Você está na página 1de 8

Asafe, o homem de quem Deus se apoderou.

Asafe era diretor de música nos dias de Davi e Salomão. Crente no Senhor, compôs 12 hinos
que passaram a fazer parte dos Salmos. Da sua experiência com o Senhor, podia dizer "com
efeito, Deus é bom". Porém, durante uma fase de sua caminhada com o Senhor, enfrentou uma
crise espiritual muito grande, a ponto de declarar "quase me resvalaram os pés; pouco faltou
para que se desviassem os meus passos". Como Asafe, você pode estar vivendo momentos de
dúvidas e quem sabe até tenha pensado em se afastar dos caminhos do Senhor. Vendo o que
levou esse levita à beira do precipício e como ele saiu de sua crise espiritual, você descobrirá
que mesmo em meio a lutas, vale a pena servir ao Senhor. =D

Bom mais vamos começar conhecendo mais um pouco da vida deste grande homem chamando
Asafe.
Quem era Asafe? Um judeu, da tribo de Levi, e músico por vocação e deleite. Seus instrumentos
preferidos: a harpa, o alaúde e o címbalo, todos muito antigos. Nas suas apresentações usou com
mais frequência os címbalos sonoros e os címbalos retumbantes, instrumentos de percussão
compostos geralmente de dois discos de metal, que têm no centro uma pequena cavidade para
aumentar a sonoridade. Foi designado músico e cantor pelos levitas, que tinham sob sua
responsabilidade os serviços religiosos de Jerusalém. Participou do magnífico cortejo musical
que levou a Arca do Senhor da casa de Obede-Edom para a tenda armada pelo rei Davi. Naquele
dia o rei o descobriu e fez dele ministro de música. Porque também era músico exímio tocador
de harpa e profícuo compositor de salmos , Davi deu grande ênfase à música de adoração, como
expressão de louvor a Deus. Ele fazia questão de que se levantasse a voz com alegria e
reservava a si a supervisão geral de toda atividade litúrgica. Eram 4 mil levitas, que, em 24
turnos, louvavam continuamente o Senhor com instrumentos fabricados por ordem do rei para
esse fim. A maior parte era formada de iniciantes, que aprendiam música com os mais
competentes. Era uma verdadeira escola de música sacra. Seus filhos faziam parte do corpo
docente 288 mestres ao todo. Os filhos de Asafe escreveram doze dos 150 salmos que estão na
Bíblia (os onze primeiros do livro terceiro e o salmo 50).
De todos os 12 Salmos de Asafe, houve que um que ao lê-lo me chamou bastante atenção. Então
nesta pequena mensagem quero explicar com mais detalhes a crise que vivenciou e da qual ele
fala no salmo 73... ^^

I. Asafe dentro da crise

Como Rui Barbosa, “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de
tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus”, Asafe
chegou a desanimar da virtude. E esse desânimo o levou a uma terrível crise existencial. Quase
resvalaram os seus pés em direção ao abismo da incredulidade.(v.2) Pouco faltou para que ele
rompesse com a idéia de um Deus sábio, bom e justo, e jogasse fora a rica tradição religiosa até
então acumulada. Esteve bem perto de uma violenta mudança de pensamento e de
comportamento. Quase trocou os oráculos de Deus pelo horóscopo. Quase trocou o templo do
Senhor por um terreiro de macumba. Quase mandou tudo para o inferno, inclusive sua alma!

Seu problema é que ele passou a ter inveja dos pecadores. Ele dizia: “eu também sou como eles,
sujeito aos mesmos sentimentos e paixões. Por uma questão de princípios e pelo temor do
Senhor, eu abortava na fonte os desejos pecaminosos”:

Quantas vezes desejei vingar-me,

Quantas vezes fui açoitado pela ira,

Quantas vezes quis projetar-me,

Quantas vezes fui assaltado pelo egoísmo,

Quantas vezes a falta de recato da mulher alheia me atiçou a lascívia,

Quantas vezes senti desânimo e preguiça.

Mas o amor a Deus falou mais alto,

Meu coração guardei puro,

Resisti os maus desígnios,

No entanto o salmista ofereceu forte resistência a todos esses sentimentos e deles se privou por
amor do Senhor e por causa de seu nome. De repente se sente frustrado e se pergunta: “Será que
foi à toa que eu me esforcei para não pecar e permanecer puro?”.

Pois, enquanto ele crucificava a sua carne, os pecadores pareciam livres, desinibidos, evoluídos,
descomplexados, bem-sucedidos, felizes, seguros, altivos e tranqüilos. O que mais o desnorteou
foi a falsa impressão de que seu zelo não lhe rendia nada. Ele pensava: “Deus não me trata de
modo todo especial”. “Ele não me poupa das intempéries, do cansaço, da aflição, da doença
nem da disciplina em caso de erro, por menor que seja”. Outra coisa que machucava o salmista
era a popularidade dos pecadores e o seu anonimato.

A crise que a que foi acometido não foi brincadeira. Demorou algum tempo e o desgastou
muito. Tentou descobrir o que estava acontecendo, mas em só refletir para compreender isso,
achou mui pesada tarefa para ele. Até que um dia Asafe entrou no santuário de Deus e
compreendeu o fim último dos ímpios pecadores que ele estava invejando.

II. Asafe dentro do templo

Dentro do templo é outra coisa. Dentro do templo sua vida ganha outra dimensão. O que
acontece dentro do templo?

Ganha-se, ou recobra-se, como foi no seu caso, a perspectiva cristã da vida, que envolve o
tempo presente e a eternidade.

Renova-se a fé na existência e no caráter de Deus. Chega-se outra vez aos seus atributos
invisíveis. Ele é eterno, imensurável, incompreensível, onipotente e também supremamente
sábio, clemente, justo e verdadeiro.

Dentro do templo eu me senti orgulhoso, desrespeitoso e insolente por haver duvidado da justiça
de Deus para comigo e para com os pecadores.

Percebi que eu havia retirado o meu voto de confiança em Deus e por isso estava perplexo.

Dentro do templo sua alma se abre e é derramada perante o Senhor a sua ansiedade, a sua
aflição, a sua dúvida, a sua revolta.

Então Asafe começa a entender e ver com clareza. No templo ele se lembra, quem sabe, do
salmo de Davi: “Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam
a iniqüidade” (Sl 37.1). Tivesse ele memorizado melhor esse salmo, a crise teria sido mais
passageira, pois o ímpio prepotente nesta vida se expande qual cedro do Líbano (v.35), mas será
como o viço das pastagens: será aniquilado e se desfará em fumaça (v.20). Nada teria
acontecido ao Asafe se não tivesse perdido a certeza de que “mais vale o pouco do justo que a
abundância de muitos ímpios” (v.16). Tão perto dele, tão freqüentemente em seus lábios, por
que razão deixou o salmista escapar o ensino e o conforto deste salmo e não o aplicou a si
mesmo?

Ainda dentro do templo Asafe percebeu que o desastre ocorreu quando a crença tradicional na
justiça divina começou a ser abalada em sua mente. Se há algo que precisa permanecer intocável
é exatamente a certeza de que Deus “é recompensador dos que o buscam, mas justíssimo e
terribilíssimo em seus juízos, odeia todo o pecado e de modo algum terá por inocente o
culpado”.
Você trocaria uma vida na presença de Deus e uma eternidade na glória por prosperidade
material na terra e uma eternidade no inferno? Tenho certeza que não, logo, não há motivo para
você duvidar da bondade de Deus e menos ainda para invejar a sorte dos que seguem a maldade.

Conclusão:

Quando o salmista Asafe sai do templo estava refeito, curado, revivificado, alegre e disposto, e,
ao mesmo tempo, solícito em alimentar-se da verdade, como ensina Davi ainda no salmo 37
(v.3). Toda a mágoa desapareceu. Dizia ele: “Os pecadores continuam a se afastar do Senhor;
mas..., quanto a mim, bom é estar junto a Deus: no Senhor ponho o meu refúgio, para proclamar
todos os seus feitos, em prosa e em verso, com címbalos retumbantes e com címbalos sonoros,
entre gritos de alegria e louvor eu, que quase troquei a música de adoração pela música profana!
Graças a Deus não me tornei pedra de escândalo para os meus 4 mil instrumentistas e cantores e
toda a nação de Israel!”

Que essa experiência de Asafe fale ao seu coração e lhe transmita ensinamentos para a sua
caminhada com Jesus!

A historia de Asafe
A HISTÓRIA DE ASAFE: O HOMEM DE QUEM DEUS SE APODEROU

Asafe, para quem não conhece a sua história foi um grande levita na casa de Deus,
um homem que tinha uma intimidade com o Pai Celestial e que possuía em sua vida o
dom de ministrar louvor como ninguém, esta unção ele receberá na sua vida através
do rei Davi, que além de rei era um execelente músico e adorador do Senhor.

Diz a história que no dia em que o rei Davi estava trazendo a Arca de volta para
Jerusalém para sua cidade de origem Asafe era apenas uma criança quando esteve
naquela festa, pois bem, a festa estava linda, as pessoas pararam tudo para receberem
a Arca que simbolizava a presença de Deus e em meio a toda aquela multidão o
pequeno Asafe se deleitava na presença de Deus, o rei Davi vinha á frente dançando
na presença de Deus com todas as suas forças e o povo de Israel estava em festa.

Derepente, o pequeno Asafe que estava no meio da multidão não se contenta em


apenas ver a Arca de longe, ele queria algo mais, pois tinha fome e sede por mais de
Deus, não se contentava em adorar de longe queria estar mais perto possível de Deus
a quem ele tanto amava.

E diz a história que no meio da festa Asafe fura o bloqueio de guardas que faziam a
escolta do rei Davi e da Arca e ele corre para mais perto e se joga nos braços do rei e
juntamente com ele começa a dançar e a celebrar na presença de Deus, e naquele
momento Asafe recebe da parte de Deus e por intermédio do rei Davi a unção de
adorador e desde aquele dia em diante o seu nome passou a ser literalmente: Deus
dele se apoderou!!!

O tempo passou, Asafe cresceu e então Davi decide construir um tabernáculo para
colocar a Arca de Deus, um lugar onde presença de Deus estaria para sempre.
Davi convoca os engenheiros e arquitetos mais inteligentes de seu reino, consulta a
Natâ seu profeta, o qual lhe da todo apoio, convoca o povo para que o mesmo dê cada
um uma oferta para a construção do templo e ele mesmo oferece do seu tesouro
particular para a construção ouro, prata e pedras preciosas pois como ele mesmo
disse: que o palácio que ele queria construir não era para o homem mas para o
Senhor Deus, portanto tinha que ser o melhor.

Depois de fazer todos estes planos Davi nomeia os levitas que ministrarão na casa de
Deus, e entre tantos ele nomeia o jovem que agora já era um homem, um pai de
família para ser o chefe dos levitas ele nomeia Asafe.

Mas as coisas não sairam 100% como Davi havia planejado, Deus não permitiu que
Davi construisse o templo, pois ele era um homem sanguinário, e ordenou que
Salomão seu filho construisse o templo em seu lugar, Davi não questionou a decisão
de Deus e antes de morrer deu a Salomão todas as instruçôes sobre como deveria ser
feita a obra, as plantas, os nomes dos levitas que ele havia escolhido bem como todo
ouro e toda prata que seriam gastos na construção.

Davi se foi e seu filho Salomão reinou em seu lugar e anos mais tarde conclui a
construção do templo e marcou uma data para a consagração e inauguração, a esta
altura Asafe já não era mais um jovem ele era agora um senhor de aproximadamente
65 anos de idade, casado, pai de dois filhos, morava em uma humilde casinha de
madeira onde as ruas eram de terra e a vida era precária.

Ele já não ministrava mais louvores a Deus pois em Israel havia um costume de que a
certa altura da vida os levitas mais velhos eram aposentados de suas funçoes, dando
espaço para os mais novos, Asafe estava aposentado mas o seu coração ainda ardia
pela presença de Deus.

Seu instrumento musical, suas vestes de linho fino estavam guardadas em uma caixa
uma espécie de baú, e na madrugada por diversas vezes enquanto todos estavam
dormindo aquele velho levita abria a caixa com cuidado para que ninguém acordasse
e como num abrir e fechar de olhos ele voltava no tempo e lembrava das vezes em que
ele conduzia a multidão festiva, lembrava de como ele ministrava o louvor e de como
a glória de Deus era real.

Em uma destas madrugadas cheias de nostalgia Asafe vestiu de novo as suas roupas
de linho fino que ele havia ganhado das mãos do próprio rei Davi e tirou a poeira de
seu instrumento que ele havia por anos tocado, abriu as janelas de sua casa e
começou a adorar com toda as suas forças ao Rei, não cantou nenhuma de suas
cançoes, visto que ele era um compositor execelente, mas cantou uma canção que
havia sido composta pelos fihos de Corá, um Salmo que embora não fosse de sua
autoria naquele exato momento expressava toda a sua dor e todo clamor que havia na
sua alma e ele cantou assim: “Assim como o cervo brama pelas correntes das águas,
assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!

A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei
ante a face de Deus?
As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem
constantemente: Onde está o teu Deus?

Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido
com a multidão. Fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a
multidão que festejava.

Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em
Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face.

Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; por isso lembro-me de ti
desde a terra do Jordão, e desde os hermonitas, desde o pequeno monte.

Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e
as tuas vagas têm passado sobre mim.

Contudo o SENHOR mandará a sua misericórdia de dia, e de noite a sua canção


estará comigo, uma oração ao Deus da minha vida.

Direi a Deus, minha rocha: Por que te esqueceste de mim? Por que ando lamentando
por causa da opressão do inimigo?

Com ferida mortal em meus ossos me afrontam os meus adversários, quando todo dia
me dizem: Onde está o teu Deus?

Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera
em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus” (
Salmos 42:1-11).

As lágrimas rolaram pela face de Asafe, o seu coração estava derramado na presença
de Deus e depois de ministrar esta canção ele tirou as suas roupas de festa, guardou
seu instrumento e foi dormir.

No dia, seguinte bem cedinho, Asafe foi acordado as gritos pela sua esposa, ele se
levantou da cama ainda meio sonolento e sem entender ao certo o que estava
acontecendo foi até a sala de sua casa, ainda trajando roupas de dormir e com os
olhos inchados e meio abertos, um mensageiro trajando roupas reais veio até a sua
casa com uma carta em mãos assinada pelo rei e endereçada para Asafe.

Sem delongas o mensageiro se apresenta, diz que foi enviado pelo próprio rei
Salomão e entrega nas mãos de Asafe a carta, eles se despedem e então Asafe senta-
se junto com sua esposa e seus filhos para lerem a misteriósa carta do rei.

Nela estava escrito assim: “ Querido Asafe, que Deus, o Todo-poderoso o abençoe.

Davi, o meu pai, reinou com integridade, justiça e sabedoria sobre todo o povo de
Israel, e acima de tudo ele sempre buscava a presença de Deus pois amava ao Senhor
de todo coração e por ser dedicado á Deus sempre teve em sua vida muitas e
incontáveis vitórias.
Ele queria construir um templo como você bem sabe, e se empenhou neste projeto
com amor e dedicação, fez a planta, arrecadou fundos para a construção e sonhou
com o dia em que o seu sonho seria realizado.

Mas Deus desejou que as coisas acontecessem de outra forma e não permitiu que ele
construisse esta obra, mas o orientou que o seu filho, Salomão, construisse o templo.

Muitos anos se passaram, meu pai já se foi e a obra como era da vontade de Deus
tinha que ser concluída por minhas mãos e sendo obediente a vontade de Deus
construi o templo seguindo a risca todas as orientaçoes que meu pai deixou.

A obra está pronta e precisa ser inaugurada logo, pois Deus tem pressa de habitar
entre nós.

Por isso venho por meio desta carta lhe fazer um convite muito especial: quero que
você Asafe ministre o louvor na inauguração do templo e mais que isso: quero que
você seja o regente, o maestro da orquestra de levitas e gostaria de pedir que você
componha uma canção especial para a ocasião; uma canção que traga a presença de
Deus para junto de nós.

Espero ve-lo na inauguração e sei que posso contar com você.

Atenciosamente: Salomão, filho de Davi, rei de Israel”.

Os olhos de Asafe ficaram completamente molhados, seu coração bateu mais forte do
que nunca, sua esposa e filhos choraram de emoção e compartilharam de sua alegria
a glória de Deus encheu aquela humilde, porém, especial casa.

Asafe já não era mais um velho levita aposentado e esquecido pelas pessoas ele havia
recebido um convite do próprio rei para ministrar na festa mais importante que Israel
já havia celebrado.

Deus naquele momento falava ao coração de Asafe que havia ouvido a sua adoração
naquela madrugada e que jamais havia lhe esquecido mas que o amava e que contava
com ele em seu projeto na face da terra.

A história de Asafe estava apenas começando.

Referencias biblicas:Paz meu querido; estas são algumas referencias:


Cobrador. 1. Levita, um dos principais músicos de Davi, e a quem o rei
nomeou para ‘dirigir o canto na casa do Senhor’ (1 Cr 6.31, 39). Asafe era,
também, ‘vidente’ (2 Cr 29.30), e são-lhe atribuídos doze salmos, todos eles
de caráter profético (Sl 50,73 a 83). os seus descendentes ou partidários, os
‘filhos de Asafe’, tomaram parte na purificação do templo e na celebração
daquele acontecimento (2 Cr 29.13 a 30,35.15). 2. Antepassados de Joá,
chanceler de Ezequias (2 Rs 18.18 – is 36.3 a 22). 3. oficial do rei da Pérsia,
guarda das florestas reais em Judá (Ne 2.S). 4. Levita mencionado em 1 Cr
9.15 – Ne 11.17).

Você também pode gostar