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we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 AULA 14: Controle da Administragao SUMARIO. HELY LOPES METRELLES E ADOTADA POR MARCELO ALEXANDRINO E VICENTE PAULO) 3.1. CONFORME A ORIGEM 4 3.1.1. CONTROLE INTERNO 4 3.1.2. CONTROLE EXTERNO 3.1.3. CONTROLE POPULAR 3.2. CONFORME 0 MOMENTO DE EXERCICIO 3.2.1. CONTROLE PREVIO OU PREVENTIVO (A PRIORI) 3.2.2. CONTROLE CONCOMITANTE 3.2.3. CONTROLE SUBSEQUENTE OU CORRETIVO OU A POSTERIORI (mats comu) 3.3. QUANTO AO ASPECTO CONTROLADO 3.3.1. CONTROLE DE LEGALIDADE OU LEGITIMIDADE 3.3.2. CONTROLE DE MERITO 3.4. QUANTO A AMPLITUDE u 3.4.1. CONTROLE HIERARQUICO 1 3.4.2. CONTROLE FINALISTICO 1 4) CONTROLE ADMINISTRATIVO 2 4.1, RECURSOS ADMINISTRATIVOS 3! 4.1.1. ESPECIES DE RECURSOS ADMINISTRATIVOS 4.2. PROCESSOS ADMINISTRATIVOS 4 4.2.1. PRINCEPIOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO al 4.3. PRESCRICAO ADMINISTRATIVA ag} 5) CONTROLE LEGISLATIVO OU PARLAMENTAR Ss} 5.1. A FISCALIZACAO CONTABIL, FINANCEIRA E ORCAMENTARIA NA. Prof. Daniel Mesquita Www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. mee Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 CONSTITUIGAO FEDERAL 3 6) CONTROLE JUDICIARIO OU JUDICIAL Ea 6.1. PROCEDIMENTOS JUDICIAIS DE CONTROLE 97 2) RESUMO DA AULA 14d 8) QUESTOES 14g] 9) REFERENCIAS 4 1) Introdugao a aula 14 Bem vindos & nossa aula 14 do curso de Direito Administrativo, preparatério para o concurso do TCM-RJ, para o cargo Técnico de Controle Externo. Nesta aula, abordaremos a matéria do edital: "12. CONTROLE DA ADMINISTRAGAO PUBLICA: CONCEITO, TIPOS E CLASSIFICAGAO DAS FORMAS DE CONTROLE (FORMAS DE CONTROLE); CONTROLE INTERNO E EXTERNO; CONTROLE EXERCIDO PELA ADMINISTRAGAO SOBRE SEUS PROPRIOS ATOS (CONTROLE ADMINISTRATIVO): RECURSOS ADMINISTRATIVOS (LEGALIDADE OBJETIVA, _OFICIALIDADE, INFORMALISMO, VERDADE MATERIAL E CONTRADITORIO E AMPLA DEFESA); CONTROLE PARLAMENTAR (CONTROLE LEGISLATIVO): CONTROLE PELOS TRIBUNAIS DE CONTAS, FISCALIZACAO. CONTABIL, FINANCEIRA E ORCAMENTARIA NA CF/88.”. Chega de papo, vamos a luta! Prof. Daniel Mesquita Www.estrategiaconcursos.com.br 2de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 2) Conceito de controle Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, controle é “o poder-dever de vigilancia, orientagdo e correcfo que a prépria Administrag&o, ou outro Poder, diretamente ou por meio de érgéos especializados, exerce sobre sua atuac&o administrativa.”. Bre. Administragéo 6 uma consequéncia do conceito criado pelo Direito Fernanda Marinela destaca que o controle da Romano da “reptiblica”, no latim res publica, que transmite a idéia de que o Estado é uma “coisa de todos”, surgindo a necessidade de vigilancia, orientacéo e correcéo de um Poder, érgdo ou autoridade sobre a conduta funcional de outro, para evitar imperfeigées, falhas e abusos. © poder-dever de controle € exercitavel por todos os Poderes, estendendo-se a toda a atividade administrativa (lembrando que ha atividade administrativa em todos os Poderes) e abrangendo todos os seus agentes. Por essa razéo, diversas sdo as formas pelas quais o controle se exercita. Boaroncsce A Teoria da Separacéo dos Poderes (trias politica) desenvolvida por Montesquieu, tinha como objetivo o controle do Poder do Estado por meio da diviséo de suas fungdes, dando competéncia a érgaos diferentes na mesma pessoa juridica. Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br Ade 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estratégia Controle Externo. concunses Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 3) Classificagéo das formas de controle (proposta por Hely Lopes Meirelles e adotada por Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo) Antes de adentrarmos no estudo do controle administrativo, judicial ¢ legislativo, importante observar as seguintes classificacées das formas de controle. 3.1. Conforme a ORIGEM 3.1.1. Controle INTERNO — aquele exercido dentro de um mesmo Poder, automaticamente ou por meio de éra%os integrantes de sua prépria estrutura. Exemplos: controle exercido pelas chefias sobre os atos de seus subordinados dentro de um érgao ptiblico; controle do Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, quando provocado, sobre as decisdes das Delegacias de Julgamento da Secretaria da Receita Federal; controle interno exercido pelas Corregedorias sobre os servidores do Judiciario. © controle interno dispensa lei expressa, j4 que a Constituiggo Federal, em seu art. 74, determina que os Poderes mantenham sistemas de controle interno, estabelecendo os itens minimos a serem objeto desse controle. Art. 74. Os Poderes Legislative, Executivo e Judiciario manterao, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execucao dos programas de governo e dos orcamentos da Unido; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto & eficdcia e eficincia, da gestéo orcamentéria, financeira e patrimonial nos érgéos e entidades da administracéo federal, bem como da aplicacdo de recursos publicos por entidades de direito privado; III - exercer 0 controle das operacées de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da Unido; IV - apoiar o controle externo no exercicio de sua missdo institucional. Prof. Daniel Mesquita wi concursos.com.br Ade 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita m Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 Co 0 §1° do referido artigo prevé que os responsaveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela dardo ciéncia ao TCU, sob pena de responsabilidade solidéria. © controle interno decorre do principio da tutela ou da autotutela, corolario do principio da legalidade. 3.1.2. Controle EXTERNO 3 nue jatento! E exercido por um Poder sobre os atos administrativos praticados por outro Poder. Exemplos: sustagéo, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar (art. 49, V, CF); anulagdo de um ato do Poder Executivo por decis&o judicial; apreciago das contas pelos Tribunais de Contas. 3.1.3. Controle POPULAR Jé que a Administragao deve sempre atuar visando a satisfag&o do interesse publico, existem diversos mecanismos, constitucionalmente previstos, para possibilitar aos administrados a verificagéo da regularidade da atuac&o da Administracéo e para impedir a pratica de atos ilegitimos, lesivos ao individuo ou a coletividade ou possibilitar a reparagao dos danos decorrentes da pratica desses atos. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 195, Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 Segundo Marinela, é a forma de controle dos atos administrativos por meio da qual qualquer pessoa pode, na qualidade de cidadao, questionar a legalidade de determinado ato, e pugnar pela sua validade. Exemplos: acdo popular (art. 5°, LXXIII, CF - qualquer cidadao & parte legitima; visa a anulag&o de ato lesivo ao patriménio puiblico ou de entidade de que o Estado participe, & moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patriménio histérico e cultural); as contas do Municipio devem ficar, durante 60 dias, anualmente, a disposicéio de qualquer contribuinte, para exame e apreciagdo, o qual podera questionar-Ihes a legitimidade, nos termos da lei (art. 31, §3°, CF); obrigatoriedade de realizagéo de audiéncias publicas para discussdo do plano plurianual e determinadas licitagdes de grande porte ou relevante interesse social. 3.2. Conforme o MOMENTO DE EXERCICIO 3.2.1. Controle PREVIO OU PREVENTIVO (A PRIORI) E exercido antes do inicio da pratica ou antes da conclusdo do ato administrativo. Constitui requisito para a validade ou para a produgo de efeitos do ato controlado. Exemplos: autorizagao do Senado Federal necessdria para que a Uni&o, os Estados, 0 DF ou os Municipios possam contrair empréstimos externos; concess&o de uma medida liminar em mandado de seguranca preventivo que impeca a pratica ou a conclusio de um ato administrativo que o administrado entenda ferir direito liquido e certo seu. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita m Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 3.2.2. Controle CONCOMITANTE Também chamado por Marinela de sucessivo, é exercido durante a realizagao do ato. Permite a verificacéo da regularidade de sua formacao. Exemplos: fiscalizagéo da execugéo de um contrato administrativo; acompanhamento de um concurso pela corregedoria competente; realizacéio de auditoria durante a execucéio do orgamento. 3.2.3. Controle SUBSEQUENTE OU CORRETIVO OU A POSTERIORI (mais comum) E exercido apés a conclusdo do ato. E possivel a correcdo de defeitos do ato, a declaracg&éo de sua nulidade ou a conferéncia de eficdcia ao ato. Exemplos: homologagéo de um procedimento _licitatério; homologagao de um concurso publico. tome nota! QBS: © controle judicial dos atos administrativos é, em regra, um controle subsequente. 3.3. Quanto ao ASPECTO CONTROLADO 3.3.1. Controle de LEGALIDADE OU LEGITIMIDADE a jatent E corolério imediato do principio da legalidade. Analisa-se se 0 ato ou procedimento administrativo foi praticado em conformidade com a lei, fazendo-se 0 confronto entre uma conduta administrativa e uma norma juridica (que pode estar na Constituisao, na lei ou em ato administrativo de contetido impositivo). Entretanto, Prof. Daniel Mesquita Www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. consees Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 deve também ser apreciada a observancia dos _ principios administrativos, como a moralidade, finalidade, impessoalidade. Hé uma forma de controle de legalidade que ocorre para sanar a omissdo do Poder Publico em garantir um direito expressamente previsto na Constituigéo. © STF entende que, se o Estado deixar de adotar as medidas necessérias & realizado concreta dos preceitos da Constituigg0, impedindo-os de tornd-los efetivos, operantes e exeqiliveis, incidiré em violac&io negativa do texto constitucional; assim, © Judiciario podera controlar tal omissdo (ADI 1.458 MC/DF, STF - Tribunal Pleno, Rel. Min. Celso de Mello, julg: 23.05.1996, DJ: 20.09.1996). O controle de legalidade pode ser exercido pelo(a): 1. Prépria Administragéo (de oficio ou mediante recurso): chamado controle interno de legalidade (decorrente do principio da tutela ou da autotutela). 2. Poder Judiciério (hipétese de controle externo): no exercicio de sua fungo precipua jurisdicional, por meio da acéo adequada. Exemplo: exame pelo Judiciério, em mandado de seguranca, da legalidade de um ato do Executivo. 3. Poder Legislativo (hipétese de controle externo): nos casos previstos na Constituigéo. Exemplo: apreciacéo pelo Poder Legislative, por meio do TCU, da legalidade dos atos de admissao de pessoal do Executivo. Ca Na prova! © resultado do controle de legalidade é a declaragéo da existéncia de vicio no ato, o que enseja a sua nulidade. Logo, a BNIaGES ocorre nos casos em que exista ilegalidade no ato Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita a Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de fEstratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 administrative (ofensa a lei ou aos principios administrativos), podendo ser decretada pela_prépria Administraco (controle interno) ou pelo (controle externo - TCU) e opera efeitos ex tunc (retroage a origem do ato, desfazendo as relagdes dele resultantes). 3.3.2. Controle de MERITO Compete, normalmente, ao préprio Poder que editou o ato. jade e a conveniéncia do 5 ue Jat Visa a verificagao da eficiéncia, oportul ato controlado, atingindo diretamente a discricionariedade do Administrador. Apenas nos casos expressos na Constituigéo, muito excepcionalmente, o Poder Legislativo pode exercer controle de mérito sobre atos praticados pelo Poder Executivo. DESPENCA na prova Marinela destaca, no entanto, que se admite hoje que a realizacéo de controle de princfpios constitucionais como os da Prof. Daniel Mesquita Www.estrategiaconcursos.com.br le 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estratégia Controle Externo. concunses Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 razoabilidade e proporcionalidade, implicitos na CF, além dos da moralidade e eficiéncia, expressos, apesar de representar controle de legalidade, € possivel reconhecer que esses principios limitam a liberdade do Administrador e que, por vias tortas, acaba atingindo o mérito, apesar de se afirmar categoricamente que esse n&o é controle de mérito. Gp oerisorusencia Afirmando a regra geral, o STJ firmou jurisprudéncia na linha de que o controle jurisdicional dos processos administrativos se restringe & regularidade do procedimento, a luz dos principios do contraditério e da ampla defesa, sem exame do mérito administrativo (REsp 1.185.981/MS, STJ - Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julg: 27.09.2011, DJe: 03.10.2011). Admitindo 0 controle excepcional de mérito, 0 STF, no julgamento da ADPF 45, reconheceu a possibilidade de o Poder Judiciério controlar a escolha e aplicacaio de politicas publicas: “(..) Nao obstante a formulacéo e a execucao de politicas publicas dependam de opcées politicas a cargo daqueles que, por delegacéo popular, receberam investidura em mandato eletivo, cumpre reconhecer que néo se revela absoluta, nesse dominio, a liberdade de conformacéo do legislador, nem a de atuacio do Poder Executivo. E que, se tais Poderes do Estado agirem de modo irrazodvel ou procederem com a clara intengfo de neutralizar, comprometendo-a, a eficacia dos direitos socials, econémicos e culturais, afetando, como decorréncia causal de uma injustificével inércia estatal ou de um abusivo comportamento governamental, aquele niicleo _intngivel consubstanciador de um conjunto irredutivel de condic¢ées minimas necessarias 2 uma existéncia digna e essenciais 4 prépria sobrevivéncia do individuo, al, entéo, justificar-se-3, como pecedentemente jé enfatizado - e até mesmo por razées fundadas em um imperativo ético-juridico, a possibilidade de intervencao do Poder Judiciério, em ordem a viabilizar, a todos, 0 acesso aos bens cuja fruicao Ihes haja sido injustamente recusada pelo Estado (...) (ADPF 45 MC/DF, STF, Rel. Min. Celso de Mello, julg: 04.05.2004, DJ: 04.05.2004). Prof. Daniel Mesquita wi concursos.com.br 10 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 Em outro julgamento, noticiado no Informativo STF n° 468, admitiu-se a insergao do Poder Judicidrio no mérito administrativo: PRIMEIRA TURMA Principio da Proporcionalidade e Mérito Administrativo A Turma manteve decisio monocrdtica do Min. Carlos Velloso que negara provimento a recurso extraordinario, do qual relator, por visiumbrar ofensa 20s principios da moralidade administrativa e da necessidade de concurso publico (CF, art. 37, I). Tratava-se, na espécie, de recurso em que o Municipio de Blumenau e sua Cémara Municipal alegavam a inexisténcia de violacéo aos principios da proporcionalidade e da moralidade no ato administrative que institufra cargos de assessoramento parlamentar. Ademais, sustentavam que 0 Poder Judiciério no poderia examinar 0 mérito desse ato que criara cargos em comisséo, sob pena de afronta ao principio da separacéo dos poderes. Entendeu-se que a deciséo agravada néo merecia reforma, Asseverou-se que, embora néo caiba 20 Poder Judiciério apreciar 0 mérito dos atos administrativos, a andlise de sua discricionariedade seria possivel para a verificagio de sua regularidade em relacio as causas, aos motivos e 3 finalidade que ensejam. Salientando a jurisprudéncia da Corte no sentido da exigibilidade de realizagio de concurso publico, constituindo-se excecéo a criagdo de cargos em comissio e confianca, reputou-se desatendido o principio da proporcionalidade, haja vista que, dos 67 funcionarios da Camara dos Vereadores, 42 exerceriam cargos de livre nomeacio e apenas 25, cargos de provimento efetivo. Ressaltou-se, ainda, que a proporcionalidade e a razoabilidade podem ser identificadas como critérios que, essencialmente, devem ser considerados pela Administragéo Publica no exercicio de suas fungées tipicas. Por fim, aduziu-se que, concebida a proporcionalidade como correlagao entre meios e fins, dever-se-ia observar relacao de compatibilidade entre os cargos criados para atender as demandas do citado Municipio e os cargos efetivos j4 existentes, 0 que nao ocorrera no caso. RE 365368 AgR/SC, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 22.5.2007. (RE-365368) i istproval Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br Li de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 © resultado do exercicio do controle de mérito realizado pela Administragéo é a FeVOGaEaO de atos discricionarios por ela prépria regularmente editados. Logo, no caso do controle de mérito, o ato administrativo é DISCRICIONARIO, é REGULAR e somente a Administrac3o pode revoga-lo. Como 0 ato revogado era perfeito e operante, sua revogagéo somente pode produzir efeitos prospectivos, ou seja, ex nunc. ee sencao 3.4. Quanto 4a AMPLITUDE 3.4.1. Controle HIERARQUICO Result automaticartente do III dos érygos da Administrag&o Direta e das unidades integrantes das entidades da Administrag&o Indireta. E tipico do Poder Executivo e é sempre um controle interno. aor Esclarecendo mesma pessoa juridica, houver escalonamento vertical de érgdos, departamentos ou quaisquer outras unidades desconcentradas e despersonalizadas, havera controle hierérquico do superior sobre os Sempre que, dentro da estrutura de uma atos praticados pelos subalternos, independente de norma que o estabeleca. Esse controle, também denominado controle por subordinagao, pressupée as faculdades de supervisdo, coordenacéo, orientaséo, fiscalizag&o, aprovacéo, reviséio e avocacio das atividades controladas. Prof. Daniel Mesquita Www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 Prone otal poder hierarquico é caracterizado por ser: 1. Pleno (irrestrito) 2. Permanente 3. Automatico (néo depende de norma especifica que o estabeleca ou autorize) Por meio do controle hierarquico, podem ser verificados todos os aspectos relatives & legalidade e ao mérito de todos os atos praticados pelos agentes ou érgdos subalternos a determinado agente ou érgao. 3.4.2. Controle FINALISTICO Fe rue jatento! E exercido pela Administragéo Direta sobre as pessoas juridicas integrantes da Administracdo Indireta. Como resultado da descentralizag&o administrativa, compdem a Administrag3o Publica no sé os érgdos da Administragao Direta, mas também outras pessoas juridicas, com autonomia administrativa e financeira, vinculadas (e nao subordinadas) 4 Administrag&o Direta. O controle finalistico depende de norma legal que o estabeleca, determine os meios de controle, os aspectos a serem controlados e as ocasiées de realizagio do controle, indicando-se a autoridade controladora, as faculdades a serem exercitadas e as finalidades objetivadas. OBS: para Celso Anténio Bandeira de Mello, em situagées excepcionais, de condutas patentemente aberrantes de entidades da Administragéo Indireta, cabe o controle por parte da Administragao Direta, mesmo na auséncia de expressa previsio legal. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br Bde 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 Nesse tipo de controle, também denominado controle por vinculagéio, a administragéo direta restringe-se a verificagdo do enquadramento da entidade controlada no programa geral do governo e a avaliacio objetiva do atingimento, pela entidade, de suas finalidades estatutérias. Trane nota g um controle limitado e interno (esta Ultima caracteristica é controvertida na doutrina, mas entendo ser mais correta a posigéio de Odete Medauar, estabelecida no seguinte artigo juridico: http://www. revistas.usp. br/rfdusp/article/viewFile/67131/69741) © controle finalistico, MUITA ATENGAO, nao tem fundamento hierarquico, porque nao ha subordinagdo entre a administracao direta e © ente da administracao indireta (autarquia, por exemplo), mas apenas m “vinculo” em razao da finalidade das pessoas juridicas pertencentes & Administragao Indireta. Segundo a doutrina, o controle finalistico deriva do denominado poder de tutela ou supervisdo teri: 1. (FCC/2004/TRF/42 Reg/Analista Judicidrio) Em matéria de controle da administrago, analise: I. A autoridade controladora acompanha, orienta, revé, avoca e aprova os atos praticados pelos subalternos. II. O que antecede a conclusdo ou operatividade do ato, como requisito para sua eficacia. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 195, Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 III. Todo aquele que visa a comprovacéio da eficiéncia, do resultado, da conveniéncia ou oportunidade do ato controlado, sendo da competéncia da Administragéo, e, em casos excepcionais expressos na Constituigéo Federal, do Legislativo. Essas hipsteses correspondem, respectivamente, aos controles a) hierarquico, sucessivo e vinculado. b) hierarquico, prévio ou preventive e de mérito. c) sucessivo, preventivo e de mérito. d) sucessivo, operativo e vinculado. e) discticionario, prévio e corretivo. Vimos que 0 poder hierarquico todos os atos praticados pelos agentes ou drgdos subalternos podem ser verificados quanto a legalidade @ ao mérito assim a autoridade controla, orienta, revé. Percebe-se ent&o que o item I refere-se ao controle hierérquico. 14 sabemos que o controle prévio ou preventive € 0 exercido antes do inicio da pratica ou antes da concluséo do ato administrative, ou seja antecede a conclusdo, item II controle prévio. Ao lembrar do controle de mérito, vocé vera que ele se encaixa perfeitamente no item III. Resposta: letra “b” 2. (FCC - 2012 - TRT-PE - Analista Judicidrio - Execugéo de Mandados) Um dos instrumentos existentes para o exercicio do controle judicial da atividade administrativa € a ag&o popular, sendo correto afirmar que a) determina a integrago obrigatéria, no polo passivo da lide, da pessoa juridica de direito piblico da qual emanou o ato impugnado Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 b) determina a integrag&o obrigatéria, no polo ativo da lide, da pessoa de direito puiblico da qual emanou 0 ato impugnado. c) pressupde a comprovagie da les&o ao patriménio public, néo sendo suficiente a lesdo 4 moralidade administrativa. d) somente pode ser intentada por cidadéo no gozo dos direitos politicos. e) pode ser intentada por qualquer cidadao brasileiro, nato ou naturalizado, e pelo Ministério Publico. Vimos que uma modalidade de controle é 0 controle popular, muito importante, j4 que a Administragéo deve sempre atuar visando & satisfagdo do interesse publico. A agéo popular é um exemplo classico e muito importante para a sua prova. Possui lei propria, porém, a redac&io dessa questao encontra guarida constitucional, 6 a letra do inciso LXXIII do art. 5°, verbis: “qualquer cidad&o é parte legitima para propor acéo popular que vise anular ato lesivo ao patriménio ptiblico ou de entidade de que o Estado participe, a moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patriménio historico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada méa-fé, isento de custas judiciais e do énus da sucumbéncia.” Resposta: letra D 3. (FCC- 2013- TRT 18 regido- Analista Judicidrio- Oficial de Justiga Avaliador) A atuag&o da Administracao publica esta submetida a controle interno e externo. E correto afirmar que; a) 0 controle exercido pelo Legislative é mais restrito do que o exercido pelo Judicidrio, na medida em que se restringe ao controle de legalidade dos atos administrativos. b) © controle de economicidade, exercido com auxilio do Tribunal de Contas, limita-se a exame de legalidade, visto que o controle Legislativo nao admite andlise discriciondria. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 c) © controle exercido pelo Legislative é mais restrito que aquele desempenhado pelo poder judicidrio, porque n&o admite andlise de mérito da atuagao administrativa. d) a fiscalizagéo exercida pelo Legislativo esta expressamente delimitada pela Constituigéo Federal brasileira, incluindo o controle politico, que abrange andlise de mérito, em algum grau e medida. e) nao se admite controle exercido pelo Legislative, em razao do principio da separag&o de poderes, cabendo, apenas excepcionalmente controle pelo Judiciério, admitindo-se algum grau de controle de discricionariedade. Na alternativa “a” fala que o controle exercido pelo Poder Legislative mais restrito pelo fato de se restringir ao controle de legalidade dos atos administrativos, 0 que torna esta assertiva incorreta. A alternativa "b”, 0 controle de economicidade néo se limita ao mero exame de legalidade, assim como o controle exercido pelo Legislativo admite sim discricionariedade, invalidando a assertiva. A alternativa “c" também esté incorreta por falar que o controle legislativo nao realiza controle de mérito, o que de fato ocorre, preceituado na Constituigéo Federal. A alternativa “d” compactua com o que esté expresso na Constituigéo Federal, dispondo corretamente sobre as atribuigées do controle legislativo, item correto. Por fim, a alternativa “e” estd incorreta, uma vez que foi visto que os trés poderes exercem 0 controle administrativo de alguma forma. Gabarito: Letra "d” 4. (FCC - 2015 - CNMP - Analista do CNMP - Gest&o Publica) Suponha que determinado diretor, responsavel pela area de pessoal de um 6rgao publico, tenha aprovado escala de férias dos servidores do érgéio, sem atentar, contudo, para as condicdes de manutencéio da Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br 17 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 regularidade do atendimento ao ptiblico, de forma que a manutenc&o da escala podera prejudicar o bom andamento do servico. Referido ato administrativo: a) pode ser anulado, administrativamente ou judicialmente, tanto por raz6es de legalidade como de conveniéncia administrativa, para fins de preservagio do interesse ptblico. b) € passivel de controle pelo 6rgao hierarquicamente superior ao da autoridade que o praticou, que pode anular o ato se considera-lo inoportuno ou inconveniente. c) pode ser revogado pela prépria Administrag3o, por razées de conveniéncia e oportunidade, como expresso da autotutela. d) somente pode ser revogado se identificada ilegalidade ou desvio de finalidade. e) uma vez aperfeigoado, nao pode mais ser modificado pela Administracgo. Para responder esta questdo, atente-se para a Simula n° 473 do STF: “A Administrac&o deve anular seus préprios atos, quando eivados de vicio de legalidade, e pode revoga-los por motivo de conveniéncia ou oportunidade, respeitados os direitos adquirides”. E sé guardar a seguinte relagéo: ANULACAO — ILEGALIDADE REVOGACAO —. CONVENIENCIA OU OPORTUNIDADE Letra (A). No caso de conveniéncia administrative, o ato administrative pode ser revogado e nao anulado. Logo, esta INCORRETA. Letra (B). No caso de ato inoportuno ou inconveniente, aplica-se a Tevogagio e ndo a anulacdo, que é para a hipétese de ato ilegal. Portanto, esta ERRADA. Letra (C). Esté CORRETA, conforme quadro explicativo acima. Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br 18 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 Letra (D), Nesse caso, o ato seré anulado e néo revogado. Logo, esta INCORRETA. Letra (E). O item esta contrério 4 Simula n° 473 do STF, transcrita acima. Logo, esté ERRADO. Gabarito: C 5. (FCC - 2014 - TJ/AP - Analista Judicidrio - Area Judiciaria e Administrativa) Sabe-se que a Administrac&o publica esté sujeita a principios expressos e implicitos, cuja inobservancia acarreta consequéncias em diferentes esferas e graus de extensdo. Sobre o impacto dos principios na validade dos atos juridicos, é correto afirmar que a) a inobservancia dos principios que regem a Administragéo néo pode acarretar a invalidacdo ou a revogac&o dos atos administrativos, salvo se também tiver havido descumprimento de regra legal. b) somente a Administracdo ptiblica esta autorizada a anular seus atos com fundamento em inobservancia de principios. c) o poder de tutela exercido pela Administrac&o publica sobre seus préprios atos somente autoriza a revogac&o com fundamento em descumprimento de principios, vedada a anulag3o. d) 0 poder de tutela exercido pelo Judicidrio pode acarretar a revogagéo de atos essencialmente discriciondrios, ainda que o fundamento seja exclusivamente o descumprimento de principios. e) © controle exercido pelo Poder Judicidrio sobre a atuagdo da Administrag&o ptiblica pode ensejar anulag’io ou desfazimento de atos administrativos com fundamento no descumprimento de principios. Letra (A). A inobservaéncia dos principios que regem a Administragéio pode sim gerar a invalidago dos atos administrativos, fazendo parte do controle de legalidade. Assim, esta INCORRETA. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 195, Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 Letra (B). Nesse caso, 0 Judiciério também pode anular, 4 que se trata de controle de legalidade. Logo, esté ERRADA. Letra (C). AAdministragéo deve anular seus proprios atos, quando eivados de vicio de legalidade, e pode revoga-los por motivo de conveniéncia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos (Sumula n° 473 do STF). Inobservancia de principio é considerada vicio de legalidade, sendo 0 caso de anulac&o do ato. Portanto, esta INCORRETA. Letra (D). N&o cabe ao Poder Judicidrio exercer controle de mérito sobre atos praticados pela Administracéo Publica (atos discricionarios), por dizer respeito ao juizo de valor do agente publico, ou seja, 0 controle exercido pelo Poder Judiciério, nesse caso, & sempre um controle de legalidade e legitimidade. Logo, esté ERRADA. Letra (E). O controle realizado pelo Judicidrio é de legalidade, gerando a anulacéio do ato. Nesse controle se entende a “legalidade” em sentido amplo, pois os principios da Administrag&o Publica estao expressamente previstos na Constituicdo (art. 37, caput) e nas leis de regéncia (Lei de Improbidade Administrativa, Lei do Processo Administrativo etc.) Assim, esta CORRETA. Gabarito: E 6. (FCC - 2014 - TCE/GO - Analista de Controle Externo - Administrativa) Isis, servidora publica, praticou ato administrativo com vicio de finalidade (0 ato néo tinha finalidade publica; visava interesses particulares). Em razao do vicio e apés provocaco dos interessados, o aludido ato foi invalidado pelo Poder Judiciério. A propésito do tema, é correto afirmar que a) a invalidaggo em questéo nao poderia ter sido feita pelo Judicidrio. b) 0 procedimento adequado para o caso seria a revogac&o do ato administrativo. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. consees Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 ¢) a invalidagéo, quando feita pela prépria Administraco publica, independe de provocaco do interessado. d) se trata de vicio sanavel, portanto, néo era hipétese de invalidagéio do ato administrativo. €) a invalidago em questo produz efeitos ex nunc. Antes de qualquer coisa, importante saber que o desvio de finalidade ocorre quando o agente pratica um ato visando outra finalidade que nao seja a prevista em lei, ou seja, trata-se de uma ilegalidade. Letra (A). O Judicidrio pode exercer controle de legalidade em relag&o aos atos administrativos. Assim, esté ERRADA. Letra (B). © procedimento adequado é a anulagio do ato administrative, por se tratar de ilegalidade, e nao revogacéio, que é para o caso de conveniéncia ou oportunidade. Logo, esté INCORRETA. Letra (C). A Administrac&o deve anular seus préprios atos, quando eivados de vicio de legalidade, e pode revoga-los por motivo de conveniéncia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos (Stimula n° 473 do STF). Ou seja, é dever da Administrag&o anular o ato viciado de ilegalidade, no é necessério esperar a provocacio de ninguém. Portanto, esté CERTA. Letra (D). Vicio de finalidade no ato administrativo é insanavel, sendo sim caso de invalidacéo. Assim, esta ERRADA. Letra (E). A invalidagio de ato administrative produz efeitos ex tune e n&o ex nunc, jé que retroage ao momento de sua pratica. Logo, esta INCORRETA. Gabarito: C 7. (FCC - 2014 - TCE/PI - Auditor Fiscal de Controle Externo) A recomposiggo da ordem juridica violada pela edigio de atos administrativos com vicio de validade poderé ser obtida pela Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. consees Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 a) revogacSo, que opera efeitos ex tunc, sendo opgo discriciondria do administrador a retirada ou nao do ato administrativo exarado com vicio de competéncia. b) invalidagée, que, em razéo do principio da legalidade, nao encontra limites e opera necessariamente efeitos ex tunc. ¢) invalidagdo, que, necessariamente, opera efeitos ex tunce pela revogacéo, que opera efeitos ex nunc, na hipdtese em que atingidos terceiros de boa-fé. d) revogagao, que opera efeitos ex tunc, podendo, no entanto, operar efeitos ex nunc quando atingidos terceiros de boa-fé ou na hipétese de atos discricionarios produzidos com vicio de competéncia. e) invalidag&o que opera efeitos ex tunc, podendo, no entanto, operar efeitos ex nunc quando, por exemplo, atingidos terceiros de boa-fé. Letra (A). No caso de vicio de validade, a hipétese 6 de invalidagéo e n&o revogacao do ato administrativo. Além disso, a revogacéo opera efeitos ex nunc (nao retroage) e o vicio de competéncia gera ilegalidade, j4 que se trata de elemento vinculado do ato administrativo e nao discricionario. Logo, esté INCORRETA. Letra (B). A invalidag&o pode operar efeitos ex nunc no caso de atingir terceiros de boa-fé. Portanto, esté ERRADA. Letra (C). A invalidagéo pode operar efeitos ex nunc no caso de atingir terceiros de boa-fé. Além disso, a revogagéo sempre opera efeitos ex nunc. Logo, esté INCORRETA. Letra (D). A revogacdo sempre opera efeitos ex nunc. Logo, esta INCORRETA. Letra (E). Em regra, a invalidac&o opera efeitos ex tunc (retroage para sair do mundo juridico e alcangar os efeitos da anulagao desde a edig&o do ato nulo), porém pode operar efeitos ex nunc se atingir terceiro de boa-fé (Vide art. 53 da Lei n. 9.784/99: “A Administracéo Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 deve anular seus préprios atos, quando eivados de vicio de legalidade, e pode revoga-los por motivo de conveniéncia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.”). Portanto, esta CERTA. Gabarito: E 8. (FCC - 2013 - TRE/RO - Técnico Judicidrio - Area Administrativa) Eduardo Henrique, servidor publico estadual, praticou ato administrativo com vicio de competéncia, isto é, praticou ato que, por atribuigao legal, competia a outro servidor ptiblico, em cardter exclusivo. O ato em questdo a) deve obrigatoriamente ser convalidado. b) deve obrigatoriamente ser reconhecido como valido, haja vista os efeitos dele emanados. c) ndo comporta revogaco, haja vista tratar-se de vicio passivel de convalidago. d) deve ser anulado seja pela propria Administragao, seja pelo Poder Judiciario. e) deve ser revogado. Letra (A). O defeito ligado & competéncia do ato administrative $6 é passivel de convalidac&o se a competéncia n&o for exclusiva, o que néo € 0 caso da questdo. Logo, esté INCORRETA. Letra (B). Est ERRADA, conforme comentario acima. Letra (C). Esté INCORRETA, conforme comentario ao item A. Letra (D). Trata-se de hipétese de anulagSo, j4 que a competéncia € elemento vinculado do ato administrativo, assim envolve a legalidade, que pode ser controlada tanto pela propria Administracéo (autotutela) quanto pelo Judiciario. Portanto, esta CORRETA. Letra (E). Nao se trata de hipstese de revogagéo, j4 que nao envolve a conveniéncia e a oportunidade da Administrac&o, conforme comentado no item anterior. Logo, esta ERRADA. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 Gabarito: D 4) Controle Administrativo E a forma mais comum de controle, realizado pela Administragao sobre seus préprios atos e atividades. O controle administrative é& exercido pelo Poder Executivo e pelos érg’os administrativos do Legislative e do Judicidrio sobre suas préprias condutas (exs: controle da nomeag&o de um servidor pela Camara dos Deputados; controle dos atos realizados no curso de um procedimento licitatério), tendo em vista aspectos de legalidade ou de conveniéncia (mérito). t Weisticso Virol Deriva do poder-dever de autotutela que a Administraggo tem sobre seus préprios atos e agentes, conforme esté consolidado na Simula 473 do STF: “a Administraco pode anular seus préprios atos, quando eivados de vicios que os tornem ilegais, porque deles n&o se originam direitos; ou revogé-los, por motivo de conveniéncia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciacéo judicial.”. O art. 53 da Lei n, 9.784/99 também trata do tema: Art. 53. A Administragao deve anular seus préprios atos, quando eivados de vicio de legalidade, e pode revogé-los por motivo de conveniéncia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. Prof. Daniel Mesquita Www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 Lembre-se que 0 ato com vicio de legalidade deve ser anulado com efeitos retroativos, para que a Administraggo ou o Poder Judicidrio exclua todos os efeitos pretétitos que surgiram a partir desse ato. Diz- se que ele é anulado com efeitos ex tunc (RETROAGE). Por outro lado, a revogagéo de um ato ocorre por razdes de conveniéncia e oportunidade, ou seja, se retirado o ato do mundo juridico com sua revogacéio, n&o hé necessidade de extirpar todos os efeitos pretéritos desse ato. Assim, a revogacao opera efeitos ex nunca (NAO RETROAGE). INDO Ra fundo Conforme destaca Marinela, o controle administrativo, por ser um tipico controle interno, tem por finalidade: a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execugdo dos programas de governo e dos orgamentos da pessoa juridica de direito publico; b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto a eficdécia e eficiéncia da gestdo orgamentaria, financeira e patrimonial nos érgaos e entidades da administracao publica, bem como da aplicagdo de recursos publicos por entidades de direito privado; c) exercer o controle das operacées de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres publicos; d) apoiar o controle externo no exercicio de sua misséo institucional. Para Marinela, s’o meios de controle administrativo: a fiscalizac&o hierarquica, a superviséo ministerial, 0 direito de petigéo, o processo administrativo, incluindo os recursos administrativos (com andlise nos Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 tépicos seguintes) e, atualmente, o moderno instrumento da arbitragem. A fiscalizag&o hierarquica (ou hierarquia organica) decorre do poder hierarquico; € exercida pelos érgdos superiores sobre os inferiores da mesma Administragdo, visando a ordenar, coordenar, orientar e corrigir suas atividades e agentes. A supervisdo ministerial geralmente é aplicdvel nas entidades da Administragéo Indireta vinculadas a um Ministério da Administrag&o Direta, conforme a finalidade especifica definida no momento de sua criagéo. Nao se fundamenta na hierarquia e sim no controle no atendimento das finalidades. Exemplos de atos: nomeacio de dirigentes das pessoas da Administragéo Indireta; aprovagéo da proposta de orgamento e programagao financeira; realizacio de auditoria e avaliagao periédica de rendimento e produtividade. xB Se ccna deter doe 0 Mint Munereor nao 6 autoridade competente para conhecer de recurso contra atos de autoridade das pessoas juridicas da Administragdo Indireta, pois estas s&o pessoas distintas e no hé hierarquia entre elas, sendo possivel o recurso hierarquico impréprio quando previsto na lei. Por fim, Marinela destaca os seguintes érgdos especificos de controle: 1. Controladorias: so Org&os do préprio Poder Executivo responsdveis por assistir direta e imediatamente o Chefe do Executivo quanto aos assuntos que, no Ambito do Poder Executivo, sejam relacionados a defesa do patriménio publico e & transparéncia da gestdo, exercendo atividades de controle interno, auditoria publica, correigéo, prevencéio e combate a corrupgéo e ouvidoria. Prof. Daniel Mesquita www.estrate; cursos.com.br 26 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 2. Conselho Nacional de Justiga (CNJ) e Conselho Nacional do Ministério Publico (CNMP) © CNJ é érgdo do Poder Judiciério destinado ao controle e a transparéncia administrativa e processual do Poder Judicidrio, ndo podendo, entretanto, exercer a funcdo jurisdicional do Estado. O CNMP foi instituido com a atribuigéo de controlar a atuacéo administrativa e financeira do Ministério Publico e o cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. 3. Controle interno dos Tribunais Com base no art. 74 da CF, 0 CN) determinou que todos os tribunais do pais criassem nucleos de controle interno, diretamente vinculado a presidéncia do respectivo tribunal ou unidade administrativa do Judicidrio, com a finalidade de avaliar todas as atividades administrativas do Poder Judiciério, desde 0 cumprimento das metas do plano plurianual até o monitoramento dos gastos, passando pela comprovagdo da legalidade dos atos de gestdo e de sua eficiéncia. Ficam sujeitos a tal controle todos os tribunais ou unidades judiciérias, as serventias judiciais e extrajudiciais e entidades que recebam ou arrecadem recursos em nome do Poder Judicidrio. QPeurisprusencia 1) A administrag&o publica pode declarar a nulidade dos seus préprios atos (Sumula n° 346 do STF). 2) E inconstitucional a criag&o, por Constituigéo Estadual, de 6rgao de controle administrativo do Poder Judiciério do qual participem representantes de outros Poderes ou entidades (Sumula n° 649). Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. consees Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 3) O STF sustenta que é possivel a Administracéio se valer da arbitragem como meio para a resolugéo de seus conflitos. Segundo o STF 0 uso da arbitragem é recomendadvel, mas nao é todo e qualquer direito publico que pode ser levado para a via arbitral, mas apenas aqueles conhecidos como “disponiveis”, porquanto de natureza contratual ou privada (AgRg no MS 11.308/DF, STJ - Primeira Secdo, Rel. Min. Luiz Fux, julg: 28.06.2006, DJ: 14.08.2006). 4) MUTTAVATENGAOMM! A jurisprudéncia do STF é no sentido de que a anulac&o de ato administrativo que reflita em interesses individuais deve assegurar ao prejudicado o prévio exercicio do contraditério e da ampla defesa (RE 602.013 AgR, STF - Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julg: 13.08.2013, acdérd&o eletrénico DJe: 28.08.2013). 9. (FCC - 2010 - TRF - 42 REGIAO - Analista Judiciério) No que se refere a forma de controle da Administragao Publica, considere: I. O controle exercido pela Administrac&o direta sobre as pessoas juridicas integrantes da Administrac&o indireta deriva do poder de tutela, II. © controle que visa verificar a oportunidade e conveniéncia administrativas do ato controlado, como regra, compete exclusivamente ao préprio Poder que, atuando na func&o de Administragéo Publica, editou 0 ato administrativo. Essas formas, conforme a amplitude e 0 aspecto controlado, denominam-se, respectivamente, a) subsequente e preventivo. b) de mérito e subsequente. c) de legalidade e finalistico. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estratégia Controle Externo. re Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 d) finalistico e de mérito. e) hierarquico e de legalidade. Pessoal, importante que vocés dominem esses conceitos trazidos por essa questo. Vou fazer agora uns comentérios mais aprofundados para que vocés fixem informagéio ao mesmo tempo em que testam seus conhecimentos com as questées. Vamos lé: Letra (A). O controle subsequente é exercido apés a concluséo do ato. Mediante o controle subsequente, é possivel a correcéio de defeitos do ato, a declarag&o de sua nulidade ou mesmo conferir eficdcia do ato. O controle prévio ou preventivo é quando exercido antes do inicio da pratica ou antes da conclusdo do ato, constituindo-se requisito para a validade ou para produgao de efeitos do ato controlado. Logo, esté INCORRETA. Letra (B). © controle de mérito visa verificar a eficiéncia, a oportunidade e a conveniéncia do ato controlado. © controle do mérito compete, normalmente, ao préprio poder que editou o ato. O controle subsequente & exercido apés a concluséio do ato. Mediante o controle subsequente, é possivel a correc&o de defeitos do ato, a declaracéo de sua nulidade ou mesmo conferir eficdcia do ato. Logo, esté INCORRETA LETRA (c). Pelo controle de legalidade, verifica-se se 0 ato foi praticado em conformidade com a Lei. Faz-se o confronto entre uma conduta administrativa e uma norma juridica, que pode estar na Constituigéo, na lei ou mesmo em ato administrativo de contetido impositivo. controle finalistico seré exercido pela Administrag&o Direta sobre as pessoas juridicas integrantes da Administragdo Indireta. Segundo a doutrina, o controle finalistico deriva do denominado poder de tutela ou superviséio ministerial. Logo, esté INCORRETA. Letra (D). O controle finalistico seré exercido pela Administragao Direta sobre as pessoas juridicas integrantes da Administragdo Indireta. Segundo a doutrina, o controle finalistico deriva do denominado poder Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br 29 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 de tutela ou supervisdo ministerial. O item “I” refere-se ao controle finalistico. © controle de mérito compete, normalmente, ao préprio Poder que editou o ato. Visa a verificacéio da eficiéncia, oportunidade e a conveniéncia do ato controlado. O item “II” refere-se ao controle de mérito. Logo, esté CORRETA. Letra (E). O controle hierarquico € tipico do poder Executivo, sendo sempre um controle interno, resultante do escalonamento vertical dos érgaos da Administrago direta ou das unidades integrantes das entidades da Administragdo indireta. Em resumo: sempre que dentro da estrutura de uma mesma pessoa juridica (no caso da Administracao direta federal, a Unido) houver escalonamento vertical de 6rgaos, departamentos, ou quaisquer outras unidades desconcentradas e, portanto, despersonalizadas, haverd controle hierarquico do superior sobre os atos praticados pelos subalternos. Pelo controle de legalidade, verifica-se se 0 ato foi praticado em conformidade com a Lei. Faz-se 0 confronto entre uma conduta administrativa e uma norma juridica, que pode estar na Constituigéo, na lei ou mesmo em ato administrativo de contetido impositivo. Logo, esté INCORRETA. 10. (FCC/2009/MRE/Oficial de Chancelaria) Sumula 473 A administrag&o pode anular seus préprios atos, quando eivades de vicios que os tornam ilegais, porque deles no se originam direitos; ou revogé-los, por motivo de conveniéncia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciagao judicial. E certo que a Administrac&o Publica, dentre outras situacdes, a) esta sujeita a fiscalizagdo administrativa de seus atos, sendo- Ihe vedada a revogacao de seus atos discricionérios. b) tem o dever de velar pela execuciio da lei, facultada a anulacéo dos atos ilegais que praticar. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 c) sujeita-se ao controle jurisdicional de sua atuag&o, mas néo ao controle legislative de seus atos. d) n&o pode descumprir a lei a pretexto de sua inconstitucionalidade, mas pode atuar, em qualquer situag&o, contra legem ou praeter legem. e) deve anular os atos ilegais que praticar e pode revogar seus atos discricionérios inconvenientes ou inoportunos. Conforme expressamente nos traz a stimula, letra “e” correta. Observe que a letra “b” esté errada, pois ndo é faculdade, mas DEVER da Administrag&o a anulac&o dos atos ilegais que praticar. 11. (FCC - 2012 - TCE/AP - Analista de Controle Externo - Meio Ambiente) Em relacao a seus préprios atos, a Administrac&o a) pode anular os atos eivados de vicio de legalidade, a qualquer tempo, vedada a repercusséio patrimonial para periodo anterior & anulac&o. b) pode anulé-los, apenas quando eivados de vicio quanto a competéncia e revogd-los quando identificado desvio de poder ou de finalidade. c) pode anuld-los, por razées de conveniéncia e opor- tunidade, observado o prazo prescricional. d) n&o pode anular os atos que gerem direitos para terceiros, exceto se comprovado fato superveniente ou circunstancia n&o conhecida no momento de sua edic&o. e) pode revoga-los, por razées de conveniéncia e oportunidade, preservados os direitos adquiridos Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 195, Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 Letra (A). A anulac&o gera efeitos ex tunc, ou seja, que retroagem ao momento da prética do ato. Assim, a repercusséo patrimonial pode alcangar periodo anterior 4 anulag&o. Logo, esta ERRADA. Letra (B). A anulagao nao se materializa apenas quando 0 vicio é de competéncia, mas qualquer um que fira a legalidade. Além disso, a revogagéo tem a ver com conveniéncia e oportunidade (mérito administrative) e n&o desvio de poder e finalidade, vicios que contrariam a lei, ensejando a anulagio do ato. Portanto, esté INCORRETA. Letra (C). Quando se refere 4 conveniéncia e oportunidade, trata-se de revogacio e nao anulacao. Logo, esta ERRADA. Letra (D). E possivel sim anular ato administrativo que gerem direitos para terceiros, desde que esses direitos sejam respeitados. Portanto, esté INCORRETA. Letra (E). A administragdo pode anular seus préprios atos, quando eivados de vicios que os tornam ilegais, porque deles nao se originam direitos; ou revoga-los, por motivo de conveniéncia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, ¢ ressalvada, em todos os casos, a apreciacéio judicial (SUmula n° 473 do STF). Logo, esté CORRETA. Gabarito; E 12. (FCC ~ 2012 ~ TJ/PE - Técnico Judiciério - Area Judiciaria e Administrativa) Quanto a invalidacio dos atos administrativos consistentes em sua revogaco e anulacéio, é certo que a a) revogagéo e a anulacéo que, embora constituam meios de invalidagéo dos atos administrativos, se confundem e se empregam indistintamente. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. consees Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 b) faculdade de invalidagdo dos atos administratives pela propria Administragao é bem mais ampla do que se concede & Justica Comum, porque esta so pode desfazer seus atos quando ilegais. c) anulacao é a declaracéo de invalidade de um ato administrativo legitimo € eficaz, enquanto que pela revogacio se invalida um ato ilegitimo ou ilegal. d) faculdade de revogar o ato administrativo s6 pode ser executada a pedido, e por autoridade superior, nunca pelo mesmo agente que o praticou. €) anulagdo de um ato administrative é exclusividade do Poder Judiciério, devendo, de regra, ser levado & sua apreciacéio por meios procedimentais. Letra (A). Revogagdo e anulagdo so institutos totalmente distintos. A revogacdo é realizada no caso de atos inconvenientes ou inoportunos e gera efeitos ex nunc enquanto a anulacéo é realizada no caso de ato ilegal ou ilegitimo e gera efeitos ex tunc. Portanto, esta ERRADA. Letra (B). A AdministragSo pode tanto revogar quanto anular os atos administrativos, porém 0 Judicidrio sé pode anular, pois no & permitido a interveng&o no mérito administrativo, sob pena de violacdo do principio da separagdo dos poderes. Logo, esté CORRETA. Letra (C). € justamente o contrério. Portanto, esta INCORRETA. Letra (D). A revogacéo independe de pedido, podendo ser praticada de oficio, e pela propria autoridade que praticou o ato administrativo. Logo, esté ERRADA. Letra (E). A Administracio publica também pode anular seus préprios atos, conforme consta na Sumula n° 473 do STF ("A Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 195, Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. consees Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 administracéo pode anular seus préprios atos, quando eivados de vicios que os tornam ilegais, porque deles n&o se originam direitos; ou revogé-los, por motivo de conveniéncia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciagdo judicial.”). Portanto, esté INCORRETA. Gabarito: B 13. (FCC - 2011 - TJ/AP - Titular de Servicos de Notas e de Registros) No que se refere & revogacio e a invalidacdo dos atos administrativos, a) a Administragéo Publica poderé invalidar seus atos administrativos, por razées de ilegalidade, produzindo, de regra, efeitos ex nunc. b) 0 Poder Judicidrio poderé revogar atos administrativos, por razées de ilegalidade, produzindo efeitos ex nunc. c) a Administrac&o Publica, de regra, poderé revogar atos administrativos discricionarios, por razdes de conveniéncia e oportunidade, produzindo efeitos ex nunc. d) a Administrag&o Publica podera invalidar seus atos administrativos de oficio, por razées de mérito, produzindo efeitos ex tunc. e) © Poder Judiciério no poderd invalidar atos administrativos discricionarios, eis que estes estéo sujeitos exclusivamente a autotutela. Letra (A). Em regra, produz efeitos ex tunc. Portanto, esta INCORRETA. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 3a de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estratégia Controle Externo. concunses Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 Letra (B). O Judiciério sé pode exercer controle de legalidade sobre atos administrativos, podendo anulé-los e n&o revogé-los, com efeitos ex tunc € n&o ex nunc. Logo, esté ERRADA. Letra (C). Os atos administrativos discricionérios podem ser revogados pela propria Administracéo Publica, produzindo efeitos ex nunc. Portanto, esté CORRETA. Letra (D). A invalidagdo € realizada em raz&o de ilegalidade enquanto a revogacéio realiza-se em razdo de conveniéncia e oportunidade (mérito administrativo). Logo, esté INCORRETA. Letra (E). O Judiciério realiza controle em relaco aos aspectos de legalidade dos atos administrativos discricionarios, podendo invalida- los. Logo, esté ERRADA. Gabarito: C 4.1. Recursos administrativos De uma forma geral, © exercicio do controle administrative concretiza-se mediante as atividades de fiscalizag&éo e os recursos administrativos. E Wiicao Marinela conceitua recursos administrativos, em sentido amplo, como todos os meios habeis a propiciar a prépria Administragao o reexame de decisdo interna. Assim, 0 recurso administrativo é sempre direcionado & autoridade hierarquicamente superior aquela que praticou Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estratégia Controle Externo. concunses Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 © ato, ou aquela que revisou o mesmo (analisou a peticio do interessado). Como elemento do direito de defesa e garantia constitucional (art. 5°, LV), € de se concluir que todo e qualquer ato ou deciséo administrativa é passivel de recurso a ser analisado por uma autoridade hierarquicamente superior, n&o podendo haver por parte da Administrag&o a imposig&io de qualquer obstéculo a sua interposi¢So. tal Geralmente, os recursos administrativos so clasificados em: recursos hierérquicos préprios e recursos hierérquicos impréprios. IMPORTANTE PARA 0) SEUCONCURSO: Para Maria Sylvia Di Pietro e Hely Lopes Meirelles: 1. Recurso_hierdrquico PROPRIO: dirigido a autoridade ou instancia imediatamente superior (ha relagdo de hierarquia), dentro do mesmo érgao em que o ato foi praticado. Exemplo: recurso dirigido ao Superintendente da Receita Federal contra ato praticado por Delegado da Receita Federal a ele subordinado. 2. Recurso_hierdrquico IMPROPRIO: dirigido a autoridadelde outro 6rgao nao integrado na mesma hierarquia daquele que proferiu o ato, ou seja, entre o érg&o de que emanou o ato recorrido e 0 érgao a que se endereca o recurso naéo ha relagdo hierarquica, embora eles possam integrar a mesma pessoa juridica. So é cabivel se previsto expressamente em lei, jé que no decorre da hierarquia. Exemplos: recurso contra ato praticado por dirigente de autarquia, interposto perante o Ministério a que é vinculada ou perante © Chefe do Poder Executivo; recurso contra deciséo das Delegacias de Julgamento da Secretaria da Receita Federal, cuja apreciac&o incumbe Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estratégia Controle Externo. concunses Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 ao Conselho de Contribuintes (érgéo integrante do Ministério da Fazenda, mas sem relaco hierarquica com a Secretaria da Receita Federal). Para Celso Anténio Bandeira de Mello: 1. Recurso hierdrquico PROPRIO: todo recurso apreciado por 6rgao integrante da mesma pessoa juridica em que esteja inserido o érgao que praticou o ato recorrido. 2. Recurso hierérquico IMPROPRIO: recurso apreciado por autoridade encartada em pessoa jurfdica diversa da que proferiu a deciséo. Em razdo da previsdo na Li ‘ederal n° 9.784/99, a regra geral & que o prazo para interpor o recurso administrative ¢ de 10 dias, contados da ciéncia da decisdo contra a qual sera proposto. \Curlosidade Destaca-se que a Lei n° 11.417/2006 incluiu o §3° ao art. 56 da Lei n° 9.784/99, reconhecendo o direito de o interessado invocar simula vinculante a seu favor em recurso administrativo e obrigando a autoridade a adotar o entendimento da stimula ou, caso contrario, antes de encaminhar o recurso autoridade superior, explicar por que néo adotou a stimula. Leia os dispositives com atencéo: Art. 56. Das decisées administrativas cabe recurso, em face de razdes de legalidade e de mérito. § 120 recurso sera dirigido & autoridade que proferiu a decisao, a qual, se no a reconsiderar no prazo de cinco dias, 0 encaminhard a autoridade superior. § 28 Salvo exigéncia legal, a interposicao de recurso administrativo independe de caucao. § 3° Se o recorrente alegar que a decisao administrativa contraria enunciado da sémula vinculante, cabera a autoridade prolatora da deciséo impugnada, se no a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso a autoridade superior, as razdes da aplicabilidade ou inaplicabilidade da sumula, conforme 0 caso. Aincluido pela Lei n° 11,417, de 2006), Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br 37 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 Art. 64-A. Se o recorrente alegar violaco de enunciado da sumula vinculante, 0 érg&o competente para decidir o recurso explicitard as razdes da aplicabilidade ou inaplicabilidade da simula, conforme o caso. —_(Incluido 0 Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamacéo fundada em violagao de enunciado da simula vinculante, dar-se-é ciéncia 4 autoridade prolatora e ao érgao competente para o julgamento do recurso, que deverdo adequar as futuras decisées administrativas em casos Lembre-se que a stimula vinculante editada pelo STF vincula n&o $6 0 Judicidrio, mas também a Administrago Publica. Por isso a pertinncia dos dispositivos invocados. GPeurisprudencia E ilegitima a exigéncia de depésito prévio para admissibilidade de recurso administrativo (Sumula n° 373 do ST3). Stimula Vinculante 21: E inconstitucional a exigéncia de depdsito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. 4.1.1. Espécies de recursos administrativos Em geral, a doutrina menciona, ainda, outras formas de provocag&io da Administrag3o pelos administrados, inseridas no amplo direito fundamental conhecido como direito de petic&o (art. 5°, XXXIV, “a”, CF). Analisaremos algumas espécies de petig&o, com base nos conceitos elaborados por Maria Sylvia Di Pietro e José dos Santos Carvalho Filho. a) Representacfio € a dentncia de irregularidades feita perante a propria Administrag3o. Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br 38 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 puiblicos em geral, é um dever. No art. 74, §2°, da Constituigéo Federal, esté prevista uma hipétese ampla de representag&o ao TCU: “qualquer cidadao, partido politico, associagao ou sindicato é parte legitima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da Unido.”. Note que, embora possa ser enquadrada como hipstese de representacéo, a palavra utilizada pelo constituinte foi dendncia. Segundo Celso Anténio Bandeira de Mello, dentincia € 0 “designativo utilizado para hipétese similar [& representag&o], na qual, todavia, prepondera o intuito de alertar a autoridade competente para conduta administrativa apresentada como censuravel”. b) Reclamacéo administrativa E uma expressdo bastante genérica que refere-se a qualquer cordancia do admi trado contra um forma de manifestagao de ato da Administracéo. Maria Sylvia Di Pietro formula definicéo ampla de reclamacao: © ato pelo qual o administrado, seja particular ou servidor ptblico, deduz uma pretenso perante a Administrac&o Publica, visando obter 0 reconhecimento de um direito ou a corregéio de um ato que Ihe cause lesdo ou ameaga de lesdo.”. O art. 48 da Lei n° 9.784/99 utiliza 0 vocdbulo “reclamacdes” em acepgio genérica: “a Administragéo tem o dever de explicitamente emitir decisio nos processos administrativos e sobre solicitagdes ou reclamagées, em matéria de sua competéncia.”. Ainda, o art. 151, I, do CTN emprega também o termo “reclamagées” com o significado de impugnagéo administrativa, forma de instauragéo dos processos administrativos fiscais ou tributarios. Prof. Daniel Mesquita Wwww.estrategiaconcursos.com.br 39 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. conse Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 c) Pedido de reconsideracdo E a solicitagdo feita a prépria autoridade que proferiu a deciséo ou emitiu o ato para que ela o submeta a uma nova apreciacao. A Lei n° 9.784/99 estabeleceu como regra geral a possibilidade de reconsideragéo, j4 que, independentemente de pedido de reconsideragdo expresso, o recurso hierdérquico interposto pelo administrado acarreta para a autoridade recorrida o dever de verificar se é cabivel reconsiderag3o, no prazo de 5 dias, antes de encaminhar o recurso a autoridade competente para sua apreciacao. d) Reviséo E a peticéo utilizada em face de uma deciséo administrativa que implique aplicagdo de sangao, visando a desfazé-la ou abranda-la, desde que se _apresentem fatos novos que demonstrem a inadequaco da penalidade aplicada. O art. 174 da Lei n° 8112/90 prevé que o processo disciplinar poderd ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de oficio, quando se aduzirem fatos novos ou circunstancias suscetiveis de justificar a inocéncia do punido ou a inadequagéo da penalidade aplicada. N&o ignore este ponto da aula, ele cai em concurso! Veja! 14. (FCC/2010/AL-SP/Agente Técnico) No campo do controle administrativo dos servigos publicos, a dentincia formal e assinada de irregularidades internas ou de poder na pratica de atos da administragéo denomina-se Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 a) recurso administrativo. b) representacdo administrativa. c) reclamago. d) pedido de reconsideracao. e) invalidacao. Conceituamos a representagéo como denuncia de irregularidades feita perante a prdpria Administragdo. Nao se esquega de que para os particulares, é um direito; para os servidores publicos em geral, é um dever. Resposta letra “b”. 15. (FCC/2008/MPE-RS/Agente Administrativo)No que se refere ao controle = da_-~—s Administrago = Publica. analise: I. Solicitagéo ou stiplica escrita, dirigida pelo interessado a autoridade, autora do ato, para que o retire do ordenamento juridico ou 0 modifique segundo suas _ pretensdes. II. Pedido de reexame do ato ou decisdo de agente ou drgao que © interessado faz a agente ou érgao superior, visando o seu desfazimento ou modificac&o. Os conceitos acima se referem, respectivamente, a: a) reclamacao administrativa e recurso administrativo. b) recurso administrative e direito de peticfo. c) pedido de reconsiderag&o € recurso administrativo. d) pedido de reconsiderac&o e direito de petic&o. e) reclamagao administrativa e pedido de reconsideracao. O item I € 0 conceito de pedido de reconsideracao e o item II de recurso administrativo. A resposta é a letra “c”. Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br At de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita —_ Direito Administrative p/ TCM-RI — Técnico de tégia Controle Exteri. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 16. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciério - Area Judicidria) Considere sob a ética do controle da Administrag&o Publica: I. Pedidos que as partes dirigem a insténcia superior da propria Administrag&o, proporcionando o reexame do ato inferior sob todos os seus aspectos. IL. Solicitagéo da parte dirigida a mesma autoridade que expediu 0 ato, para que o invalide ou 0 modifique nos termos da pretenséio do requerente. II. Oposig&o expressa a atos da Administragdo que afetem direitos ou interesses legitimos do Administrado. Essas hipéteses dizem respeito, respectivamente, a) & reviséo do processo, ao recurso hierérquico e & representacdo administrativa. b) ao recurso hierérquico, ao pedido de reconsideragdo e & reclamagao administrativa. c) a reclamagao administrativa, ao pedido de reconsideracdo e & revisdo do proceso. d) ao pedido de reconsiderag&o, & reclamag&o administrativa e ao recurso hierarquico. e) ao recurso hierérquico, a revisio do processo e a& representagao administrativa. Como vimos recurso hierérquico é aquele dirigido a instancia superior (hierarquia) da prépria Administracéo, proporcionando o reexame do ato inferior sob todos os seus aspectos. A Representac&o € a dentincia de irregularidades feita perante a prépria Administrago. Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br 42 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita —_ Direito Administrative p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Contréte Exteiiia. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 A reclamag&o administrativa é uma expresso bastante genérica que refere-se a qualquer forma de manifestagdo de discordancia do administrado contra um ato da Administracao. © pedido de reconsideragéo é a solicitagdo feita a prépria autoridade que proferiu a decisdo ou emitiu o ato para que ela o submeta a uma nova apreciacao. Por fim, a revisdo é a peticao utilizada em face de uma deciséo administrativa que implique aplicacéio de sangdo, visando a desfazé-la ou abrandé-la, desde que se apresentem fatos novos que demonstrem a inadequacao. Gabarito: Letra “b”. 4.2. Processos administrativos Como acabamos de ver, a Administragéo pode e deve corrigir seus atos defeituosos, em decorréncia do poder de autotutela que possui sobre seus atos. Uma das formas de possibilitar 0 exercicio desse verdadeiro poder-dever é com os processos administrativos. A instaurac&io de processos administrativos é um meio colocado a disposigfo dos administrados para que eles provoquem a Administracéio, com o intuito de ver alterados ou anulados decisdes ou atos administrativos referentes a relagdes juridicas em que estejam envolvidos. A expresso “processos administrativos” em sentido amplo abrange qualquer procedimento da Administrag&o desencadeado por alguma das diversas hipsteses de reclamacées, impugnacées e peticées em geral, visando a provocar a apreciacéio de questées de interesse dos administrados pela prépria Administragao. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estratégia Controle Externo. re Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 4.2.1. Principios do processo administrativo Com base na doutrina de Hely Lopes Meirelles, é possivel identificar os seguintes principios norteadores dos recursos e processos administrativos. a) Leaalidade objetiva Exige que 0 processo administrativo seja instaurado e conduzido com base na lei e com a finalidade de preservar o império da lei. Caso inexista norma legal que o preveja ou ele seja conduzido contrariamente & lei, 0 processo administrativo seré nulo. b) Publicidade Por ser ptiblica a atividade da Administrac&o, os processos que ela desenvolve devem estar abertos ao acesso dos interessados. Esse direito de acesso é mais amplo do que nos processos judiciais, pois alcanga qualquer pessoa que seja titular de interesse atingido por ato constante do processo ou que atue na defesa do interesse coletivo ou geral. re MBs, O direito de acesso sé pode ser restringido por razdes de seguranca da sociedade e do Estado ou quando a defesa da intimidade ou 0 interesse social o exigirem. c) Compete sempre & Administragéo a movimentagio do processo administrativo, ainda que inicialmente provocado pelo particular. Uma vez iniciado, 0 processo passa a pertencer ao Poder Publico, a quem compete dar a ele prosseguimento, até decisdo final. Permite que os agentes administrativos encarregados do processo atuem, de oficio, na tomada de depoimentos, na inspecéio de lugares e bens, na realizacéio de diligéncias, etc. Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br 4a de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 d) Informalismo Os atos a serem praticados no processo, principalmente os atos a cargo do particular, no exigem formalidades especiais, bastando que sejam estas suficientes para assegurar a certeza juridica e seguranga processual. Esse principio deve ser entendido favoravelmente ao particular, inclusive porque este ndo necessita de advogado para representa-lo no processo, podendo atuar pessoalmente. Entretanto, caso exista exigéncia legal expressa quanto a forma de determinado ato, esta deverd ser cumprida, sob pena de nulidade do ato praticado em desacordo com a formalidade legal. e) Gratuidade Sendo a Administragéo Publica uma das partes do processo administrative, néo se justifica a mesma onerosidade que existe no processo judicial. Além disso, vocé deve DECORAR a Sumula Vinculante n° 21: E inconstitucional a exigéncia de depésito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo f) Verdade material No processo administrativo, importa conhecer o fato efetivamente ocorride, saber como se deu o fato no mundo real, independente da fase em que se encontra o processo (desde que até o julgamento final). 9) Contraditério e ampla defesa E comum a todos os tipos de processos, judiciaisé administratives, estando expresso no art. 5°, LV, da Constituigéo Federal. E decorréncia do principio do devido proceso legal, previsto no inciso LIV do mesmo dispositivo constitucional. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita —_ Direito Administrative p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Contréte Exteiiia. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 0 cerceamento de defesa, em qualquer fase do processo, acarreta sua nulidade relativamente a todos os atos subsequentes, quando isso for possivel; caso contrario, acarreta a nulidade de todo o proceso. h) Atipicidade Muitas infragdes administrativas nao s&o descritas com precisdo na lei, ficando sujeitas a apreciagao da Administracéo Publica, que deveré decidir diante das circunstancias de cada caso concreto, levando em consideragéo a gravidade do ilicito e as consequéncias para o servigo publico (razoabilidade e proporcionalidade). Por isso, a motivacio do ato assume fundamental relevancia, pois demonstraré 0 correto enquadramento da falta e a dosagem adequada da pena. i) Pluralidade de instancias Decorre do poder de autotutela de que dispde a Administragao Publica e que lhe permite rever os préprios atos, quando ilegais, inconvenientes ou inoportunos. J4 que é dado ao superior hierérquico rever sempre os atos dos seus subordinados, como poder inerente hierarquia e independente de previso legal, haveré tantas instancias administrativas quantas forem as autoridades com atribuicdes superpostas na estrutura hierarquica. Entretanto, na esfera federal, 0 direito de recorrer foi limitado a trés instancias administrativas, salvo disposic&o legal diversa. j) Economia processual 0 processo ¢ instrumento para aplicagao da lei, de modo que as exigéncias a ele pertinentes devem ser adequadas e proporcionais ao fim que se pretende atingir. Por isso, devem ser evitados os formalismos excessivos, no essenciais legalidade do procedimento, que sé possam onerar inutilmente a Administrag&o Publica. Desse principio decorre o do aproveitamento dos atos processuais, que admite 0 saneamento do processo quando se tratar de Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estratégia Controle Externo. concunses Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 nulidade sanével, cuja inobservancia no prejudique a Administrac&o ou 0 administrado. k) Participacéo popular © principio da parti pac&o popular na gestdo € no controle da Administrag&o Publica € inerente a ideia de Estado Democratico de Direito, objetivando descentralizar as formas de atuacéo da Administrag&o e de ampliar os instrumentos de controle. Exemplos: participacéio dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos érgdos puiblicos em que seus interesses profissionais ou previdenciérios sejam objeto de discussio e deliberacio; gest&o democrdtica do ensino public; direito a informagéo, possibilitando conhecer os assuntos tratados no ambito da Administracéo Publica; mandado de injungéo, para suprir a omisséo do Poder Publico na regulamentacao de normas constitucionais. QB euripruaencia Em processo administrative nao se aplica o principio da non reformatio in pejus. Isso porque, a Administragéo pode, a qualquer momento, mesmo em fase de recurso, verificar que ocorreu uma ilegalidade que agrava a situac&o do interessado e anular esse ato ilegal, piorando a situag&o daquele que recorreu (RMS 21.981/RJ, STJ - Segunda Turma, Rel.? Min.? Eliana Calmon, julg: 22.06.2010, DJe: 05.08.2010). No ponto, o seg inte dispositivo da Lei n. 9.784/99: ‘Art. 64. O orgao competente para decidir o recurso podera confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisao recorrida, se a matéria for de sua competéncia. Paragrafo Unico. Se da aplicacao do disposto neste artigo puder decorrer gravame situag&o do recorrente, este deverd ser cientificado para que formule suas alegacdes antes da decisao. Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br 47 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita — Direito Administrativo p/ TCM-RJ — Técnico de Estratégia Controle Externo. re Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 istrativa A prescrigéo traduz a perda do prazo para ajuizamento de uma aco (ou apresentac&o de uma peticéo administrativa) mediante a qual se pretendesse defender um direito contra uma leséo ou ameaca de lesdo (0 prazo de prescrig&o tem curso antes de ser iniciado o processo judicial ou administrativo). A finalidade da prescrigéo € assegurar a estabilidade das relagdes juridicas entre a administragéo publica e os administrados, ou entre ela e seus agentes, depois de transcorrido determinado lapso temporal, em atengao ao principio da seguranca juridica. Falaremos inicialmente da prescricéo da pretensdo do particular contra a Administrago. Depois falaremos da prescrigao da pretenséo da Administrag&o contra o particular. Se ocorreu algum fato que fez interromper a prescrig&o, o prazo de cinco anos recomega a ser contado pela metade, a partir do evento interruptivo. Mas, nos termos da Simula 383/STF, “a prescrigéo em favor da Fazenda Publica recomeca a correr, por dois anos e meio, a partir do ato interruptive, mas no fica reduzida aquém de cinco anos, embora o titular do direito a interrompa durante a primeira metade do prazo”. Mas a partir de quando é contado esse prazo prescricional de 5 anos? Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estratégia Controle Externo. concunses Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 O termo inicial é o nascimento do dano. ¢ & fil casos que » premnet:d para o particular? Sim! Por incrivel que pareca, contrariando o principio da seguranga juridica, 0 ST) admite como imprescritivel a pretensdo indenizatéria decorrente de violacéo a direitos humanos fundamentais durante o Regime Militar de excec%o (REsp 890930). Passemos agora para o outro lado, da prescrigéo para a Administrag&o ingressar com algum pedido contra o particular. A regra geral, por uma questo de isonomia, é a mesma, ou seja: 5 (cinco) anos. Tecnicamente, em processo administrativo, se diz que o direito da Administragéo de anular um ato administrativo que gerou efeitos favordveis ao administrado é de 5 anos. Veja a redacdo da Lei n. 9.784/99: Art. 54. O direito da Administracao de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoraveis para os destinatarios decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada mé-fé. § 10 No caso de efeitos patrimoniais continues, o prazo de decadéncia contar-se-é da percepgao do primeiro pagamento. § 20 Considera-se exercicio do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnacao __validade do ato. TSE ha hipsteses de imprescritibilidade para a Administragao? (GHAOIABERTO! sim! Assim como o particular néo se submete & prescrigo nos atos decorrentes da violacdo aos direitos humanos pelo regime militar, a Administragao nao se submete a qualquer prazo Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estratésia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 prescricional para promover a reparacdo de dano ao erario em decorréncia de atos ilicitos. Esse é 0 entendimento do STF (MS 26210 e 24519) e do STJ (AgRg no RESP 1038103, RESP 1067561, RESP 801846 e RESP 1107833) na interpretagéo da parte final do art. 37, § 5°, da CF, que assim dispde: “A lei estabeleceré os prazos de prescrigo para ilicitos praticados por qualquer agente, servidor ou nao, que causem prejuizos ao erdrio, ressalvadas as respectivas acdes de Ademais, os 5 anos para a anulac&o dos préprios atos da Administragéo no correm se a parte que se beneficiou do ato estava de ma-fé. Resumindo Com relac&o a prescrig&o, vocé ja observou: 0 prazo do particular contra a Administrag&o é de 5 anos. Para pretensao de atos que violaram direitos humanos na ditadura: imprescritivel. Para a Administracéo a regra geral também é de 5 anos, havendo a imprescritibilidade para a reparagao ao erario. Com relago a decadéncia, lembramos que, na esfera federal, o art. 54 da Lei n° 9.784/99 estatui que é de 5 anos o prazo de decadéncia para a administrac&o publica anular os atos administrativos de que decorram efeitos favordveis para os destinatdrios, salvo comprovada mé-fé. ¢ WPrisiicao revogagao de seus atos administrativos que se tornem inoportunos ou N&o hé prazo para a administracdo proceder a inconvenientes ao interesse puiblico. As hipéteses de prescricéio administrativa concernentes aos prazos para a administracéo publica aplicar sancdes administrativas aos seus Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. consees Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 préprios agentes ou aos administrados em geral seguem as mesmas regras acima jé expostas. Lembre-se que as acées de ressarcimento ao erario séo imprescritiveis. 17. (CESGRANRIO - 2010 - Petrobrés - Profissional Junior) Em Ambito federal, o direito da Administrag&o Publica de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favordveis para os destinatarios a) n&o se submete a prazo decadencial, em decorréncia do principio da legalidade. b) decai em dez anos, contados da data da ciéncia do vicio de legalidade, salvo comprovada ma c) decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salve comprovada mé-fé. d) decai em trés anos, contados da data em que foram praticados, salve comprovada mé-fé. e) prescreve em cinco anos apés 0 término do exercicio de mandato, cargo em comissao ou fungao de confianca. Como visto anteriormente, o art. 54, da Lei n° 9.784/99, estatui que é de 5 anos o prazo de decadéncia para a administracéo publica anular os atos administratives de que decorram efeitos favoraveis para os destinatérios, salvo comprovada ma-fé. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br Side 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estratésia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 Gabarito: Letra “c”. 5) Controle LEGISLATIVO ou PARLAMENTAR E exercido pelos érgéos legislativos ou por comissdes parlamentares sobre determinados atos do Poder Executivo. Em respeito ao principio da independéncia e harmonia dos Poderes (art. 2°, ory, * eas + brevistos no pt 6p) io texto constitucional. Prizicao Esse é um Sontfoléléxterno e configura-se, sobretudo, como um controle politico, por isso podem ser controlados aspectos relativos a (sgalidade eT aT eonveniéncia (publica (oll politics) dos atos do Poder Executivo que estejam sendo controlados. Veja bem, controle legislativo: aspectos de legalidade e conveniéncia publica! Segundo Di Pietro, no controle politico, exercido pelo poder Legislativo, sero apreciados aspectos de legalidade EIDEIMERITO (= conveniéncia e oportunidade). A previsdo genérica da possibilidade de controle dos atos do Poder Executivo pelo Poder Legislativo encontra-se no art. 49, X, CF: Art. 49 E competéncia exclusiva do Congreso Nacional: Ge) X -fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluidos os da administracao indireta.”. Prof. Daniel Mesquita Wwww.estrategiaconcursos.com.br 52 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 (HUME, 01s agora, vamos analisar os principais dispositivos da Constituiggo Federal que estabelecem hipéteses ou mecanismos de controle legislativo. 1, Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegacéo legislativa (art. 49, V, CF). 2. As comissées parlamentares de inquérito terao poderes de investigacéio préprios das autoridades judiciais e sero criadas para a apuragdo de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusées, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Publico, para a promoco da responsabilidade civil ou criminal dos infratores (art. 58, §3°, CF). 3. Ao Congresso Nacional compete julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da Republica e apreciar os relatérios sobre a execugio dos planos de governo (art. 49, IX, CF). 4. Ao Senado Federal compete aprovar a escolha de magistrados, ministros do TCU, PGR e outras autoridades (art. 52, IIL, CF). wo . Ao Senado Federal compete autorizar operagées externas de natureza financeira, de interesse da Uni&o, dos Estados, do DF, dos Territérios e dos Municipios (art. 52, V, CF). 6. A Camara dos Deputados compete proceder 4 tomada de contas do Presidente da Reptiblica, quando nao apresentadas ao Congresso Nacional dentro de 60 dias apés a abertura da sessao legislativa (art. 51, II, CF). Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita m Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 7. Ao Congresso Nacional, auxiliado pelo TCU, compete, mediante controle externo, a fiscalizaggo contabil, financeira, orgamentaria, operacional e patrimonial da Unido e das entidades da Administracdo Direta e Indireta, quanto a legalidade, legitimidade, economicidade, aplicagéio das subvengées e rentincia de receitas (art. 70). 8. Ao Senado Federal compete processar e julgar o Presidente e © Vice-Presidente da Reptblica nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronautica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles (art. 52, inciso I, da CF). 9. A Camara dos Deputados e 0 Senado Federal, ou qualquer de suas Comissées, poderéio convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de érg&os diretamente subordinados a Presidéncia da Reptblica para prestarem, pessoalmente, informagées sobre assunto previamente _determinado, importando crime de responsabilidade a auséncia sem justificaciio adequada (art. 50, “caput”, CF). 10. Ao Congresso Nacional compete fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluidos os da administragao indireta (art. 49, inciso X, CF). 11. Ao Congresso Nacional compete autorizar o Presidente da Republica a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forgas estrangeiras transitem pelo territério nacional ou nele permanecam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar (art. 49, inciso II, da CF). Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 5A de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados a Jurisprudéncia Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 O Poder Executivo, nos regimes democréticos, hé de ser um poder constitucionalmente sujeito a fiscalizagéo parlamentar e permanentemente exposto ao controle politico-administrativo do Poder Legislativo - A necessidade de ampla fiscalizagdo parlamentar das ividades do Executivo - a partir do controle exercido sobre o préprio Chefe desse Poder do Estado — traduz exigéncia plenamente compativel com 0 postulado do Estado Democratico de Direito (CF, art. 1°, caput) e com as consequéncias politico-juridicas que derivam da consagracao constitucional do principio republicano e da separag&o dos poderes (ADI 775-MC/RS, STF - Tribunal Pleno, Rel. Min. Celso de Mello, julg: 23.10.1992, DJ: 01.12.2006). 18. (FCC- 2014- SEFAZ-PE- Auditor Fiscal do Tesouro Estadual) © controle dos atos administrativos exercido pelo Poder Legislative, com auxilio do Tribunal de Contas, considerando o disposto na Constituic&o Federal, a) tem por finalidade a andlise de legalidade dos atos administrativos, no incluindo andlise de mérito ou controle politico, vez que estes so restritos aos érgdos de controle da Administrag&o publica da esfera do Executivo. b) & executado sem prejuizo dos controles exercidos pelo Executive e pelo Judicidrio, possuindo alcance préprio, inclusive Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. consees Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 atingindo alguns aspectos do mérito do ato administrative, e admitindo a participagdo dos administrados. c) pretere aquele realizado internamente pelos érgéos da Administragdo publica, porque Ihe é hierarquicamente superior. d) admite o recebimento e a andlise de recurso interposto no Ambito do Executive, apés manutengéo de deciséo pela autoridade maxima do 6rgéo. e) deve ser desempenhado em todas as fases da edicio dos atos administrativos pela Administracéo publica, caracterizando-se como expresséio do poder de autotutela que acompanha sua atuacéo. Resposta: Conforme art. 71 da CF/88, sabe-se que o controle externo no Ambito Federal é exercido pelo Congresso Nacional, Poder Legislativo, com 0 auxilio do Tribunal de Contas da Unido. Enquanto os arts. 70 a 74 da CF, relata que o controle interno a nivel federal, possui controle interno mantido de forma integrada pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judicidrio. Ademais a participagdo dos administrados é admitida conforme: art. 74, § 29, da CF 88, “qualquer cidadao, partido politico, associagéo ou sindicato é parte legitima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da Uniéo”. Gabarito: Letra B 19. (FCC/2011/TRT/20@Reg(SE)/Analista Judicidrio) Analise as seguintes assertivas acerca do Controle da Administragaio Publica, especificamente sobre 0 +_—Controle Legislativo: I. O controle que o Poder Legislativo exerce sobre a Administragdo Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 Publica tem que se limitar as hipsteses previstas na Constituicéo Federal. II. As Comissées Parlamentares de Inquérito tém poderes de investigag&o préprios das autoridades judiciais, além de outros, como, por exemplo, 0 ~—poder_sancionatério. III. © Controle Legislative envolve dois tipos de controle: o politico e 0 financeiro; 0 controle politico, como a_prépria nomenclatura evidencia, abrange apenas aspectos de mérito, e nao de legalidade. Estd correto o que se afirma APENAS em a) I. b) Tell. c) I. d) Well. e) IIL. Sabemos da existéncia da limitagéio do Poder Legislative de controlar. a Administracéo Publica, de acordo com a_ propria Constituigdo, por isso 0 tépico I est correto. Vimos que as comissées parlamentares de inquérito terdio poderes de investigac&o préprios das autoridades judiciais e sero criadas para a apuragdo de fato determinado e por prazo certo, podendo ser encaminhadas ao Ministério Publico, para a promog&o da responsabilidade civil ou criminal dos infratores, sendo assim o caréter sancionatério das comissées é afastado, lembre-se que os poderes s&o investigativos. Item II errado. © item IIT esté errado, pois 0 controle politico pode ser ora de legalidade, ora de mérito. Resposta: letra “a” Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. ses Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 20. (FCC/2011/TRT4@REG-RS/Analista Judicidrio) O controle legislative da Administragao é: a) um controle externo e politico, motivo pelo qual pode-se controlar os aspectos relativos a legalidade e conveniéncia publica dos atos do Poder Executivo que estejam sendo controlados. b) sempre um controle subsequente ou corretivo, mas restrito a conveniéncia e oportunidade dos atos do Poder Executivo objetos desse controle e de efeitos futuros. c) exercido pelos érgdos legislativos superiores sobre quaisquer atos praticados pelo Poder Executive, mas vedado o referido controle por parte das comissées parlamentares. d) exercido sempre mediante provocacio do cidad&o ou legitimado devendo ser submetido previamente ao Judiciario para fins de questées referentes a legalidade. e) proprio do Poder Publico, visto seu cardter técnico e, subsidiariamente, politico, com abrangéncia em todas as situacdes e sem limites de qualquer natureza legal. Agora estd bem facil, ndo é mesmo? Com toda a explicagéo j4 mencionada nas questdes anteriores, fica evidente que a letra “a” é a resposta correta. 2L: (FCC/2008/TRT19@Reg-AL/Analista Judi Tribunal de Contas do Estado realiza auditoria sobre determinada rio) Quando o despesa realizada pelo Poder Executivo, ele exerce controle de carater a) interno. b) externo. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 58 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estratégia Controle Externo. re Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 c) hierérquico. d) judicial e) prévio ou preventivo Jé sabemos que o controle externo ocorre por um Poder que atua sobre os atos administrativos praticados por outro Poder. Letra “b” correta. 22. (FCC - 2012 - MPE-AP - Promotor de Justiga) A atividade de controle da Administrac&o Publica pelos Tribunais de Contas a) é limitada a legalidade dos atos administrativos praticados pelos érg&os publicos, no podendo avaliar a constitucionalidade destes, quando possuirem embasamento legal. b) realizada, dentre outros meios, pelo registro prévio dos contratos firmados pelo Poder Publico, sendo condig&o indispensavel de sua eficacia. ©) nao se aplica aos érgaios do Poder Judicidrio e do Ministério Publico, visto que estes est&o sujeitos ao controle especial do Conselho Nacional de Justica e do Conselho Nacional do Ministério Publico, respectivamente. d) _ abrange a sustacdo de ato ilegal de aposentacdo de servidor publico titular de cargo efetivo, se o érgéo ou entidade responsdvel pelo ato, previamente comunicado, deixou de adotar as providéncias necessérias ao exato cumprimento da lei, no prazo assinalado pela Corte de Contas. e) _ compreende o julgamento anual das contas prestadas pelo Presidente da Republica e apreciag&o dos relatérios sobre a execugdo dos planos de governo. Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br 59 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estratégia Controle Externo. re Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 Para chegarmos a essa resposta, precisamos conjugar os incisos Ill e X do art. 71 da CF. Vejamos: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, seré exercido com o auxilio do Tribunal de Contas da Unido, ao qual compete: (...) III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissio de pessoal, a qualquer titulo, na administraggo direta e indireta, incluidas as fundacées instituidas e mantidas pelo Poder Publico, excetuadas as nomeagdes para cargo de provimento em comisséo, bem como a das concessées de aposentadorias, reformas e pensées, ressalvadas as melhorias posteriores que néo alterem o fundamento legal do ato concessério; (..) X - sustar, se ndo atendido, a execugio do ato impugnado, comunicando a decisao a Camara dos Deputados e ao Senado Federal.” Resposta: letra D 23. (FCC - 2013 - TRT - 18 REGIAO (RJ) - Analista Judicidrio - Execuggo de Mandados) A Administracdo publica submete-se, nas suas atividades tipicas, nos termos da lei, ao controle do a) Tribunal de Contas no que concerne ao juizo de oportunidade e conveniéncia, excluida apreciacéo de economicidade e legalidade, exclusivos do poder Legislativo. b) Judicidrio, no que concerne aos aspectos de oportunidade e conveniéncia, e do Legislative no que concerne aos aspectos de legalidade. c) Legislativo, com auxilio do Tribunal de Contas, que promove controle de legalidade e economicidade, dentre outros aspectos, nos termos da lei. d) Judici da prépria administracéo, em nivel superior, quanto aos aspectos de io quanto aos aspectos de legalidade e discricionariedade, e discricionariedade. Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br 60 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. consees Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 e) Legislative, no que concerne ao juizo de oportunidade e conveniéncia, ¢ ao Tribunal de Contas, no que concerne a legalidade de seus atos. Letra (A). O Tribunal de Contas também pode apreciar a economicidade e a legalidade dos atos administrativos. Logo, esté INCORRETA. Letra (B). O controle do Judiciario diz respeito aos aspectos de legalidade e 0 controle da Administrag&o quanto aos aspectos de conveniéncia e oportunidade e legalidade. Logo, esté INCORETA. Letra (C). Esse é 0 controle que compete ao Legislativo, com o auxilio do Tribunal de Contas. Logo, esté CORRETA. Letra (D). © Judicidrio n&o pode controlar os aspectos de discricionariedade. Logo, esté INCORRETA, Letra (E). © controle é da Administracéo quanto & oportunidade e conveniéncia e do Judiciario, juntamente com a Administracéio, quanto & legalidade. Logo, esta INCORRETA. 24. (FCC - 2015 - TCM/GO - Auditor Conselheiro Substituto) Quanto ao sistema de controle incidente sobre a atuagdo administrativa, a Administrago publica esté sujeita & a) controle interno e a controle externo de seus atos, este ultimo, via de regra, efetivado pelos Poderes Legislative e Judicidrio e alicercado nos mecanismos de controles reciprocos entre os Poderes. b) controle externo de seus atos, que, via de regra, é alicercado nos principios hierarquico e disciplinar. c) controle interno e a controle externo de seus atos, o primeiro exercido pelo Poder Judiciério, mediante provocagao, e 0 segundo pelo Legislativo de oficio, por intermédio do Tribunal de Contas. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 61 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. consees Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 d) autotutela administrativa que é levada a efeito pela prépria administragao, e, também, pelos Tribunais de Contas. e) controle interno e & controle externo de seus atos, o primeiro exercido pelo Poder Legislativo, por intermédio do Tribunal de Contas e © segundo pelo Poder Judiciario. Letra (A). © controle externo € exercido pelo Congresso Nacional (Poder Legislative) com auxilio do TCU, sendo que 0 Judicidrio também atua no controle externo, porém a posteriori, no que se refere a legalidade do ato. Os controles so reciprocos, pois o Executivo também controla a atuag&o do Judiciério quando, por exemplo, faz nomeacdes para cargos de Ministros de tribunais superiores ou, ainda, controla a atuac&o do Legislativo, pois escolhe alguns dos Ministros do TCU. Logo, esta CERTA. Letra (B). O controle interno é que se alicerca nesses principios, j4 que exercido dentro de um mesmo Poder, automaticamente ou por meio de érgaos integrantes de sua prépria estrutura. Portanto, esta ERRADA. Letra (C). Em relacéo a Administracéo publica, o Judiciério também exerce controle externo e nao interno, embora a posteriori e somente em relac&o a legalidade do ato. Logo, esté INCORRETA. Letra (D). A autotutela administrativa é decorrente do controle interno, sendo que o Tribunal de Contas exerce controle externo. Portanto, esté ERRADA. Letra (E). 0 Poder Legislative, com auxilio do Tribunal de Contas, exerce controle externo ¢ nao interno. Logo, esté INCORRETA. Gabarito: A Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 62 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 25. (FCC - 2014 - TRF 48 Regido ~ Analista Judiciério - Oficial de Justiga Avaliador Federal) A Administragéio publica, é sabido, esta sujeita a principios expressos e implicitos no exercicio de suas fungdes. A observancia desses principios esta sujeita a controle, do que & exemplo o controle a) exercido pela propria Administragao, que se presta a verificar a observancia dos principios expressos e implicitos, vedada, no entanto, a reviséio dos atos, que deve ser feita judicialmente. b) administrativo externo, que se presta a verificacéo da observancia dos principio, desde que expressos, que regem a Administragéo. c) exercido pelo Legislative, pelo Judicidrio e pela prépria Administragéo, sem prejuizo da participacgo do usuério no bom desempenho das fungées administrativas, o que Ihes confere, inclusive, direito & informacées sobre a atuagéo do governo. d) exercido pelo Judiciério, que se consubstancia em verificacéo interna dos principios expressos, tais como, legalidade, impessoalidade e supremacia do interesse ptiblico. e) legislativo externo, que se presta somente a verificagéo da observancia dos principios expressos e da discricionariedade da Administracao. Letra (A). A Administrag&o pode sim revisar seus préprios atos, 0 que é chamado de autotutela. Logo, esté INCORRETA. Letra (B). Se o controle é administrative, entéo é interno. Além disso, 0 controle administrativo pode verificar a observancia dos principios implicitos também. Portanto, esté ERRADA. Letra (C). A Administrag&o pode controlar seus préprios atos, que também podem ser controlades pelo Legislativo e Judicidrio, na medida Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 63 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. consees Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 de sua competéncia para tal. Ademais, os administrados também fazem controle dos atos administrativos. Logo, esté CORRETA. Letra (D). O controle pelo Judiciério € externo, Além disso, o Judiciario também verifica a observancia dos principios implicitos. Portanto, esta ERRADA. Letra (E). O Legislativo também verifica a observancia dos principios implicitos. Logo, esté ERRADA. Gabarito: C 26. (FCC - 2013 - TRT 5? Regio (BA) - Técnico Judicidrio - Area Administrativa) Dentro das normas estabelecidas pela CF/88 para © exercicio do controle externo, esté a que dita que prestaré contas qualquer pessoa fisica ou juridica, publica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores publicos ou pelos quais a Unido responda, ou que, em nome desta, assuma obrigagdes de natureza pecunidria, Nesse contexto estd inserido 0 TRT/BA, cujo controle externo é exercido pelo Congresso Nacional com 0 auxilio a) do Tribunal de Contas da Unido. b) do Tribunal de Contas do Estado da Bahia. ¢) do Conselho Nacional de Justica. d) do Ministério Publico. e) da Advocacia-Geral da Unido. © controle externo, a cargo do Congresso Nacional, seré exercido com o auxilio do Tribunal de Contas da Unido (art. 71, “caput”, da CF). Portanto, a resposta correta é a letra A. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 64 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita a Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 Gabarito: A 5.1. A fiscalizagao contabil, financeira e orgamentaria na Constituigao Federal A fiscalizagao financeira e orcamentaria € exercida sobre os atos Conforme preceitua o art. 70, paragrafo Unico, da Constituigao Federal, prestaré contas qualquer pessoa fisica ou juridica, publica ou Privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores publicos ou pelos quais a Unido responda, ou que, em nome desta, assuma obrigagdes de natureza pecunidria. G Esclarecendo Grosso modo, a regra é essa: MEXEU EM DINHEIRO DA UNIAO, DEVE PRESTAR CONTAS PARA O CONGRESSO, AUXILIADO PELO TCU. Riiziae 5 previsio de um ee exercido pelo préprio Poder que esteja gerindo determinado recurso pUblico objeto do controle, e um controle externo, exercido pelo Poder Legislativo com auxilio dos Tribunais de Contas. O controle © controle externo tem énfase no controle financeiro, que se refere a receita, a despesa e A gest&o dos recursos plblicos, com vistas a preservar o Erario de atividades illcitas e desonestas. As areas Prof. Daniel Mesquita Www.estrategiaconcursos.com.br 65 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 alcancadas por esse controle so: contabil, financeira, orgamentéria, operacional e patrimonial. 9 SAE oxque slnliicarcadsiunts dessassiread? Vamosaiclass 1. Area contabil: corregéo da formalizagdo dos registros das receitas e despesas; 2. Area financeira: acompanhamento dos depésitos bancérios, dos empenhos de despesas, dos pagamentos efetuados, dos ingressos de valores, etc; 3. Area orgamentéria: acompanhamento da execucéo do orgamento, fiscalizago dos registros. nas rubricas orcamentérias adequadas, etc; 4. Area operacional: controle da execucdo das atividades administrativas em geral, verificando-se a observancia dos procedimentos legais e a sua adequag’o a maior eficiéncia e economicidade; 5. Area patrimonial: incide sobre os bens do patriménio publico, méveis e iméveis, constantes de almoxarifados, de estoques ou que estejam em uso pela Administracao. Ao atuar nessas areas, 0 controle externo deve fiscalizar a regularidade de gest&o da coisa ptiblica sob 5 diferentes aspectos: 1. Legalidade: confronto do ato praticado pela Administragao com as normas juridicas de regéncia, respeitando o principio da legalidade. 2. Legitimidade: observa-se se 0 ato, em sua substéncia, se ajusta & lei e aos demais principios que regem uma boa administrag&o, aperfeigoando o controle da legalidade, Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 66 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 3. Economicidade: verifica a existéncia de adequacio e compatibilidade na realizagio das despesas _publicas, analisando se 0 érg&o procedeu do modo mais econémico, alcangando o melhor custo-beneficio. 4. Aplicacdo das subvencées: fiscalizag3o do destino das verbas publicas e se estas foram utilizadas da melhor maneira pela entidade beneficidria. OBS: subvengées s4o os valores repassados pelo poder ptblico para subsidio e incremento de atividades de interesse social. 5. Rentincia de receitas: dada a sua natureza excepcional, deve ser acompanhada de perto pelo controle externo, pois, de regra, n&o pode o administrador publico deixar de receber recursos que seriam canalizados para a prépria coletividade. Quanto aos Tribunais de Contas, de acordo com a posicgéo dominante na doutrina, so érgos da estrutura do Poder Legislativo, auxiliares do Poder Legislativo, mas nao praticam atos de natureza legislativa, mas apenas atos de controle. BAO na proval Com base no art. 71 da Constituicéo Federal, as atribuicdes dos Tribunais de Contas s&o: 1. apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repiiblica, mediante parecer prévio que deveré ser elaborado em 60 dias a contar de seu recebimento (inciso I). Prof. Daniel Mesquita Www.estrategiaconcursos.com.br 67 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita m Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 Bjulgar as contas dos administradores e demais responsdveis por dinheiros, bens e valores ptblicos da administragao direta e indireta, incluidas as fundagdes e sociedades instituidas e mantidas pelo Poder Publico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irreqularidade de que resulte prejuizo ao erario piblico (inciso II). ATENGAGHT Nesse caso, a competéncia do TCU é de julgar as contas, OBS: a parte final do dispositivo refere-se 4 chamada tomada de contas especial. Atualmente, ha entendimento pacificado do STF de que toda e qualquer entidade da Administracdo Indireta, ndo importa seu objeto nem sua forma juridica, sujeita-se integralmente ao inciso II do art. 71 da CF, inclusive a sua parte final, que trata do instituto da tomada de contas especial, aplicével a quem dé causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuizo ao erario puiblico. 3. apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissio de pessoal, a qualquer titulo, na administracéo direta e indireta, incluidas as fundacées instituidas e mantidas pelo Poder Publico, SRGStiSGaSlas|noMmescses\paraeargo SEUBRSVIMIEREOIEMMEOMISESB, bem como a das concessdes de_aposentadorias, reformas e pensées, ressalvadas as melhorias posteriores que nao alterem o fundamento legal do ato concessério (inciso III); Prof. Daniel Mesquita Www.estrategiaconcursos.com.br Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 4. realizar inspecSes e auditorias por iniciativa prépria ou por solicitag&o do Congreso Nacional (inciso IV); 5. fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais (inciso V); 6. fiscalizar a aplicago de recursos da Unido repassados a Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios (inciso VI); 7. prestar informacgSes ao Congresso Nacional sobre fiscalizagées realizadas (inciso VII); 8. aplicar aos responsdveis, em caso de ilegalidade de despesa ou iteqularidade de contas, as San¢gGes previstas em lei, que estabelecera, entre outras cominacdes, multa proporcional ao dano causado ao erério (inciso VIII). 9. Determinar prazo, se verificada ilegalidade, para que o érgéo ou entidade adote as providéncias_necessdrias_a0_exato cumprimento da lei e, se nao atendido, sustar a execugdo do ato impugnado, comunicando a deciséo & Camara dos Deputados e ao Senado Federal (incisos IX e X). ATENGAOM! Cp ecrisprusencia Prof. Daniel Mesquita Www.estrategiaconcursos.com.br 69 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 De acordo com a jurisprudéncia do STF, *o Tribunal de Contas da Uni&o, embora n&o tenha poder para anular ou sustar contratos administrativos, tem competéncia, conforme o art. 71, IX, para determinar a autoridade administrativa que promova a anulacdo do contrato e, se for o caso, da licitagéo de que se originou” (MS 23.550, redator do acérdio o Ministro Septilveda Pertence, Plendrio, DJ de 31.10.2001). Outras competéncias dos Tribunais de Contas previstas na Constituic&o Federal so: 1. emitir pronunciamento conclusivo, por solicitagéo da Comissdo Mista Permanente de Senadores e Deputados, sobre despesas fealizadas sem autorizacéo; 2. apurar dentincias apresentadas por qualquer cidadao, partido politico, associagéo ou sindicato sobre irregularidades ou ilegalidades na aplicago de recursos federais; 3. fixar os coeficientes dos fundos de participagao dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios e fiscalizar_a entrega_dos recursos aos governos estaduais e as prefeituras municipais. O controle externo do Tribunal de Contas sobre os atos ou contratos da Administragao é feito a posteriori, salvo as inspegdes e auditorias (controle concomitante), que podem ser realizadas a qualquer tempo. O referido modelo de atribuigées do TCU é de observancia obrigatéria no Ambito dos Estados, do DF e dos Municipios, em relag&o as suas Cortes de Contas, por forca do art. 75 da Constituicéo Federal. Jurisprudéncia Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 70 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 Lembre-se: O STF firmou entendimento de que n&o pode a Constituiggéo do Estado-membro outorgar a Assembleia Legislativa competéncia para julgar suas préprias contas, bem assim as contas dos administradores do Poder Judiciério local, haja vista que essa medida implicaria usurpag&o de competéncia do Tribunal de Contas do Estado. Essa mesma vedacio ¢ aplicdvel, no tocante as contas da Camara Municipal, & Lei Organica do Municipio. Quanto & competéncia para o julgamento das contas do préprio Tribunal de Contas, diante do siléncio constitucional, formou-se corrente doutrindria no sentido de que caberia A prépria Corte de Contas o julgamento de suas contas. Entretanto, o STF firmou entendimento de que nao desrespeita a Constituicgo Federal norma da Constituicéo do Estado que outorga competéncia 4 Assembleia Legislativa para o julgamento das contas do respectivo Tribunal de Contas (exemplo: no DF, a Lei Organica outorgou competéncia privativa & Camara Legislativa do DF para apreciar e julgar, anualmente, as contas do TCDF). As atribuigées dos tribunais de contas é tema muito cobrado em concursos! ‘As decis6es do Tribunal de Contas que resultem em imputacgo de débito ou multa tornam o valor liquido e certo e adquirem eficacia de titulo executivo. Nesse caso, o responsével é notificado para, no prazo de 15 dias, recolher o valor devido, sob pena de cobranca judicial. Mas, ATENGAO, 0 Tribunal de Contas nao pode promover a execugSo forgada da cobranga, sé o Poder Judiciétio pode atingir diretamente o patriménio do devedor em um processo judicial. Normalmente, € assim que funciona: o TCU verifica que a empresa contratada pela Administracéo Publica superfaturou uma licitag’o e condena a empresa a restituir R$ 100.000,00. Apés o julgamento, o TCU vai notificar a empresa para, em 15 dias, recolher 0 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br Tide 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. consees Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 valor. Se a empresa néo pagar voluntariamente, 0 TCU vai mandar a informagao para a Procuradoria da Fazenda Nacional inscrever o débito em divida ativa. Essa divida ativa se transforma em uma certidéo de divida ativa que vai ser levada pela Procuradoria ao Poder Judiciério, por meio de uma execugdo fiscal. Nesse processo de execugio, a Procuradoria pede ao juiz que tome o patriménio da empresa para saldar a divida de R$ 100.000,00, acrescidas das multas e atualizagdes legalmente estabelecidas. 22 Becuriosidade Interessante notar que o Tribunal de Contas é um érgao ptiblico que também est sujeito ao prazo decadencial estabelecido no art. 54 da Lei n° 9,784/99 para anular situages juridicas constituidas a mais de 5 anos. Peursorusen ia 1) Nos processos perante o Tribunal de Contas da Unido asseguram-se o contraditério e a ampla defesa quando da decisdo puder resultar anulagéo ou revogacéo de ato administrativo que beneficie 0 interessado, excetuada a apreciacio da legalidade do ato de concesséo inicial de aposentadoria, reforma e pensdo (Stimula Vinculante n° 3). 2) _ O Tribunal de Contas, no exercicio de suas atribuigdes, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Publico (Stimula n° 347 do STF). 3) As empresas pliblicas e as sociedades de economia mista, entidades integrantes da administragdo indireta, esto sujeitas a fiscalizago do Tribunal de Contas, nao obstante a aplicagdo do regime Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 72 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita aon Direito Administrativo p/ TCM-RI ~ Técnico de Estrategia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 juridico celetista aos seus funciondrios (MS 26.117/DF, Rel. Min, Eros Grau, julg: 20.05.2009, DJe: 06.11.2009). HORA DE raticar! 27. (FCC/2010/TRE-AC/Técnico Judicidrio) © dever do Administrador Publico de prestar contas a) aplica-se a todos os érgdos € entidades publicas, exceto aos Tribunais de Contas por serem os érgdos encarregados da tomada de contas dos administradores. b) aplica-se apenas aos agentes responsaveis por dinheiro puiblico. c) n&o alcanca os particulares, mesmo que estes recebam subvengGes estatais. d) n&o se aplica aos convénios celebrados entre a Unido e os Municipios, por se tratar de acordo entre entidades estatais. e) € imposto a qualquer agente que seja responsdvel pela gestdo e conservagéo de bens pibblicos. Caro aluno, destacamos que todas as pessoas, fisica ou juridica, publica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores publicos ou pelos quais a Unigo responda, ou que, em nome desta, assuma obrigacées de natureza pecuniaria, se submete ao controle e deve prestar contas. Temos como correta a letra “e”. Prof. Daniel Mesquita www.estrategia ursos.com.br 73 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita — Direito Administrativo p/ TCM-RJ — Técnico de Estratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 28. (CESGRANRIO - 2012 - LIQUIGAS - Profissional Junior) 0 Tribunal de Contas da Unido (TCU), ao realizar uma inspecéo extraordinaria em determinada autarquia federal, detectou indicios de irregularidades e antieconomicidade em contrato de prestagdo de servicos celebrado pela entidade com empresa privada, Apés assegurar &s partes interessadas 0 contraditério e a ampla defese, o TCU confirmou a ocorréncia das irregularidades e sustou a execugo do contrato, além de aplicar ao responsavel multa e determinar a recomposig&o do dano causado ao erario. A luz da situac&o hipotética descrita, a atuagdo do TCU foi juridicamente a) correta, uma vez que observou o devido proceso legal antes de prolatar sua decisao. b) correta, uma vez que a sustagdo da execugio do contrato visou a minimizar o dano causado ao erario. c) incorreta, uma vez que 0 TCU nao tem competéncia para realizar inspegdes extraordindrias em autarquias federais. d) incorreta, uma vez que o TCU n&o tem competéncia para determinar a recomposicio do dano ao erério, cabendo-Ihe provocar 0 Poder Judicidrio para tanto. e) incorreta, uma vez que a competéncia para a sustacéo da execucéio contratual é primariamente do Congresso Nacional. De acordo com o § 19, do art. 71, Constituic&o Federal, no caso de contrato, 0 ato de sustagéo seré adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitaré, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabiveis. Portanto, a alternativa correta é a letra “e”. Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br 7A de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 Gabarito: Letra “e”. 29. (CESGRANRIO - 2011 - Petrobrés - Advogado) O controle externo contabil, financeiro, orgamentério, operacional e patrimonial da Unido e das entidades da Administrag&o Publica Federal é exercido pelo Congresso Nacional, com 0 auxilio do Tribunal de Contas da Unido (Tu). S80 competéncias constitucionalmente outorgadas ao TCU, EXCETO a) fiscalizar a aplicacéio de quaisquer recursos repassados pela Unio mediante convénio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congéneres, ao Estado, ao Distrito Federal ou aos Municipios. b) assinar prazo para que 0 érgo ou a entidade adote as providéncias necessérias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade. c) aplicar aos responsaveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sangées previstas em lei, dentre as quais, multa proporcional ao dano causado ao erério. d) julgar as contas dos administradores e demais responsdveis por dinheiros, bens e valores ptblicos da administragdo direta e indireta, incluidas as fundagdes e sociedades instituidas e mantidas pelo Poder Publico Federal. e) sustar a execucéio de contratos administrativos, se verificada ilegalidade ou antieconomicidade, submetendo a decisdo, a posteriori, & Camara dos Deputados e ao Senado Federal. Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br 75 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 Como vimos, o ato de sustagéo de contrato é competéncia do Congresso Nacional, que solicitara ao Poder Executivo as medidas cabiveis. Gabarito: Letra “e’ 30. (FCC - 2012 - PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal) NAO € medida juridicamente valida de controle da atividade administrativa pelos érgéios do Poder Legislativo a) a sustacgo de contratos administrativos celebrados pelo Poder Executivo, em face de ilegalidades neles constatadas. b) a convocag&o de autoridades diretamente subordinadas ao Chefe do Poder Executivo para prestar informacées sobre assunto previamente determinado. ¢) a aprovacéo prévia de contratos e convénios firmados pelo Poder Executivo, cujo valor ultrapasse patamar estabelecido em lei complementar. d) a sustaco de atos normativos do Poder Executivo, que forem produzidos extra, ultra ou contra legem. €) 0 julgamento anual das contas do Chefe do Poder Executivo. Como vimos, os principais dispositivos da Constituicao Federal que estabelecem hipéteses ou mecanismos de controle legislativo séo: 1. Sustar os atos normativos do Poder Executive que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegacao legislativa (art. 49, V, CF). 2. A Camara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissées, poderéo convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de érgaos diretamente subordinados a Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 76 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 Presidéncia da Republica para prestarem, pessoalmente, informagdes sobre assunto previamente _determinado, importando crime de responsabilidade a auséncia sem justificagéo adequada (art. 50) 3. Ao Congresso Nacional compete julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da Republica e apreciar os relatérios sobre a execucéo dos planos de governo (art. 49, IX, CF). 4. 0 controle externo, a cargo do Congresso Nacional, seré exercido com 0 auxilio do Tribunal de Contas da Uniao, ao qual compete: No caso de contrato, o ato de sustacdo sera adotado diretamente pelo Congreso Nacional, que solicitaré, de imediato, ao Poder Executive as medidas cabiveis. (§ 19, art. 71). Gabarito: Letra “c". 31. (FCC - 2012 - Prefeitura de Séo Paulo - SP - Auditor Fiscal do Municipio) O controle exercido pelos Tribunais de Contas, na qualidade de auxiliar o controle externo, a cargo do Poder Legislativo, alcanga, de acordo com a Constituic&o Federal, a) a legalidade dos atos de admisséo de pessoal, da Administraao direta e indireta, inclusive as nomeagées para cargos de provimento em comissao. b) as concessdes de aposentadorias, reformas e pensées, bem como as melhorias posteriores, ainda que no alterem o fundamento legal do ato concessério. c) 0s recursos repassados a entidades privadas mediante convénios, acordos, ou outros ajustes, exceto se a entidade néo possuir finalidade lucrativa. Prof. Daniel Mesquita www.estrate; cursos.com.br 77 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Estratégia Controle Externo. ews Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 d) os contratos celebrados pela Administracéo direta e indireta, exceto aqueles decorrentes de regular procedimento licitatério. €) as contas dos administradores de entidades integrantes da Administracéo direta e indireta e daqueles que derem causa a qualquer irregularidade de que resulte prejuizo ao erario publico. Essa é mais uma questéo que reproduz o texto da Constituig&o. De acordo com 0 art. 71, 0 controle externo, a cargo do Congresso Nacional, seré exercido com o auxilio do Tribunal de Contas da Unido, ao qual compete: TI - julgar as contas dos administradores e demais responsaveis por dinheiros, bens e valores piiblicos da administracéo direta e indireta, incluidas as fundacdes e sociedades instituidas e mantidas pelo Poder Publico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuizo ao erario publico; III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissao de pessoal, a qualquer titulo, na administracao direta e indireta, incluidas as fundagdes instituidas e mantidas pelo Poder Publico, excetuadas as nomeacées para cargo de provimento em comissao, bem como a das concessées de aposentadorias, reformas e pensées, ressalvadas as melhorias posteriores que nao alterem o fundamento legal do ato concesséri VI - fiscalizar a aplicacdo de quaisquer recursos repassados pela Unido mediante convénio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congéneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Municipio; Ainda de acordo com a CF/88, o art. 70 determina: “Prestara contas qualquer pessoa fisica ou juridica, publica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores publicos ou pelos quais a Unido responda, ou que, em nome desta, assuma obrigacées de natureza pecuniaria.”. Gabarito: Letra “e”. Prof. Daniel Mesquita wi concursos.com.br 78 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estratégia Controle Externo. concunses Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 32. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) De acordo com a Constituig&o Federal, 0 controle externo dos Tribunais de Contas alcanga a) a apreciag&o, para fins de registro, da legalidade das concessées de aposentadorias, reformas e pens6es, incluindo as melhorias posteriores, ainda que no alterem o fundamento legal do ato. b) as admissées de pessoal da Administragéo direta e indireta, inclusive fundagdes instituidas e mantidas pelo Poder Publico, incluidas as nomeacdes para fungdes de confianca e cargos de provimento em comissao. c) as pessoas fisicas e juridicas, publicas ou privadas, que administrem bens e valores publics, exceto as entidades sem fins lucratives que recebam recursos publics exclusivamente a titulo de subsidio para ages de interesse social. d) a fiscalizagao da legalidade, legitimidade e economicidade da aplicagdo de subvenc@es e rentincia de receitas por entidades da Administrac&o direta e indireta. e) a aplicaciio, apés a aprovacdo do Poder Legislativo, de penalidades aos responsdveis, no caso de ilegalidades de despesas ou irregularidades de contas, de multa proporcional ao dano causado ao erario, De acordo com os artigos 70 e 7 Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, sera exercido com 0 auxilio do Tribunal de Contas da Unido, ao qual compete: III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissao de pessoal, a qualquer titulo, na administracao direta e indireta, incluidas as fundagdes instituidas e mantidas pelo Poder Publico, excetuadas as nomeagdes para cargo de provimento em comisséo, bem como a das concessées de aposentadorias, reformas e pensées, ressalvadas as melhorias posteriores que ndo alterem o fundamento legal do ato concessério; VIII_- aplicar_aos responsdveis, em caso de Ilegalidade de despesa_ou Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br 79 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita Direito Administrative p/ TCM-RJ — Técnico de Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 irregularidade de contas, as sancoes previstas em lei, que estabelecerd, entre outras cominagdes, multa proporcional ao dano causado ao erdrio; Art. 70. A fiscalizacéo contabil, financeira, orcamentaria, operacional e patrimonial da Unido e das entidades da administragéo direta e indireta, quanto a legalidade, legitimidade, economicidade, aplicacao das subvencées ¢ reniincia de receitas, seré exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada poder. Gabarito: Letra “d’. 33. (FCC - 2014 - TRF - 48 REGIAO Técnico Judicidrio - Area Administrativa) Considere: I. Convocagao de Ministro de Estado por Comisséo do Senado Federal para prestar, pessoalmente, informagdes sobre o tema da demarcacio de terras indigenas. II. Controle administrativo sobre érg&os da Administragao Direta. Acerca do Controle da Administragao publica, os itens I e II correspondem, respectivamente, a controle a) legislative de natureza politica e controle administrativo interno decorrente do poder de tutela da Administragao publica. b) legislativo de natureza politica e controle administrativo interno decorrente do poder de autotutela da Administrag&o publica. c) administrativo de natureza politica e controle administrative interno decorrente do poder de tutela da Administracio publica. d) legislative de natureza financeira e controle administrativo externo decorrente do poder de autotutela da Administrac&o publica. e) administrative de natureza politica e controle administrativo externo decorrente do poder de tutela da Administrac&o publica. Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br 80 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 Conforme abordou Di Pietro, o Controle Legislativo poderd ter um enfoque politico ou financeiro. © controle politico se dé nos aspectos de legalidade, de mérito, e por isso tem a natureza politica. Dentre os exemplos citados pela a autora esté: AUSOnVGESesoNGeNMiniswoNds ESt2d6 ou quaisquer titulares de érgaos diretamente subordinados A Presidéncia da Republica, pela Camara dos Deputados ou pelo! | Senadoy Bem) como por qualquer de! Stas! comissées, para _prestar, pessoalmente, informagdes sobre © assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a auséncia, sem justificago adequada (conforme art. 50, alterado pela Emenda Constitucional de Reviséio n°2/94). E ainda, o controle sobre os érgaios da Administrag&o Direta trata- se de um controle interno e por isso decorre do poder de autotutela que permite a Administracéo Publica rever os seus préprios atos quando ilegais, inoportunos ou inconveniente. Gabarito: Letra b 34. (FCC- 2014 - TRT - 28 REGIAO (SP)- Analista Judiciério - Area Judiciéria) De acordo com a separagdo de poderes constitucional- mente estabelecida, a fungdo de administrar incumbe ao Poder Executive. A Administracéo publica, no desempenho das tarefas inerentes a essa fung&o a) admite controle do poder externo, tanto dos érgéios que integram a estrutura da Administracdo, quanto do Tribunal de Contas, cuja andlise de mérito é mais restrita que o controle desempenhado pelo Poder Judicidrio, que o faz sem disting&o. b) submete-se a controle externo exercido pelo Legislativo, com auxilio do Tribunal de Contas, que pode abranger anélise de critérios que excedem a legalidade, tal como economicidade. Prof. Daniel Mesquita Www.estrategiaconcursos.com.br Bide 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita —_ Direito Administrative p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Contréte Exteiiia. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 c) submete-se a controle externo do Poder Judicidrio, vedada interferéncia de outros érgaos ou entes, ainda que da mesma esfera de governo, em especial quando se tratar de atuagao discricionaria. d) admite controle interno de outros érgdos, entes ou Poderes, vedado controle externo no que se refere aos aspectos discricionérios da atuacdo. ) submete-se a controle interno, pelos érg&os que integram sua prépria estrutura, e a controle externo, desempenhado pelo Tribunal de Contas e pelo Poder Judicidrio, vedada andlise de qualquer aspecto discricionario. De acordo com o art. 71, 0 controle externo, a cargo do Congresso Nacional, sera exercido com o auxilio do Tribunal de Contas da Unido, Vejamos 0 art. 71: ‘Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, sera exercido com 0 auxilio do Tribunal de Contas da Unido, ao qual compete: III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisséo de pessoal, 2 qualquer titulo, na administracdo direta e indireta, incluidas as fundagdes instituidas e mantidas pelo Poder Publico, excetuadas as nomeagées para cargo de provimento em comissao, bem como a das concessées de aposentadorias, reformas e pensdes, ressalvadas as melhorias posteriores que nao alterem o fundamento legal do ato concessério; VIII - aplicar aos responsdveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanges previstas em lei, que estabelecera, entre outras cominacées, multa proporcional ao dano causado ao erdrio; Gabarito: Letra “b”. 35. (FCC - 2013 - DPE/RS - Analista - Administragdo) De acordo com a Constituigéo Federal brasileira, o controle externo da Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 82 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. conse Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 Administracao publica pelo Poder Legislativo, exercido com 0 auxilio do Tribunal de Contas, NAO abrange a) a fiscalizac&o patrimonial das entidades da Administraco indireta, b) as concessdes de aposentadorias e pensées, para fins de registro. ¢) as contas de empresas supranacionais de cujo capital a Unigo participe de forma indireta. d) a aplicagdo de subvengées e rentincia de receitas. e) as nomeacées para cargos de provimento em comisséio. ATENCAO!! & PARA MARCAR O QUE NAO £ ABRANGIDO PELO CONTROLE EXTERNO EXERCIDO PELO LEGISLATIVO!! Letra (A). A fiscalizagéo contabil, financeira, orcamentéria, operacional e patrimonial da Unido e das entidades da administragao direta e indireta, quanto a legalidade, legitimidade, economicidade, aplicagdo das subvencées e rentincia de receitas, sera exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder (art. 70, “caput”, CF). Logo, esta INCORRETA. Letra (B). O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, sera exercido com 0 auxilio do Tribunal de Contas da Unido, ao qual compete apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissdo de pessoal, a qualquer titulo, na administrag&o direta e indireta, inclufdas as fundagées instituidas e mantidas pelo Poder Publico, excetuadas as nomeagées para cargo de provimento em comisséo, bem como a das concessées de aposentadorias, reformas e pensées, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concess6rio (art. 71, III, da CF). Portanto, esta ERRADA. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 83 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 Letra (C). O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, sera exercido com 0 auxilio do Tribunal de Contas da Unido, ao qual compete fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unido participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo (art. 71, V, da CF). Logo, esta INCORRETA. Letra (D). A fiscalizag&o contébil, financeira, orgamentéria, operacional e patrimonial da Unido e das entidades da administragdo direta e indireta, quanto a legalidade, legitimidade, economicidade, aplicagio das subvengées e reniincia de receitas, sera exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder (art. 70, “caput”, da CF). Portanto, esta ERRADA. Letra (E). O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, sera exercido com 0 auxilio do Tribunal de Contas da Uniao, ao qual compete apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admiss%o de pessoal, a qualquer titulo, na administracdo direta e indireta, incluidas as fundagGes instituidas e mantidas pelo Poder Publico, excetuadas as nomeagées para cargo de provimento em comissao, bem como a das concessdes de aposentadorias, reformas e pensdes, ressalvadas as melhorias posteriores que n&o alterem o fundamento legal do ato concessério (art. 71, III, da CF). Portanto, esta CORRETA. Gabarito: E 36. (FCC - 2011 - PGE/MT - Procurador do Estado) De acordo com a Constituigéo Federal, 0 controle externo exercido com 0 auxilio do Tribunal de Contas contempla a Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 84 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. consees Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 a) apreciagéo da legalidade dos atos de admisséo de pessoal na Administragéo direta e indireta, excetuadas as nomeacées para cargo de provimento em comissao. b) fixagéo de limites, aplicaveis & Administragao direta e empresas dependentes de recursos do Tesouro, para despesas com pessoal e custeio. c) fixacio de limites, aplicéveis & Administracao direta e empresas dependentes de recursos do Tesouro, para operaces de crédito e concessio de garantias. d) fiscalizacéo da aplicacéo de recursos plblicos, por entidades privadas, exceto se recebidos na forma de contratos de gestao. e) aplicagéo de multa proporcional ao dano causado ao erério, independentemente de previsdo legal especifica. Letra (A). Esté de acordo com o art. 71, inciso III, da CF. Portanto, esté CORRETA. Letra (B). Essa competéncia nao esta prevista no art. 71 da CF, que trata das atribuicdes do Tribunal de Contas. Portanto, esté INCORRETA. Letra (C). Essa competéncia nao esta prevista no art. 71 da CF, que trata das atribuicgédes do Tribunal de Contas. Portanto, esté INCORRETA. Letra (D). Essa competéncia nao esta prevista no art. 71 da CF, que trata das atribuig6es do Tribunal de Contas. Portanto, esta INCORRETA. Letra (E). O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, sera exercido com 0 auxilio do Tribunal de Contas da Unido, ao qual compete aplicar aos responsdveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sangées previstas em lei, que estabelecer, entre outras cominagdes, multa proporcional ao dano causado ao erario (art. 71, inciso VIII, da CF). Logo, esta ERRADA. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 85 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 Gabarito: A 37. (FCC - 2011 ~ TCE/SP ~ Procurador) Em relac&o ao controle do Poder Legislative sobre os atos da Administracéo Publica é correto afirmar: a) As normas constitucionais que estabelecem as hipéteses de controle legislativo séo enunciativas, permitindo interpretacéio extensiva quando se tratar de aspectos financeiros. b) Constitui controle do Poder Legislative a apreciacgo posterior de determinados atos do Poder Executivo pelo Congresso Nacional. c) O controle do Poder Legislative tem carater sempre preventivo, na medida em que apés a edic&o, os atos administrativos admitem, apenas, controle judicial limitado. d) © controle financeiro realizado pelo Poder Legislativo n&o compreende controle de economicidade, porque se trata de aspecto afeto a competéncia discricionaria do Poder Executivo. e) © controle exercido pelo Tribunal de Contas abrange atuacéo preventiva e repressiva, dependendo, para a imposicéo de medidas sancionatérias, de autorizacio do Poder Legislativo. Letra (A). Nao permite interpretagio extensiva, logo estd INCORRETA. Letra (B). E da competéncia exclusiva do Congresso Nacional fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, inclufdos os da administragdo indireta (art. 49, X, da CF). Logo, esta CERTO. Letra (C). Pode ter cardter corretivo também, conforme visto no comentario ao item anterior. Portanto, esta ERRADA. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 86 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 Letra (D). A fiscalizag&o contabil, financeira, orgamenteéria, operacional e patrimonial da Unido e das entidades da administragao direta e indireta, quanto a legalidade, legitimidade, economicidade, aplicagéo das subvengées e rentincia de receitas, serd exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder (art. 70, “caput”, CF). Logo, esta INCORRETA. Letra (E). Ndo necessita da autorizaco do Poder Legislativo para a imposig&o de medidas sancionatérias (ver art. 71, inciso VIII, da CF). Portanto, esta ERRADA. Gabarito: B 6) Controle JUDICIARIO OU JUDICIAL E exercido pelos érgaos do Poder Judicidrio sobre os atos administrativos praticados pelo Poder Executivo, pelo Poder Legislativo ou pelo préprio Poder Judiciério, quando realiza _atividades administrativas. Beuriosiaade Entendia-se que controle de legalidade era realizado sob o manto da lei, restringindo-se a aplicacéio da lei; hoje admite-se tal exercicio de maneira mais ampla, reconhecendo nao sé a lei, mas também as regras constitucionais, especialmente os seus principios. Prof. Daniel Mesquita Www.estrategiaconcursos.com.br 87 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita ome Direito Administrativo p/ TCM-RJ — Técnico de Estratégia Controle Externo. conconsos Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 Antes de tudo, 0 controle judicial é um meio de preservaséo de direitos individuais dos administrados, nisso diferindo do controle politico, exercido pelo Legislative. CAIU na prova! . No exercicio de sua _ atividade jurisdicional, 0 Poder Judicidrio sempre age mediante provocacéo do interessado ou do legitimado. OBS: em casos como o da acio popular ou da agcéo civil ptiblica, pode nao existir interesse direto do autor relativamente ao bem ou direito lesado. Ghee na prova A anulag&o ocorre nos casos em que existe ilegalidade no ato administrativo, podendo ser feita pela prépria Administracgéo (controle interno) ou pelo Poder Judicidrio. Opera efeitos retroativos, ex tune, isto é, retroage & origem do ato, desfazendo as relagdes dele resultantes, ressalvados os terceiros de boa-fé. TQ nSprova: atual orienta que o principio da legalidade ndo deve ser aplicado de Conforme destaca Marinela, a jurisprudéncia forma absoluta e que outros principios constitucionais devem ser considerados, realizando-se a ponderacéo de interesses. Dessa maneira, caso a retirada do ato cause mais prejuizos que sua manutengéio, 0 ato, mesmo que ilegal, deve ser mantido na ordem juridica, 0 que se denomina “estabilizagéo de efeitos”. Essa orientacéo tem como fundamente geral o principio da seguranga juridica. Exemplo: Prof. Daniel Mesquita Wwww.estrategiaconcursos.com.br 88 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de fEstratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 determinado funcionério que ingressou na Administracéio Publica irregularmente hé 20 anos - 0 ato de sua nomeagio é ilegal, porém sua manutencéio no cargo causaré menor prejuizo. Importante ressaltar que o controle jurisdicional também tem se dado nos casos de atos omissivos da Administracéo para que ela cumpra 0 que a lei determina e que ela deixou de fazer como, por exemplo, nos casos em que hd determinaggo judicial fornecimento de medicamentos, tratamentos de satide, etc. Tudo em face do Direito Constitucional a satide, ou ainda nos casos de determinacao de vagas em escolas de ensino fundamental. sia na proval Um ponto extremamente relevante no estudo do controle externo exercido pelo Poder Judicidrio é no que diz respeito aos atos politios. Esses atos sujeitam-se ao controle? Com relag&o aos atos politicos, é possivel sim sua apreciacéo pelo Poder Judiciério, desde que causem lesio a direitos individu ou coletivos, Quanto aos atos interna corporis (de organizacao interna dos Poderes ou que néo geraram qualquer efeito no ambiente externo a esse Poder), em regra néo s&o apreciados pelo Judi rio, pois se limitam a estabelecer normas sobre o funcionamento interno dos éraaos. Prof. Daniel Mesquita Www.estrategiaconcursos.com.br 89 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita —_ Direito Administrative p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Contréte Exteiiia. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 S&o atos praticados nos estritos limites da competéncia da autoridade e desde que apoiados em fundamentos exclusivamente regimentais, sem qualquer conotag&o de indole juridico-constitucional, dai por que se revelam imunes & apreciagao judicial. Haveria portanto uma “incognoscibilidade” da matéria, ou seja, a matéria “interna corporis” ndo poderia ser conhecida pelo Poder Judiciario. No entanto, se esses atos “interna corporis” exorbitarem em seu contetido, ferindo direitos individuais e coletivos, poderao também ser apreciados pelo Judicidrio. Trata-se do reconhecimento da soberania dos pronunciamentos, deliberagées e atuacdo dos Poderes Legislativo e Judiciério, na esfera de sua exclusiva competéncia discricionéria, ressalvadas, para efeito de apreciaggo judicial, apenas as hipéteses de lesdo ou ameaga a direito constitucionalmente assegurado. Bye. claro que a tese da incognoscibilidade da matéria nao se aplica quando diz respeito alegagdo de ofensa a direito ou garantia constitucional, o Conforme destaca Marinela, o STF ja deixou bastate que, por si sé, afasta o cardter interna corporis do comportamento. A hipdtese € a mesma quando se esté diante de matéria que ofenda direitos assegurados pela CF na iminéncia de serem transgredidos. Ou seja, s6 se pode falar de ato interna corporis, quando este se revela essencialmente insindicdvel, se presentes aspectos discriciondrios concernentes as questées politicas. Exemplo: um Tribunal de Justica Estadual tem livre competéncia para elaborar seu regimento interno e nele dispor sobre 0 modo de distribuigSo dos processos entre seus Desembargadores; contudo, se a forma de distribuigéo do processo impedir ou beneficiar algum Desembargador, a conduta sera considerada inconstitucional e poderd ser controlada por via judicial. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 90 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Danie! Mesquita ~ Aula 14 aw Jurisprudéncia 1) “No caso, o Tribunal de origem externou seu entedimento apoiado em fundamentac&o constitucional, consignando que: ‘O controle de politicas ptiblicas pelo Judiciério é de cardter excepcional e n&o poder ser levado a cabo quanto se estiver diante de possivel ofensa & separacio de poderes. O maltrato ao principio da separagao de poderes se dé ao instante no qual é desprestigiada a discricionariedade da Administrag&o, existente quando esta possui possibilidade de escolher entre o atuar e o nao atuar. “” (AgRg no REsp 1.211.989/RN, STJ - Primeira Turma, Rel. Min. Benedito Goncalves, julg: 04.08.2011, DJe: 10.08.2011). 2) Nao podem os direitos sociais ficar condicionados 4 boa vontade do Administrador, sendo de fundamental importancia que o Judicidrio atue como érgdo controlador da atividade administrativa. Seria uma distorc&o pensar que © principio da separagao dos poderes, originalmente concebido com o escopo de garantia dos direitos fundamentais, pudesse ser utilizado justamente como ébice & realizacéo dos direitos sociais, igualmente fundamentais. Tratando-se de direito fundamental, incluso no conceito de minimo existencial, inexistiré empecilho juridico para que o Judicidrio estabeleca a inclusdo de determinada politica publica nos planos orgamentarios do ente publico, mormente quando n&o houver comprovag&o objetiva da incapacidade econémico-financeira da pessoa estatal (AgRg no REsp 1.136.549/RS, STJ - Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, julg: 08.06.2010, DJ: 21.06.2010). 3) No viola o principio da separac&o dos poderes o controle pelo Poder Judiciério de ato administrativo eivado de ilegalidade ou abusividade, 0 qual envolve a verificacéo da efetiva ocorréncia dos pressupostos de fato e de direito, podendo o Judiciério atuar, inclusive, Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 91 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. conse Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita ~ Aula 14 nas questdes atinentes a proporcionalidade e a razoabilidade (Al 800.892 AgR, STF — Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, julg: 12.03.2013, DJe: 07.05.2013). 4) Para a hipotese de pena de demisséo imposta a servidor publico submetido a processo administrativo disciplinar, no hé falar em juizo de conveniéncia e oportunidade da Administracio, visando restringir a atuag&o do Poder Judiciério & andlise dos aspectos formais do processo disciplinar, porquanto, em tals circunsténcias, o controle jurisdicional é amplo, no sentido de verificar se hé motivacéo para o ato demissério (RMS 25.152/RS, ST) - Quinta Turma, Rel.? Min.@ Laurita Vaz, julg: 18.08.2011, De: 01.09.2011). 5) | N&o cabe ao Poder Judiciario, no controle jurisdicional da legalidade, substituir-se 4 banca examinadora do concurso ptiblico para reexaminar os critérios de correco das provas e o contetido das questdes formuladas (MS 27260/DF, Rel. Min. Carlos Britto, julg: 29.10.2009, DJe: 26.03.2010). 6.1. Procedimentos judi is de controle Vamos tratar, resumidamente, de alguns dos principais meios judiciais de controle dos atos da Administragéo. Alguns acessiveis a todos os administrados, outros restritos a legitimados especificos. a) Habeas Corpus (art, 5°, LXVIIL, da CF) E concedido sempre que alguém sofrer ou se achar ameagado de sofrer violéncia ou coacdo em sua liberdade de locomocio, por ilegalidade ou abuso de poder. OBS: s6 n&o é cabivel em relacéo a punicées disciplinares militares. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 92 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de stratégia Controle Externo. Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita - Aula 14 E gratuito e pode ser impetrado por qualquer pessoa, nacional ou estrangeira, em beneficio proprio ou de terceiro. b) Habeas Data (art. 5°, LXXII, da CF) E um remédio constitucional que tem por finalidade proteger a esfera intima dos individuos. Sera concedido para: 1. assegurar o conhecimento de informagées relativas a pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de carater ptblico; 2. retificar dados, quando nao se prefira fazé-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. Brome nota ugg cabe habeas data se nao houver recusa por parte da autoridade administrativa (Simula n° 2 do STJ). Segundo Marinela, € possivel identificar algumas caracteristicas basicas do habeas data: 1) é uma agao, pois invoca a tutela jurisdicional, devendo preencher as condigdes da aco; 2) 6 de natureza mandamental; 3) seu conteddo € de natureza constitutiva quando visa a retificacaio; 4) € ago personalissima, n&o se admite pedido de terceiros, nem sucessio no direito de pedir; 5) ndio depende de prévio pedido administrativo. No que tange ao procedimento, enquanto no houver disciplina legal, deve seguir o rito do mandado de seguranga, desde que desnecesséria a produg&o de prova; se contrario, o rito sera o ordinério. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 93 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estratégia Controle Externo. re Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 Os processos de habeas data tém prioridade sobre todos os demais, ressalva feita aos processos de HC e MS. c) Mandado de injunego (art. 5°, LXXI, da CF) Hé a concess&o de mandado de injung&o sempre que a falta de norma regulamentadora torne invidvel o exercicio dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes a nacionalidade, & soberania e a cidadania, previstos em norma de eficacia limitada. Esse instrumento pode ser ajuizado por qualquer pessoa, natural ou juridica, em desfavor do érgéio ou poder incumbido de elaborar a norma. Quanto ao procedimento, aplicam-se, em adaptac&o, as regras do mandado de seguranga. Assim, para no comprometer a celeridade do processo, a dilacdo probatéria é evitada, devendo a prova ser pré- constituida, documentada e juntada 4 inicial. Como € interposto pelo préprio titular do direito, exige uma solug&o para o caso concreto e no uma deciséo com efeitos erga omnes. § Weiiicso Direito Administrativo e que reescreveram os parametros do instituto do € interessante grifar decisées importantes para o mandado de injungéio. Antigamente, o Poder Judicidrio apenas declarava a omisséo e comunicava o Congresso Nacional da existéncia da mesma. Nos MIs 670, 708 e 712, por sua vez, a decisdo proferida pelo STF deixou de ser apenas uma declaracéo da omisséo legislativa com consequente comunicacéio ao Congresso Nacional e passou a produzir efeitos concretos, resolvendo efetivamente a questéo. Essas acdes Prof. Daniel Mesquita wi cursos.com.br 94 de 195 Instagram: @danielmgt Facebook: Daniel Mesquita we Direito Administrativo p/ TCM-RI — Técnico de Estrategia Controle Externo. concunses Teoria e exercicios comentados Prof. Daniel Mesquita — Aula 14 mudaram a histéria da greve dos servidores piblicos, permitindo que, mesmo sem a lei, 0 servidor faga greve, aplicando como parametro a lei do trabalhador comum, oportunidade em que também atribuiu ao mandado de injung&o, em carter excepcional, o efeito erga omnes. HORA DE raticar! 38. (FCC- 2010 - TRT - 99 REGIAO (PR) - Analista Judiciério) No que diz respeito ao controle da Administragéo, é CORRETO afirmar: a) Controle administrativo é 0 poder de fiscalizago e correséio que a Administragéo Publica exerce sobre sua prépria atuaco, assim ocorrendo apenas mediante provocagio do administrado. b) © controle legislative & exercido, no Ambito estadual, pela Assembléia Legislativa, vedada a instituicéo de Comissao Parlamentar de Inquérito. )© mandado de injungdo tem recebido nova interpretagdo constitucional, n&o se limitando declarag&o da existéncia da mora legislativa para a edigéo da norma regulamentadora, admitindo-se ao Judiciério assegurar, concretamente, 0 exercicio do direito individualizado pela falta da norma. d) A Constituigéo atribuiu & CPI poderes de investigagéo, como convocar e obrigar testemunhas a comparecerem para depor e ordenar a quebra de sigilo bancério, fiscal e telefénico, esta ultima (quebra do sigilo telefénico) sujeita a prévia autorizacao judicial. e)E cabivel mandado de seguranca contra atos de gestéo comercial praticados pelos administradores de empresas piblicas, de sociedades de economia mista e de concessiondrias de servico ptiblico. Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 95 de 195 Instagram: @danielmat Facebook: Daniel Mesquita

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