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Refrigerantes Alternativos PDF
Refrigerantes Alternativos PDF
Ministério do
Meio Ambiente
Uso
Uso de
de refrigerantes
refrigerantes alternativos
alternativos em
em
refrigeração
refrigeração doméstica
doméstica ee equipamentos
equipamentos
compactos
compactos dede refrigeração
refrigeração comercial
comercial
Cláudio Melo, Ph.D.
Escopo da Apresentação
primórdios da refrigeração
primeira geração: qualquer fluido que funcionasse (1830-1930)
segunda geração: segurança e durabilidade (1931-1990)
terceira geração: camada de ozônio (1990 – 2010)
quarta geração: efeito estufa (2010 - )
primórdios da refrigeração
Uso de Gelo Natural
• Utilização de gelo transportado
de regiões mais frias.
• Armazenamento de gelo do
inverno para uso no verão.
• Obtenção de gelo durante noites
Vaso grego para resfriamento de vinho, do
frias, para uso durante o dia. século 6 a.c., encontrado em Vulci, Itália
Colheita de gelo
Ice house, 1842 - India
Uso de Gelo Natural
• O comércio de gelo natural se expandiu rapidamente. Em 1879
haviam 35 operações comerciais nos USA, 200 uma década mais
tarde e 2000 em 1909.
• Em 1854, por exemplo, 156.000
toneladas de gelo natural foram
exportadas do porto de Boston.
• Por volta de 1890, o uso de gelo
natural começou a declinar devido a
poluição das fontes de água. Isso
facilitou a penetração no mercado de
gelo produzido artificialmente.
• No início do século XX as 10 maiores
empresas da bolsa de valores de NY
exploravam o gelo natural.
• O comércio de gelo natural ainda
persistiu por um longo tempo após a
introdução da refrigeração mecânica.
Janeiro, 1914
primeira geração: qualquer fluido
que funcionasse (1830-1930)
O Trabalho de Perkins
• Durante os séculos XVIII e XIX várias pesquisas, voltadas para o
segmento de refrigeração, foram realizadas na Europa, notadamente
na França e na Inglaterra.
• Em 1755, Willian Cullen (1710-1790), professor da Universidade de
Edimburgo, obteve gelo a partir da evaporação do éter. O processo
de produção de frio era descontinuo e não foi usado para qualquer
propósito prático.
• A primeira descrição completa de um
equipamento de refrigeração, operando de
maneira cíclica e utilizando éter como fluido
refrigerante, foi feita por Jacob Perkins, em
1834 (British Patent 6662).
• O trabalho de Perkins despertou pouco
interesse. Não foi mencionado na literatura da
época e permaneceu esquecido por
aproximadamente 50 anos, até que Bramwell Jacob Perkins
descreveu o artigo para o Journal of the Royal (1766-1849)
Society of Arts.
O Trabalho de Harrison
• O principal responsável por tornar o
princípio de refrigeração por
compressão mecânica em um
equipamento real foi James Harrison.
Não se sabe se Harrison conhecia ou
não o trabalho de Perkins. Em 1856 e em
1857 obteve, respectivamente, as
James Harrison
patentes britânicas 747 e 2362.
(1816-1893)
R-40
SO2
Brinde
R-134
Frigidaire - 1923
segunda geração: segurança e
durabilidade (1931-1990)
O Trabalho de Midgley
• Em 1928, a Frigidarie solicitou a um grupo de
cientistas, liderados por Thomas Midgley, que
identificasse um refrigerante que não fosse tóxico
nem inflamável. Em menos de duas semanas, a
família dos hidrocarbonetos halogenados (CFCs),
forneceu a solução para o problema.
• Os CFCs eram conhecidos como compostos
químicos desde o século XIX, mas suas
Thomas Midgley
propriedades como refrigerantes foram
(1889-1944)
investigadas primeiramente por Thomas Midgley.
CO2/R-744 Ciclopentano
HC-600a
Os Hidrocarbonetos (HCs)
• Os HCs (HC-600a e HC-290) já eram usados como refrigerantes,
antes de 1930. São compatíveis com a maioria dos materiais de
construção do sistema, como ligas metálicas e polímeros. São
também compatíveis com óleos minerais e sintéticos.
• Os HCs não exigem modificações substanciais no sistema ou no
projeto dos componentes. A performance é também bastante similar
a dos CFCs, HCFCs e HFCs.
• A baixa pressão de vapor do HC-600a origina menores níveis de
ruído, o que o torna atraente para refrigeradores domésticos. Além
disso, devido ao seu baixo efeito refrigerante volúmico (capacidade
volumétrica), o HC-600a exige compressores de maior deslocamento
volumétrico para uma mesma capacidade de refrigeração, os quais
são geralmente mais eficientes.
• A desvantagem do uso de HCs é hoje a mesma de 80 anos atrás,
pois apesar de serem pouco tóxicos tais fluidos são inflamáveis e
explosivos. É essencial, portanto, que a carga de refrigerante seja
reduzida para minimizar os riscos envolvidos.
As Misturas de Refrigerantes
• As misturas são geralmente produzidas para utilização em
abordagens do tipo retrofit, quando são feitas modificações no óleo
e nos materiais do sistema, ou do tipo drop-in, quando o refrigerante
antigo é simplesmente substituído pelo novo.
• As misturas podem ser azeotrópicas, com comportamento similar ao
de uma substância simples ou zeotrópicas, com variação de
temperatura (glide) durante o processo de mudança de fase a
pressão constante.
• Os trocadores de calor de sistemas de expansão direta podem ser
adequadamente projetados para reduzir as irreversibilidades
termodinâmicas durante os processos de transferência de calor com
misturas zeotrópicas. Entretanto, nesse caso os coeficientes
internos de transferência de calor diminuem, o que inibe as
vantagens termodinâmicas associadas com o glide de temperatura.
O Dióxido de Carbono(CO2/R-744)
Tampa
superior
Ventilador do
Evaporador evaporador
Compressor
Ventilador do
condensador
Tampa
inferior
Condensador
• Versatilidade no transporte
8000
1200
TWEI, kg CO2
TWEI, kg CO2
6000
800
4000
400
2000
0 0
20 100 500 20 100 500
GWP, anos GWP, anos
1,1
1,0
0,9
COP
0,8
0,7
0,6
0,5
75 80 85 90 95 100 105 110
Pressão de Descarga (bar)
Novos Ciclos com CO22/R744
228,4g
238,4g
249,0g
260,0g
275,0g
290,4g
320,4g
Novos Fluidos
• Uma nova família de refrigerantes, os Hidro Fluor Oleofinas, está
sendo desenvolvida pelas empresas Dupont e Honeywell. No
momento dois fluidos merecem atenção, o HFO-1234yf e o HFO-
1234ze. O primeiro possui um GWP100 igual a 4 e um tempo de
residência na atmosfera de 11 dias. O segundo possui um GWP100
igual a 6 e um tempo de residência na atmosfera de 18 dias.
Novos Fluidos
• O HFO-1234yf possui propriedades termodinâmicas similares ao R-
134a, é estável e compatível com a maioria dos materiais, embora seja
mais caro do que o HFO-1234ze. Esses fluidos são menos inflamáveis
do que os HCs, mas continuam sendo inflamáveis. Testes de toxidez,
embora ainda não completos, são promissores.
Novos Fluidos
• Testes do tipo drop-in, realizados com um
expositor de bebidas com capacidade para 640
latas de refrigerante, indicaram uma queda de
desempenho de 4% e de 13%, em relação ao
HFC-134a, respectivamente para os
refrigerantes HFO-1234yf e HFO-1234ze.
• Introduzindo modificações nos trocadores de
calor a queda de desempenho do sistema com
HFO-1234ze, passou a ser de apenas 3%,
quando comparado com a mesma referência.
• No momento a aplicação de tais fluidos nos
segmentos de refrigeração doméstica e
comercial leve é apenas especulativa. A
passagem da especulação para a prática,
dentre outros fatores, exige o desenvolvimento
de compressores específicos para essa família
de fluidos.
4a Geração: Uma Realidade
• Uma quarta geração de refrigerantes é eminente, com novas
introduções a partir de 2010. Em adição aos requisitos de
segurança e compatibilidade com materiais, os novos fluidos
devem atender aos requisito de GWP100<150. Além disso, tais
refrigerantes devem ter um tempo de residência na atmosfera
relativamente curto para evitar eventuais novos problemas
ambientais. Os novos fluidos devem ainda oferecer alta eficiência
para diminuir e não aumentar as emissões de GHGs.
• No momento as pressões estão colocadas sobre a indústria
automobilística, mas é praticamente certo que no futuro isso se
estenderá as demais aplicações
• Muito refrigerantes considerados atualmente como novos
refrigerantes, incluindo vários HFCs, logo se tornarão obsoletos.
Universidade Federal de Santa Catarina
inct
Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia
Cláudio Melo .
melo@polo.ufsc.br