Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Uma história
de tr abalho
e super ação
2 Votorantim | pg. 23
A consolidação no setor
do cimento | pg. 173 10
A força da metalurgia | pg. 185 11
12 A presença nacional | pg. 205
Votorantim 25
Votorantim 27
Votorantim 29
Votorantim 31
Vila de operários da
Votorantim (1920)
O homem educado 43
O homem educado 45
O homem educado 47
O homem educado 49
O homem educado 51
O homem educado 53
A forja na luta 57
A forja na luta 59
A forja na luta 61
A forja na luta 63
A forja na luta 65
A forja na luta 67
A forja na luta 69
José Ermírio de Moraes com Helena e seus pais no dia de seu casamento (1925)
Crescendo na crise 81
Crescendo na crise 83
Crescendo na crise 85
Crescendo na crise 87
Crescendo na crise 89
Esse ataque inicial ao projeto não parou por aí. Outros argu-
mentos, mesmo os mais fantasiosos, foram esgrimidos, como a pos-
sibilidade de ocorrer um caos aduaneiro, em função da excepcional
semelhança entre o fio artificial e a seda natural. Para aliciar os agri-
cultores, disseminou-se a idéia de que o novo produto seria superior
àquele gerado exclusivamente com algodão, o que faria o público
virar as costas ao tecido natural, levando à miséria os cotonicultores
brasileiros. Por mais disparatados que fossem tais argumentos, to-
dos exigiram uma resposta pessoal de José Ermírio de Moraes – sem
este empenho, o projeto corria o risco de não sair do papel.
Crescendo na crise 91
Crescendo na crise 93
Crescendo na crise 95
O tamanho do Brasil 99
Do outro lado da linha férrea foi construída uma vila com tre-
zentas casas para os operários. Ruas foram abertas, com sarjetas
e guias de granito proveniente da pedreira da CBA, situada a três
quilômetros da fábrica e ligada a ela por um ramal ferroviário. To-
das as casas tinham luz, água e esgoto. Além da parte residencial,
estavam previstos um quarteirão comercial, um hospital, um clube
esportivo, um cinema, uma igreja e uma escola, abrigada num es-
paçoso prédio reformado. Outro amplo edifício foi adaptado para
servir de pensão aos empregados da companhia – desenhistas, con-
tadores, pessoal do escritório etc. Uma terceira frente de trabalho
completava o quadro. A 46 quilômetros da fábrica ficava o can-
teiro de obras da usina do França. A idéia era represar o rio Juquiá
com uma barragem de 208 metros de comprimento e 48 de altura.
O potencial da usina era de 30 megawatts.
A produção de zinco
teve início em 1969
Porém, não fazia sentido investir em energia boa para que esta
fosse dissipada em equipamentos de tecnologia obsoleta. Só uma
decisão radical garantiria o futuro do negócio: depois de apenas
treze anos de uso, toda a fábrica original foi sucateada. “Não fosse
isso, tudo aquilo seria hoje museu do alumínio”, relembra Antônio
Ermírio de Moraes. As obras correram em ritmo acelerado a partir
de 1969, e a meta de elevar a produção para 40 mil toneladas anuais
foi alcançada já em 1971.
AMAPÁ
AMAZONAS
PARÁ
PARAÍBA
PIAUÍ
ACRE
PERNAMBUCO
RONDÔNIA
ALAGOAS
ESP. SANTO
SÃO PAULO
RIO DE JANEIRO
PARANÁ
Cimento e Cal
STA. CATARINA
Alumínio
Zinco
Níquel
RIO GRANDE DO SUL
Aço
Equipamentos Pesados
Fibras e Produtos Químicos
Filmes para Embalagens e Papel
Refratários
Tecidos
Açucar e Álcool
Energia
Mineração
CANADÁ
Votorantim Cimentos
(fábricas, usinas de concreto e
terminais de cimento)
ESTADOS UNIDOS
Votorantim Cimentos
(fábricas, moagens, usinas de
concreto e terminais de cimento) COLÔMBIA
Votorantim Celulose e Papel Votorantim Metais
(escritório de representação) (aço)
Votorantim Agroindústria
(escritório comercial)
Votorantim Química
(escritório comercial)
Votorantim Finanças
(broker-dealer) BRASIL
Votorantim Metais Votorantim Cimentos
(mineração zinco) PERU Votorantim Metais
Votorantim Metais Votorantim Celulose e Papel
(mineração zinco) Votorantim Energia
Votorantim Agroindústria
BOLÍVIA Votorantim Química
Votorantim Cimentos Votorantim Finanças
(moagem) Votorantim Novos Negócios
Terminal da Votorantim
no porto de Santos
CINGAPURA
Votorantim Agroindústria
(escritório comercial)
Votorantim Química
(escritório comercial)
Terminal da Votorantim no
AUSTRÁLIA porto de Antuérpia, Bélgica
Votorantim Agroindústria
(terminal portuário)
61
A fábrica de zinco em
Cajamarquilla, Peru,
adquirida em 2004
% exportações
5 5 6 13 27 22 19 19 19 25 26 26 28 23 20 16 16
TACC 1990-2006
13,3
16%
9,7
6,4
5,1
4,0
3,3 3,0 3,2 3,1 3,4 3,5
2,6 2,8
1,3 1,4 1,7
1,1
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
- - - - 2,3 3,0 3,0 3,5 3,6 5,0 6,2 8,2 11,6 15,7 18,7 23,7 29,0
R$ Milhões
TACC 1990-2006
19%
3,7
2,5
2,2
1,9
1,3 1,2 1,4
0,9 0,9
0,7 0,7 0,6 0,6 0,7
0,5
0,2 0,3
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
- - - - 0,6 0,8 0,6 0,6 0,8 1,7 2,4 2,8 4,0 5,8 6,4 6,0 8,1
R$ Milhões
ACUMULADO 1990-2006
2,5 2,5
1,7
1,2 1,1
1,0 1,0
0,7 0,8
0,5 0,5
0,3 0,4
0,1 0,1 0,1 0,2
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
- - - - 0,3 0,5 0,7 0,9 1,2 0,7 0,9 4,1 2,9 3,8 3,3 6,0 5,4
R$ Milhões
TACC 1990-2006
22%
2,0
1,5
1,2 1,1
0,7 0,9
0,7 0,6
0,4 0,4 0,3
0,2 0,3
0,2 0,2 0,2
0,1
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
- - - - 0,4 0,7 0,4 0,2 0,3 0,5 1,4 2,0 2,2 3,5 4,1 2,6 4,4
R$ Milhões
Este novo crivo não poderia valer apenas para os setores que
mais se beneficiavam da situação no momento, que eram aqueles
produtores de divisas. Antes, a travessia exigiu a continuidade da
revisão interna iniciada no final dos anos 80. Paralelamente à pre-
paração para o mercado global de capitais, continuou o esforço
de revisão do portfólio interno. A realidade da competição global
agora valia para tudo: não havia mais espaço para nenhum setor
cujo desempenho fosse incompatível com a nova realidade.
“Já no início dos anos 1990, a nova geração, conforme foi ocu-
pando cargos de destaque nas diferentes empresas, constatou a ne-
cessidade de buscar um novo modelo de gestão, que tivesse a capa-
cidade – a exemplo do que os outros fizeram em suas épocas – de
maximizar os resultados do grupo e viabilizar o seu crescimento
num mundo cada vez mais competitivo. Dessas inicialmente sim-
ples trocas de idéias surgiram grupos de trabalho, que por sua vez
converteram-se num programa de discussão e desenvolvimento de
um novo modelo de gestão. Se de um lado foi decisiva a postura
de seus pais, ao permitirem a evolução deste processo, a verdade é
que foram eles – os membros da nova geração – que, após um período
Deixou, junto com seus irmãos, uma herança que valia para
muito além de seu tempo. Os diversos setores que compunham o
grupo, antes descentralizados para ir bem nos mercados desconec-
tados onde atuavam, agora estavam, graças aos esforços da última
década, interligados por uma filosofia de gestão capaz de propor-
cionar a unidade necessária para enfrentar os rigores da compe-
tição global. E os novos dirigentes, que construíram a estrutura,
trataram em seguida de aperfeiçoá-la, não se contentando com os
resultados obtidos – que não eram pequenos.
Para que um dia esta passagem possa se realizar, tudo o que foi
construído ao longo dos últimos noventa anos – com trabalho e su-
peração, com austeridade e ousadia perfeitamente dosadas, tendo
como alicerces fundamentais aqueles valores ao mesmo tempo pes-
soais, familiares e empresariais –, precisa ser continuado. Os desafios
da atividade empresarial nunca cessam, e a continuidade depende
da capacidade de enfrentá-los com humildade a cada dia, tendo
como eixo constante o trabalho estrênuo, que a tudo supera.
Epílogo 279
Caldeira, Jorge
Votorantim 90 anos : uma história de trabalho e
superação / Jorge Caldeira. -- São Paulo : Mameluco, 2007.
Bibliografia.
ISBN 978-85-60432-04-2
07-10204 CDD-338.0981