Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
As Unidades de Trabalho e A Ressocializacao Dentro de Um Sistema Prisional PDF
As Unidades de Trabalho e A Ressocializacao Dentro de Um Sistema Prisional PDF
Capivari, SP
2011
CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE
FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI – FACECAP
Capivari, SP
2011
Monografia defendida e aprovada em 21
de novembro, 2011, pela Banca examinadora constituída pelos
seguintes professores:
____________________________________
Orientador Prof. Valdir Antônio Vitorino Filho
____________________________________
Corretor Prof. Clever Eduardo Zuin Lobo
____________________________________
Corretor Prof. Marco A.Armelin
____________________________________
Coord. Estágio e TCC- Prof. Marco A. Armelin
AGRADECIMENTOS
Quero agradecer primeiramente a Deus, aos meus Pais (in memoriam) e agradeço a minha
esposa Cristiane pela paciência, compreensão e incentivo, assim como a minha filha Beatriz que
compreendeu as vezes que não pude brincar com ela por estar envolvido na elaboração deste
trabalho, também quero agradecer ao diretor da Penitenciária de Hortolândia que permitiu a
realização do nosso estudo, para que tivéssemos acesso a informações para a elaboração desta
monografia, e finalmente aos professores que nos deram apoio e conhecimento.
A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o
verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos
livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um
relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder
aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara
para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma
responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta para o útero da mãe, passa seus
últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria
perfeito?
Charles Chaplin
TRAVAIOLI, Daniel Aparecido, CARRIÉL Ricardo Drigo. Responsabilidade Social: As Unidades de
Trabalho e a Ressocialização Dentro de Um Sistema Prisional. Projeto de Estudo de Caso de
Conclusão de Curso de Gradução em Administração. Faculdade Cenecista de Capivari – FACECAP.
41 Páginas, 2011
RESUMO
Esta monografia trás uma análise sobre as unidades de trabalho dentro de um sistema prisional, e
aborda também o processo de ressocialização dos detentos através do trabalho dentro da unidade,
demonstrando seus benefícios e vantagens, sob o ponto de vista dos detentos, empresas e sociedade,
lembrando que o trabalho dentro dos presídios é de direito dos detentos assim como opcional.
9
CAPÍTULO 1 – APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
10
1.2 Apresentação e Justificativa deste Trabalho
A escolha do tema foi feita cuidadosamente, pois é um tema que exige muita
dedicação e atenção para que sejam relatadas as informações corretas do funcionamento de
unidades de trabalho dentro do sistema prisional. Durante o decorrer deste trabalho serão
acompanhados os meios utilizados pela SAP (Secretaria de Administração Penitenciaria), de
como ela controla o incentivo para a reclusão social dos detentos, com isso pode-se detectar
possíveis formas para oferecer aos prisioneiros acesso a serviços de ação social semelhantes
aos da comunidade. Prestar apoio e assistência profissional adequada para ajudar prisioneiros
com a reintegração na sociedade após a sua libertação; pois todo trabalho na prisão pode
desempenhar um papel fundamental no fornecimento de valiosas habilidades e qualificações
que ajudam os prisioneiros a encontrar emprego uma vez que são liberados.
Decide-se pela abordagem do tema para descobrir se o interesse por parte das
empresas em colocar suas unidades de trabalho dentro dos presídios tem por finalidade
interesse social ou econômico e também se essa opção de trabalho ajuda o detento na sua
ressocialização.
Para o meio acadêmico, acreditamos que o trabalho ajudar no entendimento social em
buscar quais exemplos poderiam ser seguidos para solucionar vários dos muitos problemas
encontrados no sistema carcerário brasileiro, por exemplo, o que se fazer com a
superpopulação carcerária e como utilizar os meios de trabalho na ressocialização dos presos.
Outra contribuição deste trabalho é demonstrar a realidade de como estão sendo vistos
os problemas que enfrentam os ex-detentos, desde falta de oportunidades no mercado de
trabalho e o preconceito mesmo após terem cumprido suas penas.
11
1.3 Relevância do Tema
12
1.5 Estrutura do Trabalho
13
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DE LITERATURA
Inicia-se então esta pesquisa com o histórico de como o sistema prisional brasileiro
conseguiu chegar ao que encontramos hoje, um sistema falido, cheio de falhas onde detentos
perigosíssimos são beneficiados a todo o momento, mesmo sem estarem trabalhando
enquanto cumprem suas penas.
14
16, Seção V,artigos 17, 18, 19, 20 e 21, Seção VI, artigo 22 e 23, Seção VII, artigo 24, Seção
VIII, artigos 25, 26 e 27.”
Segundo Magnabosco (1998) apud Wauters (2003), na antiguidade a prisão não era
considerada sanção penal, segundo os historiadores. Servia como meio de evitar que o
criminoso se evadisse e frustrasse o cumprimento das penas, que consistiam em castigos
corporais, infamantes e pena de morte, dependendo do crime, naquela época esse tipo de pena
era comum, bem diferente dos dias atuais, onde a punição é quase nula, muitas vezes nem
existe. A tortura como instrumento de obtenção de prova era instrumento legítimo. Por outro
lado, na Grécia antiga, costumava-se encarcerar os devedores até que saldassem suas dívidas,
trabalhando para os que deviam, dessa forma ninguém saia prejudicado, pois quem foi o autor
do crime pagava com seu próprio esforço e a sociedade na época ganhava mais um
trabalhador, servindo a prisão e anulando as possibilidades de falha, pois não conseguiriam
fugir até o pagamento de seus débitos, para garantir sua presença nos tribunais, os devedores
que não conseguissem saldar suas dívidas eram entregues aos credores para serem vendidos
como escravos, fora da cidade.
Segundo Foucault (1998) apud Wauters (2003), durante vários séculos a prisão serviu
de contenção nas civilizações da antiguidade como a Pérsia, o Egito e a Grécia, e sua
finalidade era a de lugar de custódia e de tortura. Não havia uma arquitetura penitenciária
própria e os locais onde os acusados eram mantidos até o julgamento e a execução da pena
eram os mais diversos, como calabouços, torres, conventos abandonados, ruínas, entre outros
15
as penas variavam de acordo com os costumes, a natureza dos crimes e especialmente pelo
status do condenado. É questão de cultura, não há uma maneira certa e nem errada de se pagar
pelos crimes, pois o que é certo para um é errado para outro, e o que é justo para uns é tortura
para outros, nunca há um consenso. A proporcionalidade existente entre crime e castigo
atendia menos a gravidade do delito do que a condição social. Era possível aos mais abastados
pagar pelos seus crimes com bens e moedas, sem contar que as penas atribuídas a um mesmo
delito eram menos rigorosas se o ofensor fosse da classe referida, assim como seria mais
rigorosa se o ofendido fosse um nobre e o ofensor uma pessoa do povo. A pena caracterizava-
se em um espetáculo, onde o corpo do condenado era esquartejado, amputado, marcado a
ferro quente e queimado. Tais castigos eram realizados em locais públicos, servindo de
diversão e advertência àqueles que assistiam. Demonstrava todo o poder do soberano no ato
de castigar e toda a fragilidade daquele que ousou infringir as regras de comportamento. O
espetáculo terminava geralmente com uma grande fogueira onde eram queimados os restos do
condenado. Quem presenciava tal ato, ficava sim chocado e com medo, pois sabia que se
praticassem as mesmas ações dos delinquentes receberiam os mesmos castigos, porém, como
sempre, os nobres dificilmente recebiam essas torturas, pois tinham dinheiro para comprar sua
liberdade, quem realmente era torturado e servia como exemplo eram os mais pobres.
Segundo Krantz (1999) apud Wauters (2003, p.14) num primeiro momento da História
da Antiguidade, predominou a vingança privada, “a luta do homem contra o homem, entregue
pela comunidade à vingança do ofendido, ou da família da vítima”. Assim, as penas impostas
versavam sobre castigos corporais, caracterizadas pela crueldade, ou pela chamada perda da
paz, ou outlaw (fora da lei), pela qual o indivíduo era condenado ao degredo. Não havia uma
arquitetura penitenciária própria e os acusados eram mantidos presos até a celebração do
julgamento em torres, calabouços, conventos abandonados, aposentos em ruínas ou insalubres
de castelos, palácios e outros edifícios. Nos sombrios calabouços, muitas vezes sem janela, a
iluminação era precária. Os presos ficavam em corredores escuros, que em alguns períodos do
ano, eram invadidos pela água de chuva. Para entrar nesses corredores estreitos o encarcerado
era obrigado entrar rastejando, pois não podia ficar em pé. Para as bastilhas eram enviados os
cortesões, às vezes, por pecadilhos ou apenas o tempo necessário para acalmar o ímpeto de
uma insolência. Todo encarceramento na Bastilha dependia do arbítrio do rei, por meio de
ordens régias.
16
De acordo com Carvalho Filho, (1991) apud Wauters (2003, p. 12) “a pensão que o
rei pagava ao governador permitia o nobre prisioneiro desfrutar de um quarto espaçoso e
aquecido e de refeições abundantes e saborosas, com duas garrafas de vinho para o almoço”.
Vê-se com isso as regalias que os nobres obtinham, assemelhavam-se a uma vida em um hotel
de luxo ou um paraíso, visto que a maior parte da população passava por grandes
necessidades (às vezes até fome), portanto esse tipo de punição não condizia com a realidade
daquela época, mostrando-nos que muito pouco mudou para os dias atuais, isso quando
falamos em punição para as camadas mais abastadas de nossa sociedade. As primeiras
intervenções do Estado, quando a vingança passou da esfera particular para a estatal,
ocorreram de maneira bastante tímida. O Código de Hamurabi ou a Lei do Talião, datado de
1680 a. C. é o mais antigo texto legislativo de que se tem conhecimento, cuja intervenção
consistia em meras recomendações. Esse momento histórico foi traduzido pela máxima “olho
por olho, dente por dente”.
De acordo com Dejours, Abdoucheli e Jayet (1994), apud Lemos, Mazzilli e Klering
(1998) a luz desse entendimento, pode-se inferir que o trabalho realmente constitui precioso
elemento para a reintegração social, à medida que ele é um operador fundamental na própria
construção do sujeito e, ainda, um mediador privilegiado, senão único, entre inconsciente e
campo social, e entre ordem singular e ordem coletiva. Nessa construção do sujeito,
envolvem-se não apenas os aspectos concretos do trabalho, mas também os aspectos
simbólicos, como seus desejos, suas aspirações. Desenvolver uma atividade é um ato
imprescindível para as pessoas, pois o ato de trabalhar está diretamente ligado à
sobrevivência.
Seguindo a ideia dos autores acima citados, faz-se entender que toda pessoa possua
desejos e ambições e para que ela possa fazer parte de uma sociedade racional é preciso que
se comporte de maneira aceitável por essa mesma sociedade que cada vez mais, está
intolerante com as pessoas que tentam burlar as leis e a ordem, pessoas que durante a
construção da sua vida, seja ela pessoal ou profissional desistem de fazer parte de uma
sociedade integra e partem para a vida do crime, como para cada ação existe uma reação, a da
escolha de viver fora da conduta aceitável da sociedade, o sujeito quando não têm sucesso na
sua escolha passa a viver excluído da sociedade e deverá pagar por suas decisões.
17
Seguindo o pensamento de Dejours, Abdoucheli e Jayet (1994), apud Lemos, Mazzilli
e Klering (1998) o preso terá que conviver dentro de um sistema prisional, onde também
deverá fazer suas escolhas, a do trabalho que através do mesmo espera que quando termine de
cumprir sua pena, consiga se reintegrar facilmente a sociedade e exercer a mesma função fora
do presídio ou conseguir facilmente um trabalho digno ou irá simplesmente se enturmar com
a bandidagem carcerária que só espera pela sua soltura para assim poder voltar para vida do
crime.
Pode-se elencar alguns benefícios para os presos, as empresas e a sociedade, como por
exemplo:
Segundo Cotes (2006, p. 136) apud SHIKIDA e BROGLIATTO (2008) “os presos,
as empresas e a sociedade são beneficiados com os trabalhos realizados nas penitenciarias”.
Segue abaixo na idéia do autor alguns dos benefícios para os presos que trabalham, para as
empresas e para a sociedade:
Citado por SHIKIDA e BROGLIATTO (2008)
• BENEFÍCIOS PARA OS PRESOS QUE TRABALHAM:
O detento ganha um dia de redução de pena para cada três dias trabalhados. Os que
estão em regime semi-aberto, passam o dia trabalhando fora e voltam para pernoitar nos
presídios, e com isso recebem ate um salário mínimo, sendo que 10% dos salários dos presos
são automaticamente poupados. Assim eles têm um fundo para quando saírem da prisão.
Os salários também podem ser enviados as famílias ou usados para despesas pessoais,
como compra de materiais de higiene, nesse caso o dinheiro fica no pecúlio, um órgão
dentro dos presídios que administra o dinheiro do preso e encaminha para ele uma lista de
produtos de necessidades pessoais para que possam adquirir, já os de regime fechado,
trabalham nas oficinas que ficam dentro dos presídios ou fora com escolta e podem vir a
ganhar por produção também podendo usar do pecúlio.
A capacitação que os presos recebem será útil para conseguirem um emprego fora da
prisão, e assim passarem a ter mais chances no mercado de trabalho.
18
A empresa também poupa na instalação da unidade de produção, pois usa a infra-
estrutura do presídio, como galpões, oficinas, água e energia elétrica, e os presos faltam
menos ao trabalho do que um operário comum.
Não podemos deixar de mencionar que as empresas que colaboram com essas
atividades, cumprem com o seu papel de responsabilidade social, viabilizando ações sociais e
tendo um reconhecimento publico e fidelização de clientes.
19
2.3 Ressocialização por parte da empresa
De acordo com Baratta (1999) apud Carvalho Filho (2010), ressocializar significa
tornar o ser humano capaz de viver em sociedade novamente, reintegrar a sociedade , como
um cidadão comum. A palavra ressocializar poderia a princípio referir – se apenas ao
comportamento do preso, aos elementos externos que nós podemos resumir da seguinte
forma: ressocializar é modificar o comportamento do preso, para que seja harmônica com o
comportamento socialmente aceito e não nocivo à sociedade. Entretanto, como sabemos,
antes do comportamento existem os valores; nós agimos, atuamos em função desses valores,
esses valores são perdidos quando a pessoa comete um crime, e se ressocializando ela tenta
reconquistar o que havia perdido.
Segundo Tozi (2001), apud Ferrazolli, Calobrizi (2010), assim é que ressocializar não
significa apenas dar um emprego ao preso na prisão ou quando ele for libertado, ou não ter
preconceitos contra os ex – presidiários. Estas são atitudes positivas é evidente, todavia, o
processo da ressocialização é muito mais complexo e se inicia por uma reversão dos valores
nocivos do condenado, para valores benéficos para a sociedade. Como conseguir essa
transformação é que é o pulo do gato! Mesmo porque a ressocialização tem como principal
objetivo a reinserção do detento a sociedade, dessa forma é necessário mudar a forma de
pensar do mesmo, e caráter é difícil de mudar mesmo como pensamento também, a palavra
certa é educação, reeducar o preso para que ele saia com outra visão, trabalhar fora do
presídio, colocar em pratica o que aprendeu dentro do presídio também fora dele é muito
importante, o ponto a ser discutido é que sem uma educação o preso vai colocar as coisas boas
que aprendeu ou os macetes para se dar bem que também aprendeu com presos mais
experientes.
Segundo Gama (2006, p. 79), apud Ferrazolli, Calobrizi (2010), no Brasil, o direito
constitucional relativo à liberdade do cidadão não é obedecido por grande parte das
autoridades que executam as prisões. As polícias: judiciária e militar são constituídas por
pessoas despreparadas. Sob a alegação de escassez de equipamentos sofisticados no combate
ao crime e a falta de pessoal especializado, tais autoridades cometem as maiores atrocidades.
Ainda segundo Gama, no Brasil a falta de treinamento aos policias influenciam
diretamente na sociedade onde o cidadão correto muitas vezes é preso , morto , e punido por
algo que não cometeu, e o bandido , psicopata , traficante estuprador fica solto, por subornar
20
os policias corruptos, que por sua vez a grande maioria são mal remunerados sem contar as
péssimas condições de trabalho, porém quem perde, quem sofre é sempre o mais pobre, o sem
instrução, o cidadão de bem.
Segundo Angélico (2008) apud Ferrazolli e Calobrizi (2010), relata que na cidade de
Bauru contamos com quatro unidades prisionais sendo elas, Instituto Penal Agrícola
“Professor Noé Azevedo”, atende presos do sexo masculino com situação processual definida,
para cumprimento de pena no regime semi aberto, Centro de Detenção Provisória de Bauru,
presos do sexo masculino aguardando definição processual, é uma instituição que tem grande
rotatividade da população carcerária, Penitenciária “Dr. Alberto Brocrhieri” (PI) e
Penitenciária “Dr. Eduardo de Oliveira Vianna” (PII), atende presos do sexo masculino, desde
dois mil e sete seu regime foi alterado do fechado para semi aberto, as duas penitenciárias
possuem as mesmas características.
Ainda segundo Angélico, a segurança pública envolve muitos aspectos polêmicos e,
por isso mesmo, engloba uma diversidade de fatores sociais e institucionais, onde as opiniões
se dividem. A origem social, a idade, o grau de instrução, o estado civil, além de problemas
institucionais como as várias receitas aplicadas para cada instituição prisional e seus efeitos
sobre a rotina dos presos e, mais especificamente, do processo de cumprimento da pena, são
elementos essenciais para que se possa fazer uma análise acerca do processo de
ressocialização de presos. As prisões são mundialmente conhecidas e atuam desde os tempos
mais remotos até mesmo nos sistemas penais mais modernos como principal meio de
repressão à criminalidade, bem como, possuem papel essencial para a reintegração do detento
a sociedade.
Segundo Foucault (1987), apud Ferrazolli e Calobrizi (2008), a prisão passa a ser
considerada a pena das sociedades civilizadas, constitui-se em peça essencial no conjunto das
punições e certamente é um momento importante na história da justiça penal: seu acesso à
“humanidade”. A prisão transforma-se, num aparelho disciplinar exaustivo, que deve tomar a
seu cargo todos os aspectos da pessoa, seu treinamento físico, sua aptidão para o trabalho, seu
comportamento cotidiano, sua atitude moral, suas disposições. Muito mais que a escola, a
oficina ou o exército, a prisão implica numa certa especialização respeitando os princípios do
isolamento, do trabalho, da privação da liberdade individual.
21
De acordo com Alvim (2007), apud Ferrazolli, Calobizi (2010), o principal meio de
punição existente nos modelos penais atuais, o sistema carcerário, teve em sua evolução,
muitas transformações e muitos problemas a serem superados e, ainda hoje, caminha em
busca de equilíbrio e de eficácia, pois, mais que simples segregação, retirando o infrator do
seio da sociedade e mantendo-o à margem do convívio social, em virtude da sua culpabilidade
e periculosidade, atua, sobretudo, de forma de dar-lhe condições para que se recupere e volte
à vida em comunidade.
Seguindo as idéias de Alvim (2007), apud Ferrazolli, Calobizi (2010) um dos
problemas que mais afligem a sociedade brasileira atualmente, em especial a comunidade
jurídica, é o que se deve fazer com aquele indivíduo que, após agir de maneira ilícita, é levado
à custódia do Estado. A forma através da qual o infrator é punido tem que ser eficaz e a pena
deve ser justa, uma vez que o condenado deve estar recuperado quando sair da prisão, pronto
para reincorporar-se à sociedade e não mais agir em desacordo com a lei. Não obstante tudo o
que já foi abordado em relação às prisões desde as mais remotas épocas, o que se vê
atualmente no Brasil, não diferente do que acontece em grande parte do mundo, são
instituições penitenciárias conhecidas como ‘’escolas do crime’’ que não cumprem seu papel
ressocializante.
Continuando a idéia do autor Alvim (2007) apud Ferrazolli, Calobizi (2010), pessoas
que não conseguem viver plenamente a sua humanidade, não conseguem também ver a
humanidade do outro. Ainda mais se foi capaz de subtrair bens alheios, matar ou cometer
outros crimes. A sociedade os rejeita imediatamente e transfere para o Estado a
responsabilidade da punição - que nesses casos espera-se que sejam os mais severos possíveis
- assim se sentem mais seguros. Porém uma segurança falsa, já que estar na prisão não é
garantia de segurança, uma prova concreta são os esquemas dos crimes feitos a partir da
prisão. Ocorre principalmente pelo fato de não haver um programa que atenda as
peculiaridades de cada preso e possibilite o retorno dos mesmos à sociedade. Eles entram
como “ladrões de galinhas” e saem “bandidos profissionais”. Uma pena severa não trará
solução para os mesmos, mas uma política que os faça recuperar a humanidade poderá
contribuir para uma sociedade mais tranquila.
Se pensar em agregação para a administração, todo esse processo de trabalho dentro
dos presídios, podemos entender que poucas empresas conhecem e utilizam dessa mão de
obra barata, que ajudaria em seu orçamento com a economia de impostos e aumentaria a
produção assim como o seu lucro.
22
2.4 O Sistema Prisional Brasileiro
23
por ineficiência cruel que penaliza mais a sociedade fora do “entre – muros”, e que a cada dia
se vê refém dentro de suas próprias casas.
Continuando as idéias de GONÇALVES (2009), justificativas já não cabem, projetos,
verbas e ações sociais devem ser metas prioritárias dentro dos orçamentos, não pode os
poderes públicos sobrecarregar a sociedade com mais estas ações de injustiça. Quem deve
estar preso, fique preso com dignidade e a população descanse livre deste pesadelo.
Seguindo ainda o pensamento de GONÇALVES (2009) diz: “respeitem os homens
acima de tudo, ainda que injusto para com seu semelhante cabe-lhes os direitos que as leis
lhes conferem”. Não pode haver várias classes de presos, suas condenações perpassam pelos
seus atos praticados e condicionados nos livros das leis, não pode e não deve responder
inúmeras vezes pelos mesmos crimes, ato contínuo nas atuais circunstâncias carcerárias do
país.
Que tipo de homens se quer reeducar com este atual sistema? Alguns? Brancos?
Pardos? Negros? Nenhum? Fico com esta última pergunta, ela é a resposta que se ouve pelos
quatro quadrantes do Brasil.
Continuando os pensamentos do autor de que vale lembrar, que o Carandiru já não
existe tão somente pelos atos de violência lá praticados, foi preciso se chegar aos extremos
dos desrespeitos aos diretos humanos, chacina, fuzilamento e a vergonha de um país
estampada pelo mundo a fora. Direitos não são exclusividades de alguns, são garantias
prevista pela nossa Carta maior, não se pede impunidade de quem agiu fora da lei, mas a lei
não pode ser ignorada pelos poderes públicos e nem pela sociedade, a todos ela conforta
isonomicamente.
Ainda salienta Gonçalves (2009) não é fato somente no Brasil e sim no mundo, em
que é de direito, os direitos humanos, mas deveria ser para os humanos direitos, se formos
analisar os cidadãos de bem não tem direito a nada, senão batalhar por eles, já os criminosos,
estão a todo o momento com novas “cartas” nas mangas burlando leis e ficando impunes de
seus atos criminosos, ou seja, perde sempre o mais fraco ou o mais mal informado.
Pois conforme podemos observar em nossa Constituição Federal,
‘legislação’“A pena de morte é proibida no Brasil, exceto em tempos de guerra, conforme a
Constituição Federal, que no artigo 5, inciso XLVII, aboliu a pena de morte, “salvo em caso
de guerra declarada, nos termos do art.84, XIX”.
Também perante a Lei internacional, o Brasil é membro do Protocolo da Convenção
de Direitos Humanos para a Abolição da Pena de Morte, que foi ratificado em 13 de agosto de
1996. De acordo com a lei internacional, a aplicação da pena de morte durante tempos de
24
guerra é aceitável, então analisamos o seguinte fato, SIM estamos em guerra, só que agora os
inimigos são outros:
“Crime Organizado, Facções Criminosas, Redes de Pedofilia e de Trafico Sexual de
Mulheres, Traficantes, Comandos: (Primeiro Comando da Capital, Comando Vermelho,
Terceiro comando), Quadrilhas Especializadas em assalto a bancos, a caixas eletrônicos, em
roubo de cargas, Milícias, e a Máfia do Colarinho Branco”.
25
CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA
Com base no exposto acima essa pesquisa caracteriza-se como sendo um estudo de
caso através de uma instituição penitenciária, e uma revisão de literatura sobre o tema
26
ressocialização.
Para a realização desse trabalho, foi aplicado na Penitenciaria “Odete Leite Campos
Critter”, localizada na cidade de Hortolândia/SP, um questionário com 11 perguntas abertas,
sendo que 4 (quatro) questões são respondidas pelo ex-diretor de unidade de trabalho,
identificado por J.A.P.S .e por um ex-detento, preservando sua integridade, sendo descrito
como D.A.S, respondendo 7 (sete) das questões realizadas de forma aberta, através de 3
encontros e visitas feitas a penitenciária e também alguns contatos telefônicos para maiores
esclarecimentos, também foram coletados dados, através de pesquisa de campo e através de
artigos e trabalhos encontrados em redes sociais e acadêmicas (internet em geral),
informações importantes para demonstrar como funcionam as unidades de trabalho dento do
sistema prisional. Os resultados obtidos serão comparados no capítulo 5, e discutidos sobre a
visão de vários autores apresentados na pesquisa bibliográfica, com o objetivo de se conhecer
melhor o funcionamento do sistema penitenciário brasileiro.
Limitações do Estudo
O estudo possui uma limitação, pois estuda apenas uma das diversas penitenciárias no
país e através dos dados relatados nessa pesquisa, observamos que as unidades de trabalho
dentro do sistema prisional, vem crescendo de maneira lentamente e em busca de novas
parcerias para que cada vez mais possam ser dadas oportunidades de trabalho para as pessoas
que estão presas e que de alguma forma buscam mudar de vida assim que terminarem de
cumprir suas penas.
27
CAPÍTULO 4 – APRESENTAÇÃO DA EMPRESA-ALVO
Também tem por finalidade manter preso o (a) individuo (a), que por determinação da
justiça foi retirado do convívio da sociedade, como também deve impedir que o condenado
continue em liberdade, no sentido de proteger o meio social e fazer com que o detento pague
pelos seus crimes. De acordo com as normas brasileiras as celas devem possuir no mínimo
seis metros quadrados, ventilação adequada (arejadas) e com condições humanas de
sobrevivência para os seus ocupantes.
28
Modelos de Unidades Prisionais
Penitenciária
Centro de Ressocialização
29
Centro de Progressão Penitenciaria
Organograma Simplificado
FUNAP
Fundação “Professor
“Dr. Manoel Pedro Pimentel “
Gabinete do Secretario
30
Gabinete do Secretario Adjunto
31
CAPÍTULO 5 – RESULTADOS E DISCUSSÕES
1-Você trabalhou dentro do presídio enquanto cumpria sua pena, e o que fazia ?
Essa atividade é uma das muitas encontradas por todas as unidades de trabalho dentro
do sistema penitenciário, pois é de fácil aprendizado e tem um baixo custo para as empresas.
Resposta. Porque com o dinheiro que eu ganhava trabalhando, conseguia comprar papel
higiênico, salsicha, sabonete, nissim miojo e outras coisas, alem de reduzir a minha pena em
um dia para cada três que eu tivesse trabalhado.
O dinheiro recebido pelo preso, muitas vezes era usado para a compra de material de
necessidades básicas, como ele mesmo relata, produtos de higiene pessoal, complemento para
comida, como salsicha e sardinha.
3-Por que você acha quem tem muito preso que ainda não trabalha, mesmo com os
benefícios que são de direitos seus ?
Resposta. Primeiro que tem gente trabalhadora que ta presa porque cometeu alguma cagada
na vida e hoje ta pagando por isso, mas tem muitos que já são vagabundos mesmo e que nem
quando estavam soltos trabalhavam, imagina agora presos, ainda mais quando as famílias os
ajudam com roupas, comidas e coisas que trazem nos dias de visita.
As oportunidades de trabalho dentro dos presídios muitas vezes estão lá para quem
quer aproveitar, mas sempre tem os que preferem continuar na vida da vagabundice e não
estão se preocupando nem um pouco com o que esta sendo oferecido lá dentro, talvez também
porque as nossas leis os sustentam com diversos direitos que muitas vezes os incentivam a
32
não querer trabalhar mesmo, porque já possuem comida de graça, assistência medica de graça,
vestuário de graça e muitos outros benefícios
4-Você se arrepende dos atos que o fizeram parar em uma cela dentro do presídio ?
Resposta. Sim senhor, aquilo lá não é vida não, é muito sofrimento ficar longe da família,
sem poder fazer as coisas que a gente gosta, sem poder ir pra onde quiser e sem ter hora pra
voltar, alem de tudo isso, a cadeia não recupera ninguém não senhor, se você não tiver uma
intenção de mudar de vida e sair dali logo, você acaba ficando pior do que entrou e com
certeza vai voltar outras vezes lá pra dentro.
5-Hoje você encontra muito preconceito quando vai procurar trabalho por já ter sido
preso ?
Resposta. Sim Senhor, porque muitas empresas puxam a sua ficha quando recebem o seu
currículo e a maioria delas nem te chama pra fazer entrevista quando vêem que você já foi
fichado, acho que ficam com medo de você ser ladrão, de que você vai roubar a empresa ou
ate mesmo influenciar os outros no sentido de oferecer drogas, essas coisas.
Averigua-se que um ex-detento sofre muita discriminação não só por parte de muitas
empresas, mas também por uma parte da sociedade que acredita que um vez preso sempre
bandido, e não é verdade, existem muitas pessoas que erraram na vida e pagaram ou estão
pagando por isso, e que deveriam sim ter uma segunda chance, mas a desconfiança e o medo
acabam fazendo com que muitas empresas não contratem essas pessoas, fazendo com que elas
recorreram ao caminho da ilegalidade, trabalhando com produtos piratas, vivendo na
clandestinidade e tendo que se virar por conta como autônomos.
Resposta. Na verdade estou fazendo bico, arranjo um bico de servente de pedreiro, outro de
ajudante de motorista pra descarregar mercadorias, outro de ajudante de pintor e assim vai.
33
Destaca-se que muitos ex-detentos, quando saem da cadeia, não conseguem emprego
fixo, e acabam optando por uma solução que no momento vai ajudá-lo a resolver o seu
problema de falta de dinheiro, mas em longo prazo não é um bom negocio, porque eles não
vão ter carteira assinada, não vão ter fundo de garantia, não vão estar assegurados da mesma
maneira que um trabalhador com carteira assinada tem.
Resposta. Não, quando estava em regime semi-aberto, eu escolhi trabalhar fora também, ai
limpava calçada e cortava mato de terreno tudo isso em Campinas, mesmo porque
trabalhando fora das 06:30 ate as 16:00 eu não ficava lá dentro preso, podia ver as pessoas na
rua, a mulherada andando e também ganhava um rateio de R$ 280,00 por mês.
Resposta. Na realidade alguns dos presídios brasileiros estão passando por um momento de
mudança, buscando parcerias com novas empresas privadas para tentar possibilitar aos seus
reclusos a chance de se aprender um novo oficio e de poder ganhar um dinheiro honesto
trabalhando enquanto cumprem suas penas, mas não acho que esse seja o principal motivo
para que ele possa ser ressocializado novamente a sociedade, na verdade vai depender muito
mais do individuo o desejo de mudar do que da instituição.
Observa-se no trabalho apresentado que alem do sistema brasileiro não ser responsável
pela ressocialização de ninguém, os próprios funcionários que são treinados e preparados para
trabalhar com essas pessoas que estão em situação de reclusão, reconhecem a fragilidade do
sistema e entendem que estão apenas cumprindo com seu papel de agentes de segurança, e
34
que muitos dos detentos que trabalham buscam aprender sim um novo oficio para buscar aqui
fora uma nova chance de conseguir um emprego logo que sair da cadeia.
Resposta. Sim, porque assim os detentos ficariam ocupados com algum oficio durante o dia e
a noite iriam descansar, também porque o preso que trabalha e tem seus benefícios, quando
apronta alguma ele perde seus benefícios e praticamente trabalhou de graça, então não é
vantajoso pensar em rebelião ou tentativa de fuga, porque ele perderia sua redução de pena e
outros benefícios que o preso que trabalha possui.
Já por outro lado, eu acho que o preso deveria ser obrigado a trabalhar não para ter
benefícios, mas sim para poder comer, ter o que vestir, o que calçar, pagar pelas suas despesas
com produtos de higiene pessoal, assim como nos trabalhadores fazemos, e também para
poder contribuir com a sociedade através do seu trabalho, com o serviço de recapeamento de
estradas, com a limpeza de vias e praças publicas e conservação de patrimônio nos finais de
semana em colégios públicos, hospitais e creches.
O preso é obrigado sim a trabalhar, pois ele tem também o direito ao trabalho, mas
muitas vezes o que falta segundo o governo é a falta de investimento e parcerias com
empresas privadas e ações do governo para se colocar todo esse pessoal em alguma atividade
enquanto cumprem suas penas em regime fechado ou semi-aberto.
Outro problema encontrado sobre obrigá-los a trabalhar para lhes conceder alguns
benefícios, fica um pouco confuso porque ninguém obriga ninguém a fazer nada e depois lhe
da algo em troca, então o preso deveria sim ser obrigado a trabalhar mais não para ter
benefícios, porque esses ele perdeu quando resolveu agir de maneira ilícita e praticou algum
delito grave ou não que lhe custou a prisão, então o trabalho deveria servir como forma de
punição para que alem de pagar pelos seus atos, também ajudaria a custear os gastos que o
preso causa aos cofres públicos.
10-O trabalhador que está preso esta ligado ao regime da consolidação das leis do
trabalho ?
Conforme é apresentado no trabalho, o preso que trabalha não tem os mesmo direitos
que um trabalhador normal que esta fora do âmbito carcerário, eles não tem fundo de garantia,
35
nem décimo terceiro salário e nem férias, então recebem pelo seu trabalho um salário
acordado com as empresas ou recebem proporcional pela sua produção, alem dos benefícios
que lhes são concedidos através da lei 7210/84.
11-O preso que trabalha tem direito de sair para visitar a família, e a maioria volta
depois da visita para o presídio ?
Resposta. Nem todos, os que estão em regime fechado por exemplo, mesmo que trabalhem
dentro do presídio, esses não podem sair, agora os do regime semi-aberto sim, desde que
tenham boa conduta, pois o juiz vai consultar os diretores do presídio.; esses podem sair, e as
saídas acontecem cinco vezes ao ano, no estado de São Paulo são concedidas as saídas na
Páscoa, Dia dos Pais, Dia das Mães, Finados e Natal/Ano novo, sendo que existem saídas que
chegam ate durar sete dias fora do presídio. Quanto se a maioria volta para o presídio depois
das visitas as famílias, Sim, hoje a maioria volta, mesmo porque os que saíram foi porque
tiveram boa conduta e não cometeram faltas disciplinares, então se ele não voltar ele perde os
benefícios que conseguiu ao longo do tempo em que esteve preso, por exemplo para o preso
que trabalha, caso ele não retorne, ele perde aqueles dias que seriam diminuídos da sua pena
por ter trabalho e terá que cumpri-la integralmente.
36
CAPITULO 6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
37
está mais do que na hora de mudarmos as nossas leis e o atual código penal brasileiro, será
que não é hora de pensarmos em novas alternativas para combater esses marginais que ficam
só esperando à hora de poder sair ou fugir dos presídios, para voltar para a vida no crime, esse
mesmos marginais são os que vão invadir as nossas casas, violentar as nossas mulheres e
filhas e nos roubar e ate mesmo quando não for preciso, matar os nossos filhos, ou até que
ponto estamos errados em chegar a pensar na opção de “PENA DE MORTE” para combater
com pudor e respeito às pessoas de bem que na sua maioria são vitimas e que acabam
esquecidas pela mídia e pela sociedade, mas nunca pelas suas famílias.
Sobre a pergunta problema. Como funcionam as unidades de trabalho dentro do
sistema prisional?, Pode-se dizer que a pergunta foi respondida através de todo o estudo de
caso e pesquisa em campo, realizado juntamente com o ex-diretor de unidade prisional, que
nos auxilio com informações precisas de forma clara e objetiva, nos mostrando todo o
processo de funcionamento de uma empresa dentro do sistema penitenciário.
Já o objetivo em analisar a relação unidade prisional com a ressocialização do
indivíduo, se observa que o problema de ressocialização se deve a um maior interesse do
individuo em querer mudar do que propriamente da instituição, que pode lhe oferecer
oportunidades de mudança, através do trabalho, que pode sim, vir a ajudá-lo num aprendizado
de um oficio, mas a mudança só acontece mesmo se o individuo estiver totalmente
comprometido com o fator mudança, o querer melhorar.
Este trabalho auxilia com informações necessárias para se ter uma noção de como é o
sistema prisional brasileiro e de como funcionam as unidades de trabalho dentro desse sistema
e se ele pode ou não ser melhorado.
Descobrimos também que uma parte dessa população que esta presa hoje, pode ser
ressocializada, pois existem diversas maneiras de ajudá-las, o trabalho por exemplo é uma
delas.
38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIL,Antonio Carlos (1987 pg.19) Como elaborar projeto de pesquisa. Editora Atlas S.A.
LEMOS, Ana Margarete; MAZZILLI Cláudio; KLERING (1998), Luís Roque Psicodinâmica
do trabalho – contribuições da escola dejouriana a analise da relação do prazer, sofrimento e
trabalho. São Paulo: Atlas, 1994. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-
65551998000300008&script=sci_arttext acesso realizado dia 25/04/2011
39
MARTINS, Gilberto de Andrade; LINTZ, Alexandre. Guia Para Elaboração de Monografias e
trabalhos de Conclusão de Curso. São Paulo. 1 Edição 2000 – Editora Atlas.
TRALDI, Maria Cristina; DIAS, Reinaldo. Monografia passo a passo. Campinas, SP: Editora
Alínea, 1998.
40
WAUTERS, Edna (2003), O Delito e a Reincidência Frente à Inaplicabilidade de Assistência
ao Egresso na Execução Penal. Florianópolis. Monografia Universidade Federal de Santa
Catarina, 1999. P.14 http://www.depen.pr.gov.br/arquivos/File/monografia_ednaw.pdf -
acesso realizado dia 14/04/2011
www.sap.sp.gov.br
41