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Roteiro pode ser definido como a elaboração de diálogos e descrição no drama, e narração no

documental.

Roteirista está mais perto do diretor da imagem do que do escritor, pois o roteiro é o princípio
de um processo visual e não o final de um processo literário.

Escrever um roteiro é escrever com olhares e silêncios, com movimentos e imobilidades

O roteirista trama, narra e descreve.

Roteiro deve possuir: Logos, Pathos e Ethos

Logos é a palavra, discurso, organização verbal de um roteiro. Sua estrutura geral.

Pathos é o drama, é a vida, a ação, o conflito cotidiano que vai gerando acontecimentos. Afeta
as pessoas

Ethos: A mensagem tem sempre uma intenção. Tudo é escrito para produzir uma influência.
Ethos é ética, a moral, o significado da história, suas implicações sociais, politicas, existências.
Ethos é aquilo que se quer dizer, a razão pela qual escreve. Não precisa ser uma resposta,
pode ser uma pergunta.

ETAPAS DO ROTEIRO:

Primeiro, encontra-se um tema; definem-se as personagens; procuram-se dados; estrutura o


primeiro ato em fichas de 3x5; escreve-se o roteiro.

ETAPAS:

 Ideia
 Conflito
 Personagens
 Ação dramática
 Tempo dramático
 Unidade dramática

IDEIA:

Roteiro sempre começa com uma ideia, um acontecimento que provoca a necessidade de
relatar.

CONFLITO:

A ideia audiovisual deve ser definida através de um conflito essencial. Esse primeiro conflito
que é base o trabalho é o conflito-matriz. Começamos a imaginar a história tendo como ponto
de partida uma frase que chamamos de story line. A story line é a condensação do nosso
conflito básico cristalizado em palavras.

Ex: a história conta o drama de uma mulher que mata seus quatro filhos e depois enlouquece.

Story line deve ser breve, concisa e eficaz. Não deve ultrapassar cinco linhas, e através dela
devemos ficar com a noção daquilo que vamos contar.

O conflito básico apresenta-se por meio da story line e concretisa o que vamos desenvolver.
PERSONAGENS:

Quem vai viver esse conflito básico. Há quem pense que são as personagens que dão origem a
uma historia. Kit Redd recomenda que os roteiros sejam revistos a partir das personagens:
“começo (a revisão) pela personagem, proque creio que as personagens movem juntas para
construir um argumento”.

As personagens sustentam o peso da ação e são o ponto de atenção mais imediato para os
espectadores.

O desenvolvimento de um caráter é essencial para um bom argumento conforme uma


personagem se move desde a motivação até o objeto, algo tem de suceder no processo.

O desenvolvimento da personagem faz-se através da elaboração do argumento ou sinopse.

Nesta fase começaremos a desenhar as personagens e a localizar a história no tempo e no


espaço: a história começa aqui, passa por ali e acaba assim.

Ex: a minha história começa na Catalunha, no ano 1000. Arnau é um cavaleiro medieval, dono
de terras, que provoca inveja dos outros nobres....o cunhado tenta matá-lo...

Não há limites para uma sinopse

Na sinopse é fundamental a descrição do caráter das personagens principais. Sinopse é o reino


da personagem. É ela quem vai viver essa história, onde e quando a situamos.

AÇÃO DRAMÁTICA

É a maneira como vamos contar este conflito básico, vivido por aqueles seres chamados
personagens. Ao o que, quem, onde, e quando, juntamos então o como.

Para trabalhar ação dramática, somos obrigados a construir uma estrutura. A estrutura é um
dos fundamentos do roteiro e a tarefa que maior criatividade exige do roteirista.

O filme acabado é estruturado em sequencias. Sequencias organizam-se segundo uma unidade


de ação, narrativamente imprecisa, composta por cenas, determinadas pelas alterações do
espaço e a participação de personagens.

A estrutura é a organização do enredo em cenas. Cada cena tem uma localização no tempo, no
espaço e na ação: algo que acontece em algum lugar, num momento preciso.

A estrutura será a fragmentação do argumento em cenas. Ainda estamos fazendo a descrição


de cada cena; não chegou o momento dos diálogos.

A estrutura é o esqueleto formado pela sequencia de cenas. (Escaletta)

TEMPO DRAMÁTICO

Dentro de uma cena se desenvolve uma ação dramática que decorrer num determinado
tempo. Podendo ser lento, rápido, ágil.

Esse tempo dramático, juntamente com a ação dramática, dar-nos-á o sentido da função
dramática.
Tempo dramático: o quanto, quanto tempo terá cada cena. Isto é, colocamos o diálogos nas
cenas e, através deles, começamos a dar ao trabalho uma forma de roteiro. Nesta etapa,
completaremos a estrutura com o diálogo.

As personagens desenvolvem-se – quem é quem, como e por quê – falam – há diálogos. A


cena abre-se, desenrola-se e acaba. Colocaremos as emoções, a personalidade e os problemas
de cada personagem: aquilo que há de suceder detalhadamente em cada cena.

UNIDADE DRAMÁTICA

Roteiro final (screenplay, teleplay ou tv script)

Nesta etapa, o diretor irá trabalhar com a unidade dramática do roteiro, isto é, com as cenas.

ETAPAS

Construir a story line é determinar o conflito; escrever sinopse é descobrir as personagens;


estruturar é organizar uma ação dramática; elabora o primeiro roteiro é chegar aos diálogos e
ao tempo dramático; trabalhar o roteiro final é manejar as cenas, isto é, a unidade dramática.

CLASSIFICAÇÃO

Quando escrevemos uma story line, já sabemos que tip de história queremos contar: drama,
comédia, aventura.

Precisamos saber quais são essas classificações

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ROTERISTAS citados

Syd field

Jean claude carriere

Kit red

Paul jackson

Referencias utilizadas para esse resumo

DOC COMPARATO – DA CRIAÇÃO AO ROTEIRO

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