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Funções
Organizacionais
Uma
empresa,
por
menor
que
seja,
necessita
de
algum
grau
de
organização
para
desempenhar
as
atividades
necessárias
ao
seu
melhor
desempenho,
conseguindo
assim,
atingir
seus
objetivos.
Obviamente
que
micro
e
pequenas
empresas
normalmente
não
possuem
grandes
departamentos,
áreas
e
divisões.
O
trabalho
tende
a
ser
distribuído
de
maneira
mais
informal
ou,
como
se
diz
no
popular,
gerenciado
pelo
“olho
do
dono”.
Entretanto,
as
de
maior
porte,
regularmente
contam
com
algumas
funções
básicas,
conforme
Figura
3.
Pesquisa
P&D Desenvolvimento
Controladoria Projetos
Contas a Pagar/Receber
Finanças
Análise de Crédito Suporte
Tesouraria Desenvolvimento
Tecnologia da Informação
Redes
Comercial Bancos de Dados
Vendas Marketing
ADMINISTRAÇÃO
Trademarketing Treinamento
Seleção
Recursos Humanos
Logística Remuneração
PCP Qualidade de Vida
Manutenção Operações
Suprimentos Contabilidade
Relações Públicas
Produto& Preço&
Praça& Promoção&
Figura
4.
Mix
de
Marketing.
Em
outras
palavras,
de
nada
adianta
um
produto
excelente
e
revolucionário
tecnicamente,
mas
que
ninguém
conheça,
ou
seja,
que
apresente
fraco
plano
de
comunicação.
O
design
do
produto
e
sua
embalagem
devem
ser
pensados
quanto
a
estratégia
de
distribuição,
assim
como
a
promoção
é
influenciada
pelos
locais
onde
o
produto
pode
ser
encontrado.
Ao
mesmo
tempo,
é
preciso
uma
política
de
distribuição
que
torne
o
produto
acessível
e
uma
política
de
preço
que
incentive
o
cliente
a
consumi-‐lo
ou
a
compra-‐lo.
A
praça,
ou
ponto
de
distribuição
de
um
produto,
envolve
a
decisão
de
como
a
organização
colocará
seus
produtos
disponíveis
para
venda.
Pode
envolver
canais
próprios,
intermediários
ou
ambos.
O
formato
da
distribuição
pode
envolver:
vendedores,
representantes
ou
consultores
comerciais,
venda
on-‐
line,
lojas,
franquias,
varejistas,
além
de
uma
combinação
dessas
e
outras
Finanças
Como
dito
anteriormente,
para
que
uma
empresa
possa
operar,
ela
precisa
de
determinados
recursos.
Necessita
estar
estabelecida
em
algum
lugar,
pode
precisar
de
máquinas,
equipamentos,
softwares
e,
fundamentalmente,
pessoas.
Para
que
tudo
isso
seja
possível
são
necessários
recursos
financeiros3
que
a
sustentem,
tanto
no
momento
de
abertura
da
empresa
(capital
inicial)
quanto
no
cotidiano
de
trabalho
(capital
de
giro).
O
setor
financeiro
de
uma
empresa
se
responsabiliza
pela
gerência
desses
recursos
financeiros.
Desnecessário
dizer
o
grau
de
sensibilidade
dessa
função.
Funciona
como
o
coração
da
empresa,
disponibilizando
recursos
para
as
demais
áreas
e
ao
mesmo
tempo
controlando
o
uso
eficaz
desses
recursos,
visando
a
maximização
da
riqueza
da
empresa.
Maximizar
riqueza
nesse
caso
significa
aumentar
o
valor
de
mercado
da
empresa
através
de
uma
boa
gestão
financeira
e
da
seleção
de
bons
investimentos
e
financiamentos.
Para
que
se
possa
entender
melhor
a
função
financeira
e
algumas
de
suas
nuances
na
empresa,
algumas
definições
podem
ser
muito
úteis,
tais
como:
• Estrutura
de
Capital:
composição
das
fontes
de
financiamento
de
longo
prazo
de
uma
empresa,
envolvendo
decisões
quanto
a
fontes
menos
dispendiosas
de
fundos,
possíveis
empréstimos,
tipo
de
recursos
a
serem
captados,
etc.
• Liquidez:
qualidade
daquilo
que
se
pode
dispor
rapidamente.
Ou
seja,
é
a
capacidade
de
transformar
um
ativo
(investimentos,
bens)
em
dinheiro.
Quanto
mais
rápida
a
conversão,
maior
a
liquidez.
• Rentabilidade:
retorno
sobre
o
capital
investido
em
determinado
ativo.
Pode
ser
expressa
pela
porcentagem
de
lucro
em
relação
ao
investimento
realizado.
Tem
a
peculiaridade
de
ser,
normalmente,
inversamente
proporcional
à
segurança
e
a
liquidez
do
investimento.
• Ativo:
conjunto
de
bens
e
direitos
da
organização
• Passivo:
conjunto
de
dívidas
e
obrigações
da
organização
• Patrimônio
líquido:
valor
contábil
dos
recursos
próprios
aplicados
no
negócio
• Balanço
patrimonial:
demonstrativo
da
situação
patrimonial
envolvendo:
ativo,
passivo,
patrimônio
líquido
• Capital
Fixo:
recursos
materiais
de
renovação
lenta
(instalações,
imóveis,
máquinas,
etc.)
• Capital
de
Giro:
recursos
de
rápida
renovação
(dinheiro,
estoques,
crédito,
etc.)
que
sustentam
a
operação
cotidiana
da
empresa.
Também
denominado
de
ativo
circulante.
• Orçamento:
plano
estratégico-‐financeiro
de
uma
organização
feito
com
determinada
periodicidade
(normalmente
anual,
mas
podendo
ser
trimestral,
semestral,
mensal,
etc.),
com
finalidade
de
3
Optou-‐se
pela
expressão
recursos,
porque
a
movimentação
financeira
nem
sempre
se
dá
somente
através
de
dinheiro
em
espécie.
Receita'bruta:'
("#")"impostos"sobre"vendas"
("#")"descontos"comerciais"e"
aba3mentos"
"
Receita'líquida:'
("#")"custo"dos"produtos"vendidos"
"
Lucro'Bruto:'
("#")"despesas"operacionais"
"
Lucro'Operacional:'
("+")"receitas"não#operacionais"
("#")"despesas"não#operacionais"
"
Lucro'antes'de'Impostos:'
("#")"imposto"de"renda"e"
contribuição"social"
"
Lucro'ou'prejuízo'líquido'
Figura
5.
Demonstração
de
Resultados.
A
auditoria
visa
o
controle
e
averiguação
de
procedimentos
adotados
pela
empresa.
Se
por
um
lado
confere
clareza
e
fidedignidade
aos
procedimentos
financeiros,
por
outro
tem
também
um
caráter
educacional,
na
medida
que
assinala
e
demonstra
como
esses
procedimentos
devem
ser
conduzidos.
Sua
função
é
primordial
para
o
bom
andamento
da
empresa,
na
medida
em
que
credita
confiabilidade
e
transparência
aos
processos
financeiros
da
organização.
Por
último
o
planejamento
e
controle
orçamentário
assessora
todos
os
departamentos
da
empresa
na
confecção
e
monitoramento
de
seus
orçamentos,
geralmente,
com
periodicidade
anual.
Este
tipo
de
atividade
demanda
o
acompanhamento
constante
entre
os
gastos
reais
e
orçados,
permitindo
correções
quando
necessário.
A
Tesouraria
tem
como
responsabilidade
central
o
caixa
da
empresa,
compreendendo
todas
as
entradas
e
saídas
de
recursos
da
empresa,
contas
a
receber,
contas
a
pagar
e
relações
bancarias.
Em
outras
palavras
é
através
deste
setor
que
os
recursos
financeiros
ingressam
e
são
operados
com
fins
de
pagamentos
ou
investimentos.
Para
exercer
essa
atividade,
deve
manter
contato
tanto
com
clientes,
quanto
com
bancos,
fornecedores,
entre
outros
entidades.
O
controle
do
fluxo
de
caixa
é
da
tesouraria,
daí
a
sua
importância
estratégica
para
empresa.
Na
Figura
6
temos
um
exemplo
simples
de
fluxo
de
caixa.
EMPRESA'BOA'ESPERANÇA','FLUXO'DE'CAIXA
Saldo'inicial'no'Banco 5400
Saídas
Salários 0 0 10000 0 0 0
Contas1(Luz,1Gas,1Telefone) 2000 0 0 0 0 0
Aluguel 0 3000 0 0 0 0
Extras 1000 2000 1500 1500 1500 2000
Total'de'Saídas 3000 5000 11500 1500 1500 2000
Produção
O
setor
da
produção
tem
como
missão
básica
a
transformação
de
insumos
e
o
fornecimento
de
produtos
ou
serviços
da
empresa
para
seu
mercado-‐alvo.
Podemos
usar
expressão
produção
nos
referindo
a
uma
matéria-‐prima
que
é
processada
e
transformada
em
produto
(organizações
de
manufatura),
mas
também
podemos
nos
referir
à
prestação
de
serviços
a
clientes
(organizações
de
serviços).
Em
ambos
os
casos
o
objetivo
do
departamento
envolve
o
alcance
da
eficiência
e
eficácia
no
processo
produtivo.
Esses
conceitos
são
fundamentais
na
essência
do
processo
produtivo
e
merecem
ser
entendidos
com
clareza:
• Eficácia:
está
relacionada
aos
fins,
ao
atingimento
de
objetivos.
Quanto
mais
objetivos
foram
alcançados,
mas
eficaz
é
a
empresa.
• Eficiência:
está
relacionada
utilização
adequada
de
recursos.
O
grau
de
adequação
está
relacionado
aos
meios,
a
forma
como
a
organização
utiliza
seus
recursos,
de
maneira
produtiva
ou
econômica.
Quanto
mais
alto
o
grau
de
produtividade,
mais
eficiente
pode
ser
considerada
a
empresa.
Em
outras
palavras,
envolve
fazer
as
coisas
da
melhor
maneira
possível.
Para
exemplificar,
imagine
dois
times
de
futebol.
O
time
A
joga
de
maneira
vistosa,
com
craques
em
cada
posição,
que
se
entendem
apenas
no
olhar,
dando
um
verdadeiro
espetáculo
e
jogando
o
que
se
convencionou
chamar
de
“futebol
arte”.
Esse
seria
um
time
eficiente.
Já
o
time
B
apresenta
um
jogo
burocrático,
fazendo
apenas
o
que
tem
que
fazer
para
vencer
e
ganhando
de
um
a
zero
seus
jogos.
Estamos
diante
de
duas
equipes
distintas,
a
primeira
(A)
seria
a
equipe
eficiente
e
a
segunda
(B)
seria
a
eficaz.
Neste
caso,
o
mais
interessante
seria
assistir
ao
jogo
de
um
time
que
fosse
eficaz
e
eficiente
ao
mesmo
tempo.
A
analogia
também
é
válida
para
as
organizações,
que
espera-‐se
que
tenham
efetividade,
ou
seja,
sejam
eficazes
e
eficientes
ao
mesmo
tempo.
Por
outro
lado,
quando
demonstram
ser
ineficazes,
ineficientes,
ou
ambos
ao
mesmo
tempo,
podemos
estar
diante
de
um
forte
indicativo
que
alguma
ação
gerencial
deve
ser
tomada
de
forma
a
evitar
potenciais
problemas.
As
vezes,
mesmo
sendo
eficiente,
a
produção
não
consegue
ser
eficaz,
não
alcançando
seu
objetivo
almejado
de
produção.
O
inverso
também
é
verdadeiro
e
mesmo
sendo
eficaz,
é
possível
que
o
processo
produtivo
não
tenha
sido
eficiente.
Na
questão
da
eficiência,
as
empresas
tem
buscado
cada
vez
mais
se
aperfeiçoar
na
racionalização
de
seus
processos
e
métodos
de
trabalho
de
forma
a
tornar
sua
produção
mais
rápida,
com
redução
de
estoques
e
menores
custos.
Além
disso,
a
busca
pela
produtividade
é
uma
consequência
natural
da
eficiência.
Por
produtividade
entende-‐se
a
relação
ótima
entre
recursos
aplicados
e
o
volume
produzido.
Sua
importância
é
notável
na
medida
em
que
empresas
mais
produtivas
se
tornam
mais
competitivas
e
com
isso
conseguem
se
destacar
perante
a
concorrência.
O
impacto
da
produtividade
na
competividade
de
uma
empresa
pode
ser
medido
de
várias
formas,
mas
em
geral,
reflete
o
que
se
aplica
na
produção
de
um
bem
e
o
que
se
obtém
ao
final
do
processo.
No
caso
da
utilização
de
mão
de
obra,
indica
quantas
horas
de
trabalho
forma
necessárias
para
produzir
algum
coisa.
Vejamos
o
exemplo
de
duas
empresas
(X
e
Y)
de
porte
equivalente
produtoras
de
componentes
eletrônicos
para
computadores.
Suponha
que
ambas
produzem
uma
mesma
placa
de
circuitos
impressos
em
um
dia.
A
empresa
X
utiliza
apenas
um
colaborador
para
fabricação
da
placa,
enquanto
que
a
empresa
Y
utiliza
quatro
colaboradores.
Sendo
assim,
se
a
placa
da
empresa
X
e
da
empresa
Y
for
vendida
pelo
mesmo
preço,
os
trabalhadores
da
empresa
Y
certamente
ganharão
algo
em
torno
de
um
quarto
do
que
o
trabalhador
da
empresa
X
ganharia.
Por
outro
lado,
caso
os
trabalhadores
da
empresa
X
e
Y
ganhem
a
mesma
coisa,
a
placa
da
empresa
Y
tende
a
custar
quatro
vezes
mais.
Em
outras
palavras,
na
administração
de
uma
empresa
não
existe
mágica,
existe
trabalho.
A
produtividade
afeta
diretamente
a
competividade
de
uma
empresa
conforme
demonstrado
no
exemplo
acima
e
não
pode
ser
menosprezada
pelo
corpo
gerencial,
sob
pena
da
extinção
do
próprio
negócio.
Para
que
uma
empresa
possa
produzir
de
maneira
eficaz
e
eficiente,
ela
não
pode
ser
dar
ao
luxo
de
improvisar
quanto
a
sua
produção,
devendo
fazer
uso
do
que
se
convencionou
chamar
de
Planejamento
e
Controle
da
Produção
(PCP).
Como
o
nome
sugere,
o
planejamento
é
responsável
por
definir
metas
de
produção,
quem
deverá
cumpri-‐las,
como
e
quando.
O
controle
se
preocupa
com
a
definição
de
como
o
desempenho
da
produção
deverá
ser
mensurado,
correção
de
eventuais
falhas
no
processo
e
busca
pela
melhoria
contínua.
Também
deve
ser
planejada
a
capacidade
de
seus
sistemas
de
operação,
em
função
das
expectativas
atuais
e
futuras
da
organização,
considerando
a
estratégia
da
empresa,
cálculo
de
demanda
futura,
estrutura
de
custos
de
produção,
entre
outras
variáveis.
Todo
planejamento
e
controle
vai
depender
da
expectativa
de
vendas
da
empresa,
da
capacidade
das
máquinas
para
produção,
das
pessoas
certas
treinadas,
de
compras
de
matérias
primas,
etc.
Logo,
o
PCP
mantém
uma
estreita
relação
com
diversas
outras
áreas
da
empresa,
incluindo:
marketing,
recursos
humanos,
área
financeira,
vendas,
compras,
etc.
O
próprio
planejamento
de
arranjo
físico
(layout)
das
instalações,
máquinas,
equipamentos,
armazenagem
e
estações
de
trabalho
também
deve
ser
considerado
pois
sua
otimização
influi
diretamente
na
produtividade,
levando-‐se
em
conta
também
o
sistema
produtivo
em
questão,
que
por
sua
vez,
pode
ser:
• Por
encomenda:
um
produto
de
cada
vez,
normalmente
com
elevada
variedade
e
customizados.
Ex.:
restauradores.
• Em
lotes:
um
lote
de
produtos
de
cada
vez.
Ex.:
produção
de
roupas.
• Produção
contínua:
sempre
o
mesmo
produto
ou
com
variedade
baixa.
Ex.:
refinarias
de
petróleo
ou
empresas
siderúrgicas.
É
importante
notar
que
o
tipo
de
sistema
produtivo
influencia
em
toda
produção
e,
diretamente,
no
investimento
feito
em
estoques.
Como
esse
investimento
normalmente
é
representativo
para
empresa,
merece
todo
cuidado
e
controle
por
parte
do
departamento
de
produção.
Para
auxiliar
nesse
planejamento
e
controle,
algumas
técnicas
se
destacam,
tais
como:
Lote
Econômico
de
Compra
(LEC)6,
a
curva
ABC
e
os
MRPs.
O
cálculo
do
LEC
é
relativamente
simples
e
visa
determinar
a
quantidade
de
materiais
a
ser
encomendada
em
um
dado
momento,
sempre
objetivando
minimização
dos
custos
de
estocagem.
Sua
fórmula
é
representada
da
seguinte
maneira:
6
Economic
Order
Quantity.
Onde :
D
=
demanda
atual
C
=
custos
do
pedido
Figura
7.
Exemplo
de
Curva
A-‐B-‐C.
Além
das
técnicas
mencionadas,
o
PCP
conta
com
sistemas
computadorizados
consagrados,
conhecidos
como:
Material
Requirement
Planning
(MRP)
e
Manufacturing
Resources
Planning
(MRP
II).
Ferramentas
desenvolvidas
levando
em
consideração
diversos
aspectos
da
gestão
de
7
Vilfredo
Pareto
(1848-‐1923),
engenheiro,
sociólogo
e
economista
de
origem
italiana,
que
ficou
famoso
por
sugerir
a
fórmula
matemática
que
descreve
a
distribuição
desigual
de
riqueza
em
seu
país,
observando
que
20%
das
pessoas
eram
possuidoras
de
80%
da
riqueza
(chamada
regra
dos
80-‐20%).
Figura
8.
Processos
da
Gestão
de
Pessoas.
A
GP
está
diretamente
relacionada
as
práticas
necessárias
a
administração
do
trabalho
dos
colaboradores
da
empresa.
Essas
práticas
compreendem
toda
gama
de
colaboradores,
desde
o
mais
humilde
até
o
presidente
da
empresa.
Uma
vez
que
se
entende
que
todo
trabalho
produzido
só
ocorre
por
meio
de
pessoas,
interligadas
a
outras
pessoas
e
gerenciadas
por
pessoas,
não
faz
sentido
dar
outro
tratamento
á
área
de
Gestão
de
Pessoas,
que
não
seja
o
da
mais
elevada
importância
estratégica.
Afinal,
o
sucesso
de
uma
organização
depende
diretamente
de
suas
pessoas
e
de
seu
conjunto.
Para
alguns
8
Tradução
livre:
tempo
de
atendimento.
autores,
esse
fator
humano
pode
ser
considerado,
inclusive,
como
principal
fonte
de
vantagem
competitiva
para
empresa.
Por
outro
lado,
a
inépcia
em
recrutar
e
manter
uma
boa
gama
de
colaboradores
pode
levar
a
ruína
da
organização.
Ao
mesmo
tempo,
são
vários
as
influências
ambientais
na
gestão
de
pessoas.
Dentre
elas
a
globalização,
a
diversidade,
a
legislação,
a
tecnologia,
o
grau
de
influência
política
na
empresa,
a
demografia
e
próprio
elemento
cultural.
Todos
esses
elementos
influenciam
desde
antes
da
entrada
da
pessoa
na
empresa
(mesmo
antes)
até
a
manutenção
de
sua
vida
enquanto
colaborador.
O
processo
de
recrutamento
começa
a
partir
da
análise
quanto
a
escassez
ou
excesso
de
pessoas
na
empresa.
Na
medida
da
percepção
da
escassez
em
determinado
cargo,
parte-‐se
para
o
recrutamento
de
novos
colaboradores,
que
tanto
pode
ser
interno
quanto
externo.
O
recrutamento
interno
diz
respeito
a
localizar
dentro
do
próprio
quadro
de
colaboradores
da
empresa,
aqueles
que
poderiam
estar
ocupando
um
novo
cargo
a
partir
da
análise
de
seu
perfil.
Em
geral,
ocorrendo
de
maneira
mais
rápida
e
econômica.
Já
o
recrutamento
externo
ocorre
quanto
a
empresa
entende
que
a
melhor
opção
para
determinada
função
não
está
em
seus
próprios
quadros,
mas
sim,
no
mercado.
Essa
opção
pode
estar
ligada
a
uma
ausência
de
recursos
internos
capacitados
ou
a
preferência
deliberada
pela
renovação
dos
quadros
da
empresa.
É
importante
notar
que
não
é
só
a
empresa
que
escolhe
o
candidato,
mas
este
também
deve
querer
trabalhar
na
empresa.
Isto
é,
a
organização
deve
se
mostrar
atrativa
não
só
no
momento
do
recrutamento,
mas
também
na
retenção
de
pessoas.
As
fontes
de
recrutamento
são
as
mais
variadas
possíveis,
incluindo:
agências
de
emprego,
headhunters 9 ,
universidades,
recomendações
de
colaboradores
da
própria
empresa,
anúncios,
etc.
A
internet
também
abriu
várias
novas
possibilidades
nesse
sentido.
Mesmo
com
ressalvavas
quanto
a
violação
dos
direitos
humanos
e
quebra
de
privacidade,
não
é
incomum
que
empresas
optem
por
vasculhar
a
vida
de
um
potencial
colaborador
antes
mesmo
de
fazer
o
primeiro
contato
com
ele.
Redes
sociais
tais
como
o
LinkedIn10
e
o
mesmo
Facebook11
são
utilizadas
por
empresas
tanto
para
divulgação
de
vagas,
quanto
também
como
fonte
de
investigação
sobre
o
perfil
e
hábitos
da
pessoa.
A
seleção
envolve
a
avaliação
das
competências
demonstradas
pelos
candidatos
em
relação
a
sua
adequação
ao
cargo
a
ser
preenchido.
Por
competência,
como
veremos
mais
a
frente
na
última
parte
de
nosso
livro,
entende-‐se
o
conjunto
formado
por:
conhecimento,
habilidades
e
atitudes
do
profissional.
Obviamente
que
quanto
mais
candidatos
por
vaga,
mais
difícil
se
torna
a
seleção.
As
ferramentas
disponíveis
envolvem:
testes
cognitivos,
testes
de
personalidade,
testes
de
habilidade
específica,
entrevistas
individuais
(ao
vivo
9
Termo
em
inglês
que,
literalmente,
significa
“caçador
de
cabeças”.
No
mercado
de
trabalho,
o
profissional
(ou
empresa)
headhunter
é
contratado
para
encontrar
os
melhores
profissionais
em
determinada
área
específica
demandada
pela
empresa
contratante.
10
https://www.linkedin.com/
11
https://www.facebook.com/
12
Nome
dado
ao
programa
de
seleção
de
jovens
profissionais
recém
formados
que
visa
o
recrutamento
e
seleção
para
cargos
de
liderança
em
grandes
organizações.
O
processo
de
desenvolvimento
em
gestão
de
pessoas
compreende
diversas
ações
tais
como:
treinamento,
palestras,
coaching13,
rotação
de
cargos,
entre
tantas
outras
possibilidades.
Dentre
elas,
tem
sido
notável
a
tendência
no
Brasil
de
grandes
organizações
adotarem
a
estratégia
de
formação
de
universidades
corporativas,
com
instalações
próprias
e
oportunidades
para
desenvolvimento
contínuo
de
seus
colaboradores.
Tendência
essa
que
vai
muito
além
do
treinamento
formal,
em
geral
de
curta
duração,
visando
atualização
de
competências.
É
claro
que
esse
tipo
de
treinamento
ainda
representa
uma
grande
parte
do
trabalho
de
desenvolvimento
sendo
realizado
nas
empresas,
mas
cada
vez
mais
vem
sendo
modificado
e
aperfeiçoado
para
o
que
se
convencionou
chamar
de
aprendizagem
corporativa.
Desta
forma,
o
processo
de
desenvolvimento
pode
incluir
outros
stakeholders
(que
não
só
colaboradores
internos),
visando
o
longo
prazo
e
podendo
incluir
competências
não
somente
relacionadas
ao
cargo
atual
do
indivíduo.
Outras
Diversas
outras
funções
poderiam
estar
aqui
discriminadas,
dado
que
uma
organização
pode
envolver
tantas
áreas
quanto
necessário
a
sua
melhor
estruturação.
Não
existe
um
modelo
único
e
melhor
que
funcione
para
todo
tipo
de
empresa
e
cada
organização
deve
fazer
sua
adaptação,
segundo
suas
necessidades
e
modelo
de
negócio.
Podendo
optar
inclusive
por
desenvolver
áreas
internamente
ou
externamente,
no
formato
terceirizado.
Dentro
dessa
multiplicidade
de
opções,
gostaríamos
de
destacar
ainda
três
setores
com
participação
crescente
no
cenário
corporativo:
• Tecnologia
da
Informação
(TI):
responsável
por
todas
as
soluções
relativas
a
produção,
armazenamento,
transmissão,
acesso
e
segurança
de
informações
na
empresa.
Se
levarmos
em
conta
que
informação
é
poder,
não
temos
como
desprezar
a
importância
dessa
função
na
organização
como
um
todo.
Sua
imprescindibilidade
não
se
dá
apenas
pela
administração
das
redes,
do
hardware
e
software 14 ,
mas
fundamentalmente
pela
qualidade
do
processamento
de
conhecimento
estratégico
dentro
da
empresa.
Nos
referimos
a
sistemas
de
ERP 15 ,
CRM16 ,
entre
outros,
que
possibilitam
uma
tomada
de
decisão
mais
apurada
e
otimizada.
• Logística
e
Supply
Chain17:
a
logística
está
relacionada
a
gestão
da
aquisição,
movimentação,
e
armazenagem
de
materiais,
peças
e
estoques,
incluindo
fluxos
de
informação
associados),
desde
o
ponto
de
origem
até
o
ponto
de
consumo,
a
fim
de
satisfazer
os
clientes.
A
cadeia
de
suprimentos
envolve
toda
rede
de
organizações
conectadas
e
interdependentes
entre
si,
trabalhando
cooperativamente
para
controlar,
gerenciar
e
melhorar
o
fluxo
de
materiais
e
informações
de
fornecedores
para
usuários
finais.
Segundo
alguns
autores,
a
vantagem
competitiva
se
verifica
justamente
na
forma
como
essa
cadeia
de
suprimentos
é
gerenciada.
• Pesquisa
e
Desenvolvimento
(P&D):
empresas
que
possuem
um
setor
de
P&D
normalmente
estão
focadas
em
criatividade
e
inovação,
na
medida
em
que
buscam
a
modernização
constante
de
seus
produtos.
São
investimentos
que
podem
influenciar
profundamente
o
grau
de
competitividade
de
uma
indústria,
sua
sustentabilidade
ou
até
mesmo
seu
grau
de
criação
ou
autoridade
em
um
novo
tipo
de
negócio.
Normalmente,
empresas
do
ramo
farmacêutico,
de
tecnologia
de
ponta,
ou
de
energia,
são
exemplos
clássicos
de
segmentos
que
costumam
apresentar
grandes
investimentos
em
P&D.
14
Hardware:
tudo
aquilo
relativo
a
partes
físicas
do
computador
(peças,
placas,
vídeo,
teclado).
Software:
tudo
aquilo
relativo
a
parte
lógica
de
computadores
(programas,
aplicativos).
15
Enterprise
Resource
Planning:
sigla
em
inglês
para
sistemas
de
gestão
empresarial
que
integram
todos
os
dados
e
processos
de
uma
organização
em
uma
única
plataforma.
16
Customer
Relationship
Management:
sigla
em
inglês
para
sistemas
de
gestão
de
relacionamento
com
o
cliente.
17
Tradução
livre:
Cadeia
de
Suprimentos.