de
posse (primeira mulher da vida dele). Para as
meninas acontece a mesma coisa so que ao
contrario.
A acolhida do pai com a filha é muito importante
para sua auto-estima na sua condição de mulher
e vice-versa.
Fases: oral, anal e fálica (fase do poder, falo-
penis, símbolo do poder).
Fixação na fase fálica pode ocasionar
futuramente uma posição narcisista, individuo
precisa ser admirado por todos a todo o tempo.
Qdo ha boas condições de identificação com o
genitor correspondente, a criança vira a ter
melhor formação da personalidade.
Se houver uma inversão de identificação, poderá
ocorrer uma condição de homossexualismo
futuramente. A ocorrência disso varia
dependendo do caso.
criança - Descoberta de que o casal não precisa
do filho para existir (se não prescindir, ira suga-
lo!).
Nesta relação triangular é que surge o super ego.
Pq é exatamente qdo a criança vai internalizar os
valores da convivência social, as normas
paternas (condição de cultura, diz o que é seu ou
não, os de seus direitos. e deveres) a partir das
quais todas as outras vão ter o seu sentido.
"não é pq vc não é exclusivo que vc não esta
incluído".
Super ego:
Super estrutura dentro da personalidade.
- Internalização das normas, valores. Essa ética
passa a fazer parte da sua personalidade.
- Define o "ideal". É dele que vem as proibições,
as ameaças, mas tb os elogios.
É dele que vem a principal censura e mais difícil
de superar: a sua própria. A censura dos outros
atinge vc na medida da sua censura.
Ego - age em função da realidade.
Super ego - age em função das normas impostas.
2
Um superego ideal é o desenvolvido pois alem
de ditar normas, aceita os erros.
O superego é o centro censor da personalidade.
Rege-se pelo Principio do "dever-ser".
Ele é na sua maior parte inconsciente.
28/10/04
2- INTELIGENCIA não será dado!
3 - PSICOSE
"não existe pessoa mais feliz que o psicótico,
pois não tem conflitos! Os conflitos são próprios
do neurótico".
O psicótico acredita que mora num castelo.
3.1 - Conceito de Psicose
Na psicose ocorre uma ruptura / perda da
identidade.
Analogamente falando, o ambiente estaria sem
parede, as estruturas rachadas, o prédio teria
perdido a sua configuração, ninguém acharia
nem a sua sala. Espécie de tremor que abala a
própria estrutura. não poderia nem usar o prédio
para a finalidade a qual ele está destinado.
Psicoses são desorganizações fundamentais,
estruturais da vida mental, que implicam uma
perda de sentido da vida psíquica, experiências
psíquicas ilógicas, injustificadas, absurdas,
independentes, características de um estado de
alienação (desconexão com o real).
A psicose não cura mediante interpretações,
apontamentos. Aqui de nada adianta a analise de
um psicólogo.
O que pode melhorar é o dialogo entre os
circunstantes e o psicótico, melhorando sua
condição de convivência e a qualidade de vida
do psicótico.
Temos plenamente justificada a inimputabilidade
penal. não ha como condenar uma pessoa que
comente um crime neste estado de alienação, não
tem nada a ver com sua vontade, com o comando
que tem da sua vida. não entende absolutamente
o caráter ilícito do ato.
3.2 - função psíquica e suas perturbações
"funções psíquicas preservadas" = não ha
nenhum quadro psicótico.
Consciência:
- Sonolência - estupor - coma
- Obnubilacao: mente de nuvem. Coisas meio
confusas... Temos criações oníricas (de sonho),
não consegue discernir o que é realidade ou não.
- Estado crepuscular: estreitamento de
consciência. Pessoa esta ligada com a realidade
porem so a um objeto ou a poucas pessoas. Ex:
pessoa bêbada que fica falando horas sobre o
mesmo assunto com uma certa pessoa.
Pensamento: delírios. É uma idéia equivocada,
que tem acesso por via patológica (não é apenas
suspeita, mas certeza, convicção, mas não tem
justificativa alguma) e que é resistente a
qualquer argumentação lógica (pessoa não se
convence).
Podem ser:
- de alusão (referencia): vê duas pessoas
conversando e tem certeza que estão
falando dele.
- de perseguição: tem certeza que estão
tramando algo contra ele.
- de ciúme
- de grandeza: julga-se o tal, esta superior
aos outros
- depressivos: tem uma depressão
profunda, viver não tem mais sentido,
busca motivos e não encontra.
percepção: alucinações (e ilusões). Podem ser:
- auditivas (as mais freqüentes)
- visuais
- gustativas e olfatórias
- táteis
3.3 - Causa
3.4 - Síndromes
3.5 - Curso evolutivo e imputabilidade penal.
04/11/04
FUNCOES PSIQUICAS E SUAS
PERTURBACOES (Cont.)
Orientação autopsíquica (reconhecimento do
individuo de si mesmo): despersonalização
Dupla personalidade (sensação de que algo
estranho existe dentro de vc) - desidentificação
(não se reconhece mais, perde o nexo da própria
história) - personificação (se identifica com
alguém ou algo).
Memórias: amnésias (perda da memória). Pode
ser mais ou menos grave.
Motricidade: catatonias (dissociação entre a
moticidade voluntária e a involuntária - tiques -
ficando apenas com a involuntária). Podem ser:
- Hipercinética: aumento da motricidade.
- Hipocinética (ou acinética): ausência de
movimentos ou sua diminuição
significativa.
Afetividade (estado de humor): distimias.
Eutimia é o contrario de distimia. humor
eutímico - individuo esta ok.
- Humor excessivamente baixo: tristeza,
angustia, tédio, inibição (depressão
profunda sem nenhum fundamento). Pode
ser acompanhado por reações impulsivas
- agressividade.
- Humor excessivamente alto: alegria,
êxtase, entusiasmo, exaltação.
CAUSAS DAS PSICOSES
- Endógenas: a causa vem de dentro. É da sua
constituição. Corpo + mente.
É a causa das verdadeiras psicoses.
- Tóxicas: causadas pelo álcool, pelas drogas
(crack, heroína, morfina, LSD...)
- Infecciosas: causadas por infecções, doenças
que dão febre muito alta. Ex: pneumonia -
hipotermia - delírios (causa fenômenos psíquicos
psicóticos, não psicoses propriamente ditas).
- Causas traumáticas: causadas por alguma
lesão cerebral.
- Causas involutivas: próprias da senectude.
Destacam-se:
* Demência senil (70 anos): caracterizada por
uma regressão nas faculdades mentais do velho.
3
Domínio dos instintos. inversão do dia e da noite
(laborterapia).
* Arteriosclerose cerebral (entre 50 - 60 anos):
causada por problemas na irrigação sangüínea do
cérebro. Caracterizada por intervalos de lucidez.
SINDROMES
doenças propriamente ditas.
- Síndrome esquizofrênica: caracteriza-se por um
desarranjo geral da personalidade. Mais
perceptível pelo leigo. É aquele "chapadão".
Atinge o pensamento e a percepção sobretudo.
- síndrome delirante: atinge o pensamento
especificamente. Caracteriza-se por um delírio
sistematizado (sempre o mesmo, a mesma idéia).
Qdo não esta delirando, o individuo conversa e
se relaciona perfeitamente bem. É um no, fica
isolado dentro da personalidade e o resto
funciona bem.
- síndrome maníaca: excitação do humor
(excessivamente alto), sem conexão com a
realidade. Pode cometer crimes, pois pode se
tornar irritadiço. Pessoa fica inquieta, muita
energia que não consegue conter.
- síndrome depressiva: rebaixamento excessivo
do humor (depressão). Tem pouco interesse
jurídico penal.
- Transtorno mental psicótico ocasionado pelo
uso de substancia psicoativa: não é psicose
propriamente dita. Causa exógena.
CURSO EVOLUTIVO DAS PSICOSES
---- sadio
___ doente
- Processo: -----_______
síndrome esquizofrênica, delirante
- Surto: ---___---___---___
Transtorno bipolar de personalidade (psicose
maníaco depressiva)
Causas endógenas
- Episodio: ----_________-------
- Defeito: -----__________ "seqüela"
4
Causas exógenas.
Processo: Individuo comete o crime e é
processado qdo doente: causa de
inimputabilidade. É uma doença psicótica!
Comete o crime sadio e é processado qdo doente:
imputável, mas a pena é convertida em MS. não
é uma delinqüência psicótica!
Surto: Comete o crime sadio e é processado
doente: ocorre o mesmo que no Processo. Se ele
comete o crime doente é condenado na fase
sadia: inimputável (MS pq é previsível novo
surto).
Episodio: Comete o crime doente e é processado
sadio: inimputabilidade pq isso não ira mais
acontecer.
Defeito: Depende da gravidade da seqüela.
APLICACOES FORENSES
- Morfologia do delito
- Classificação
- Imputação
- Prognostico: depende do quadro clinico.
11/11/04
PSICOLOGIA DO TESTEMUNHO
Introdução: Pretende mostrar um pouco a
relatividade do testemunho, em função das
limitações da testemunha.
- O que é testemunho: é o relato de um fato, tal
como percebido ou realizado pela testemunha.
O Dto. não pode exigir alem disso! E é isso o
que querem os Juizes e os promotores.
A questão do falso testemunho do ponto de vista
da psicologia: não é o individuo faltar com a
verdade, pois ele não tem compromisso com a
verdade e sim relatar algo que não esta de acordo
com sua percepção e memória. Estas não
necessariamente estão de acordo com a verdade!
Existe um descompasso entre a testemunha e o
que ele percebeu ou se lembra e não entre ela e o
fato!
- Falhas no testemunho:
* propositais: construção do testemunho por sua
vontade.
* não propositais: a testemunha comete pese a
sua vontade em não faltar com a verdade e as
vezes ate por conta desse desejo de colaborar
com a justiça.
Consistência e coerência são construídos pela
linguagem. Podem ser dadas pela certeza
subjetiva.
6.1 - percepção
6.1.1 - Conceito: é o processo pelo qual o
individuo organiza o campo estimulador
(ambiente a sua volta), atribuindo-lhe um
significado. Existe um mínimo de contato com a
realidade, mas a percepção de cada um varia,
pode ser mais positiva, negativa, etc... Cada um
percebe o mundo a sua maneira.
6.1.2 - sensação: é a primeira fase da percepção,
é a fase da pura captação dos estímulos (2a -
associação com os seus conhecimentos
anteriores e 3a - interpretação ao nível
perceptual, não intelectual).
Aqui começa já o trabalho dos vieses:
Fator de seletividade: vc seleciona determinados
estímulos e não vê outros. Se da com fatores
óbvios ou afetivos. Ex: chave na mao do Prof.
A percepção é essencialmente consciente, mas as
vezes não vejo ou não ouço algo...
Fator de limitação dos órgãos dos sentidos:
nossos órgãos são muito limitados.
* Ordem de precisão crescente: olfato, paladar,
tato, audição (sons indefinidos ou palavras,
frases. Nas frases ouvidas pela metade, tende-se
a completá-las inconscientemente através do
ego) e visão (testemunha visual. Mas aqui tb
existem imperfeições no campo da sensação).
6.1.3 - condições modificadoras da percepção
* Objetivas: são aquelas condições que
dependem do estimulo e não da pessoa. são
obvias. Ex: duração do estimulo (existe duração
objetiva e subjetiva, cuidado! Depende das
emoções que aquele fato causou) e grau de
iluminação (o maior problema é a penumbra,
pois a imagem fica meio imprecisa e a tendência
natural e torna-la precisa, completando-a).
* Subjetivas
6.2 – memória
18/11/04 -
PSICOLOGIA DO TESTEMUNHO
Condições modificadoras - já vimos as
objetivas. Hoje vamos ver as subjetivas:
1) Emoção - quem está envolvido na situação
freqüentemente tem uma percepção alterada do
fato. A espontaneidade com que a pessoa fala
leva a crer que fala a verdade, mas nem sempre
se trata da verdade.
Minutos depois do acontecimento do fato, ele já
é entregue à memória.
2) Projeção - é natural projetarmos nos outros
nossos estados emocionais. Quem está mau
humorado em geral sente o ambiente da mesma
maneira. Se vc for ou estiver agressivo, vc
projeta essa agressividade sobre o ambiente,
sobre suas percepções.
3) Traços centrais - é uma característica do
percebido, que pode ser real ou imaginaria, mas
que, para o percebedor é muito importante, a tal
ponto de, a partir desta característica, o
percebedor inferir todo um quadro mais
complexo. Ex.: fulano é um homem de bem. É
como uma gota de sangue em um copo de água -
todo o copo se colore. Ex.: aparece uma
testemunha mal vestida, desdentada - interpreto
tudo o que ela fala a partir da minha percepção
dela. Note que não é um fenômeno cognitivo,
mas perceptivo. A percepção é sim consciente
mas o seu processamento não é.
4) Atribuição de causalidade - própria do nosso
funcionamento egóico (o ego quer descobrir não
a verdade mas quer conhecer a realidade e se
adaptar a ela). Assim diante de um fato qualquer,
o ego pergunta: quem? O quê? e Por quê?
Vejo uma pessoa na janela segundos depois de
ser atirado um ovo lá para baixo.. faço
imediatamente a associação, ligando os fatos e
deduzindo uma causalidade que na verdade não
existe...
5) Busca de coerência - onde houver
incompreensibilidade, tentamos tornar o fato
compreensível. Não toleramos a incoerência.
Ex.: pessoa que estimamos muito comete um ato
que reprovamos - aparece uma incoerência. Duas
alternativas: refazemos nossa opinião sobre a
pessoa; ou mantemos intacta a imagem que
temos da pessoa e minimizamos a importância
do fato.
5
É preciso uma maturidade muito grande do ego
para aceitar que uma ótima pessoa possa cometer
um ato falho - a incoerência existe.
25/11/04
O segundo elemento que condiciona o
testemunho é a memória (logo depois da
percepção).
CONCEITO DE MEMORIA - Capacidade de
a) fixação; b) conservação e d) evocação - das
impressões sensoriais, dos fatos, etc.
A conservação está muito ligada à integridade do
sistema neurológico. O fato pode ser evocado de
forma deturpada por perturbação da conservação.
CONDIÇÕES MODIFICADORAS DA
MEMORIA
- ATENÇÃO - qdo não há muita atenção a
fixação é fraca e fica muito mais difícil a
evocação posterior. Assim, a atenção é item que
influi POSITIVAMENTE na FIXAÇÃO. Por
isso não adianta forçar a pessoa falando "preste
atenção à pergunta" - este não é mais o momento
para atenção! Ela só interfere no momento da
fixação,. não atua na evocação. Só volta à tona
nos casos de métodos como a reconstituição.
- EMOÇÃO - uma forte emoção contribui ,
interfere POSITIVAMENTE na FIXAÇÃO e
NEGATIVAMENTE (prejudica) na
EVOCAÇÃO. isso pq a emoção muito forte,
perturbadora, volta à tona. O TRAUMA se dá
qdo a pessoa não consegue mais lidar com
absolutamente nada.
Lembrar que a emoção prejudica a percepção.
então, como é que ela contribui para fixação?
Bem, o fato, distorcido (pela percepção alterada)
ou não, fixa-se melhor qdo há emoção.
- ASSOCIAÇÃO DE ESTIMULOS (artifícios) -
Colocados diante de X, nos lembramos de Y.
Neste caso, tem sentido pedir à testemunha
atenção. Daí se levar a testemunha à cena do
crime.
- IMAGINACÃO - interfere na fase da
EVOCAÇÃO. É a grande responsável pelo
preenchimento das lacunas. Talvez através da
forca do ego e principalmente ela necessidade de
restar um depoimento coerente. Onde houver
lacunas na evocação, a imaginação preenche.
6
Assim, as lacunas na evocação só podem ser
preenchidas mediante associação de estímulos e
falseamento com uso da imaginação.
- SUGESTÃO - depende da maneira como se
formula a pergunta. Influi mais ou menos
dependendo do grau de vulnerabilidade da
testemunha perante a autoridade e importância
do fato. Interfere, e muito, no momento da
evocação.
- AMNÉSIA (amnésias progressivas que
acometem principalmente os indivíduos de
idade).
Lei de regressão para amnésias progressivas: a)
dos fatos recentes para os remotos; b) do abstrato
para o concreto. por isso o idoso se apega ao
concreto e ao passado.
Problema é na fixação! (tb na conservação).
02/11/04
PSICOLOGIA DA CONFISSÃO
Importância da confissão do ponto de vista
psicológico, para o réu - importante,
principalmente sendo réu primário. Ao ser preso
o indivíduo fica em uma situação de crise
(emoção muito forte, situação nova, para qual ele
não dispõe de resposta no momento). A
confissão acaba sendo uma resposta, para a
situação de crise. Ele define uma situação. É um
alívio que livra o réu do stress, da preso.
Para a sociedade, a importância da confissão não
é só a objetiva (se encontrou o culpado). É
importante pq uma vez localizado o culpado,
todo o ódio que pairava no ar passa a poder ser
dirigido.
A confissão pode ser:
- verdadeira (confessa o crime que praticou) -
por remorso, religião, vaidade, prazer de
repetição, coação.
- falsa (confessa o crime que não praticou).
- Mentira (nega o crime que praticou).
VERDADEIRA
- Remorso - culpa vem do superego.
- Religião - princípios leva a confessar a própria
culpa.
- Vaidade - para aparecer na mídia. Comum nos
casos de grandes assaltos, por exemplo.
- Prazer na repetição - acaba levando a pessoa a
confessar, se não perante o delegado, em outras
situações.
- Coação
Quando é mais favorável ocorrer a confissão
verdadeira? Primário ou reincidente? No
primário. O reincidente já está acostumado a
mentir, não se sente pressionado, etc. Não basta
ser primário - deve ser ocasional - cometeu o
crime por força predominante das pressões do
momento!!! Além de ocasionais, passionais -
mais fácil ainda se obter a confissão verdadeira.
Pq? Pq são casos mais susceptíveis à crise, onde
não se está acostumado com a situação e as
pessoas não conseguem guardar aquilo para si
(no passional).
Confessado o crime, essas pessoas se aliviam e a
partir daí ficam em condições de começar a
negar o crime!!! Ou buscar atenuações da culpa.
No caso dos psicóticos com delírio de grandeza é
tb mais fácil obter a confissão. O mesmo para
aqueles com mania de perseguição.

- CONFISSÃO FALSA
A) Por pessoas normais
- por coação
- solidariedade: menores de idade (inimputáveis
- em troca de vantagens ou por coação)
- vantagem penal (para caracterizar crime
continuado).

B) Anormais
- Débeis mentais
- Histérico
- Ébrio - estado de embriaguez.
- Delírio de grandeza
- Deprimidos - em busca de punição (muito
raro).