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| ProEnF SAÚdE do AduLto | Ciclo 9 | Volume 1 |


EnFErMAGEM nA ABordAGEM
dAS InFECçÕES GEnIturInÁrIAS

ALESSAndrA MAZZo
MonICA FrAnCo CoELHo
BEAtrIZ MArIA JorGE
MArCELo CASSInI
ISABEL AMÉLIA CoStA MEndES
JoSÉ CArLoS AMAdo MArtInS
SIMonE dE GodoY

■ Introdução
As infecções geniturinárias estão inseridas no grupo de doenças infecciosas causadas por bactérias
e podem ser consideradas a segunda principal causa de infecção da população em geral.1 Essas
enfermidades são mais prevalentes em adultos do sexo feminino, em razão das características
anatômicas da mulher (pequena extensão uretral, maior proximidade com a vagina e com o ânus)

1-3

Embora em menor escala, tais infecções acometem também os homens adultos, em decorrência de
instrumentação da uretra e da presença de cateterismo urinário e hiperplasia prostática, podendo ainda

humana (HIV), principalmente quando ocorre a diminuição dos linfócitos CD4 e CD16.1-3

Independentemente do sexo, no tratamento das infecções geniturinárias, merecem destaque os indivíduos


hospitalizados, que se encontram vulneráveis em função do aumento da exposição a patógenos e do
comprometimento da imunidade e/ou estão sujeitos à realização de procedimentos invasivos.

bexiga, uretra, glândula mamária, vagina, útero, pênis, escroto e/ou glândulas anexas) e/ou pela
presença ou não de sintomatologia. Entre as infecções geniturinárias mais comuns, destaca-se a
infecção do trato urinário (Itu), a ser abordada de forma detalhada no desenvolvimento deste artigo.3
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■ oBJEtIVoS
ENFERMAGEM NA ABORDAGEM DAS INFECÇÕES GENITURINÁRIAS

Após a leitura deste artigo, o leitor será capaz de:

■ conceituar infecção geniturinária e ITU;



ênfase no cateterismo urinário;

urinário;

■ ESquEMA ConCEItuAL
Cateterismo urinário
O sistema urinário e a
infecção do trato urinário Prevenção da infecção do trato
urinário no cateterismo urinário

avaliação da bexiga

Assistência de enfermagem Uso de fraldas em


nas infecções do trato urinário pacientes adultos

Caso clínico

Conclusão

■ o SIStEMA urInÁrIo E A InFECção do trAto urInÁrIo


Eliminar o líquido do corpo é a função do sistema urinário, formado por rins, ureteres, bexiga e
uretra. Os rins retiram os resíduos do sangue, formando a urina; os ureteres transportam a urina
dos rins até a bexiga; e a bexiga retém a urina, até que se desenvolva a vontade de urinar. A urina
sai do corpo pela uretra.

A quantidade diária de volume urinário é de cerca de 1.200 a 1.500mL, ocorrendo em intervalos


que obedecem a um padrão rotineiro e individual, e quase sempre atinge minimamente 30mL/h
de débito urinário. A cada micção, o volume aproximado de urina é de cerca de 250 a 400mL. A
urina normal é transparente, tem odor característico, e sua coloração varia do amarelo-claro ao
amarelo-âmbar, dependendo do estado de hidratação do paciente.4,5
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Assim como os demais sistemas orgânicos, as estruturas que formam o sistema urinário são
compostas de pele e mucosas que, juntamente com os processos de remoção mecânica do corpo
(jato de urina), o tornam resistente à infecção. Todavia, quando a integridade das estruturas é
rompida ou abre-se uma porta de entrada por meio da penetração dos orifícios naturais –

normal do indivíduo e/ou outros, presentes em fômites, migrem e, por via ascendente, alcancem
outros sítios, favorece-se o desenvolvimento da infecção.

O desenvolvimento da infecção depende das características do processo de inoculação e do


microrganismo, assim como das características do hospedeiro. O trato urinário é um dos sítios
mais comuns de incidência de infecção hospitalar.6

febre, dor lombar, sangramento e até incontinência urinária) e de bactéria na urina. Pode
ainda ocorrer a bacteriuria assintomática, representada pela colonização do trato urinário,
sem invasão tissular caracterizada por evidências histológicas, imunológicas ou clínicas no
paciente assintomático.6,7

transitória do períneo (Escherichia coli, Streptococcus faecalis, Proteus mirabilis, Pseudomonas


aeruginosa, entre outros); contudo, a Escherichia coli pode ser considerada o microrganismo
responsável por cerca de 80% de todas as ITUs.8

Os principais fatores de riscos associados às ITUs estão apresentados no Quadro 1.7,8

quadro 1

PrInCIPAIS FAtorES dE rISCoS ASSoCIAdoS


ÀS InFECçÕES do trAto urInÁrIo
Fator descrição
Sexo feminino As infecções ocorrem em razão de fatores anatômicos (menor comprimento da uretra,

pela diminuição nos níveis de estrogênio no climatério.


Idade avançada As infecções ocorrem em função do aumento da incidência das doenças associadas

Diabetes melito As infecções ocorrem por causa aumento da proliferação bacteriana na urina em
presença de glicose.
Cateterismo Tem sido considerado o principal fator de risco para o aparecimento de ITU; cerca de
urinário 80% dessas infecções podem ser relacionadas ao uso e ao tempo de permanência do
cateter no trato urinário.
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CAtEtErISMo urInÁrIo
ENFERMAGEM NA ABORDAGEM DAS INFECÇÕES GENITURINÁRIAS

realização do cateterismo urinário.9

O cateterismo urinário é um procedimento amplamente utilizado e de inestimável valor no


tratamento de processos patológicos. Direciona-se a pacientes que apresentam incontinência
urinária, retenção urinária, restrições pós-operatórias, coleta de amostras de urina, irrigação de
bexiga, instilação de medicamentos na bexiga, cirurgias urológicas ou, ainda, para os casos em
que se faz necessária a avaliação exata do débito urinário.4,5,10

Durante a hospitalização, o procedimento de inserção do cateter é estéril, e sua


complicação mais frequente é a ITU – representa cerca de 40% das infecções
hospitalares, associada ao aumento da morbidade e da mortalidade dos pacientes.
Assim, essa injúria eleva o tempo de internação hospitalar e pode ser considerada
uma das maiores fontes de gastos dos recursos hospitalares, o que ocasiona sequelas,
complicações e danos imensuráveis à população.7,11

Além da ITU, a inserção do cateter urinário pode ocasionar outros acometimentos, como
traumatismo uretral, dor, sangramento uretral e falso trajeto. Quando associada a diferentes
fatores e na variância do tempo de cateterização, possibilita a instalação de infecção em outro
sítio do organismo, como:10

■ litíase vesical;
■ uretrite;
■ estenose da uretra;
■ periuretrite e abscesso periuretral;
■ divertículo uretral;
■ fístula uretral;
■ prostatite;
■ epidimite;
■ necrose peniana;
■ câncer de bexiga.

No que se refere ao uso dos cateteres, os bacilos Gram-negativos são os principais agentes
Escherichia
coli, em razão das características oportunistas desse agente, que precisa de um ambiente com
grande quantidade de água para se multiplicar, levando à necessidade de remoção de todo o
sistema de sondagem para o tratamento adequado da infecção.6,8
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Entre os fatores predisponentes para o aparecimento de ITU pelo uso do cateter, destacam-
se:

■ tempo de permanência do cateter;


■ incorreta indicação, inserção e manutenção do cateter;
■ sexo feminino;
■ idade avançada;
■ doenças de base;
■ utilização prévia de antibioticoterapia;
■ tempo de internação;
■ má higienização das mãos;
■ má qualidade do material;
■ suscetibilidade do paciente.

PrEVEnção dA InFECção do trAto urInÁrIo no CAtEtErISMo urInÁrIo


O cateterismo urinário é um procedimento invasivo que pode causar constrangimento

sua realização.

Durante a cateterização urinária, os microrganismos responsáveis pelo processo de infecção


frequentemente colonizam o trato urinário por meio da inserção do cateter, ascendendo pelo
lúmen ou pelo tubo de drenagem e pela bolsa coletora. Podem, ainda, realizar a colonização de
forma extraluminal, pelo espaço existente entre o cateter e a uretra. Na literatura, existem também
relatos de contaminação cruzada ocasionada pela equipe de enfermagem durante a manutenção
do cateter e/ou o esvaziamento da bolsa coletora.12

A higiene prévia à introdução do cateter urinário evita a entrada de microrganismos na uretra.


Deve-se utilizar água morna e sabão, garantindo a higiene de todas as áreas, a completa retirada
do sabão e a secagem do períneo. Além disso, durante o procedimento, não deve ser ocasionado
qualquer tipo de trauma ao tecido, o que poderia deixar a área mais propensa à contaminação por
microrganismos patogênicos durante a introdução e a manutenção do cateter.

A manutenção da higiene do períneo e do meato uretral deve ser realizada diariamente


com água e sabão. Na sequência, procede-se à mobilização do cateter urinário. Cabe
destacar que não são recomendadas práticas de antissepsia diária, em razão do risco
aumentado de trauma na região.12-14

Estudos randomizados que compararam o uso de antissépticos com água estéril para antissepsia
na inserção do cateter urinário observaram que grupos que utilizaram clorexidina, polivinilpirrolidona
e água estéril mostraram incidência parecida para o desenvolvimento de ITU.15 Nesse sentido, é

e que dão ênfase à antissepsia, e não à higiene prévia do períneo durante o preparo do paciente.

O tempo prolongado de permanência do cateter na via urinária, a ocorrência de traumas


na inserção e o não uso de técnicas assépticas na manutenção do sistema fechado de
drenagem de urina são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da ITU.7
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No cateterismo urinário de alívio (esporádico) e no cateterismo intermitente (que ocorre a intervalos
ENFERMAGEM NA ABORDAGEM DAS INFECÇÕES GENITURINÁRIAS

rotineiros), as sondas são retiradas logo após o esvaziamento da bexiga, o que proporciona
menores taxas de infecção. No entanto, no cateterismo urinário de demora, o risco para infecção é
grande e torna-se maior após 72 horas de permanência do cateter, assim como pode ser agravado
pelo trauma do tecido uretral durante a inserção do cateter ou enchimento do balonete.7,13,14

A maior parte dos traumas oriundos da inserção do cateter urinário não é diagnosticada e
resulta em lesões e falsos trajetos, que podem ou não ser acompanhados de uretrorragias e ITUs.

uretral e/ou pelas manobras agressivas da força aplicada na sua inserção. Esse tipo de ocorrência

de estenose uretral.

Para a prevenção dos traumas

da diminuição do atrito, e podem ser utilizados sozinhos ou com adição de anestésicos (lidocaína
a 2%) e antissépticos (clorexidina). Quando associados a antissépticos, parecem minimizar os
processos de contaminação, mas normalmente levam à maior sensibilidade. Ao serem combinados
com a lidocaína a 2%, demonstram diminuir a sensibilidade da mucosa, embora ainda existam
controvérsias na literatura.15-17

Para evitar a ocorrência de traumas durante a realização do procedimento do cateterismo

fechado.7

No que se refere aos cuidados com os cateteres, a higienização das mãos é uma das
simples e importantes medidas para prevenção da infecção hospitalar. É um cuidado
de baixo custo que, ao ser realizado de maneira correta, remove os microrganismos

da inserção do cateter urinário ou da manipulação do períneo e tem como fatores

Assim como nas ITUs ocasionadas por outros fatores, durante o cateterismo urinário, o sexo
do paciente tem relação com o desenvolvimento do processo infeccioso. A maior extensão do
aparelho urinário é estéril; no entanto, nos centímetros distais das uretras masculina e feminina,

na mulher pelo fato de a uretra feminina ter comprimento aproximado de 3,5 a 4cm, enquanto, nos
homens, esse conduto é mais longo (mede aproximadamente 20cm); assim, a mulher está mais
4,10

No aparecimento da ITU durante o uso do cateter urinário, deve-se ainda considerar que o avanço
da idade e o processo de envelhecimento levam a diversas alterações funcionais e anatômicas,
como:

■ instabilidade;
■ menor contratilidade da bexiga e sua baixa complacência;
■ deterioração das células da mucosa e da submucosa.
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O hipoestrogenismo interfere diretamente nos mecanismos de defesa local da genitália feminina,

Döderleine consequente aumento do pH vaginal, além de perda dos anticorpos de mucosa


(imunoglobulina A [IgA]), gerando aumento da suscetibilidade da mulher idosa a ITUs sintomáticas.

Entre as patologias mais frequentemente associadas à prevalência de ITU, relacionada


18

É frequente observar o uso de antibioticoterapia em pacientes com cateter urinário; porém,


estudos mostram que essa terapia pode retardar, mas não prevenir a ITU. Essa prática a pacientes

geniturinários.18

Com o objetivo de minimizar os riscos de infecção urinária, os sistemas fechados de drenagem


de urina têm sido recomendados. Quando comparados aos antigos sistemas abertos, os fechados
reduzem drasticamente a ITU ocasionada por cateter. Na composição, utilizam bolsas plásticas
descartáveis, que devem ser mantidas abaixo do nível da bexiga e sem tocar o chão. A urina
coletada nesse sistema deve ser desprezada, respeitando-se a clínica do paciente, em intervalos
periódicos e recipientes individuais, mantendo-se as medidas de higiene e as precauções padrão
3,7

registro do cuidado ou inserção do cateter, de modo a permitir o rastreamento das informações.

materiais utilizados, procedimentos realizados, respostas do paciente e possíveis intercorrências.


Para maior abrangência, deve-se reforçar a anotação das informações essenciais na bolsa
coletora.7

Estima-se que a realização da técnica de cateterismo ocorra entre 20 e 50% dos


pacientes hospitalizados e que, em 38% dos casos, o médico responsável desconhece
o fato de o paciente estar com sonda uretral, contribuindo para a permanência por tempo

e maior segurança do paciente, é imprescindível estabelecer padronizações de materiais,


protocolos e sistemas de vigilância que direcionem a prática, evitem o uso desse
dispositivo e procurem sempre mantê-lo em uso pelo mínimo de tempo necessário.13

Com relação aos materiais, tem-se demonstrado maior conforto do paciente com o uso de

serem introduzidos na uretra e da interrupção das reações e dos traumas ocasionados pela
sensibilidade ao látex.11 Para adequação de novos produtos, é imprescindível que as instituições

pesquisas relacionadas aos custos e benefícios dos materiais.

As diretrizes divulgadas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, de Centers


for Disease Control and Prevention), em 2009, direcionam as práticas de cuidados e prevenção

vigilância epidemiológica relacionada à ITU pelo uso do cateter, contribuindo com orientações e
7
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Algumas organizações têm como padrão a execução da técnica de cateterismo urinário pelo
ENFERMAGEM NA ABORDAGEM DAS INFECÇÕES GENITURINÁRIAS

enfermeiro com o objetivo de manter maior rigor na realização dos protocolos internos, evitando
a quebra do rigor do procedimento.14 No entanto, na maior parte das instituições de saúde, o
enfermeiro delega a realização do procedimento a outro membro da equipe de enfermagem.

A delegação de atividades assistenciais faz parte da prática do enfermeiro. No entanto, quando

de sua responsabilidade a qualidade da assistência e da segurança do paciente. Assim, o


enfermeiro deve promover a capacitação e o treinamento constantes da sua equipe e acompanhar

o cumprimento dos protocolos institucionais referentes ao cateterismo urinário com base em

AtIVIdAdE

1. As infecções geniturinárias são doenças infecciosas causadas por bactérias e


constituem-se na segunda principal causa de infecção da população em geral. Essas
enfermidades acometem os seguintes órgãos:

A) Rins, ureteres, bexiga, uretra, glândula mamária, vagina, útero, pênis e escroto.
B) Ureteres, bexiga, uretra, glândula mamária, vagina, útero, pênis, escroto e/ou
glândulas anexas.
C) Rins, ureteres, bexiga, uretra, glândula mamária, vagina, útero, pênis, escroto e/ou
glândulas anexas.
D) Rins, ureteres, bexiga, uretra, vagina, útero, pênis, escroto e/ou glândulas anexas.

2. Entre os principais fatores de riscos associados às ITUs, assinale a alternativa


INCORRETA.

A) Sexo masculino.
B) Idade avançada.
C) Diabetes melito.
D) Cateterismo urinário.

3. Destaque os principais fatores predisponentes para o aparecimento de ITU pelo uso


do cateter.

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4. Explique por que a higiene prévia à introdução do cateter é considerada medida
preventiva à ITU.

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5. Como se podem prevenir traumas durante a inserção do cateter urinário?

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6. Quais são as patologias mais frequentemente associadas à prevalência de ITU


relacionada ao uso de cateter urinário?

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7. Por que se diz que os sistemas fechados de drenagem de urina são recomendados
para minimizar os riscos de infecção?

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■ uLtrASSonoGrAFIA PArA AVALIAção dA BExIGA


O uso de sinais e sintomas clínicos isolados prejudica o diagnóstico da retenção urinária (ru) e
pode levar à cateterização desnecessária da bexiga, aumentando o risco de ITU.19

portátil da bexiga (Figura 1A-B). No mercado há mais de 30 anos, a US portátil da bexiga é um

permitir o diagnóstico precoce da RU.20


38
A US envolve a utilização de ondas mecânicas, inaudíveis ao ser humano, emitidas a partir de um
ENFERMAGEM NA ABORDAGEM DAS INFECÇÕES GENITURINÁRIAS

transdutor, que se propagam pelos tecidos e retornam ao ponto de partida para a formação de

da movimentação mecânica que ocorre dentro do transdutor, indicando a posição da parede do


órgão e permitindo, dessa forma, o cálculo do volume urinário. Quando utilizado para diagnóstico
de volumes urinários maiores ou iguais a 100mL, o equipamento apresenta sensibilidade de
19,20

A US portátil de bexiga deve ser o procedimento padrão de avaliação da RU se estiver disponível.


É especialmente indicada aos pacientes em processo de reabilitação, em período perioperatório,
com ênfase ao pós-operatório e à anestesia epidural, e ainda a pacientes geriátricos e portadores
de bexiga neurogênica.20,21

Pouco utilizada no Brasil, a US portátil de bexiga é um método não invasivo que permite, com
mínimo de treinamento, diagnosticar a RU, avaliar o volume de urina na bexiga (pré e/ou pós-
miccional) e decidir pela realização ou não de cateterismo urinário de alívio e/ou intermitente.
Assim, esse método reduz drasticamente os índices de ITU e de infecções sistêmicas e o tempo
de hospitalização do paciente, levando à redução dos custos médicos e de hospitalização para o
tratamento.7,21,22

Figura 1 – AB Aparelho de US portátil de bexiga.


Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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■ ASSIStênCIA dE EnFErMAGEM nAS
InFECçÕES do trAto urInÁrIo
A assistência de enfermagem nas ITUs engloba uma série de ações relacionadas aos cuidados
com RU, cateterismo urinário, uso de fraldas descartáveis, coleta de exames, entre outros. Deve
ser pautada no processo de enfermagem, ou seja, seguindo-se uma conduta sistemática de
resolução de problemas que favorece o cuidado individualizado ao paciente, à família e/ou à
comunidade, adequando, melhorando ou mantendo seu estado de saúde.23,24

Para que seja desempenhada de maneira efetiva, a assistência deve ser realizada com base
na coleta de dados objetivos, mensuráveis, além de dados subjetivos. No caso de RU aguda
ou crônica, por exemplo, tais informações podem ser representadas por aumento da distensão
abdominal, palpação da bexiga, avaliação do volume mensurado pela US, além das queixas e

até mesmo coletados em outras fontes.24

direciona, ainda, o diagnóstico e as intervenções de enfermagem, levando – no caso da RU – à


decisão pela realização ou não do cateterismo urinário de alívio, intermitente ou de demora.24-27
Durante a intervenção, o enfermeiro deve estar atento ao risco de infecção, dando

traumas. Sobretudo, o enfermeiro deve participar dos processos e discussões de


equipe, para que, no caso do cateter urinário de demora, o dispositivo permaneça junto
ao paciente pelo menor tempo possível. Além disso, é imprescindível que protocolos
e políticas de vigilância sejam estabelecidos e que os resultados obtidos sejam
monitorados e avaliados, direcionando a novas condutas.7,28,29

Cabe, ainda, ao enfermeiro o preparo e a educação da equipe, mediante processos de educação,

uSo dE FrALdAS EM PACIEntES AduLtoS


O uso de fraldas em pacientes adultos é visto como incorporação tecnológica positiva, uma vez
que substitui a utilização de lençol impermeável no leito e reduz o número de troca de roupas
nesse local. Assim, promove-se maior conforto ao paciente e melhora-se a organização do
serviço de enfermagem. Essa nova prática, no entanto, não tem sido acompanhada por

o uso de outros dispositivos, como papagaio, comadre ou sanitário.30

fralda em adultos, estabelecer protocolos relacionados ao tempo entre as trocas, avaliar os

possíveis iatrogenias, como infecções geniturinárias, dermatites, úlceras de pressão, entre outras.

todos desenvolveram algum tipo de evento decorrente do uso da fralda descartável, como
presença de ITU, dermatite e úlcera por pressão, entre outros.30
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ENFERMAGEM NA ABORDAGEM DAS INFECÇÕES GENITURINÁRIAS

AtIVIdAdE

8. Qual é o procedimento padrão para avaliar a retenção urinária?

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9. De que maneira a utilização da US portátil de bexiga se relaciona à diminuição dos


riscos de ITU?

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10. Aponte os principais cuidados de enfermagem necessários na assistência ao paciente


com necessidade de cateterismo urinário no ambiente hospitalar.

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11. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta para a realização do cateterismo
urinário de alívio em uma paciente hospitalizada. Considere que o anestésico local
disponível na sua unidade de saúde é de uso único e fornecido em embalagem estéril.

A) Lavar as mãos; separar o material; realizar higiene íntima; realizar antissepsia dos
grandes lábios, pequenos lábios e uretra; abrir os materiais; colocar luva estéril; aplicar
anestésico local no cateter urinário de alívio; inserir o cateter no meato uretral.
B) Lavar as mãos; separar o material; realizar higiene íntima; posicionar o paciente; abrir os
materiais; colocar luva estéril; realizar antissepsia dos grandes lábios, pequenos lábios
e uretra; aplicar anestésico local no cateter urinário de alívio; inserir o cateter no meato
uretral até observar o retorno da urina; após término do procedimento, reposicionar o
paciente, organizar os materiais e realizar anotação em prontuário.
C) Lavar as mãos; separar o material; explicar o procedimento para o paciente; realizar higiene
íntima; posicionar o paciente; abrir os materiais; colocar luva estéril; realizar antissepsia dos
grandes lábios, pequenos lábios e uretra; aplicar anestésico local no cateter urinário de alívio;
inserir o cateter no meato uretral até observar o retorno da urina; após término do procedimento,
reposicionar o paciente, organizar os materiais e realizar anotação em prontuário.
D) Separar o material; explicar o procedimento ao paciente; realizar higiene íntima; fazer antissepsia
dos grandes lábios, pequenos lábios e uretra; abrir os materiais; colocar luva estéril; aplicar
anestésico local no cateter urinário de alívio; inserir o cateter no meato uretral; após término do
procedimento, reposicionar o paciente, organizar os materiais e realizar anotação em prontuário.
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12. Você é enfermeiro em um pronto-socorro de um hospital terciário que atende, em média,
180 pacientes por dia. Sua equipe de enfermagem está com número inadequado de

de 34 anos, com lesão compressiva de medula, orientado e bem esclarecido, faz uso
de cateterismo intermitente no domicílio a cada 4 horas e está em observação na sua
unidade, acompanhado da esposa. Diante da realidade do serviço, ele se oferece para
realizar autocateterismo urinário de alívio, e a esposa diz que o auxiliará no procedimento,

Qual o seu posicionamento como enfermeiro da unidade?

A) Autorizar o paciente a realizar o procedimento, fornecendo os materiais necessários


e agradecendo pela compreensão.
B) Autorizar o paciente e, além de oferecer todos os materiais necessários, também
encaminhá-lo para a sala de procedimentos, onde são realizados os cuidados que
necessitam de técnica asséptica.
C) Não autorizar, pois dentro do ambiente hospitalar o paciente não pode participar das
decisões terapêuticas, sendo inadequada sua sugestão.
D) Não autorizar, agradecendo sua postura colaborativa, e explicar que, dentro do
ambiente hospitalar, é necessário maior rigor na realização de procedimentos
invasivos, como o cateterismo urinário de alívio, em razão de microrganismos
resistentes que o colocariam em risco.

internados é de indivíduos com mais de 65 anos, com diabetes e hipertensão arterial


sistêmica como comorbidades frequentes. Os pacientes utilizam, em média, mais de três
medicações de uso contínuo diariamente e têm ingesta hídrica inferior a 1,5L de água por
dia. As camas da unidade são ajustáveis e permitem diminuir sua altura até o chão, o que
facilita a mobilidade do paciente. As enfermarias dispõem de um banheiro para cada oito
pacientes. Nessas condições, qual seria sua orientação para a equipe de enfermagem?

A) Avaliar a dependência do paciente no momento de sua admissão. Caso não exista


risco de queda e o paciente possa deambular até o banheiro, deve-se orientar a
equipe a não colocar fralda nele. Nesses casos, a equipe de enfermagem não deve
se preocupar, pois os pacientes não apresentam risco para queda.
B) Orientar a equipe de enfermagem para que todos os pacientes utilizem fralda, pois estão
doentes e devem permanecer em repouso para recuperação mais rápida e adequada.
C) Avaliar a dependência do paciente no momento da admissão; caso ele apresente

utilização da fralda. Deve-se considerar esse fator na prescrição de enfermagem,


na qual deve constar uma troca de fralda por período (manhã, tarde e noite), sendo
necessária higiene íntima apenas quando o paciente apresentar evacuação.

orientar a equipe sobre o uso de dispositivos como comadre, papagaio e/ou fralda
descartável. A fralda deve ser trocada sempre que o paciente apresentar evacuação
ou diurese, ou a cada 3 horas, sendo necessário realizar higiene íntima em todas as
trocas, além de observar e anotar o aspecto das eliminações.
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■ CASo CLÍnICo
ENFERMAGEM NA ABORDAGEM DAS INFECÇÕES GENITURINÁRIAS

Paciente MSP, 68 anos, sexo feminino, branca, viúva, aposentada, natural de Montes
Claros (MG) e procedente de São Paulo (SP). No quinto dia de internação hospitalar, o
diagnóstico médico era de diarreia e desidratação, apresentando melhora após 7 dias
de internação com reposição volêmica endovenosa e medicamentos para recomposição

A paciente está em contato verbalmente, orientada no tempo e no espaço, com escala


Glasgow 13 (abertura ocular: 3, resposta motora: 6, resposta verbal: 4), pupilas isocóricas
e fotorreagentes. Encontra-se em mau estado geral:

■ descorada ++/4+;
■ taquipneica;
■ desidratada+/++++;
■ ictérica ++/++++;
■ pressão arterial (PA) – 90x50mmHg;
■ frequência cardíaca (FC) – 110bpm;
■ frequência respiratória (FR) – 28mpm;
■ temperatura (T) – 38,8°C.

À ausculta pulmonar, a paciente apresenta murmúrio vesicular presente com roncos


difusos; a ausculta cardíaca apresenta bulhas rítmicas, normofonéticas a 2T e sopros
ausentes. O abdome é doloroso à palpação, com ausência de edemas em membros
inferiores e hematomas presentes na parte distal do antebraço direito. A evacuação está
presente uma vez ao dia, e a diurese é presente, em fralda, com odor forte e coloração
alaranjada.

Na data atual (7 dia de internação), a paciente apresenta quadro de desconforto em


baixo ventre e discreta disuria, além de dois picos febris de 39°C nas últimas 36 horas,
com calafrios, sem horário preferencial, respondendo parcialmente ao uso de dipirona.
Acompanhando o quadro, a paciente refere lombalgia importante, piora do estado geral
e inapetência.

Foram coletados exames de sangue, incluindo hemocultura durante o pico febril, urina
e urocultura por meio do cateterismo urinário de alívio e raios X de tórax (Quadro 2). Foi
iniciada antibioticoterapia, conforme prescrição médica.
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quadro 2

dAdoS E ExAMES dA PACIEntE do CASo CLÍnICo


Exame Valor normal resultado
Hemoglobina 12-16g/dL 11,7/dL
Hematócrito 40-52% 33%
Leucócitos 4.000-11.000/mm3 14.200/mm3
Diferencial 73% (63% segmentados/10%
bastonetes)
0%
Linfócitos: 20-50% 0%
Monócitos: 0-12% 24%
3%
Plaquetas 140-450mil/mm3 115.000/mm3
pH arterial 7,37-7,44 7,37
Pressão parcial de oxigênio arterial 80-90mmHg 82mmHg (ar ambiente)
(pO2)
Pressão parcial de gás carbônico 31-42mmHg 28mmHg
arterial (pCO2)
Bicarbonato arterial 20-29mEq/L 16mEq/L
Saturação O2 96-97% 95%
Lactato arterial 4,5-14,4mEq/L 28mEq/L
Creatinina sérica 0,5-1,2mg/dL 1,7mg/dL
Ureia sérica 10-50mg/dL 89mg/dL
Transaminase glutâmico oxalacética < 31U/L 70U/L
(TGO)/aspartato aminotransferase
(AST)
Transaminase glutâmico pirúvica (TGP)/ < 31U/L 102U/L
alanina aminotransferase (ALT)
Gama GT 5-36U/lL 258U/L
Fosfatase alcalina 40-129U/L 150U/L
Bilirrubina total 0,2-1,0mg/dL 3,8mg/dL
Bilirrubina direta < 0,30mg/dL 2,8mg/dL
Atividade de protrombina/índice interna- > 70%/0,9-1,2 62%/1,47
cional normalizado (INR)
Potássio 3,5-4,5mEq/L 5,4mEq/L
Sódio 135-145mEq/L 136mEq/L
Urina I < 10leucócitos/campo <100leucócitos/campo
Urocultura Em análise
Hemocultura Em análise
Raios X de tórax Acentuação da trama vaso-
brônquica
44
ENFERMAGEM NA ABORDAGEM DAS INFECÇÕES GENITURINÁRIAS

AtIVIdAdE

14. Que alterações no quadro clínico e nos resultados dos exames laboratoriais presentes
no Quadro 2 sugerem possível ITU?

...........................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
...........................................................................................................................................

15. De maneira crítica e com base nas informações desse artigo, avalie as prováveis
causas para o desenvolvimento da ITU. Elabore um plano de cuidados com vistas à
prevenção de ITUs na sua unidade.

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...........................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
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■ ConCLuSão
Entre os principais órgãos acometidos pelas infecções geniturinárias, destacam-se os órgãos
do sistema urinário, o que torna a ITU uma das mais recorrentes e onerosas dos sistemas de
saúde. Entre os diversos fatores desencadeantes desse problema, merece destaque a utilização
do cateterismo urinário, com ênfase no cateter de demora.

Para prevenir a ocorrência de infecção, o cateterismo urinário de demora deve ser utilizado
de forma cuidadosa, com rigor técnico e asséptico, tanto na inserção quanto na manutenção

capacitados, que possam prevenir os traumas da inserção e que exerçam vigilância constante
sobre o procedimento, pautados em protocolos e procedimentos operacionais institucionais.

possa prestar cuidado de qualidade, é função do enfermeiro conhecer de forma profunda


essa problemática, capacitando a equipe de enfermagem e introduzindo novas tecnologias

prestada, questionando as práticas realizadas e, cada vez mais, sustentando o cuidado em


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■ rESPoStAS ÀS AtIVIdAdES E CoMEntÁrIoS
Atividade 1
Resposta: C
Comentário: As infecções geniturinárias englobam órgãos dos sistemas urinário e genital. É

e observar possíveis anormalidades presentes.

Atividade 2
Resposta: A
Comentário: O sexo feminino é mais suscetível às ITUs, em razão de fatores anatômicos (menor
-

Atividade 11
Resposta: C
Comentário: Aspectos como informar e orientar o paciente sobre a técnica a ser realizada e
a anotação do procedimento são ações tão importantes quanto a sequência da técnica a ser
realizada.

Atividade 12
Resposta: d
Comentário: Os procedimentos realizados pelo paciente no domicílio não se adéquam ao ambiente
hospitalar, em razão do risco decorrente do aumento da exposição a patógenos multirresistentes,
além da questão ética de que o paciente e o acompanhante devem ser assistidos, e não respon-
sáveis pela realização de tarefas e procedimentos. Protocolos que aproximem o paciente da
rotina diária e medidas educativas que aprimorem sua conduta dentro da instituição e no período
pós-alta podem e devem ser utilizados nesse período.

Atividade 13
Resposta: d
Comentário: O uso de dispositivos como comadre, papagaio e/ou fraldas descartáveis deve
ser indicado apenas para pacientes que tenham restrição para deambular ou risco elevado de
queda. Quando tais dispositivos forem utilizados, é necessário garantir que o paciente permaneça
seco, com pele limpa e hidratada, tendo contato mínimo com as secreções. Esse cuidado evita
infecções, dermatites e úlceras de pressão.

Atividade 14
Resposta: Alterações no hemograma, temperatura a 38,8°C, abdome doloroso à palpação, diurese
presente com odor forte, coloração alaranjada, desconforto em baixo ventre, discreta disuria,
lombalgia importante, piora do estado geral, inapetência e dois picos febris de 39°C nas últimas
36 horas, com calafrios, sem horário preferencial e respondendo parcialmente ao uso de dipirona.

Atividade 15
Resposta: Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da ITU, a paciente apresenta idade
avançada, diarreia, desidratação e uso de fraldas. Ao ser hospitalizada, ela necessita de cuidados
que garantam a monitorização dos sintomas, e a hidratação adequada, além de higiene íntima
durante a troca de fraldas. Também se deve garantir que esse dispositivo não permaneça por mais
de três horas. Devem-se observar cuidados de hidratação tópica na pele que minimizem os riscos
de dermatite e de úlcera por pressão.
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■ rEFErênCIAS
ENFERMAGEM NA ABORDAGEM DAS INFECÇÕES GENITURINÁRIAS

1. Sociedade Brasileira de Infectologia, Sociedade Brasileira de Urologia. Infecções do trato urinário: diag-
nóstico [internet]. Brasília: AMB; 2004 [acesso em 2013 Nov 10]. Disponível em: http://www.projetodir-
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Como citar este documento

Mazzo A, Coelho MF, Jorge BM, Cassini M, Mendes IAC, Martins JCA, et al. Enfermagem na
abordagem das infecções geniturinárias. In: Associação Brasileira de Enfermagem; Bresciani
HR, Martini JG, Mai LD, organizadores. PROENF Programa de Atualização em Enfermagem:
Saúde do Adulto: Ciclo 9. Porto Alegre: Artmed/Panamericana; 2014. p. 29-47. (Sistema de
Educação em Saúde Continuada a Distância, v. 1).

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