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p AG 16
“A arma da crítica não pode, evidentemente, substituir a crítica das armas. A força
material deve ser dominada pela força material, mas a teoria transforma-se, ela
também, em força material quando penetra nas massas. ”
PÁG 17
“ideias nunca podem levar além de um antigo estado de coisas. Apenas podem levar
além das ideias do antigo estado de coisas. De resto, ideias nada podem realizar.
Para a realização das ideias são necessários homens que ponham em jogo uma força
prática.”
Pag 38
Somos nós próprios que fazemos a nossa história, mas, antes de tudo, com dados e
em condições bem determinadas. Entre todas essas condições, as econômicas, são
por último as determinantes.
Pag 73
Naturalmente, o escritor deve ganhar dinheiro para poder viver e escrever, mas em
nenhum caso, deve viver e escrever para ganhar dinheiro.
Pág 172
Pág 193
Pag 196
Quanto mais as opiniões (políticas) do autor se mantêm escondidas melhor vai para
a obra de arte. O realismo de que falo manifesta-se até de forma inteiramente alheia
às opiniões do autor.
Pág 199
Pag 205
Em luta contra essas condições sociais, a crítica não é uma paixão cerebral, mas o
cérebro da paixão. Não é um escalpelo, é uma arma. O seu objetivo é o inimigo que
ela não pretende refutar, mas destruir. O espírito dessas condições sociais já foi
refutado. Em si, essas condições não constituem assuntos dignos de prender a
atenção. Constituem sim um estado de fato tão desprezível quanto desprezado. A
crítica em si não tem necessidade de se cansar a compreender esse objeto, porque
está fixada a seu respeito. Não se apresenta como um fim em si, mas apenas como
um meio. A sua paixão essencial é a indignação, a sua tarefe essencial é a denúncia.
não é possível levar a cabo urna libertação real sem ser no mundo
real e através de meios reais
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MATERIALISMO
Inteiramente em oposicao a filosofia alema que desce do ceu para
a terra, aqui se sobe da terra para o ceu. Em outras palavras, nao se
parte do que os homens dizem, imaginam, se representam, tambem nao
de homens ditos, pensados, imaginados, representados, para dai se chegar
aos homens de carne e osso; parte-se de homens efetivamente ativos e
a partir do processo efetivo de vida deles e tambem apresentado o
desenvolvimento dos reflexos ideologicos e dos ecos desse processo de
vida. Tambem as imagens nebulosas no cerebro dos homens sao sublimacoes
necessarias do seu processo material de vida, empiricamente
constatavel e ligado a pressupostos materiais. Com isso a moral, religiao,
metafisica e qualquer outra ideologia e as formas de consciencia correspondentes
a elas, nao mantem mais a aparencia de autonomia. Nao tem
historia, nao tem desenvolvimento, mas desenvolvendo a sua producao
material e o seu intercambio material os homens mudam, com esta sua
realidade efetiva, tambem o seu pensamento e os produtos do seu pensamento.
Nao a consciencia determina a vida, mas a vida determina a
consciencia. No primeiro modo de consideracao parte-se da consciencia
como o individuo vivo, no segundo, que corresponde a vida efetiva,
parte-se dos individuos vivos efetivos e considera-se a consciencia apenas
como a consciencia deles.
P198
A divisao
do trabalho so se torna efetivamente divisao a partir do instante em que
se instaura uma divisao do trabalho material e do intelectual *