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Manual sobre Condensados

GESTRA
Manual sobre Condensados

GESTRA AG
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Energia a pensar no futuro
Manual sobre Condensados GESTRA

Prefácio A publicação da 14.ª edição do Manual sobre Condensados deixa


patente a grande importância e actualidade dos temas tratados.
O manual foi revisto, actualizado com novos desenvolvimentos e adap-
tado para reflectir a nossa gama actual de produtos

Este manual reflecte a longa experiência na área dos sistemas de vapor


e condensados. Consequentemente, o manual prende-se sobretudo
com temas como a escolha do purgador de condensados certo para as
diferentes aplicações e soluções para problemas de drenagem de con-
densado encontrados em equipamentos a vapor comuns,
sendo complementado com instruções de montagem e esquemas de
ligações. As tabelas e diagramas de instalação das tubagens e apare-
lhos contêm indicações para a configuração e funcionamento optimiza-
dos do sistema de vapor/condensados.

Naturalmente, não é possível responder a todas as perguntas através


deste manual, por isso em caso de dúvidas, entre directamente em con-
tacto com a GESTRA em Bremen.
1. ª edição de 2011
Página
Índice

Abreviaturas 4
1. Purgadores de condensados 9
2. Princípios básicos de descarga do condensado 27
(com exemplos)
3. Escolha do purgador 40
4. Os permutadores de calor mais comuns – exemplos de aplicação 43
(Escolher o purgador de condensados mais adequado)
5. Controlo dos purgadores de condensados 83
6. Aproveitamento do calor do condensado 91
7. Purga de ar de permutadores de calor 94
8. Sistemas de retorno do condensado 95
9. Drenagem de sistemas de ar comprimido 99
10. Determinação do tamanho das condutas de condensado 107
11. Determinação do tamanho de condutas de vapor 117
12. Determinação do caudal de condensado 118
13. Regulação da pressão e da temperatura 125
14. Utilização vantajosa de válvulas anti-retorno 133
15. Válvulas de retenção 137
16. Diagramas de selecção de purgadores de condensados GESTRA 141
17. Válvulas para fins especiais 155
Símbolos gráficos para centrais térmicas 161
Símbolos e abreviaturas internacionais 165
Designações dos materiais 166
Índice remissivo 168
Abreviaturas
No presente manual são utilizadas as seguintes abreviaturas correspondentes aos aparelhos
GESTRA:

AK Válvula de drenagem automática para drenagem durante o arranque GESTRA

BK Purgador automático Duo BK GESTRA


Purgador de condensados térmico/termodinâmico com regulador de aço
bimetálico

MK Purgador automático Flexotherm MK GESTRA. Purgador de condensados


térmico com cápsula de regulação simples

DK Purgador termodinâmico

UNA Duplex Purgador de condensados de bóia UNA com termóstato para purga de ar
automática GESTRA

UNA Simplex Purgador de condensados de bóia UNA sem termóstato GESTRA

GK Super-purgador automático GK GESTRA. Purgador de condensados


termodinâmico com bocal variável

RK Válvula anti-retorno DISCO com flange intermédia GESTRA

TK Super-purgador automático Duo TK GESTRA. Purgador de condensados


térmico com controlo piloto termostático por cápsula de regulação simples

TD Secador mecânico de vapor GESTRA

TP Secador/purificador mecânico de ar comprimido e gases GESTRA

UBK Purgador automático UBK GESTRA. Purgador de condensados térmico


para evacuação do condensado sem expansão do vapor

UNA 2 Purgador de bóia UNA 23/25/26/27 GESTRA

4
UNA 1 Purgador de bóia UNA 14/16 GESTRA

VK GESTRA Vaposkop. Visor de controlo do caudal

VKP GESTRA VAPOPHONE: Detector ultra-sónico para monitorização de purga-


dores de condensados em relação a fugas de vapor vivo

VKP-Ex GESTRA VAPOPHONE: Detector ultra-sónico para monitorização de purga-


dores de condensados em relação a fugas de vapor vivo (protecção antide-
flagrante)

VKE Equipamento de teste para purgador de condensados GESTRA

ZK Válvula de regulação com bocal variável radial GESTRA

Cápsula H Cápsula de regulação simples para temperaturas de abertura 5 K abaixo da


temperatura do vapor saturado GESTRA

Cápsula N Cápsula de regulação simples para temperaturas de abertura 10 K abaixo


da temperatura do vapor saturado GESTRA

Cápsula U Cápsula de regulação simples para temperaturas de abertura 30 K abaixo


da temperatura do vapor saturado GESTRA

5
Página
1. Purgadores de condensados

1.1. Critérios de avaliação 9


1.2. Os diferentes sistemas de purgadores de vapor da GESTRA 12
1.2.1. Purgadores de vapor térmicos/termodinâmicos com
reguladores de aço Duo, série BK 12
1.2.2. Purgadores de condensados térmicos com cápsula de
regulação simples, série MK 14
1.2.3. A Rhombusline é mais do que apenas uma nova
família de purgadores GESTRA 16
1.2.4. Purgadores de condensados térmicos para caudais
de condensado muito elevado, série TK 17
1.2.5. Purgadores de condensados térmicos para evacuação
do condensado sem pós-evaporação, série UBK 17
1.2.6. Purgadores de bóia da série UNA 18
1.2.7. Purgadores de condensados termodinâmicos tipo DK 19
1.2.8. Purgadores de condensados termodinâmico com bocal
variável, série GK, e com bocal variável radial, série ZK 20
1.2.9. Novos sistemas de drenagem para utilização em centrais
eléctricas 21
1. Purgador de condensados

1.1. Critérios de avaliação.


Não existe um purgador de condensados que seja adequado para todos os
casos de aplicação. A solução ideal varia conforme a aplicação.
Entre outros, deve considerar-se os seguintes critérios de selecção para encon-
trar o purgador tecnicamente mais adequado:
- As respectivas características de regulação e capacidade de caudal, dependen-
do da aplicação como unidade simples (por ex., utilização com grandes intervalos
de pressão, grandes variações da pressão, grandes caudais, grandes variações
do caudal) ou conjuntamente (por ex., grandes variações do caudal e da pressão).
- A respectiva capacidade de se purgar a si mesmo e à instalação.
- As possibilidades de instalação e manutenção.
- A respectiva vida útil e adequação para a contrapressão, etc. (Fig. 1).
Os critérios de apreciação técnicos mais importantes e a respectiva avaliação
dos tipos de purgadores de vapor fabricados pela GESTRA estão resumidos na
figura 2.

Características do purgador de condensados

Requisitos básicos
Descarga do condensado sem perda de vapor vivo
Purga de ar automática

Requisitos adicionais
Não prejudicar o processo de aquecimento, não causar acumulação
Aproveitamento do calor do condensado por acumulação
Aplicação universal - Grande intervalo de pressões
- Grande intervalo de contrapressões
- Grande intervalo de caudais
- Capacidade para suportar grandes
variações do caudal e da pressão
- Para instalações reguladas

Baixo esforço - Fácil instalação


- Manutenção mínima
- Resistente à corrosão
- Insensível à sujidade
- Resistente ao congelamento
- Resistente a golpes de aríete
- Longa vida útil
- Poucas variantes

Fig. 1

9
Purgadores automáticos Purgadores Super-purgadores Purgadores de condensados
automáticos Duo automáticos Duo de bóia
MK MK «U» BK TK UNA, UNA ESPECIAL
(com cápsula (com cápsula
normal) de subarrefecimento)

Duplex
Condutas de vapor saturado
Distribuidores de vapor
Simplex
Condutas de vapor quente

Aquecedores de ar, regulados no lado do vapor (sistemas de ar condicionado)


Humidificadores de ar Duplex
Caldeiras, reguladas
Pré-aquecedores tubulares, regulados
Banhos, regulados
Autoclaves
Secadores de tapete
Mesas aquecedoras, placas de secagem Duplex
Prensas de vários andares (placas ligadas em paralelo)
Calandras a vapor
Cilindros de secagem com concha
Banhos com serpentinas de aquecimento (inclinação permanente)
Tambores de vulcanização
Máquinas de limpeza a seco
Fitas de aquecimento isoladas Duplex
Pré-aquecedores tubulares, não regulados
Caldeiras de cozedura com serpentinas de aquecimento
Caldeiras de cozedura com camisa de vapor
Caldeiras de fabrico de cerveja de capacidade média
Destiladores, com aquecimento indirecto
Prensas de vários andares (placas ligadas em série)
Prensas de pneus
Prensas de engomar
Manequins a vapor
Banhos com serpentinas de aquecimento
Princípio de aquecedor de imersão
Regulador U Radiadores de vapor
Aquecedores de ar, regulados do lado do ar
Condutas de vapor quente (formação de condensado só aquando do arranque)
Fitas de aquecimento de tubagens
Fitas de aquecimento de instrumentos
Aquecimento de tanques
com by-pass
Caldeiras de cozedura, inclináveis (sifão)

Secadores de vapor Duplex


Aparelhos em contracorrente, regulados

Digestores industriais Duplex


Caldeiras de fabrico de cerveja de grande capacidade
Evaporadores de grande capacidade

tipo «P»
Drenagem de sistemas de ar comprimido
Simplex
Destilados e derivados químicos

1. Bóia – Duplex/MK/BK   7. MK «U»/BK «Regulador U» (subarrefecimento)


2. Bóia – Simplex/BK   8. Bóia – Duplex com by-pass/MK
3. Bóia – Duplex/MK   9. Bóia – Duplex
4. Bóia – Duplex/MK 10. Bóia – Duplex/TK
5. Bóia – Duplex/MK 11. Bóia – tipo «P»
6. MK 12. Bóia – Simplex

Fig. 2 Tabela de selecção de purgadores de condensado.

10
Critérios importantes para a avaliação

1.1.1. Um purgador pesado e grande precisa de bases ou suportes, cujo custo


de execução pode ser igual ou superior ao preço de aquisição do purga-
dor; adicionalmente as perdas de calor por radiação podem ser grandes.

1.1.2. Um permutador de calor com ventilação deficiente e drenagem incomple-


ta demora muito tempo a aquecer, o que pode provocar custos de pro-
dução mais elevados ou aquecimento irregular do produto, prolongando
os tempos de aquecimento necessários (custos de produção mais altos)
ou conduzindo a rejeição dos produtos por defeito (aumento da taxa de
rejeição) (Fig. 3).
P (bar g)

Percentagem de ar no vapor

Pressão de serviço

Pressão parcial do vapor

Temperatura do
vapor com um teor de
ar de 20%

Temperatura do
vapor saturado

t (°C)

Fig. 3 Pressão parcial do vapor e respectiva temperatura do vapor saturado em


função da pressão de várias percentagens de ar no vapor.

1.1.3. Alguns tipos de purgadores de vapor perdem inerentemente vapor,


mesmo quando novos. O custo das perdas energéticas pode ultrapassar,
em poucos meses de operação, o preço de aquisição do purgador de
vapor. Todos os purgadores de vapor que funcionam de acordo com o
princípio termodinâmico (por ex., purgadores termodinâmicos com disco
de fecho) e os purgadores de condensados com copo invertido sofrem
deste problema, registando uma certa perda de vapor.

11
1.1.4. O aproveitamento do calor do condensado num aquecedor com a ajuda
do purgador de condensados pode ajudar a obter poupanças energéticas
consideráveis (subarrefecimento).

1.1.5. O congelamento dos purgadores e das condutas de condensado em


instalações ao ar livre pode conduzir a sérios problemas de produção.

1.1.6. A longo prazo, a utilização de um purgador de vapor barato e não repa-


rável irá implicar maiores custos e perda de tempo do que um purgador
mais caro que pode ser desmontado e reparado.

1.1.7. A utilização de um número reduzido de purgadores de vapor com aplica-


ção o mais universal possível reduz os custos, graças a uma manutenção
de inventário simplificada e uma reparação mais rápida por pessoal de
manutenção mais familiarizado com os purgadores.

1.2. Os diferentes sistemas de purgadores de vapor GESTRA


foram desenvolvidos para satisfazer as necessidades e expectativas especiais
dos exploradores das instalações, tendo em conta requisitos técnicos e consi-
derações de ordem económica.

1.2.1. Purgadores de vapor térmicos/termodinâmicos com reguladores de


aço Duo, série BK (Fig. 4).

Fig. 4 Purgador automático Duo BK GESTRA.

O elemento de regulação controla a saída de condensado em função da


pressão e da temperatura, abrindo na presença de um ligeiro subarrefeci­
mento do condensado e fechando imediatamente antes de a temperatura
do vapor saturado ser atingida.
12
O efeito de alta elevação (um processo termodinâmico) provoca a aber-
tura instantânea do purgador e uma maior capacidade de água quente
(Fig. 5).
A temperatura de descarga do condensado pode ser alterada através da
utilização de um regulador ajustado para subarrefecimento. Um aumento
do subarrefecimento do condensado, caso seja possível, conduzirá a
poupanças energéticas em termos de aquecimento, enquanto que um
menor subarrefecimento pode conduzir, em determinadas condições, a
um aquecimento mais rápido e mais uniforme.

Diagrama ∆t-Q Pressão a montante = 8 bar g


Pressão a montante = 0 bar g
Caudal de condensado Q (%)

ts (174,5 °C) tk (20 °C)

Temperatura de saturação Condensado frio


∆t (K)
Subarrefecimento do condensado

Fig. 5 Curvas de abertura de diversos purgadores.


Curva 1 – UNA Curva 3 – BK 45, de aço Duo
Curva 2 – MK Curva 4 – Bi-metálico

Características técnicas especiais da série BK:


- Regulador resistente a golpes de aríete, condensado agressivo e conge-
lamento, sistematicamente comprovado na prática.
- Agulha do bico com válvula anti-retorno.
- Purga de ar automática da instalação.
- Disponível para todas as pressões e temperaturas. Purgador com longa
vida útil.
Ter em atenção:
O subarrefecimento do condensado necessário para a abertura aumenta
à medida que a contrapressão aumenta.

13
1.2.2. Purgadores de condensados térmicos com cápsula de regulação simples,
série MK (Fig. 6).

Fig. 6
Purgador automático
MK 45-1 GESTRA.

A cápsula de regulação simples, que é um termóstato de evaporação, contro-


la a descarga do condensado em função da temperatura. A curva caracterís-
tica de controlo tem uma evolução quase igual à da curva do vapor saturado.
A precisão de regulação deste purgador de condensados térmico é inigualá-
vel (Fig. 5). A sensibilidade de resposta invulgarmente alta e a reacção ime-
diata a qualquer alteração da temperatura, torna este tipo de purgador espe-
cialmente adequado para permutadores de calor, pois a acumulação de
vapor é mínima, não prejudicando o processo de aquecimento (por ex., em
prensas de vulcanização, prensas de engomar, equipamentos de laboratório).
A cápsula de regulação está disponível em duas versões:
- Cápsula de regulação «N» para descarga do condensado sem acumula-
ção. Temperatura de abertura aprox. 10 K abaixo da temperatura do vapor
saturado.
- Cápsula de regulação «U» (subarrefecimento) para poupança energética
adicional (aproveitamento do calor do condensado através de acumulação
na superfície de aquecimento, redução do vapor de expansão). Tempera-
tura de abertura aprox. 30 K abaixo da temperatura do vapor saturado.

Fig. 6a Modo de actuação da cápsula de regulação simples com sede plana.

14
2 2

1 1

Instalação em funcionamento Purgador fechado


Sede de vedação 1 fechada Ambas as sedes de vedação fechadas
(Regulador move-se para a posição de fecho)

Fig. 6b Modo de actuação da cápsula de regulação simples com fecho tandem


O perno esférico autocentrante garante o fecho de modo estanque ao vapor.
Com o aumento da temperatura, a junta plana a jusante fecha também, ­oferecendo
uma garantia adicional de estanqueidade, mesmo na presença de partículas de
­sujidade. A dupla supressão de pressão reduz o desgaste e aumenta a vida útil.

Modo de actuação da cápsula de regulação simples


Abertura: A cápsula possui um fole contendo um fluido líquido de contro-
lo, cuja temperatura de evaporação é ligeiramente inferior à da água. Com
a instalação parada ou na presença de condensado frio, o fluido de con-
trolo encontra-se totalmente condensado devido à temperatura ambiente
baixa. A pressão interna na cápsula é inferior à pressão ambiente (pres-
são de serviço), o que faz com que o fole com a válvula seja empurrado
na direcção de abertura.
Fecho: Quando a temperatura do condensado aumenta, o fluido de con-
trolo começa a evaporar. A pressão na cápsula aumenta. O fole com a
válvula é empurrado na direcção de fecho e pouco antes de o condensa-
do atingir a temperatura de saturação, o purgador é totalmente fechado.
Características técnicas especiais:
- A contrapressão não influencia o funcionamento. A cápsula de regula-
ção simples é resistente à corrosão e praticamente insensível a golpes
de aríete.
- O reajuste da cápsula de regulação não é possível (nem necessário),
prevenindo perdas de vapor resultantes de manuseamento indevido.
- Purga de ar automática.
- Purgador térmico com controlo perfeito.
- Para pequenos caudais de condensado recomenda-se a cápsula de
regulação com fecho tandem (junta de vedação dupla).
- Para caudais de condensado maiores, deve utilizar-se a cápsula «H»
para uma descarga praticamente sem acumulação (temperatura de
abertura média 5 K abaixo da respectiva temperatura de saturação do
condensado).
Para este fim, estão disponíveis vários reguladores com sede plana:
Em função do caudal de condensado com 1, 2, 3, 4 ou 9 cápsulas de
sede plana.

15
1.2.3. A RHOMBUSline é mais do que apenas uma nova família de purgadores
GESTRA.
A vasta experiência com os purgadores BK 15, extensivamente comprovados
na prática, permitiu optimizar os reguladores da nova RHOMBUSline. Uma
placa de aço Duo patenteada no regulador do BK 45, constituída por uma pilha
de placas, reage muito mais depressa do que o modelo anterior a alterações
dos parâmetros do vapor e das condutas de condensado.

Vantagens dos purgadores RHOMBUSline:


1. O novo regulador reage mais rapidamente a alterações a nível do factor de
influência vapor/condensado (BK 45).
2. A forma do corpo dos purgadores RHOMBUSline permite a utilização de
parafusos de união de flange normalizados, tanto no lado do corpo do pur-
gador como no lado da contra-flange.
3. Deixa de ser necessário substituir a junta de vedação entre a tampa e o
corpo, sempre que a tampa é retirada do purgador.
4. A montagem da tampa do purgador é feita com apenas dois parafusos (em
vez de quatro).
5. O colector de impurezas em Y (com maior superfície filtrante para separação
de impurezas) facilita a limpeza do filtro de rede.
6. A vedação utilizada no regulador (casquilho de base montado à pressão no
corpo) evita a ocorrência de fugas internas.
7. Após a primeira colocação em serviço já não é necessário o reaperto dos
parafusos.
8. O comprimento de montagem está em conformidade com as normas
aplicáveis.
9. Simplificação da manutenção dos purgadores.

MK 45

AK 45

BK 45

Fig. 7a Purgadores RHOMBUSline.

16
1.2.4. Purgadores de condensados térmicos para caudais de condensado
muito elevado, série TK (Fig. 7b).

Fig. 7b Super-purgador automático Duo GESTRA TK 23/24 DN 50.

O elemento de regulação é constituído por um controlo piloto termostáti-


co com cápsula de regulação simples e uma válvula principal. As carac-
terísticas de regulação são muito semelhantes às da série MK, em que a
válvula é directamente actuada pela cápsula de regulação.

Características técnicas especiais:


- Facilidade de instalação, apesar do grande caudal. Comprimento de
montagem em conformidade com as normas DIN relativas a válvulas,
baixo peso, instalação em qualquer posição.
- Purga de ar automática da instalação, insensível à sujidade e conden-
sado agressivo.

1.2.5. Purgador de condensados térmico para evacuação do condensado sem


expansão do vapor, série UBK.
Trata-se de uma versão especial da série BK (Fig. 5). Com os ajustes de
fábrica, a temperatura de descarga do condensado é <100 °C (até 20 bar
ou <116 °C até 32 bar).
Esta série é adequada para aplicações em que a acumulação de condensado
necessária para emanação de calor não prejudica o processo de aquecimento.
Um caso de utilização típico é a drenagem de fitas de aquecimento de tuba-
gens, em que o condensado é descarregado para a atmosfera, outro exemplo
é a drenagem de fitas de aquecimento de instrumentos, onde é desejável uma
redução da potência de aquecimento através de subarrefecimento.
Este tipo de purgador permite, sem qualquer esforço adicional, poupanças
significativas a nível do vapor, bem como a redução da poluição ambiental,
pois evita-se a geração de vapor de expansão e aproveita-se o calor do
condensado.

17
1.2.6. Purgadores de bóia da série UNA.

Fig. 8a Purgadores de bóia UNA 23/25/26 GESTRA.

A saída de condensado é controlada directamente por uma válvula de


fecho com bóia em função do caudal de condensado gerado. A descarga
do condensado é imediata. O funcionamento do purgador não é afectado
pela temperatura do condensado, contrapressão e eventuais variações
da pressão (Fig. 5).
As versões UNA 2 «Duplex» (purga de ar térmica) realizam a purga auto-
mática da instalação. Em virtude do seu princípio de funcionamento, esta
série é adequada para todas as aplicações, sendo ideal para instalações
reguladas do lado do vapor: processos de aquecimento com variações
do caudal e da pressão muito grandes e pressões muito baixas até ao
vácuo e drenagem de secadores de vapor. Com vapor relativamente
húmido, é necessário, entre outros, realizar a drenagem de distribuidores
de vapor com purgadores de bóia.
Os purgadores de bóia são adequados para utilização como sistema
único para a descarga de condensado frio (p. ex., de sistemas de ar com-
primido), destilados e outros produtos químicos, cujas curvas de vapor
saturado diferem das da água. Também podem ser utilizados em câma-
ras de expansão ou sistemas de regulação de descargas para manuten-
ção de um nível de condensado específico (versão Simplex).

Características técnicas especiais:


- Sem acumulação de condensado.
- Funcionamento não afectado pela contrapressão.
- Purga de ar automática da instalação (versões Duplex).
- Relativamente pequeno para um purgador de bóia.
- Modelos para montagem vertical e horizontal.
- Os purgadores UNA 2 V com comando Duplex para montagem vertical
são resistentes ao congelamento.

18
1.2.7. Purgador de condensados termodinâmico tipo DK.
Os purgadores termodinâmicos têm um design simples e um pequeno
tamanho. Adicionalmente, são resistentes a golpes de aríete e congela-
mento. Durante o funcionamento, estes purgadores precisam de uma
pequena quantidade de vapor para fins de controlo.
Os purgadores termodinâmicos são feitos de aço inoxidável resistente e
estão disponíveis nas seguintes versões:
DK 57 L - para pequenos caudais de condensado
DK 57 H - para grandes caudais de condensado
DK 47 L - como acima, adicionalmente dispõe de um colector de impu-
rezas
DK 47 H - como acima, adicionalmente dispõe de um colector de impu-
rezas

Outros dados:
PN63, DN10/15/20/25 mm
Ligação roscada
3/8", 1/2", 3/4", 1" BSP ou NPT

Fig. 8b Purgadores termodinâmicos DK 47.

19
1.2.8. Purgador de condensados termodinâmico com bocal variável, série
GK, e com bocal variável radial, série ZK.

Fig. 9 Válvula de regulação com bocal variável radial ZK 29 GESTRA.

O estado do condensado prevalecente no sistema de bocais variáveis (frio


– apenas condensado, quente – condensado + vapor de expansão, em
ebulição – condensado mínimo + vapor de expansão máximo) controla o
caudal de condensado sem alterar a secção transversal. Por isso, os
purgadores podem ser utilizados sem qualquer reajuste mecânico,
mesmo que as condições de funcionamento variem um pouco, sendo
suficiente um único ajuste para adaptação ao estado de funcionamento.
Graças às suas excelentes características de controlo e elevada resistên-
cia ao desgaste, as válvulas ZK são ideais como actuador de baixo ruído
comprovado para circuitos de regulação com elevados gradientes de
pressão, p. ex., para regulação da injecção, regulação das quantidades
mínimas, regulação do nível.
Os purgadores de bocais variáveis não regulados GK são preferencial-
mente utilizados para a descarga de caudais de condensado muito ele-
vados com uma carga de condensado relativamente constante (p. ex.,
evaporadores, aquecimento de tanques, cilindros de secagem).

Características técnicas especiais:


- Caudal especialmente grande, baixo peso e pequeno tamanho.
- Estrutura simples e fiável.
- Elevada resistência ao desgaste.
- Insensível à sujidade.

20
1.2.9. Sistemas de drenagem para utilização em centrais eléctricas.
Em centrais eléctricas modernas, as exigências colocadas às válvulas de
drenagem do tipo ZK estão a aumentar, paralelamente à eficiência. Estas
válvulas distinguem-se pela elevada resistência ao desgaste, fecho
estanque e baixos custos de manutenção, contribuindo significativamen-
te para o funcionamento económico de uma central eléctrica. Além disso,
novos sensores capacitivos são capazes de detectar condensado de
baixa condutividade, independentemente da pressão e da temperatura.
Isto permite actualmente realizar drenagens dependentes do nível (con-
troladas) em locais onde anteriormente as temperaturas tornavam isto
impossível. Os componentes das instalações podem ser protegidos con-
tra danos causados por quantidades de condensado não detectadas. O
equipamento de drenagem controlado só é aberto quando existe efecti-
vamente condensado. Na presença de vapor muito quente, as válvulas
são fechadas, impedindo perdas de vapor e uma maior segurança opera-
cional.

Por exemplo, antes de a turbina de vapor de uma central eléctrica poder


se colocada em funcionamento, as tubagens condutoras de vapor têm de
ser libertadas do condensado e aquecidas até à sua temperatura de
arranque. A figura 10 a apresenta um exemplo de drenagem de um siste-
ma de turbinas de uma central eléctrica convencional. Adicionalmente é
realizado o aquecimento direccionado da tubagem de vapor vivo através
de uma válvula de aquecimento separada.

Os pontos de drenagem identificados com o símbolo de purgador de


condensados têm dois purgadores independentes um do outro. A válvula
de drenagem ZK é utilizada para a saída de condensado durante o arran-
que e um eventual aquecimento, que possa ser necessário. Esta válvula
é fechada de forma temporizada ou quando é atingida uma determinada
temperatura na parte relevante da instalação. A abertura é realizada o
mais tardar quando bloco da central eléctrica é desligado. Paralelamente
a este procedimento, também é possível realizar uma drenagem controla-
da recorrendo a sensores de nível.
Devido a perdas de calor na conduta de drenagem são produzidas
pequenas quantidades de condensado, as quais são descarregadas atra-
vés do purgador de condensados térmico. Esta drenagem contínua é
necessária para impedir a subida do condensado nas condutas de drena-
gem, que por vezes são bastante compridas (Fig. 10b).

21
BK 212
ZK 313

Turbina de alta pressão Turbina de baixa pressão


Válvula de
aquecimento
ZK 313
KZ

KZ

Equipamento de drenagem
1) Drenagem contínua BK 212 BK 29 BK 45
das tomas BK 29
2) Drenagem durante ZK 313 ZK 29 ZK 29
o arranque

Válvula de fecho

Purgador Válvula de drenagem ZK


automático
tipo BK

Fig. 10a Pontos de drenagem num sistema de turbinas.

22
NRS 2-4
(2x)

Alarme, erro
Conduta Sinal de comando
de
vapor

URN 2
NRG 211

NRG 211 Sinal de comando

Alarme, erro

Sinal de comando
NRS 2-4
(2x)

Fig. 10b Drenagem de uma conduta de vapor quente sob alta pressão.
Purgador de condensados BK (by-pass) Válvula de regulação ZK

23
Página
2. Princípios básicos de descarga do condensado
com exemplos

2.1. – 2.6. Generalidades 27

2.7. Drenagem individual 29

2.8. Acumulação de condensado (vantagens e desvantagens) 31

2.9. Medidas para evitar golpes de aríete 32

2.10. Purga de ar 38

3. Escolha do purgador
(Para escolha do tamanho do purgador, ver ponto 12.2). 40
2. Princípios básicos de descarga do condensado com exemplos

2.1. O condensado tem de poder sair livremente do permutador de calor


(Fig. 11).

Fig. 11

2.2. O purgador de condensados precisa de um gradiente de pressão mínimo


(pressão diferencial) (Fig. 12).

pD

∆p = pD – pG [bar]

pG
Fig. 12

2.3. Se o condensado for conduzido para cima depois do purgador, a pressão


diferencial diminui cerca de 1 bar por cada 7 m de altura de elevação (Fig. 13).
pG
pD

7 m = 1 bar

∆p = pD – pG + 1) [bar]
Fig. 13 Compensador

27
2.4. Se condensado tiver de ser conduzido para cima antes do purgador, é neces-
sário tomar medidas especiais (Fig. 14).

mau óptimo
melhor

Fig. 14 Utilização de um compensador do tipo ED.

2.5. A conduta à frente do purgador de condensados tem de ser dimensionada de


forma a não existir uma contrapressão excessiva (causada pelo vapor de
expansão) (Fig. 15).

Vapor de expansão

Fig. 15

2.6. O condensado deve ser o mais possível recolhido e reutilizado (Fig. 16).

Recolha do vapor de expansão


Vapor de expansão
perde-se
mau
Tubo de equilíbrio

UNA 2

Câmara de expansão
(recipiente fechado) Colector aberto
Fig. 16

28
2.7. Cada permutador de calor ou unidade de aquecimento tem de ser drenado
individualmente.

2.7.1. Drenagem de cada permutador de calor individualmente (drenagem


individual) (Fig. 17).

2 bar 1,8 bar

0 bar 0 bar

Fig. 17 A drenagem individual garante uma descarga do condensado sem acumu-


lações. É possível realizar a regulação do lado do vapor. Evitam-se refluxos
do condensado e golpes de aríete nas superfícies de aquecimento. A vál-
vula anti-retorno DISCO RK instalada adicionalmente impede que o con-
densado retorne do colector na presença de um forte estrangulamento ou
corte da entrada de vapor. O vaposcópio montado a jusante das superfí-
cies de aquecimento permite o controlo visual. A acumulação de conden-
sado é detectada de forma fiável.

2.7.2. Drenagem de vários permutadores de calor ligados em paralelo com


um único purgador (drenagem colectiva = um único depósito de con-
densado em vez de vários mais pequenos) (Fig. 18).

2 bar 1,8 bar

2 bar 1,8 bar

Válvula anti-retorno DISCO RK


Purgador de condensados

Fig. 18 A drenagem colectiva deve ser evitada. A descida de pressão na conduta


de vapor causa pressões variáveis. Isto faz com que os permutadores de
calor sejam curto-circuitados do lado do condensado. Isto, por sua vez,
provoca uma acumulação de condensado e golpes de aríete.

29
2.7.3. Drenagem de vários permutadores de calor ligados em série
(p. ex., drenagem de prensas de vários andares) (Fig. 19).

2 bar

1,8 bar

Fig. 19 Ligação sequencial - ligação em série.


Especialmente adequada para pequenos permutadores de calor do
mesmo tipo (por exemplo, placas de aquecimento de pequenas prensas de
vários andares). Uma condição essencial é a existência de uma inclinação
contínua até ao purgador de condensados. Para obter temperaturas super-
ficiais absolutamente idênticas nas superfícies de aquecimento, não pode
ocorrer qualquer acumulação de condensado no espaço do vapor. Em
muitos casos, isto só pode ser evitado através de uma certa fuga de vapor
do purgador (BK regulado em conformidade). Como, neste caso, ocorrem
perdas de vapor, a drenagem individual pode ser a solução mais económi-
ca, mesmo para permutadores de calor muito pequenos.

30
2.8. Acumulação de condensado (vantagens e desvantagens).

2.8.1. A acumulação de condensado na superfície de aquecimento reduz a


potência de aquecimento (Fig. 20).

Vapor quente

Vapor sobreaquecido

coeficiente de transferência térmica

entre vector térmico e produto


temperatura diferencial média
Vapor saturado

superfície de aquecimento
potência de aquecimento
Condensação em
película

Condensado

∆δm =
Q =

A =
k =


Redução do Calor de Subarrefeci-
sobreaquecimento condensação mento
Fig. 20 Aquecimento com vapor quente e acumulação de condensado.
Troca de calor e padrão da temperatura num gerador de água quente aque-
cido a vapor (permutador de calor em contracorrente)
Exemplo: A superfície de aquecimento é aquecida, à vez, com vapor quente,
vapor saturado e condensado; o fluido a ser aquecido é água. Isto resulta nos
seguintes valores de transmitância térmica:
Para o vapor quente k 92 W/m2K (335 kJ/m2hK)
Para o vapor saturado k 1160 W/m2K (4187 kJ/m2hK)
Para o condensado k 400 W/m2K (1465 kJ/m2hK)
A potência de aquecimento com vapor saturado é cerca de 12 vezes superior
do que com vapor quente e cerca de 4 vezes superior do que com condensado.

2.8.2. A acumulação de condensado na superfície de aquecimento permite


um aproveitamento adicional do calor. No entanto, há que ter em aten-
ção que a acumulação de condensado na superfície de aquecimento
pode provocar golpes de aríete.

31
2.9. Medidas para evitar golpes de aríete.

2.9.1. Superfícies de aquecimento livres de condensado através de instala-


ção correcta (Fig. 21, 22 e 23).

a) Em instalações desligadas dá-se a geração de vácuo quando o resto do


vapor condensa. Isto pode fazer com que o condensado seja novamente
aspirado para a superfície de aquecimento ou não seja totalmente evacu-
ado da superfície de aquecimento. Quando a instalação é reiniciada, o
vapor flúi acima do nível da água, condensa subitamente e provoca golpes
de aríete.

Quebra-vácuo

b) A montagem de uma válvula anti-retorno DISCO como quebra-vácuo


impede a formação de vácuo. O condensado não pode ser aspirado de
volta e o condensado residual será escoado. Isto impede os golpes de
aríete. Se existir sobrepressão na conduta de condensado, recomenda-se
igualmente a montagem de uma válvula anti-retorno DISCO a jusante do
purgador.

Fig. 21 Golpes de aríete em permutadores de calor.

32
Permutador de calor
horizontal

Bolhas de vapor

Vapor flúi acima do


nível da água
Formação de bolhas de
vapor no condensado,
conduzindo a golpes
de aríete Golpes de aríete
devido a acumulação

Purgador de condensados
de bóia

Fig. 22 Golpes de aríete em permutadores de calor


horizontais, regulados do lado do vapor.
Os golpes de aríete são evitados se o condensado for completamente des-
carregado da superfície de aquecimento em todas as fases de operação
(prevenção de acumulação de condensado). Os golpes de aríete podem
ocorrer se parte das serpentinas de aquecimento estiveram alagadas (acu-
mulação de condensado). O condensado arrefece, o vapor flúi acima do nível
de condensado frio, o que provoca a formação de bolhas de vapor, que con-
densam repentinamente.

Possíveis causas de acumulação de condensado.


Purgadores inadequados (p. ex., porque a descarga de vapor não é instantâ-
nea ou não têm um tamanho adequado).
Purgadores não funcionais (p. ex., não abrem ou abrem apenas com um
subarrefecimento do condensado demasiado alto).
Pressão diferencial insuficiente para o purgador, por exemplo, devido a des-
cida de pressão excessiva no permutador de calor em condições de baixa
carga (p. ex., contrapressão na conduta de condensado a jusante do purga-
dor >1 bar a, pressão no permutador de calor com carga parcial <1 bar a).

Medidas para evitar golpes de aríete.


Utilizar exclusivamente purgadores de bóia UNA Duplex, pois realizam a
descarga instantânea do condensado sem acumulação.
Assegurar que o purgador é suficientemente grande, pois com condições de
baixa carga, a pressão a montante do purgador pode ser extremamente
baixa (podendo verificar-se, inclusive, vácuo!).
Neste caso, a jusante do purgador não pode existir sobrepressão (contra-
pressão, condutas a subir) e o condensado deve fluir para o purgador com
máxima inclinação possível.
Se for possível a formação de vácuo no permutador de calor, deve ser pre-
visto um quebra-vácuo (válvula anti-retorno RK) na conduta de vapor a jusan-
te do regulador.

33
2.9.2. Condutas de condensado "secas" (inclinação suficiente, sem formação
de bolsas de águas).

Condensado

Fig. 23 Formação indesejada de bolsas de água.

2.9.3. Condutas de vapor secas e distribuidores de vapor (extracção de vapor


pelos distribuidores ou tubagens sempre por cima; drenagem adequada,
se necessário com a instalação de um secador de vapor) (Fig. 23, 23a,
23b, 24, 30).
Instalar pontos de drenagem numa conduta de vapor pelo menos a cada
100 m e antes de cada secção ascendente da tubagem.

Extracção do
vapor
sempre
por cima

Válvula de purga
Purgador de condensados

Fig. 23a  Drenagem do distribuidor de vapor.

34
Extracção de
vapor

Conduta de vapor

Válvula de purga
Purgador de condensados

Fig. 23b  Drenagem do distribuidor de vapor.

D1 mm 50 65 80 100 125 150 200 250 300 350 400 450 500 600
D2 mm 50 65 80 80 80 100 150 150 200 200 200 250 250 250

35
Conduta de vapor Conduta de vapor

a) b)

Válvula de purga Purgador de condensados

Fig. 24 Golpes de aríete em condutas de vapor.


a) Sempre que a válvula de fecho é fechada, o vapor residual que fica na
conduta condensa. O condensado acumula-se na parte inferior da condu-
ta e arrefece. Quando a válvula de fecho é reaberta, o fluxo de vapor entra
em contacto com o condensado frio. Isto provoca um golpe de aríete.
b) Se não for possível alterar o encaminhamento da conduta, esta deve ser
drenada, mesmo que seja relativamente curta.

2.9.4. Purgador de condensados de funcionamento contínuo.


Frequentemente, os purgadores térmicos realizam a descarga do con-
densado de forma intermitente e, por isso, só são recomendados para
pequenos caudais de condensado. É aconselhável drenar os permutado-
res de calor, especialmente aqueles que são regulados do lado do vapor,
através de purgadores de condensados de bóia do tipo UNA.

2.9.5. Reservatórios acumuladores e "chaminés de equilíbrio" se o condensa-


do for conduzido para um nível mais elevado (Fig. 25).

a) b)

Fig. 25 Golpes de aríete no caso de elevação do condensado.


a) Se o condensado tiver de ser elevado, podem ocorrer golpes de aríete.
b) A solução é instalar um compensador que descarrega o condensado de
forma pouco ruidosa e amortece eventuais golpes de aríete.

36
2.9.6. Planeamento e disposição adequados dos vários ramais de condensa-
do e do colector (Fig. 26 e 27).

Colector de condensado

Reservatório
colector

a) O condensado do consumidor na extremidade arrefece fortemente a


caminho do reservatório colector. O condensado com o vapor de expan-
são dos consumidores mais perto mistura-se com este condensado mais
frio. O vapor de expansão condensa subitamente e provoca golpes de
aríete.

Colector de condensado

Reservatório
colector

b) Os golpes de aríete são evitados, se o condensado for conduzido separa-


damente para o reservatório colector. O condensado de consumidores
com diferentes pressões de serviço também deve ser conduzido para o
reservatório através de colectores separados.

Fig. 26 Golpes de aríete em condutas de condensado.

Vindo do permutador de calor

Conduta de condensado

Para o reservatório de condensado

Colector de condensado

Fig. 27 O condensado dos vários pontos de drenagem é conduzido para o colec-


tor no sentido do fluxo.

37
2.10. A presença de ar ou outros gases não condensantes reduz a potência de
aquecimento e provoca temperaturas superficiais irregulares. Com uma per-
centagem de ar de 10%, a potência de aquecimento desce aprox. 50% (des-
vantajoso em prensas, cilindros de secagem) (Fig. 3, 28).

ts P Percentagem de ar no vapor em volume

Temperatura Sobrepressão 1% 3% 6% 9% 12% 15%


do vapor sem mistura
Sobrepressão necessária
saturado do ar do vapor contendo ar
°C bar bar

120,23 1 1,02 1,06 1,13 1,20 1,27 1,35
133,54 2 2,03 2,09 2,19 2,32 2,41 2,53
143,62 3 3,04 3,12 3,25 3,40 3,52 3,71
158,84 5 5,06 5,18 5,38 5,60 5,82 6,06
184,05 10 10,11 10,34 10,70 11,09 11,50 11,94
201,36 15 15,16 15,48 16,02 16,58 17,20 17,82
214,84 20 20,21 20,65 21,34 22,07 22,87 23,70

Fig. 28

2.10.2. Para câmaras de aquecimento maiores são necessários purgadores de ar


separados (Fig. 29, 29a).

a) b) c) Colector
Purgador com inclinação
Vapor de expansão de ar Colector
para o terceiro lateral para o exterior
p. ex., acima do
nível telhado

Vapos-
cópio
Vapor de
expansão
do primeiro nível

Recipiente de água ou circuito


Condensado

Fig. 29 Purga de ar de evaporadores aquecidos com vapor de expansão.

As câmaras de aquecimento pequenas e médias são adequadamente


purgadas através de um purgador de condensados com purga de ar
automática.

38
Purgador de ar Vapor
Purgador de ar
Vapor

a) Permutador de calor de feixe tubular

Purgador de ar
Purgador
de ar
Vapor
Vapor

b) Aparelhos com revestimento aquecido

Purgador de ar Purgador de ar

Vapor

Vapor

c) Autoclaves

No caso de reservatórios maiores, são necessários dois ou mais purgadores


de ar.

Fig. 29a

39
3. Escolha do purgador
(Para dimensionamento do purgador, v. ponto 12.2).

A escolha do purgador de condensados deve ser feita de forma criteriosa, tendo em


conta o caso de utilização específico.

3.1. O purgador de condensados deve ser dimensionado de forma a conseguir realizar


a descarga adequada, sem problemas, do condensado mesmo nos momentos de
pico de fluxo. Se a instalação for operada com uma pressão variável (por ex.,
instalações reguladas), deve comparar-se as curvas características de rendimento
dos permutadores de calor e dos purgadores entre si. A curva de rendimento do
purgador tem de ser pelo menos igual à do permutador de calor às pressões de
serviço possíveis (p. ex., instalações reguladas) e, se possível, superior. Um pur-
gador demasiado pequeno provoca acumulação de condensado, o que, por sua
vez, provoca golpes de aríete e redução da potência de aquecimento.

3.2. Por outro lado, o purgador não deve ser excessivamente grande, pois terá ten-
dência a realizar um controlo excessivo e operação intermitente, provocando
igualmente golpes de aríete. Isto deve ser tido em atenção especialmente no
caso de purgadores termodinâmicos de disco e purgadores de condensados
com copo invertido.

3.3. O purgador de condensados deve possuir purga de ar automática, incluindo


durante a operação. A presença de ar na câmara de aquecimento faz com que
durante o arranque o tempo de aquecimento seja demasiado longo e durante a
operação normal reduz a potência de aquecimento (Fig. 28).

3.4. Normalmente, o purgador de condensados deve drenar o condensado rapida-


mente para impedir a acumulação de condensado na superfície de aquecimento.

3.5. O design dos purgadores de condensados (superfície de aquecimento suficien-


temente grande e configuração adequado do permutador de calor e tubagens
para evitar golpes de aríete) deve permitir a descarga do condensado com um
certo grau de subarrefecimento (gama GESTRA: BK com maior subarrefecimen-
to, MK com cápsula U, UBK). O grau de subarrefecimento possível depende da
temperatura nominal do produto a ser aquecido.

40
Página
4. Os permutadores de calor mais comuns –
Escolher o purgador de condensados mais adequado

4.1. Condutas de vapor 43


4.1.1. Secadores de vapor (separadores de água) 43
4.1.2. Tubagens de vapor saturado (sem secador de vapor) 44
4.1.3. Condutas de vapor quente 45
4.1.4. Reguladores de pressão – ver 13.1. 125
4.1.5. Reguladores de temperatura – ver 13.2. 128

4.2. Distribuidores de vapor – ver 4.1. 43

4.3. Radiadores de vapor, radiadores de tubos com aletas,


painéis radiantes, convectores para aquecimento ambiente 46

4.4. Aquecedores de ar 47
4.4.1. Aquecedores de ar, regulados do lado do ar 47
4.4.2. Aquecedores de ar, regulados – ver 4.6.1. 49

4.5. Serpentinas de aquecimento, unidades de aquecimento horizontais 48

4.6. Sistema de ar condicionado 49


4.6.1. Unidades de aquecimento (aquecedores de ar) 49
4.6.2. Humidificadores de ar 50

4.7. Caldeiras, reguladas 50

4.8. Aparelhos em contracorrente, regulados 51


4.8.1. Aparelhos em contracorrente horizontais 51
4.8.2. Aparelhos em contracorrente verticais 52
4.8.3. Aparelhos em contracorrente verticais
com aproveitamento do calor do condensado 52
4.9. Pré-aquecedores tubulares 53

4.10. Digestores 55
4.10.1. Digestores industriais (p. ex., refinarias de açúcar,
indústria química, indústria da celulose) 55
4.10.2. Caldeiras de cozedura com serpentina de aquecimento 56
4.10.3. Caldeiras de cozedura com camisa de vapor 57
4.10.4. Caldeiras de cozedura inclináveis 58

4.11. Caldeiras de fabrico de cerveja (caldeiras de fermentação,


caldeiras para mosto) 59
Página

4.12. Evaporadores de grande capacidade 60

4.13. Destiladores, com aquecimento indirecto 61

4.14. Cilindros de secagem, rolos de secagem 62

4.15. Banhos (p. ex., limpeza, decapagem) 63


4.15.1. Serpentinas de aquecimento com inclinação uniforme
e descarga do condensado na base 63
4.15.2. Banhos de ácido 64

4.16. Secadores de tapete 65

4.17. Mesas aquecedoras, placas de secagem 66

4.18. Prensas de vários andares 67


4.18.1. Prensas de vários andares, placas de aquecimento ligadas
em paralelo 67
4.18.2. Prensas de vários andares, placas de aquecimento ligadas
em série 68

4.19. Prensas de pneus (prensas de vulcanização) 69

4.20. Tambores de vulcanização 70

4.21. Autoclaves 71

4.22. Prensas de engomar, máquinas de engomar 72

4.23. Manequins a vapor – ver 4.22. 73

4.24. Calandras a vapor (máquinas de secar e passar) 74

4.25. Máquinas de limpeza a seco 75

4.26. Fitas de aquecimento de tubagens 76

4.27. Fitas de aquecimento isoladas 77

4.28. Fitas de aquecimento de instrumentos 78

4.29. Aquecimento de tanques 79


4. Os permutadores de calor mais comuns –
Escolher o purgador de condensados mais adequado.
4.1. Condutas de vapor.

4.1.1. Secadores de vapor (separadores de água) (Fig. 30).

Fig. 30 Secador de vapor GESTRA com um purgador de condensados UNA 2.

Na prática, o vapor não sobreaquecido (vapor saturado) contem sempre


uma maior ou menor percentagem de gotículas de água (vapor húmido),
que provoca a redução da capacidade de aquecimento (redução da
potência de aquecimento). Adicionalmente, uma percentagem de água
demasiado elevada podem provocar golpes de aríete na conduta de
vapor. De igual forma, um teor de humidade demasiado elevado também
é indesejável, por exemplo, em prensas de engomar, sistemas de ar con-
dicionado, etc.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador:
O condensado que esteja perto da temperatura de saturação deve ser
descarregado imediatamente. Adicionalmente, o ar da conduta de vapor
deve ser automaticamente purgado pelo purgador.
É necessário utilizar um purgador de condensados de bóia.

43
Equipamento recomendado:
Purgadores de condensados de bóia Duplex UNA e secadores de vapor
GESTRA tipo TD.
Frequentemente, a drenagem normal das condutas com um purgador
não é suficiente. Nesses casos, é recomendável a montagem de um
secador de vapor (p. ex., se forem utilizados geradores de vapor rápidos
ou se o vapor for injectado no produto) com funcionamento centrífugo,
que separe as gotículas de água e as encaminhe para o purgador.

4.1.2. Condutas de vapor saturado (sem secador de vapor).


O purgador de condensados utilizado sozinho para drenar as tubagens só
consegue remover o condensado formado na base da conduta de vapor,
mas não as gotículas de água em suspensão no vapor. Para tal, é necessá-
rio um secador de vapor (ver ponto 4.1.1.). Durante o aquecimento da tuba-
gem (arranque), é formada uma grande quantidade de condensado, fazendo
com que as baixas pressões prevalentes no sistema tenham um efeito ainda
mais agravante. Durante todo o tempo de serviço, são continuamente forma-
das pequenas quantidades de condensado, em função da qualidade de
isolamento da tubagem. Devem ser previstos pontos de drenagem, p. ex.,
em pontos baixos, no fim da tubagem, antes de troços ascendentes, no
distribuidor de vapor e em troços horizontais, a intervalos máximos de 100
m (Fig. 23 e 24).
Para uma drenagem eficaz do condensado das condutas de vapor, deve
ser prevista uma bolsa de água (p. ex., uma peça em T) (Fig. 23). No caso
de tubagens maiores e mais compridas, recomenda-se a instalação de
uma válvula de purga do tipo AK 45 para descarga da carga inicial grande
e para soprar a sujidade directamente para o exterior.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Atendendo às condições específicas verificadas, durante o arranque, o
purgador deve realizar a purga de ar da instalação e descarregar simul-
taneamente a quantidade de água relativamente grande a uma pressão
diferencial baixa sem grandes atrasos.
- Durante a operação deve ter-se em conta que pequenas quantidades
de condensado estão continuamente a ser formadas quase à tempera-
tura de saturação.
- Durante períodos de paragem previstos, o purgador deve drenar a
tubagem e a si próprio, pelo menos em instalações exteriores, para
evitar o perigo de congelamento.
Equipamento recomendado:
- UNA Duplex para montagem vertical: com uma carga de condensado
menor no funcionamento contínuo, também são adequados os tipos
BK e MK com cápsula de regulação N. Se o purgador realizar, excep-
cionalmente, a drenagem para o exterior, o vapor de expansão forma-
do pode incomodar. Se o purgador não estiver instalado perto da
conduta de vapor, mas alguns metros afastado, pode ser utilizado o
MK com cápsula U ou o BK com subarrefecimento = 30 - 40 K.

44
4.1.3. Condutas de vapor quente.
Normalmente, não há formação de condensado durante o funcionamento. As
perdas de calor através da tubagens, regra geral, só provocam uma redução
da temperatura de sobreaquecimento. Só se forma condensado aquando do
arranque da instalação e quando não existir extracção de vapor ou esta for
muito reduzida, ou seja, quando o caudal de vapor é muito baixo. A quanti-
dade de vapor formada durante o funcionamento depende, assim, exclusiva-
mente das perdas de calor da conduta de condensado até ao purgador.
Se puder partir-se do princípio que durante o funcionamento não será for-
mado condensado na conduta de vapor (extracção de vapor constantemen-
te alta), basta a drenagem durante o arranque em instalações em espaços
onde não haja o risco de congelamento. Em instalações no exterior que
corram o risco de congelamento, basta drenar o condensado formado na
conduta a uma temperatura que impeça o congelamento. Isto é particular-
mente importante no caso de drenagem para o exterior, pois a baixa tem-
peratura de descarga reduz a formação de vapor de expansão indesejado
para níveis mínimos (Fig. 31).
A quantidade de condensado formado e, consequentemente, a formação
de vapor de expansão são tanto menores quanto mais curta for a conduta
de condensado a montante da purgador. Por isso, o purgador deve ser
instalado o mais perto possível da conduta de vapor, com a conduta de
condensado e o purgador devidamente isolados.
Conduta de
vapor quente

Válvula de arranque Purgador automático


AK 45 UNA/BK

Descarga para o
exterior
Fig. 31

Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:


- Caudal elevado durante o arranque (caudal de água fria) com pressões rela-
tivamente baixas e uma boa capacidade de purga de ar, fecho o mais pos-
sível estanque ao vapor e, se necessário, descarga do condensado com um
subarrefecimento superior e simultaneamente um caudal de água fria maior.
Equipamento recomendado:
- Se durante o funcionamento ocorrer a formação de condensado na con-
duta de vapor, mesmo que apenas por períodos curtos, escolher o tipo
UNA ou BK com ajustes de fábrica.
- Se a formação de condensado só ocorrer durante o arranque, usar o tipo
BK, ajustado para subarrefecimento. Com uma carga de condensado
relativamente grande e pressões muito baixas durante o arranque, é
recomendável usar a válvula de drenagem de arranque GESTRA do
tipo AK. Esta permanece aberta até ser atingida uma pressão diferen-

45
cial pré-definida e quando é atingida a pressão diferencial nominal
fecha. A drenagem e purga de ar restantes são realizadas pelo purga-
dor de condensados normal.
- Em instalações no exterior que corram o risco de congelamento, a
conduta de condensado deve ser drenada directamente a montante do
AK e, adicionalmente, o AK e a conduta de condensado a montante do
AK devem ser isolados.

4.1.4. Reguladores de pressão ver ponto 13.1.

4.1.5. Reguladores de temperatura ver ponto 13.2.

4.2. Distribuidores de vapor ver ponto 4.1. Condutas de vapor.

MK 20 ou MK 35/32
UBK

Fig. 32

4.3. Radiadores de vapor, radiadores de tubos com aletas, painéis radiantes, con-
vectores para aquecimento ambiente (Fig. 32).
Do ponto de vista higiénico e fisiológico, as temperaturas de aquecimento baixas
com pressões de vapor correspondentemente baixas (p. ex., vapor de expansão
reduzido de um intervalo de pressões mais alto) representam uma vantagem.
No caso de superfícies de aquecimento correspondentemente grandes (sobredi-
mensionadas), as mesmas podem ser parcialmente alagadas com condensado, o
que conduz, pelo menos a pressões mais elevadas, a uma redução da temperatu-
ra de aquecimento e, logo, a uma poupança do vapor (redução dos custos).
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Em instalações de baixa pressão, um caudal suficiente mesmo com gradientes
de pressão extremamente baixos.
- Com pressões mais altas, descarga do condensado com um certo grau de
subarrefecimento.
- Relativamente insensível a sujidade (p. ex., partículas de ferrugem causadas pelo
funcionamento intermitente e períodos de paragem longos da instalação de
aquecimento).
- Componentes internos resistentes à corrosão.
Equipamento recomendado:
- Para instalações de baixa pressão, o MK 20. Para pressões mais elevadas, o MK
35/32 com cápsula U.
- BK com maior subarrefecimento.
- Se for possível um subarrefecimento do condensado para 85 °C (com superfície
de aquecimento suficientemente grande e sem perigo de golpes de aríete): UBK.

46
4.4. Aquecedores de ar.

4.4.1. Secadores de vapor, regulados do lado do ar (Fig. 33).

Para baixa pressão:


MK 20, UNA Duplex

Para pressões até 32 bar:


Fig. 33 MK 45-5, BK 45

De uma forma geral, os aquecedores independentes (não integrados em


sistemas de ar condicionado ou destinados a pré-aquecimento do ar em
instalações de fabrico e de secagem) só são regulados do lado do ar, p.
ex., ligando/desligando o ventilador.
Neste caso, são de esperar cargas de condensado muito altas ou muito
baixas. Em aquecedores do ar aquecidos com vapor a baixa pressão, a
pressão no espaço do vapor pode apresentar grandes oscilações (a pres-
são desce com a subida da quantidade de condensado).
Com pressões do vapor mais altas, é vantajosa uma utilização adicional do
calor do condensado directamente no aquecedor de ar através da acumulação
de condensado, se não for utilizado de outro modo durante o funcionamento.
No entanto, uma condição essencial para tal é que a potência de aqueci-
mento do aquecedor de ar ainda seja suficiente e as aletas de aqueci-
mento estejam dispostas (verticalmente) para prevenir golpes de aríete.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Em instalações de baixa pressão, um caudal relativamente grande,
mesmo com gradientes de pressão muito baixos.
- Em instalações com pressões de vapor quente médias, em que seja
possível aproveitar o calor do condensado através de acumulação, o
purgador tem de conseguir descarregar o condensado com subarrefe-
cimento. Em ambos os casos, os purgadores têm de purgar o ar das
instalações de forma automática.
Equipamento recomendado:
- MK 45-2, UNA Duplex.
- MK com cápsula U.

47
4.4.2. Aquecedores de ar, regulados
Ver ponto 4.6.1. «Sistemas de ar condicionado».

4.5. Serpentinas de aquecimento, unidades de aquecimento horizontais (Fig. 34).

Fig. 34

Para evitar golpes de aríete, a tubagem entre a entrada de vapor e o purgador


de condensados tem de ter uma inclinação permanente. As várias unidades de
aquecimento de um grupo devem ser ligadas em paralelo e drenadas individual-
mente (ver ponto 2.7.).
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Descarga do condensado sem acumulação, mesmo com temperaturas ambien-
tes altas (p. ex., no caso de instalação directa no grupo de aquecedores).
- Purga de ar automática.
Equipamento recomendado:
- MK com cápsula de regulação N (MK com cápsulas H para caudais maiores);
UNA Duplex.

48
4.6. Sistemas de ar condicionado (Fig. 35).

Contrapressão = 0 bar Separador de água

Fig. 35

4.6.1. Unidades de aquecimento (aquecedores de ar).


No caso de unidades de aquecimento reguladas do lado do vapor, à
descarga do condensado (ver também o ponto 4.8 «Aparelhos em contra-
corrente regulados») aplica-se o seguinte:
A pressão no espaço do vapor e a quantidade de condensado pode apre-
sentar grandes oscilações e em condições de baixa carga, a pressão
pode chegar a ser de vácuo. Nesse caso, entrará ar no espaço do vapor,
o qual tem terá de ser evacuado rapidamente quando for necessário
aumentar a potência de aquecimento. Para evitar uma estratificação tér-
mica na corrente de ar aquecida, assim como golpes de aríete, em con-
dições de baixa carga deve evitar-se a acumulação de condensado. Para
o efeito, é necessário garantir uma inclinação suficiente (sem contrapres-
são!), incluindo a jusante do purgador, para permitir a descarga do con-
densado mesmo com um funcionamento quase sem pressão.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- À semelhança do que se passa com todos os sistemas regulados, o
purgador tem de reagir imediatamente às condições de funcionamento
(pressão, quantidade) em permanente mudança para evitar a acumula-
ção de condensado.
- Mesmo com gradientes de pressão muito baixos, tem de ser possível
a descarga de caudais elevados.
- O purgador tem de purgar o ar da instalação de forma automática
durante o funcionamento.
Equipamento recomendado:
- UNA Duplex, MK com cápsula de regulação N (MK com cápsulas H
para caudais maiores).

49
4.6.2. Humidificadores de ar.
Para obter uma humidificação do ar homogénea, o vapor deve ser o mais
possível seco. Por isso, este deve ser seco de forma mecânica antes de
ser conduzido para o tubo distribuidor de vapor (lança de vapor) (ver
ponto 4.1.1. «Secadores de vapor»).
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
O condensado que está quase à temperatura de saturação deve ser des-
carregado imediatamente (sem acumulação).
Equipamento recomendado:
- UNA Duplex.
- Se existir uma secção de arrefecimento, também pode ser utilizado o
MK com cápsula de regulação N.

4.7. Caldeiras, reguladas.


Por exemplo, para preparação de água quente (Fig. 36).

Contrapressão = 0 bar
Fig. 36

O consumo de água quente não é realizado de forma contínua, mas mais ou


menos de forma intermitente. Logo, o aquecimento também é intermitente. Perí-
odos com uma carga de condensado muito baixa (apenas reposição das perdas
de calor) com gradientes de pressão muito baixos alternados com períodos com
cargas muito elevadas com gradientes de pressão o mais altos possível. Para
evitar golpes de aríete durante os períodos de baixa carga – em que a pressão
no espaço do vapor pode descer para valores de vácuo – o condensado deve
poder drenar por gravidade (sem contrapressão) também a jusante do purgador.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Reacção imediata a grandes oscilações da pressão e do caudal.
- Boas capacidades de purga de ar, porque pode ocorrer a entrada de ar duran-
te períodos de baixa, que tem de ser purgado quando a carga é aumentada.
- Caudal relativamente grande, mesmo com gradientes de pressão muito baixos.
Equipamento recomendado:
- UNA Duplex, MK com cápsula de regulação N (MK com cápsulas H para cau-
dais maiores).

50
4.8. Aparelhos em contracorrente, regulados.

4.8.1. Aparelhos em contracorrente horizontais (Fig. 37).

Fig. 37

Estes aparelhos trabalham com o intervalo de pressões completo, desde


pressões muito baixas (baixa carga) até ao vácuo, mesmo que por pouco
tempo, e até às pressões máximas admissíveis.
A carga de condensado varia em conformidade. As pressões de serviço
extremamente baixas possíveis aconselham a drenagem do condensado
por gravidade, não apenas a montante do purgador, como também a
jusante. Não é permitida contrapressão. Se isto não for observado,
durante períodos de baixa carga podem ocorrer golpes de aríete devido
à acumulação de condensado até à superfície de aquecimento, o que
pode causar problemas consideráveis (ver também Fig. 21, 22). A acumu-
lação de condensado não admissível também pode ser causada por um
purgador demasiado pequeno.
Para escolher o tamanho, além de considerar a máxima carga de conden-
sado possível à pressão máxima admissível, há também que comparar a
capacidade do permutador de calor no intervalo de baixa carga com o
caudal do purgador à pressão de vapor esperada na superfície de aque-
cimento. O purgador tem de conseguir lidar com as condições mais
desfavoráveis possíveis. Se não for possível obter os dados do intervalo
de baixa carga, para determinar o tamanho do purgador aplica-se a
seguinte fórmula empírica: a pressão diferencial eficaz (pressão efectiva)
é aprox. 50 % da pressão de serviço.
Caudal de condensado para dimensionamento = caudal máximo espera-
do com plena carga do permutador de calor.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
Acumulação de condensado imperceptível em todas as fases de funcio-
namento, caudal relativamente grande com pressões baixas, funciona-
mento perfeito mesmo no intervalo de vácuo, purga de ar automática,
incluindo durante o funcionamento.
Equipamento recomendado:
- UNA Duplex.

51
4.8.2. Aparelhos em contracorrente verticais.
Não são necessárias medidas especiais.

4.8.3. Aparelhos em contracorrente verticais com aproveitamento do calor do


condensado.
Nos aparelhos em contracorrente horizontais existe a tendência para ocor-
rerem golpes de aríete devido ao alagamento até à superfície de aqueci-
mento, pelo menos quando o vapor quente está a circular no feixe tubular.
Nos aparelhos verticais, normalmente não ocorrem golpes de aríete,
mesmo quando há acumulação de condensado. Estes aparelhos permi-
tem o aproveitamento directo do calor do condensado, alagando parte da
superfície de aquecimento.
Muito frequentemente, a capacidade do permutador de calor é regulada atra-
vés da alteração do tamanho da superfície de aquecimento onde ocorre a for-
mação de vapor (maior ou menor acumulação de condensado) instalando uma
válvula de regulação da temperatura no lado de saída do condensado (Fig. 38).

Vapor

Purgador de ar

Produto

Purgador de condensados

Termóstato
Regulador de temperatura

Fig. 38 Pressão constante na superfície de aquecimento.


Acumulação de condensado variável de acordo com a carga.

Se a instalação for regulada do lado do vapor, pode ser mantido um nível


constante no permutador de calor através da instalação de um purgador
de bóia como regulador de nível (ver Fig. 16). No caso de regulação do
lado do condensado, é possível impedir a saída de vapor vivo, p. ex.,
durante o arranque, funcionamento com plena carga ou falha do regula-
dor, através da montagem adicional de um purgador de condensados.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
Regulação do lado do vapor:
- Manutenção de um nível de condensado constante predefinido.
Regulação do lado do condensado:
- Com temperaturas do condensado baixas, fluxo livre, tanto quanto pos-
sível (pouca resistência do caudal), fecho o mais tardar quando a tempe-
ratura de vapor saturado for atingida.
52
Requisito adicional:
Como o nível de condensado tem de ser mantido constante, o ar presen-
te no espaço do vapor não pode escapar através da conduta de conden-
sado. Por isso, o espaço do vapor tem de ter uma purga de ar separada.
Equipamento recomendado:
- Com regulação no lado do vapor, o UNA Duplex.
- Com regulação no lado do condensado, o MK com cápsula de regula-
ção N ou o BK.
- Para purga de ar, o MK ou, no caso de vapor sobreaquecido, o BK.

4.9. Pré-aquecedores tubulares


Os pré-aquecedores são utilizados para o aquecimento dos mais diversos pro-
dutos que flúem através deles. A pressões de serviço variam dependente da
temperatura do produto desejada. Os pré-aquecedores podem ser regulados em
função da temperatura de saída do produto ou operados de forma não regulada.
Por conseguinte, só podemos fazer recomendações básicas.
Os pré-aquecedores horizontais, em que o vapor de aquecimento flúi através do
feixe tubular, têm tendência a produzir golpes de aríete no caso de acumulação
de condensado. Neste caso, devem ser utilizados purgadores que não causem
acumulação de condensado. O feixe tubular em U tem menos tendência para
produzir golpes de aríete (Fig. 37 e 39).

Fig. 39

Pré-aquecedores verticais, em que o vapor de aquecimento flúi através do feixe


tubular, funcionam sem golpes de aríete mesmo com acumulação de condensa-
do (p. ex., Fig. 38). Os pré-aquecedores, em que o produto a ser aquecido flúi
através do feixe tubular e o vapor de aquecimento a circular em volta dos tubos
individuais, normalmente também não têm tendência para golpes de aríete.
A capacidade nominal do pré-aquecedor baseia-se, de forma geral, no pressu-
posto de que a superfície de aquecimento está totalmente cheia de vapor. Isto
deve ser tomado em consideração aquando do dimensionamento e escolha do
purgador, independentemente do tipo de pré-aquecedor. A acumulação de con-
densado reduz a potência de aquecimento.
No que toca aos pré-aquecedores regulados, aplicam-se por analogia as reco-
mendações para os aparelhos em contracorrente regulados (ver 4.8.).
53
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Dependem das condições de funcionamento individuais (pressão, quantidade,
acumulação de condensado admissível ou desejável, acumulação de conden-
sado não admissível, pré-aquecedor regulado, pré-aquecedor não regulado).
- Em qualquer dos casos, o purgador deve ter purga de ar automática.
Purgadores recomendados:
Para pré-aquecedores regulados:
- UNA Duplex, MK com cápsula de regulação N (MK com cápsulas H para
caudais maiores).
Para pré-aquecedores não regulados, se a acumulação de condensado for inde-
sejável:
- MK com cápsula de regulação N, UNA Duplex.
Para pré-aquecedores não regulados, se a acumulação de condensado for dese-
jável:
- MK com cápsula U, BK com maior subarrefecimento.

54
4.10. Digestores.

4.10.1. Digestores industriais.

Purgador de ar

Fig. 40

(Por ex., refinarias de açúcar, indústria química, indústria da celulose) (Fig. 40).
Durante a fase de aquecimento, o consumo de vapor e, consequentemente,
a quantidade de condensado formada são, regra geral, várias vezes superio-
res aos verificados durante a fase de cozedura. Se a cozedura ocorrer simul-
taneamente com a evaporação do produto, o consumo de vapor e, logo, a
formação de condensação são bastantes altos (p. ex., cozedores de açúcar).
No caso de um processo de cozedura sem evaporação (p. ex., digestor
de celulose) apenas têm de ser substituídas as perdas de vapor causadas
por irradiação. Em comparação com o processo de aquecimento, fre-
quentemente associado a temperaturas de utilização muito baixas do
produto de cozedura, a formação de condensado durante a cozedura é
extremamente baixa. Dependendo do tamanho do espaço do vapor de
aquecimento, frequentemente não é suficiente o purgador de condensa-
dos para realizar a purga de ar. O espaço do vapor tem de ser purgado
adicionalmente através de um purgador térmico. Isto é especialmente
importante, se o vapor de aquecimento contiver uma grande percenta-
gem de gases não condensáveis (p. ex., cozedores de açúcar, aquecidos
com vapor de suco de beterraba com um elevado teor de amoníaco).
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Descarga sem problemas de caudais de condensados muito grandes,
sendo o caudal durante a fase de aquecimento bastante superior (nal-
guns casos, a pressões baixas) ao da fase de cozedura.
Requisitos adicionais:
- Purga de ar adicional do espaço do vapor de aquecimento.
Equipamento recomendado:
- Para cozedores de açúcar e permutadores de calor semelhantes com
gradientes de pressão muito baixos e pouca variação do caudal entre a
fase de aquecimento e a fase de cozedura, é suficiente o purgador auto-
mático de bocais variáveis não regulado GK, caso contrário o TK.
- Para pressões mais altas, o UNA Duplex.
- Como purgador de ar, o MK com cápsula de regulação N.

55
4.10.2. Caldeira de cozedura com serpentina de aquecimento (Fig. 41).

Fig. 41

Aplicam-se as mesmas considerações a todos os processos de cozedu-


ra: a quantidade de condensado formada durante a fase de aquecimento
é sempre várias vezes superior à da fase de cozedura. Este aspecto deve
ser tido em conta para o dimensionamento e a escolha do purgador,
especialmente porque a acumulação de condensado causado por um
baixo caudal pode provocar golpes de aríete. Além disso, o purgador
deve efectuar a purga de ar de forma automática. No caso de uma purga
de ar deficiente, o tempo de aquecimento é prolongado.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Potência de arranque grande.
- Boa capacidade de purga de ar.
Equipamento recomendado:
- Para pressões baixas e até caudais médios: MK 20, caso contrário MK
com cápsula de regulação N.

56
4.10.3. Caldeira de cozedura com camisa de vapor (Fig. 42).

Fig. 42

A quantidade de condensado atinge o valor mais alto durante a fase de


aquecimento e o valor mais baixo durante a fase de cozedura (ver tam-
bém o ponto 4.10.1.). Por causa do grande tamanho do espaço do vapor
de aquecimento, durante o processo de arranque tem de ser feita a des-
carga de uma grande quantidade de ar; para pequenas caldeiras de
cozedura basta a purga de ar através do respectivo purgador. Em caldei-
ras maiores, é aconselhável realizar-se a purga de ar do espaço do vapor
com um purgador térmico.
Para prevenir o perigo de implosão da camisa de aquecimento se ocorrer
a formação de vácuo, deve ser prevista uma válvula anti-retorno RK GES-
TRA DISCO como quebra-vácuo.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Grande capacidade durante o arranque e de purga de ar.
Requisito adicional:
- Em caldeiras maiores, deve instalar-se um purgador de ar separado no
espaço do vapor, um quebra-vácuo se for possível a ocorrência de
vácuo.
Equipamento recomendado:
- MK com cápsula de regulação N.
- Com pressões de vapor quente extremamente baixas (<0,5 barg) UNA
Duplex.
- Como quebra-vácuo, RK.
Purga de ar:
- MK com cápsula de regulação H ou cápsula de regulação N.

57
4.10.4. Caldeiras de cozedura inclináveis (Fig. 43).

Mangueira de vapor

Se
necessário,
by-pass

Fig. 43

A descarga do condensado é feita com a ajuda de um sifão, que vai até


ao ponto mais fundo do espaço do vapor de aquecimento. O condensado
tem de ser subido até ao eixo de rotação da caldeira e de seguida fluir na
direcção do purgador. Este processo requer um purgador com gradientes
de pressão suficientemente grandes e constantes, os quais têm de ser
produzidos artificialmente, se necessário (p. ex., utilizando um by-pass
num purgador de bóia).
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Geração de um gradiente de pressão suficiente (o purgador deve ser
mantido um pouco aberto) e boa capacidade de purga de ar.
Requisito adicional:
- Pelo menos para digestores de grande dimensão, é necessária uma
purga de ar adicional através de um purgador térmico.
- Relativamente ao quebra-vácuo, ver ponto 4.10.3.
- Instalar purga de ar no lado do eixo oposto à entrada de vapor.
Equipamento recomendado:
- UNA 14/16 Simplex R com tubo de purga de ar.
- Como quebra-vácuo, RK.
Purga de ar:
- MK com cápsula de regulação H ou cápsula de regulação N.

58
4.11. Caldeiras de fabrico de cerveja (caldeiras de fermentação, caldeiras para mosto)
(Fig. 44).

Fig. 44

Trata-se sobretudo de camisas de aquecimento de grande dimensão, frequente-


mente com diferentes zonas de aquecimento e pressões de aquecimento.
Características do processo de esmagamento:
- Elevado consumo de vapor durante da fase de aquecimento,
- Alternado com consumo relativamente baixo durante os períodos de manuten-
ção da temperatura.
Características do processo de fermentação:
- Elevado consumo de vapor durante a fase de aquecimento, podendo a pres-
são descer consideravelmente (p. ex., devido a sobrecarga da rede e, possi-
velmente, também do gerador de vapor).
Isto é seguido por um consumo de vapor uniforme a pressão constante durante
toda a fase de evaporação. Em ambos os casos, tem de ser feita a descarga de
uma grande quantidade de ar no arranque.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Descarga de quantidades de condensado muito elevadas, sem acumulações
para evitar golpes de aríete e para atingir a plena capacidade de aquecimento
em cada fase de funcionamento.
- Capacidade de purga de ar especialmente boa.
Requisitos adicionais:
- Purga de ar separada da superfície de aquecimento com purgadores térmicos
(tipo MK).
- Prevenção da formação de vácuo.
Equipamento recomendado:
- Para caldeiras pequenas e médias: UNA 14/16 Duplex.
- Para caldeiras grandes: UNA 2 Duplex, purgadores de grande capacidade
com controlo piloto termostático TK.
- Como quebra-vácuo, RK.
Purga de ar:
- MK com cápsula de regulação H.
59
4.12. Evaporadores de grande capacidade (Fig. 45).

Purgador de ar

Fig. 45

Além da destilação (ver ponto 4.13.) e do processo de fermentação (ver ponto


4.11.), existem muitos sectores em que os processos de evaporação são neces-
sários para engrossar (ou seja, concentrar) o produto, evaporando parte do seu
teor líquido. Isto pode ser realizado através de um processo contínuo recorrendo
a várias estações de evaporação (refinarias de açúcar) ou descontinuado em
lotes individuais. Durante a evaporação contínua, tirando a fase de arranque, a
carga de condensado mantém-se estável com gradientes de pressão relativa-
mente constantes. No caso da evaporação por lotes, a carga de condensado é
muito superior durante o processo de aquecimento (dependendo da temperatu-
ra inicial do produto a evaporar) do que na fase de evaporação, mantendo-se
relativamente constante depois.
Para atingir a máxima capacidade de evaporação é extremamente importante
uma boa purga de ar do espaço do vapor de aquecimento.
A este respeito, há que ter em atenção o seguinte:
a) No processo contínuo, os vapores do produto a ser evaporado, p. ex., fase de
evaporador a pressão mais alta, podem ser reutilizados como vapor de aque-
cimento com uma percentagem de gás correspondentemente elevada.
b) O espaço do vapor de aquecimento é relativamente grande, pelo que a purga
de ar, mesmo com o funcionamento por lotes, através dos purgadores é muito
difícil sem causar grandes fugas de vapor. Por isso, recomenda-se a instala-
ção de purgadores térmicos para purga de ar adicional do espaço do vapor.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
Descarga de relativamente grandes caudais, frequentemente com gradientes
de pressão muito baixos. Boa capacidade de purga de ar.
Requisito adicional:
- Purga de ar separada do espaço do vapor de aquecimento.

60
Equipamento recomendado:
- Para o processo de evaporação contínua, é suficiente o GK (bocal variável
manual; simples e resistente).
- Para o processo de evaporação por lotes, o TK é melhor adequado (controlo
piloto termostático adapta-se automaticamente às diferentes condições de
funcionamento).
- Para pressões mais altas, o UNA Duplex.
- Como purgador de ar, o MK com cápsula de regulação H.

Fig. 46

4.13. Destiladores, com aquecimento indirecto (Fig. 46).


Para atingir a máxima capacidade de evaporação, a superfície de aquecimento
tem de ser mantida livre de condensado de forma permanente. Mesmo a mais
pequena acumulação de condensado pode afectar consideravelmente a capaci-
dade de pequenos alambiques, p. ex., como os utilizados na indústria farmacêu-
tica para fabricar essências e em laboratórios.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Sobretudo em pequenos alambiques, o purgador deve drenar o condensado
à medida que este é formado, algo que é dificultado pelo facto de o conden-
sado estar relativamente quente (pouco subarrefecimento).
- A mudança frequente dos lotes requer uma purga de ar perfeita durante o
arranque.
Requisito adicional:
- Se necessário, purga de ar e quebra-vácuo adicionais.
Equipamento recomendado:
- MK com cápsula de regulação N, UNA 14/16, UNA 2 Duplex.
- Como quebra-vácuo, RK.
Purga de ar:
- MK com cápsula de regulação H ou cápsula de regulação N.

61
4.14. Cilindros de secagem, rolos de secagem.
(P. ex., para máquinas de fabricar papel, calandras, máquina de fabricar cartão
canelado) (Fig. 47).

Se necessário,
by-pass

Fig. 47

Para um processo de secagem e alisamento optimizado é condição essencial a


manutenção de temperaturas de aquecimento precisas e uniformes em toda a
superfície do cilindro. Isto só pode ser obtido através de uma drenagem do con-
densado do cilindro sem problemas. A concentração de ar no cilindro tem de ser
evitada, pois tal reduziria a temperatura de aquecimento local e conduziria a
temperaturas superficiais mais baixas.
O condensado é elevado do cilindro através de uma concha ou de um tubo de sifão.
Se for usada uma concha, para permitir uma drenagem sem problemas, o conteú-
do da concha tem de poder ser recolhido pelo purgador e pela conduta de conden-
sado que conduz ao purgador. Especialmente, durante a fase de arranque, tem de
ser realizada uma purga de ar eficiente do cilindro.
Se existir um sifão, tem de se garantir um gradiente de pressão suficientemente
grande até ao purgador, para que o condensado seja elevado do cilindro. No caso
de cilindros de funcionamento a baixa velocidade, normalmente é adequado um
purgador térmico padrão. No caso de máquinas de funcionamento a alta velocida-
de, é necessário assegurar uma certa fuga de vapor em função da velocidade de
rotação para evitar a formação de uma película de condensado. Isto pode ser con-
seguido com o BK, através do ajuste para uma certa fuga de vapor e com o UNA
através de by-pass interno ou externo.

Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:


- Purga de ar automática durante o arranque e funcionamento contínuo.
- No caso de cilindros com sifão, o purgador tem de garantir gradientes de
pressão constantes (não pode fechar durante o funcionamento) e tem de per-
mitir uma certa fuga de vapor a velocidades mais altas.

62
Requisitos adicionais:
- O purgador deve ser controlado através de um indicador de nível transparen-
te (instalado a montante do purgador!) em relação a acumulação de conden-
sado (ver Vaposcópio GESTRA). Nalguns casos, é exigido que purgadores
avariados não fechem.
Equipamento recomendado:
- UNA Duplex, se necessário, com by-pass interno ou externo, alavanca de
elevação e tampa do indicador de nível transparente.

4.15. Banhos.
(P. ex., de limpeza, decapagem).

Fig. 48

4.15.1. Serpentinas de aquecimento com inclinação uniforme e descarga do


condensado na base
(Fig. 48) praticamente excluem a ocorrência de golpes de aríete. No caso
de banhos com controlo da temperatura, é a única disposição possível
das serpentinas de aquecimento. De uma forma geral, aplica-se o seguin-
te a instalações reguladas:
Com baixa potência de aquecimento, com um forte estrangulamento da
válvula de regulação, a pressão na serpentina de aquecimento pode des-
cer até valores de vácuo. Para evitar a acumulação de condensado, que
é a causa de golpes de aríete, o condensado deve ser drenado por gra-
vidade (sem contrapressão!).
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
Estes dependem do funcionamento do permutador de calor (regulado ou
não).
Equipamento recomendado:
- Para processos de aquecimento simples de regulação manual: BK, MK
com cápsula de regulação N.
- Para processos de aquecimento regulados: UNA Duplex, MK com
cápsula de regulação N.
63
4.15.2. Banhos de ácido

a) b)

Fig. 49

Por razões de segurança, a serpentina de aquecimento não pode ser


conduzida através da parede do recipiente. O condensado tem de ser
elevado (princípio de aquecedor de imersão). Para prevenir golpes de
aríete, o condensado deve ser conduzido com gradiente para um com-
pensador (Fig. 49a). No caso de tubos de pequeno diâmetro, é suficiente
criar uma chaminé de equilíbrio com um sifão (Fig. 49b).
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Não pode haver funcionamento intermitente, que possa causar golpes
de aríete através de uma paragem ou início do fluxo abruptos.
Equipamento recomendado:
- BK (se a disposição da instalação for desfavorável, a tendência para
golpes de aríete pode ser eliminada através de um ajuste especial do
purgador).
- MK com cápsula de regulação N.

64
4.16. Secadores de tapete (Fig. 50).

Fig. 50

Para obter a capacidade de secagem nominal (desempenho garantido) é essen-


cial que as unidades de aquecimento individuais atinjam a sua plena potência de
aquecimento. Isto implica que as superfícies de aquecimento estejam completa-
mente cheias com vapor e seja realizada uma drenagem sem acumulação de
condensado e com uma boa purga de ar. A unidade de aquecimento carece de
drenagem individual através de um purgador adequado. Se o vapor de expansão
não puder ser utilizado pela instalação, pode ser vantajoso instalar uma unidade
de aquecimento adicional (p. ex., secção de entrada), que possa ser aquecido
com o vapor de expansão ou até mesmo com todo o condensado gerado glo-
balmente.
Para a escolha do purgador de condensados, deve ter-se em conta o pouco
espaço disponível para instalação e que a montagem do purgador no grupo com
camisa, frequentemente solicitada, causa uma temperatura ambiente relativa-
mente alta.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Descarga sem acumulação a temperaturas ambiente relativamente altas.
Purga de ar automática.
- Dimensões reduzidas.
Equipamento recomendado:
- MK com cápsula de regulação N.
- Se houver espaço suficiente, o UNA Duplex.

65
4.17. Mesas aquecedoras, placas de secagem (Fig. 51).

Fig. 51

São utilizadas nas mais diversas instalações de produção com processos de


aquecimento e secagem. A manutenção de uma temperatura superficial unifor-
me que, em certas circunstâncias, tem de poder ser variável, é de importância
fundamental.
A melhor forma de conseguir isto, é ligar as diferentes placas em paralelo e pre-
ver uma entrada de vapor e drenagem individuais, através de um purgador, para
cada uma delas. Isto impede uma interacção negativa entre as placas de aque-
cimento (p. ex., causada por diferentes descidas da pressão).
Se estiverem ligadas em série, que é frequentemente o caso, o condensado tem
tendência a acumular-se nas últimas placas de aquecimento, o que pode provo-
car uma redução da temperatura. Além disso, um único purgador não consegue
realizar uma purga de ar suficiente. Para se obter uma potência de aquecimento
equivalente à da ligação em paralelo, são necessários pelo menos purgadores
de condensados «com extracção».
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Descarga sem acumulação com uma temperatura do condensado relativa-
mente alta.
- Boa capacidade de purga de ar.
Equipamento recomendado:
- MK com cápsula de regulação N.
- UNA Duplex.

66
4.18. Prensas de vários andares (Fig. 52).

4.18.1. Prensas de vários andares, placas de aquecimento ligadas em paralelo.

Fig. 52

Estas prensas exigem temperaturas uniformes na totalidade da superfície


das placas de aquecimento individuais, mas também em todas as placas de
aquecimento ao mesmo tempo, o que significa que a superfície de aqueci-
mento completa tem de receber vapor com a mesma capacidade de aque-
cimento. Por isso, sempre que possível, o vapor deve ser seco (drenagem
do distribuidor de vapor!), a pressão do vapor deve ser igual em todas as
placas de aquecimento (sem bolsas de ar que reduzam a pressão parcial do
vapor), não deve haver acumulação de condensado no espaço do vapor
(transferência de calor deficiente, temperatura de aquecimento média mais
baixa do que a do vapor). Esta última condição exige um gradiente contínuo
suficiente na direcção do purgador.
Não há garantia de que a descida de pressão nas várias placas de aque-
cimento seja uniforme. Por isso, para evitar a acumulação de condensa-
do, cada superfície de aquecimento ligada em paralelo deve ser drenada
por um purgador de condensados próprio.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- A descarga do condensado sem acumulações exige que seja utilizado
um purgador, que drene o condensado praticamente à temperatura de
saturação. Simultaneamente, tem de realizar uma purga de ar adequa-
da da instalação. Quanto mais depressa isto for feito durante o arran-
que, mais curto será o tempo de aquecimento.
Equipamento recomendado:
- MK com cápsula de regulação N.
- UNA Duplex.

67
4.18.2. Prensas de vários andares, placas de aquecimento ligadas em série
(Fig. 53).

Fig. 53

Como já referimos no ponto 4.18.1., a drenagem de placas de aqueci-


mento ligadas em paralelo através de um único purgador é problemática,
pois pode conduzir a acumulação de condensado nas placas de aqueci-
mento individuais e, consequentemente, a uma certa redução da tempe-
ratura superficial (temperatura de aquecimento).
No caso das placas de aquecimento mais pequenas, pode ser suficiente
a ligação em série. Neste caso, deve garantir-se um gradiente contínuo
suficiente na direcção do purgador.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- O purgador tem de conseguir descarregar o condensado à medida que
este se forma, para evitar de forma fiável a acumulação de condensado
na superfície de aquecimento.
Equipamento recomendado:
- MK com cápsula de regulação N.
- UNA 14/16 Duplex.

68
4.19. Prensas de pneus (prensas de vulcanização) (Fig. 54).

Fig. 54

Para vulcanização, é essencial que as temperaturas superficiais sejam absoluta-


mente uniformes. Condição essencial para tal é que a superfície de aquecimento
seja alimentada com vapor puro (sem acumulação do condensado no espaço do
vapor de aquecimento), que as pressões de vapor sejam iguais nos diferentes
segmentos de aquecimento (gradiente de temperatura igual) e que não se verifi-
quem concentrações de ar (causando uma transferência de calor irregular).
A configuração da prensa, a instalação da conduta de vapor e da conduta de
condensado até ao purgador têm de ser feitas de modo a existir um gradiente
contínuo.
A distribuição de vapor necessária para obter pressões de aquecimento iguais
só é possível com a ligação em paralelo dos diferentes segmentos de aqueci-
mento. Para evitar a acumulação de condensado, cada segmento de aqueci-
mento tem de ser drenado individualmente com um purgador próprio.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Descarga do condensado sem acumulação, mas também sem perda de vapor
vivo.
- Boa capacidade de purga de ar (para permitir um tempo de aquecimento
curto).
Equipamento recomendado:
- MK com cápsula de regulação N.

69
4.20. Tambores de vulcanização (Fig. 55).

Fig. 55

A camisa de aquecimento e a câmara de vulcanização aquecida directamente


precisam de drenagem separada. A drenagem da camisa de aquecimento não
representa um problema especial. De forma geral, qualquer purgador com uma
boa capacidade de purga de ar é adequado.
A câmara de vulcanização (ver também o ponto 4.21. Autoclaves) tem de ser
completamente drenada sem qualquer condensado residual. Além disso, aquan-
do da escolha do purgador há que ter em conta que o condensado pode ser
ácido. Recomenda-se a purga de ar separada da câmara de grande capacidade
através de um purgador térmico para evitar a estratificação térmica.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Drenagem sem acumulação da câmara.
- Resistente a condensado ácido.
Requisito adicional:
- Boa purga de ar dos espaços do vapor, devendo a purga de ar da câmara de
vulcanização ser realizada separadamente.
Equipamento recomendado:
- Para camisa de aquecimento: MK, BK.
- Para câmara de vulcanização: MK com cápsula de regulação N, BK, UNA
Duplex.
Para condensado contaminado, UNA Duplex é a melhor opção.
Para condensado ácido, devem ser utilizados os dispositivos MK e UNA
Duplex, especialmente resistentes, totalmente executados em materiais aus-
teníticos (aço ao crómio 18%).
- Para purga de ar: MK com cápsula de regulação N ou cápsula de regulação H.

70
4.21. Autoclaves (Fig. 56).

Fig. 56a

O vapor é alimentado directamente para a câmara contendo o produto a aque-


cer. Não deve verificar-se condensado nas autoclaves. Os salpicos de conden-
sado em ebulição podem danificar o produto. A acumulação de condensado no
fundo da autoclave pode causar tensões térmicas inadmissivelmente altas. Fre-
quentemente, as acumulações de ar no espaço do vapor relativamente grande,
que podem causar estratificações térmicas, não podem ser eliminadas só atra-
vés do purgador. Normalmente, o condensado está fortemente contaminado, em
maior ou menor grau.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Drenagem sem acumulação, mesmo com as pressões de arranque baixas,
associada a uma grande formação de condensado, insensível à sujidade, a
maior capacidade de purga de ar possível durante o arranque.
Requisito adicional:
- Purgador de ar térmico automático.
- No caso de condensado fortemente contaminado, providenciar um recipiente
para recolher as partículas de sujidade grosseiras a montante do purgador (p.
ex., tanque de sedimentação com válvula de purga GESTRA (Fig. 56b)).
Equipamento recomendado:
- UNA Duplex.
- MK com cápsula de regulação N.

PA
Fig. 56b

71
4.22. Prensas de engomar, máquinas de engomar (Fig. 57).

Fig. 57

Temos de diferenciar entre prensas utilizadas exclusivamente para engomar e as


utilizadas para engomar e/ou vaporizar.
No primeiro caso, apenas as superfícies de aquecimento têm de ser drenadas, o
que não representa um problema de maior. O mais importante é garantir que o
condensado pode fluir desimpedido na direcção do purgador.
Regra básica: Cada unidade de engomar deve ter o seu próprio purgador.
Em condições desfavoráveis, pode acontecer que a parte superior e inferior de
uma prensa não sejam convenientemente drenadas através de um purgador
comum, a menos que este seja ajustado para gerar gradientes de pressão sufi-
cientemente grandes através de perdas de vapor. Neste caso, é mais económico
dotar as placas de aquecimento individuais com o seu próprio purgador, que não
cause perdas de vapor.
Para o processo de vaporização é necessário vapor seco (se necessário, deve
ser instalado um secador de vapor a montante). A abertura súbita da válvula de
vaporização não deve permitir a passagem de partículas de condensado, pois tal
sujaria as peças a serem engomadas. Isto pressupõe uma configuração da ins-
talação em conformidade: Se houver dificuldades devido a uma má configura-
ção da instalação, estas podem ser compensadas, em certos casos, através de
um purgador que deixe passar vapor vivo, o que, naturalmente, provoca perdas
de vapor.
Não é recomendável, substituir um purgador que funcione totalmente sem perda
de vapor vivo, p. ex.,  no caso de prensas de engomar húmidas, por um purga-
dor que deixe passar vapor vivo para modificar uma prensa húmida em prensa
seca.

72
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Funcionamento sem perdas de vapor, tanto quanto possível sem acumulação
de condensado.
- Boa capacidade de purga de ar, que reduz o tempo de aquecimento durante
o arranque.
Requisito adicional:
- Para gerar vapor seco, deve ser previsto um secador de vapor.
Equipamento recomendado:
- MK com cápsula de regulação N.

4.23. Manequins a vapor.


(Ver ponto 4.22. «Processo de vaporização») (Fig. 58).

Fig. 58

73
4.24. Calandras a vapor.
(Máquinas de secar e passar) (Fig. 59).

Fig. 59

É muito importante haver temperaturas altas e uniformes em toda a superfície de


aquecimento e a maior capacidade de secagem possível (para que seja possível
engomar rapidamente). Uma condição essencial para tal é a utilização de purga-
dores de condensados sem acumulação de vapor e uma boa purga de ar da
cavidade. No caso de máquinas com várias cavidades, cada cavidade deve ser
drenada individualmente. Se a cavidade for muito larga, deve ser evitada a perda
de vapor vivo, nalguns casos, mesmo um purgador com uma boa purga de ar
pode não conseguir purgar correctamente a cavidade. Isto causa a descida da
temperatura superficial nalguns pontos (normalmente, nas extremidades da cavi-
dade). Neste caso, cada cavidade deve ser purgada de ar separadamente em
ambas as extremidade por um purgador térmico.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Descarga do condensado sem acumulação. Isto tem de ser garantido mesmo
a temperaturas ambiente altas, pois os purgadores são normalmente instala-
dos dentro da unidade com camisa.
- O purgador tem de ter uma boa capacidade de purga de ar, incluindo durante
o funcionamento.
Requisito adicional:
- A purga de ar das cavidades é especialmente importante. Com frequência,
temperaturas de aquecimento demasiado baixas devem-se à purga de ar
insuficiente. Uma boa solução é instalar purgadores térmicos MK em ambas
as extremidades da cavidade.
Equipamento recomendado:
- UNA Duplex.
- MK com cápsula de regulação N, MK com cápsulas H para caudais maiores
(se necessário, para a primeira cavidade).

74
4.25. Máquinas de limpeza a seco (Fig. 59a).

Destilação de Secagem de
condensado condensado

Fig. 59a

Têm de ser drenados um aquecedor de ar, um destilador e, se possível, a con-


duta de admissão de vapor no seu ponto mais baixo. O funcionamento por lotes
requer uma rápida descarga do ar que entra na máquina quando esta é desliga-
da (redução dos tempos de aquecimento). Deve utilizar-se, preferencialmente,
purgadores com uma boa purga de ar.
Especialmente no destilador, a acumulação de condensado pode ser indesejá-
vel, pois prolonga o tempo de destilação necessário. Nas máquinas novas deve
contar-se com sujidade (p. ex., salpicos de soldadura, calamina, resíduos de
fundição) ainda dentro da máquina.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Descarga do condensado sem acumulação (especialmente importante para
os destiladores), purga de ar automática.
- Insensível à sujidade ou protegido contra partículas de sujidade.
- Dimensões reduzidas e instalação em qualquer posição, para ser possível
instalar os purgadores dentro da máquina sem dificuldade.
- Insensível a golpes de aríete, pois com frequência as válvulas electromagné-
ticas deixam entrar vapor.
Equipamento recomendado:
- MK com cápsula de regulação N

75
4.26. Fitas de aquecimento de tubagens (Fig. 60).
Em muitos casos, o vapor de aquecimento não transmite qualquer calor ao produ-
to durante o funcionamento normal. Apenas no caso de avaria, as fitas de aqueci-
mento de tubagens têm de assegurar que a temperatura do produto não desce
abaixo do valor mínimo admissível.
O caudal de condensado durante o funcionamento normal é essencialmente deter-
minado pelas perdas de calor por radiação na conduta de condensado entre o
purgador e a fita de aquecimento de tubagem. Podem ser obtidas poupanças
energéticas significativas em termos de aquecimento através da redução das per-
das de calor nas condutas de condensado. Além dos métodos clássicos de bom
isolamento e a distância mais curta possível entre a superfície de aquecimento útil
e o purgador, as perdas de calor podem ser adicionalmente limitadas através da
acumulação na conduta de condensado (redução do comprimento do tubo cheio
de vapor). Um ponto a ter em atenção, é o facto de que no caso de avaria, a carga
de condensado pode aumentar consideravelmente. Isto resulta numa maior acu-
mulação de condensado com o correspondente subarrefecimento. O subarrefeci-
mento admissível baseia-se na temperatura predefinida do produto a ser mantida.

Conduta do produto

Comprimento total admissível entre o


distribuidor de vapor e o colector de
condensado: L = 80 m

Colector de
condensado

Distribuidor de vapor

Fig. 60 Comprimento admissível das fitas de aquecimento de tubagens.


O comprimento admissível das fitas de aquecimento de tubagens depende da
quantidade de secções ascendentes e bolsas de água, bem como da quantidade
de secções curvas. As fitas de aquecimento relativamente rectas, incluindo tuba-
gens de alimentação entre o distribuidor de vapor e as tubagens de descarga
para o colector de condensado, podem ter até 80 m no máximo. Em instalações
de processamento, as fitas de aquecimento devem ser consideravelmente mais
curtas devido às inúmeras secções ascendentes e mudanças de direcção. A
soma de todas as secções ascendentes não deve ser superior a 4 m.

76
Em produtos com pontos de congelação < 0°C é suficiente o aquecimento se
houver gelo. A quantidade de vapor necessária para aquecimento no Inverno
pode ser substancialmente reduzida, se o aquecimento do produto se limitar a
períodos quando houver gelo ou o risco de ocorrência de gelo.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Se o processo de aquecimento o permitir, é vantajosa uma certa acumulação
de condensado na conduta de condensado a montante do purgador, gerada
pelo purgador, permitindo poupar na energia de aquecimento.
Equipamento recomendado:
- Apenas purgadores térmicos como BK, se necessário com maior subarrefeci-
mento.
- MK com cápsula U (t ≈ 30 K abaixo da temperatura de saturação).
- Para temperatura de descarga baixas ≥ 80 °C, p. ex., descarga livre do con-
densado: UBK.

Condensado
Condensado
Vapor

Vapor

Purgador de
condensados
adicional
no caso de um
valor ∆t elevado
Fig. 61

4.27. Fitas de aquecimento isoladas (Fig. 61).


As fitas de aquecimento isoladas são normalmente utilizadas para aquecer pro-
dutos pesados como enxofre e betume. A superfície de aquecimento inteira deve
receber exclusivamente vapor seco. Cada fita de aquecimento não deve exceder
30 m de comprimento. No caso de um valor ∆t elevado entre o vapor de aque-
cimento e o produto, a fita de aquecimento deve ser drenada em dois pontos.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Sem acumulação de condensado na superfície de aquecimento.
Equipamento recomendado:
- BK.
- MK com cápsula de regulação N.

77
4.28. Fitas de aquecimento de instrumentos (Fig. 62).

Diafragma de medição

Tubo do produto

Fitas de aquecimento pré-isoladas

Fita de
aquecimento Tubagens de
impulso

do
distribuidor de
vapor

Caixa de protecção
com serpentina de aquecimento

Colector de condensado

Se desejar uniões de tubos amovíveis:


prever uniões roscadas de anel cortante

Fig. 62

Estes elementos de aquecimento utilizados em refinarias e instalações petroquí-


micas caracterizam-se por caudais de condensado muito baixos, em que os
instrumentos individuais têm de ser aquecidos a temperatura o mais baixas pos-
sível. Neste caso, é vantajoso o aquecimento da superfície de aquecimento efi-
caz apenas com condensado.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Descarga de quantidade muitas pequenas com o máximo subarrefecimento
possível.
Equipamento recomendado:
- MK com cápsula U (t aprox. 30 K abaixo da temperatura de saturação).
- UBK com temperatura de descarga ≥ 80 °C.

78
4.29. Aquecimento de tanques (Fig. 63).

Descarga de condensado em
tanques
o
ad
ens
nd
e co or
qu de ap
an v
ot uta de
DN 20 ed nd ta
red Co n du
Pa Co

Descarga de condensado em tanques de


asfalto

o
DN 20 sit
e pó
d od
re de
Pa

o
ad
e ns
ond or
d ec v ap
uta de
nd uta
Co nd
Co

Fig. 63 Descarga de condensado do aquecimento do tanque.

O aquecimento de tanques pode variar bastante, conforme o seu tamanho e fim.


Para a descarga do condensado é importante saber se o aquecimento é realiza-
do de forma regulada ou não regulada. Adicionalmente, a descarga depende
também da configuração dos elementos de aquecimento individuais, p. ex., se
são horizontais, têm a forma de serpentina de aquecimento ou radiador de tubos
com aletas com pouca inclinação na direcção do purgador, se são verticais ou
concebidos como elemento de aquecimento de imersão.

79
O aquecimento não regulado é com frequência utilizado quando é necessário
pouco calor para manter a temperatura de armazenamento do produto. Por
causa da pequena quantidade de vapor (forte estrangulamento da válvula de
regulação) a pressão desce consideravelmente no elemento de aquecimento.
Isto pode fazer com que o purgador de condensados, devido ao baixo gradiente
de pressão existente, não consiga drenar o condensado completamente. Isto
provoca acumulação de condensado, que em certas condições pode ser dese-
jável para aproveitar o calor do condensado, mas, por outro lado, pode provocar
golpes de aríete. Como regra básica para o aquecimento não regulado aplica-se:
Deve existir um gradiente contínuo o maior possível entre os elementos de aque-
cimento/condutas de condensado e o purgador. Para o aproveitamento do calor
do condensado através de acumulação a montante do purgador, deve utilizar-se
preferencialmente elementos de aquecimento verticais (não existe perigo de
golpes de aríete). Tamanho suficientemente grande do purgador de condensa-
dos.
Para um aquecimento do tanque regulado (por exemplo, com permutadores de
calor de imersão ) aplica-se por analogia os dados relativos às caldeiras regula-
das (ver o ponto 4.7.).
Gradiente suficiente a montante do purgador, ausência de contrapressão a
jusante do purgador.
Requisitos especiais aplicáveis ao purgador de condensados:
- Descarga de quantidades relativamente grandes mesmo com gradientes de
pressão baixos: se se quiser e for necessário.
- Descarga do condensado com subarrefecimento.
- No caso de instalações reguladas, reacção rápida em caso de alterações da
pressão e do caudal.
- Purga de ar automática.
- Resistentes ao congelamento.
Equipamento recomendado:
- Para instalações não reguladas: BK, MK com cápsula U.
- Para grandes caudais: TK.
- Para instalações reguladas: UNA Duplex, MK com cápsula de regulação N.
- MK com cápsulas H para caudais maiores.

80
Página
5. Controlo dos purgadores de condensados

5.1. Controlo visual 83


5.1.1. Avaliação do funcionamento do purgador durante a descarga
livre de condensado
com base no tamanho da «nuvem de vapor» 83
5.1.2. Verificação do funcionamento do purgador através de um
indicador de nível transparente instalado a jusante do
purgador 84
5.1.3. Verificação do funcionamento do purgador através de um
indicador de nível transparente instalado a montante do
purgador 84
5.1.4. Controlo de purgadores de bóia 84

5.2. Controlo através de comparação da temperatura 86

5.3. Controlo através de comparação do ruído 86

5.4. Controlo contínuo de purgadores de condensados 88


5. Controlo dos purgadores de condensados

O controlo eficaz dos purgadores de condensados relativamente ao seu funcionamen-


to correcto, sem acumulação de condensado ou perdas de vapor vivo é um tema
muito debatido. Os vários métodos de controlo utilizados na prática têm uma eficácia
muito variável, podendo mesmo ser completamente inúteis.

5.1. Controlo visual.

5.1.1. Isto envolve avaliar o funcionamento do purgador durante a descarga livre


de condensado com base no tamanho da «nuvem de vapor». Este é o
método mais inseguro, dado que é impossível distinguir entre vapor de
expansão e vapor vivo. O tamanho da nuvem de vapor depende bastante
da pressão de serviço e da quantidade de condensado formada, estes
dois factores determinam a quantidade de vapor de expansão (Fig. 64).

V2 (m3)

V1 = 1 m3 Vapor saturado
Água fria

p1 (bar)
Fig. 64 Exemplo
Para uma expansão de p1 = 10 bar para p2 = 0 bar, o volume de água fria
praticamente não sofre alteração,
o do vapor saturado aumenta de V1 =1 m3 para V2 = 9,55 m3
o da água em ebulição aumenta de V1 =1 m3 para V2 = 245 m3

83
Especialmente com elevadas pressões de serviço, é impossível determi-
nar se está a sair vapor vivo com o condensado ou não. Apenas com
purgadores de funcionamento intermitente (p. ex., purgadores termodinâ-
micos de disco) é possível detectar, através de observação durante um
longo período, uma eventual alteração do funcionamento (p. ex., maior
desgaste dos vedantes e consequente aumento da frequência de eleva-
ção).

5.1.2. Verificação do funcionamento do purgador através de um indicador de


nível transparente instalado a jusante do purgador. Em princípio, aplica-
se o mesmo que foi dito no ponto 5.1.1. No entanto, o valor informativo
obtido é ainda menor, pois no pequeno espaço do indicador de nível
transparente uma quantidade mínima de vapor de expansão é capaz de
produzir velocidades de fluxo relativamente altas com correspondente
turbulência. No caso de purgadores de funcionamento intermitente, só é
possível determinar se o purgador está aberto ou fechado, mas não se
está a sair também vapor vivo.

5.1.3. Verificação do funcionamento do purgador através de um indicador de


nível transparente instalado a montante do purgador ou de um equipa-
mento de teste.
Um indicador de nível transparente de design adequado instalado a mon-
tante do purgador permite um controlo preciso do purgador. Não existe
uma adulteração causada pela formação de vapor de expansão. Ao con-
trário dos indicadores de nível transparente instalados a jusante do pur-
gador, os instalados a montante têm de ser capazes de suportar pressões
e temperaturas mais elevadas. Logo, precisam de possuir um corpo resis-
tente à pressão e vidro de alta qualidade, o que explica o seu preço mais
ou menos elevado.
Os vaposcópios disponíveis na gama de produtos GESTRA são perfeita-
mente adequados para o controlo visual de purgadores (Fig. 65). Os
vaposcópios instalados directamente a montante do purgador permitem
uma monitorização ideal do purgador. Além de indicarem a mínima perda
de vapor vivo, indicam também a mais pequena acumulação de conden-
sado. A acumulação na conduta de condensado só não tem importância
no processo de aquecimento. Para controlar a superfície de aquecimento
em relação à presença de condensado, recomenda-se a instalação de um
segundo vaposcópio imediatamente junto da saída de condensado do
permutador de calor (Fig. 66) no caso de processos de aquecimento difí-
ceis.

5.1.4. Controlo de purgadores de bóia.


O purgador UNA 23 está disponível com um tubo de nível que permite ver
se existe condensado no purgador ou se pode sair vapor vivo através do
respectivo órgão de fecho.

84
O condensado e o vapor (gases) na
direcção do fluxo têm de passar
através da válvula hidráulica no
deflector rígido. Como a gravidade
específica do vapor é mais baixa do
que a do condensado, o vapor passa
por cima do condensado e compri-
me o nível de condensado.

Direcção do fluxo Deflector

Linha de visão

O deflector é imerso na água.

Funcionamento normal

O alagamento total do vaposcópio


indica acumulação do condensado.
Se o vaposcópio estiver montado
directamente a jusante da superfície
de aquecimento, deve contar-se
com refluxo até à superfície de aque-
cimento.

Refluxo do condensado

O nível de água está a ser significati-


vamente comprimido pela passagem
de vapor vivo. O vapor, que é invisí-
vel, preenche o espaço entre o
deflector e o nível da água.

Perda de vapor vivo

Fig. 65 Modo de actuação do vaposcópio GESTRA.

85
5.2. Controlo através de comparação da temperatura.

Indicador de nível transparente


Controlo do processo de aquecimento

Indicador de nível transparente


Controlo do purgador
Fig. 66

A medição da temperatura na conduta de condensado a montante do purgador é


outro método muito utilizado, mas problemático, aplicado a permutadores de calor
que têm de funcionar sem acumulação de condensado.
Em certas condições, o funcionamento de um purgador pode ser avaliado medindo
a temperatura superficial em diferentes pontos da conduta, por exemplo, directa-
mente a montante do purgador, directamente a jusante do permutador de calor ou
da entrada de vapor.
Deve contudo ter-se em atenção, ao efectuar a medição superficial, que a tempe-
ratura depende da pressão de serviço no ponto de medição, a percentagem de
gases no vapor (redução da pressão de vapor parcial e, logo, da temperatura) e das
características da superfície dos tubos. Ao seleccionar o ponto de medição, deve
ter também em conta que mesmo sem acumulação, a temperatura do condensado
pode estar abaixo da do vapor saturado.
A medição da temperatura a jusante do purgador só pode servir como indicação da
pressão na conduta de condensado. Não é possível controlar o purgador desta
forma.

5.3. Controlo através de comparação do ruído


O método muito utilizado de verificar o funcionamento do purgador através de
estetoscópio só é praticável com purgadores de funcionamento intermitente. Os
cursos de trabalho individuais podem ser claramente diferenciados. A frequência
de elevação permite tirar conclusões sobre o modo de funcionamento, mas não
sobre a perda de vapor vivo.
Muito mais importante é o controlo do purgador através da medição do ruído de
transmissão estrutural produzido pelo purgador na gama de ultra-sons. Este
método baseia-se no facto de que o vapor a fluir através de um órgão de estran-
gulamento produz vibrações ultrassónicas superiores às do fluxo da água (con-
densado). O aparelho de controlo GESTRA VAPOPHONE VKP tem mostrado um
excelente desempenho.
As vibrações ultrassónicas mecânicas geradas na sede ou órgão de fecho de um
purgador de condensados são convertidas pelo sensor acústico do VKP em
sinais eléctricos, os quais são amplificados e indicados no aparelho de medição.

86
No entanto, aquando da avaliação dos resultados de medição é necessário ter em
conta que a intensidade acústica só depende em parte da quantidade de fluxo do
vapor. Adicionalmente, é influenciada pela quantidade de condensado, os gradientes
de pressão e o tipo de fonte sonora, ou seja, o tipo de purgador. Se quem realizar a
medição for experiente, é possível obter bons resultados ao verificar os purgadores
com caudais de condensado até aprox. 30 kg/h e pressões até 20 bar, podendo
detectar-se perdas de vapor na ordem de grandezas a partir de aprox. 2 – 4 kg/h.

Fig. 66a Instrumento de medição ultrassónico para controlo do funcionamento de


purgadores – Vapophone VKP 10.

Fig. 66b Instrumento de medição ultrassónico para controlo do funcionamento de


purgadores – TRAPtest VKP 40.

O VKP 10 detecta o ruído de transmissão estrutural na superfície do corpo de pur-


gadores de condensados. A avaliação dos valores no mostrador é feita manual-
mente pelo operador.
Graças ao instrumento de medição ultrassónico GESTRA VKP 40, o controlo de
purgadores foi automatizado. O sistema pode ser utilizado individualmente em
purgadores de todos os tipos e marcas. Um registador de dados pré-programado
é utilizado na instalação para registar os valores de medição. As definições de
software específicas do purgador são tomadas em consideração na medição!
A avaliação é feita depois de os dados terem sido transmitidos e guardados num
PC. A comparação com os dados históricos no software é a base de um sistemas
de gestão de purgadores de condensado.

87
5.4 Controlo contínuo de purgadores de condensados

Sistema VKE
O equipamento de teste VKE é utilizado para monitorizar os purgadores de con-
densados em relação a perdas de vapor e acumulação de condensado. A mon-
tante do purgador de condensados a ser monitorizado é instalada uma câmara de
teste separada com eléctrodo de medição, ao qual é ligada a estação de teste. O
sistema VKE com câmara de teste pode ser utilizado em purgadores de conden-
sados de todos os sistemas e marcas.
Modo de actuação
O eléctrodo comunica os estados do condensado ou vapor à estação de teste NRA
1-3 (para monitorização remota automática). Com um funcionamento correcto do
purgador de condensados, o eléctrodo está rodeado de condensado. Quando ocor-
re perda de vapor no purgador de condensados, o condensado é expulso até o
eléctrodo ficar rodeado de vapor. O respectivo estado é indicado.
A estação de teste NRA 1-3 tem capacidade para monitorizar até 16 purgadores de
condensados. Cada purgador de condensados ligado pode ser monitorizado em
relação a perdas de vapor e acumulação de condensado. Os valores-limite são auto-
maticamente ajustados e os erros detectados de forma imediata através de diferen-
tes modos de operação e tomada em consideração da temperatura do sistema. A
sinalização do intervalo de manutenção é feita na parte da frente da estação de teste
e um contacto livre de potencial indica erros presentes. A estação de teste está dis-
ponível com duas versões de corpo: para montagem em parede e para montagem
em quadro eléctrico. A câmara de teste VKE 26 é utilizada para a monitorização
segura de instalações em relação à acumulação de condensado.

Temperatura da
instalação (opcional)

Monitorização remota
Estação de teste NRA 1-3 com Rhombusline *)
Cabo blindado com
100 m, no máx

No máx., 16
purgadores de
condensados, do
tipo Rhombusline, Alarme
p. ex., MK 45-1 e
BK 45

Eléctrodo NRG 16-28

Monitorização remota com Cabo blindado


câmara de teste Universal *) com 100 m, Estação de teste NRA 1-3
no máx.
No máx. 16
câmaras de teste
VKE 16-1/16A

Alarme
Eléctrodo
NRG 16-19
ou NRG 16-27
Fig. 67 Sistema VKE * É possível a combinação

88
Página
6. Aproveitamento do calor do condensado

6.1. Considerações básicas 91

6.2. Exemplos de possível utilização do calor do condensado 91


6.2.1. Acumulação de condensado no permutador de calor 91
6.2.2. Recuperação do vapor de expansão
(circuito de condensado fechado) 93

7. Purga de ar de permutadores de calor 94

8. Sistemas de retorno do condensado 95


6. Aproveitamento do calor do condensado.

6.1. Considerações básicas.


Normalmente, num permutador de calor aquecido a vapor apenas o calor de
condensação é transmitido ao produto a ser aquecido. Para obter a potência de
aquecimento ideal, o condensado tem de ser imediatamente descarregado após
a sua formação pelo purgador de condensados. O calor contido no condensado
é descarregado junto com este. Forma uma percentagem considerável do teor
de calor total do vapor e aumenta com a pressão. Por exemplo, com uma pres-
são de serviço de 1 bar, a proporção de calor sensível é 19% do teor de calor
total do vapor, enquanto que a 10 bar é 28% e a 18 bar é 32% (ver tabelas de
vapor de água Fig. 83).
Se o condensado for livremente descarregado sem reutilização, uma grande parte
da energia térmica necessária para geração de vapor é perdida. Além disso,
incorre-se em custos adicionais porque a água de alimentação tem de ser obtida
e preparada totalmente de novo.
Por isso, em geral costuma-se acumular o condensado tanto quanto possível e
reutilizá-lo para geração de vapor ou pelo menos como água industrial.
Mais difícil é o aproveitamento do vapor de expansão formado em resultado da
descida de pressão do condensado, da pressão de trabalho no permutador de
calor para a pressão na conduta de condensado. Se o condensado for descar-
regado para a atmosfera (reservatório de condensado aberto), isto além de
representar poluição ambiental, pode conduzir a perdas de calor consideráveis,
mesmo com aproveitamento do condensado. Assim, por exemplo, com uma
pressão de trabalho de 1 bar, as perdas de calor, em relação à energia térmica
total produzida, são de 3,2%, a 10 bar são de 13% e a 18 bar são de 17%. A
quantidade de vapor de expansão formada a diferentes pressões a montante e
contrapressões pode ser consultada no diagrama da Fig. 68.

6.2. Exemplos de possível utilização do calor do condensado.

6.2.1. Acumulação de condensado no permutador de calor.


Através da acumulação de condensado, parte do calor contido no con-
densado é aproveitado directamente no processo de aquecimento. Em
casos extremos, as quantidades de calor extraídas do condensado
podem ser tão altas que, aquando da descarga, já não é gerado qualquer
vapor de expansão. No entanto, para que isto aconteça, é necessário
garantir que apesar da acumulação de condensado, a potência de aque-
cimento, assim como temperatura de aquecimento desejadas são atingi-
das e que o permutador de calor trabalha sem golpes de aríete (p. ex.,
aparelhos em contracorrente verticais ou pré-aquecedores em conformi-
dade com a Fig. 38).
Para permutadores de calor não regulados são suficientes purgadores
térmicos, que realizem a descarga do condensado com um subarrefeci-
mento predefinido (BK, com a regulação correspondente; MK com cáp-
sula U; UBK).
No caso de permutadores de calor regulados, o actuador deve ser insta-
lado no lado do condensado e não no lado do vapor.

91
Expansão do vapor em kg/kg de condensado

bar g a montante do purgador de condensados

Fig. 68 Quantidade de vapor de expansão.


Expansão do vapor aquando da expansão do condensado em ebulição.

92
6.2.2. Recuperação do vapor de expansão (circuito de condensado fechado). O
vapor de expansão é utilizado para o aquecimento de permutadores de
calor instalados a jusante e o condensado é reconduzido para a caldeira.
Isto exige uma rede de vapor com, pelo menos, dois níveis de pressão
(Fig. 69).

Utilização de vapor de expansão


Válvula redutora

Câmara de expansão

Fig. 69 Se as necessidades de vapor da superfície de aquecimento a jusante


forem muito grandes, é alimentado vapor vivo através da válvula redutora.

Em instalações mais pequenas, em certos casos basta um único permu-


tador de calor, que funciona com o vapor de expansão, por exemplo, uma
caldeira de água quente.
Aparelhos em contracorrente para aquecimento de água, entre outros
(Fig. 70).

MK
como purgador de ar

Tubo vertical
de segurança
Bomba
Câmara de expansão

Fig. 70 Recuperação de vapor de expansão simples com circulação dotada de


sifão térmico. A quantidade de vapor de expansão depende do caudal de
condensado e não pode ser ajustada à necessidade variável.

93
7. Purga de ar de permutadores de calor

A entrada de ar ou outros gases não condensantes na instalação acontece essencial-


mente durante os períodos de paragem. Outras causas são a ausência ou insuficiência
de desgasificação da água de alimentação e a utilização de vapores de processos de
evaporação como vapor de aquecimento (por exemplo, em refinarias de açúcar).
O ar e outros gases prejudicam bastante a transferência de calor, reduzindo também
a pressão parcial do vapor e, logo, a temperatura do vapor. Se existir uma mistura de
vapor e ar, embora o manómetro indique a pressão total no espaço do vapor, a tem-
peratura aí medida corresponde apenas à pressão parcial do vapor, sendo, por isso,
inferior à temperatura do vapor saturado à pressão total medida. A capacidade de
aquecimento é reduzida de acordo com a redução da diferença de temperatura entre
o vapor de aquecimento e o produto a ser aquecido (Fig. 28).
Por exemplo, com uma pressão total de 11 bar, sem gases presentes, a temperatura é
de 183 °C. Com um teor de gases de 10% é de 180°C e com um teor de 35% é 170°C.
Este exemplo permite concluir que a concentração do ar é mais alta no ponto mais frio
da superfície de aquecimento. Este facto tem de ser tomado em consideração aquando
da instalação dos purgadores de ar.
Na maioria dos pequenos e médios permutadores de calor é garantida de uma purga
de ar suficiente com purgadores de condensados com purga de ar automática (todos
os purgadores de condensados GESTRA para instalações de vapor têm purga de ar
automática).
No caso de permutadores de calor de grande capacidade como, p. ex., digestores,
evaporadores e autoclaves, os gases têm tendência para se concentrarem em certos
pontos, devido à configuração do espaço do vapor e às condições de fluxo daí resul-
tantes. Nestes casos, os espaços do vapor devem ser purgados de ar separadamen-
te num ou vários pontos. Como purgadores de ar são adequados os purgadores tér-
micos GESTRA, assim como a série BK e, em especial, a série MK para sistemas de
vapor saturado.
Para acelerar a purga de ar nos espaços do vapor, recomenda-se a instalação de um
tubo não isolado com pelo menos 1 m de comprimento a montante do purgador de
ar. Uma maior condensação do vapor neste ponto provoca a concentração local do ar
e a correspondente redução da temperatura, o que provoca uma abertura mais rápida
e ampla do purgador. A figura 29 ilustra uma disposição eficaz de purgadores de ar
em permutadores de calor de grande capacidade.

94
8. Sistema de retorno do condensado

A recondução do condensado, por exemplo, para a instalação de geração de vapor,


pressupõe um gradiente suficientemente grande. Não importa se se trata exclusiva-
mente de gravidade, de um gradiente de pressão ou de uma combinação de ambos.
Em instalações de grande dimensão (com caudal de condensado grande) e/ou quando
o condensado tem de ser elevado para um nível mais alto, pode ocorrer uma contra-
pressão inadmissivelmente alta (p. ex., em instalações com regulação, ver o ponto
4.8.1, entre outros). Neste caso, a melhor solução é recolher o condensado separada-
mente das várias secções ou partes da instalação.
O condensado do colector de condensado é transportado para o recipiente de água
de alimentação através de bombas controlados pelo nível (Fig. 71).

Condensado
Vapor de expansão

Estrutura
1. Reservatório de condensado com 2.3. Válvula de corrediça
equipamento 2.4 Armário de comando GESTRA
1.1 Reservatório colector GESTRA 3. Unidade da bomba
1.2 Conjunto de manómetro 3.1 Bomba de condensado
1.3 Indicador do nível da água 3.2 Válvula anti-retorno GESTRA DISCO
1.4 Válvula de segurança 3.3 Válvula de fecho GESTRA
1.5 Válvula de descarga 3.4 Válvula de fecho com cone de
2. Controlador do nível estrangulamento GESTRA
2.1 Eléctrodo de controlo do nível 3.5 Conjunto de manómetro para
GESTRA conduta sob pressão
2.2. Frasco graduado GESTRA
Fig. 71 Sistema de recolha e de retorno de condensado GESTRA.

95
Para o transporte de pequenas a médias quantidades de condensado de partes dis-
tantes da instalação, a utilização do sistema de retorno de condensado sem bomba
GESTRA é uma solução económica. Neste sistema, é utilizado vapor como propulsor
do condensado. O condensado flúi para o reservatório colector não pressurizado.
Assim que o nível de condensado superior for atingido, um eléctrodo de controlo do
nível transmite um impulso de fecho da válvula electromagnética instalada na conduta
de purga e, simultaneamente, um impulso de abertura da válvula electromagnética na
conduta de vapor propulsor. Assim que o nível de condensado mínimo predefinido for
atingido no recipiente, um segundo eléctrodo transmite um impulso de fecho da vál-
vula de vapor e um impulso de abertura da válvula de purga de ar (Fig. 72).

Purga de ar
Vapor propulsor

Conduta de
transporte do condensado
Drenagem
da conduta de
vapor propulsor Estrutura
1 Reservatório colector
GESTRA
2 Manómetro
3 Eléctrodo de controlo
Condensado vindo do nível GESTRA
dos consumidores
4 Válvula electromagnética
5 Válvula de fecho
6 Válvula anti-retorno
GESTRA DISCO
7 Purgador de condensados
GESTRA

Fig. 72 Sistema de retorno de condensado sem bomba do tipo KH GESTRA

Os sistemas de retorno de condensado sem bomba do tipo FPS GESTRA também


estão disponíveis com controlo de bóia sem necessidade de energia eléctrica auxiliar.

96
Página
9. Drenagem de sistemas de ar comprimido 99
9. Drenagem de sistemas de ar comprimido

O ar atmosférico contém mais ou menos humidade, isto é, contém uma pequena


quantidade de vapor de água. Esta quantidade pode ser igual ao teor de saturação,
mas não superior. O teor de saturação é a massa de vapor de água máxima, em gra-
mas, contida num metro cúbico de ar e depende exclusivamente da temperatura do
ar (Fig. 73).
O teor de saturação – também designado de humidade absoluta do ar – é igual à
massa específica do vapor saturado a esta temperatura. O limite de saturação aumen-
ta quando a temperatura sobe e diminui quando a temperatura desce. A quantidade
de vapor que ultrapassa o limite de saturação condensa.
A massa de vapor de água contida efectivamente em 1 m3 de ar, expressa como per-
centagem do teor de saturação possível, é a humidade relativa (100% humidade
relativa = teor de saturação = humidade absoluta).

Exemplo: (Fig. 73)


1 m3 de ar saturado a 23 °C contém 20,5 g de vapor (humidade absoluta). Se este ar
for comprimido de 1 bar a para 5 bar a e a temperatura for mantida constante a 23 °C
através de arrefecimento, o volume de ar desce para 1/5 m3. Este volume de ar já não
consegue conter os 20,5 g de vapor contidos no 1 m3 de ar original, mas apenas 1/5,
ou seja, 4,1 g. O resto de 20,5 - 4,1 = 16,4 g é condensado sob a forma de água.
Na Fig. 74 podem ver-se as quantidades máximas possíveis de condensado com uma
pressão de admissão de 0 bar g, a diferentes temperaturas de admissão e uma tem-
peratura do ar comprimido de 20 °C. Os valores indicados nesta tabela têm de ser
multiplicados pelo volume de ar efectivamente aspirado em m3, que pode ter de ser
apurado a partir da unidade do caudal, p. ex., m3/h ou rpm (rotações por minuto).

Exemplo: (Fig. 74)


Por hora são comprimidos 1000 m3 de ar a 12 bar (g). A temperatura de admissão é
10 °C, a temperatura do ar comprimido é 20 °C. De acordo com a tabela, o caudal de
condensado máximo é 8,0 g/m3, logo 1000 m3/h = 8000 g/h = 8,0 kg/h.
A água separada do ar comprimido tem de ser removida da instalação, caso contrário
causaria erosão e corrosão, entre outros. O sistema de ar comprimido deve ser dre-
nado completamente, pois a água está continuamente a ser separada do ar, até o ar
ter arrefecido para a temperatura ambiente.
Têm de ser drenados os radiadores dos compressores, os recipientes de ar compri-
mido, as condutas de ar comprimido a intervalos regulares e nos pontos mais baixos
da conduta e a montante de secções ascendentes se a conduta mudar de direcção
(Fig. 75).
Em todos os casos em que seja necessário ar seco (nalguns casos também isento de
óleo), devem ser usados separadores de água com funcionamento centrífugo (separa-
dor de água de tipo TP GESTRA) ou, no caso de requisitos mais rigorosos em termos
de secura, um absorvedor de água. Se for necessário, ar isento de óleo, um absorve-
dor de óleo ou separador de óleo. Para a drenagem automática, estão disponíveis
purgadores de bóia GESTRA com combinações de equipamento especiais.

99
Temperatura do ar em °C

Humidade relativa do ar em %

Humidade em g/m3

Fig. 73 Teor de humidade do ar.

100
Teor de
Tempera- humidade
tura a 100%/
de teor de saturação Caudal de condensado máximo em g por 1 m3
admissão (ver Fig. 74) de ar de admissão à pressão de trabalho

4 bar 8 bar 12 bar 16 bar 22 bar 32 bar


-10 C 12,14 g/m3 0 0 0,6 1 1,3 1,5
0 C 14,84 g/m3 1 2,7 3,4 3,7 4 4,2
+10 C 19,4 g/m3 5,8 7,3 8,0 8,3 8,6 8,8
+20 C 17,3 g/m3 13,7 15,3 16,0 16,2 16,5 16,8
+30 C 30,4 g/m3 26,9 28,5 29,1 29,4 29,6 29,9
+40 C 51 g/m3 47,7 49,1 49,7 50 53 50,5

Fig. 74 Caudal de condensado máximo por m3/h de ar de admissão, p = 0 bar g,


temperatura de admissão ver tabela, temperatura de ar comprimido
20 °C, teor de humidade do ar na admissão = 100%.

101
Depósito de ar Separador de água
comprimido

Compressor

Arrefecedor

Fig. 75

Para a drenagem correcta das condutas, há que ter em conta os pontos a seguir
aquando da instalação das tubagens e dos purgadores de condensados:
a) O condensado deve drenar por gravidade com uma gradiente contínuo entre o
ponto de drenagem e o purgador;
b) A tubagem tem de ser instalada com um gradiente suficientemente grande. Em
condutas horizontais, pode formar-se uma bolsa de água até mesmo numa válvula
de fecho. Como a montante e a jusante da bolsa de água existe a mesma pressão,
a água não é expelida e transforma-se numa «vedação» de água. Isto faz com que
o condensado não possa fluir na direcção do purgador;
c) Para abrirem, os purgadores de bóia precisam de um certo nível de condensado no
corpo, o que só se verifica se a bolsa de ar no condensador puder escapar.
No caso de caudais de condensado muito pequenos e uma conduta relativamente
grande (em relação ao caudal) com um gradiente contínuo (vertical, se possível), os
purgadores GESTRA asseguram que o ar pode escapar. À medida que o nível da
água sobe no purgador, o ar pode fluir pela conduta na direcção oposta à do con-
densado.
Se o caudal de condensado for bastante grande, p. ex., se a conduta de conden-
sado for completamente cheia aquando do arranque da instalação ou por uma vaga
de água, o ar fica preso no corpo do purgador. O nível de condensado necessário
para a abertura do purgador é formado muito lentamente ou não o é de todo. A
descarga do condensado é insuficiente. Neste caso, recomenda-se uma ligação
entre o purgador e a conduta de ar comprido através de um «tubo de equilíbrio».
Isto permite que o ar escape e o condensado seja conduzido para o purgador de
forma imediata (Fig. 76).

102
Conduta de ar ou recipiente

P. ex., Tubeira Tubo de equilíbrio


separador de água colectora
arrefecedor
recipiente
Com ou sem válvula
Tubo de Purgador de bóia para
Haste da válvula horizontal
equilíbrio instalação horizontal
Conduta de ar ou
recipiente

Tubeira Tubo de equilíbrio


colectora
Válvula
Com ou
Purgador de bóia para sem válvula
instalação vertical

Fig. 76

d) Pequenas quantidades de óleo, como as normalmente contidas no ar de compres-


sores lubrificados a óleo, não prejudicam o funcionamento dos purgadores GES-
TRA. Se o condensado estiver fortemente contaminado com óleo, é recomendável
a instalação de um tanque de decantação a montante do purgador. Isto permite a
descarga da espuma de óleo a intervalos regulares, p. ex., através de uma válvula
manual (Fig. 77).

P. ex.,
separador Tubo de equilíbrio
arrefecedor
recipiente
conduta

Altura de admissão Secção de tubagem curta


suficiente
Purgador de bóia para
instalação horizontal

Óleo Água

Purgador de bóia para


Escoamento instalação vertical
do óleo
Fig. 77

Em vez de um purgador, também é possível utilizar uma válvula electromagnética


com relé temporizado. Esta válvula é aberta durante alguns segundos a intervalos
predefinidos; o ar comprimido de saída limpa, simultaneamente, os vedantes da
válvula. Atenção: Perdas de ar!
e) Instalações no exterior: A conduta e o purgador precisam de ser aquecidos, caso
contrário correm o risco de congelarem.
Antes da primeira colocação em serviço de uma instalação nova, o purgador de
bóia deve ser enchido com água!
103
Página
10. Determinação do tamanho das condutas de condensado

10.1. Considerações básicas 107

10.2. Exemplos 113


10. Determinação do tamanho das condutas de condensado

10.1. Considerações básicas

10.1.1. Normalmente, o diâmetro da tubagem entre o permutador de calor e o


purgador de condensados é o diâmetro nominal do purgador necessário.

10.1.2. Para a escolha do diâmetro da conduta de condensado a jusante do


purgador, deve ter-se em conta a expansão do vapor. Mesmo com gra-
dientes de pressão muito baixos, quando o condensado está praticamen-
te à temperatura de saturação, o volume de vapor de expansão é muitas
vezes o do líquido (p. ex., durante a expansão de 1‚2 bar a para 1,0 bar
a, aproximadamente 17 vezes).
Nestes casos, é suficiente escolher o tamanho da conduta de condensa-
do exclusivamente com base na quantidade de vapor de expansão for-
mada. A velocidade de fluxo do vapor de expansão não deve ser muito
alta para evitar golpes de aríete (p. ex., pela formação de ondas), ruídos
ou erosão.
Uma velocidade de fluxo de 15 m/s no fim da tubagem à entrada do
reservatório colector ou redutor de pressão é um valor empírico útil.
O diâmetro interior da tubagem pode ser consultada na Fig. 78.
No caso de tubagens mais compridas (>100 m) e caudais de condensado
elevados, devem ser calculadas as perdas de pressão para evitar contra-
pressões demasiado elevadas, devendo utilizar-se a velocidade do vapor
de expansão como base para o cálculo (Fig. 79 e 80).

10.1.3. Nos casos em que o condensado se encontra maioritariamente no estado


líquido (p. ex., elevado grau de subarrefecimento, gradientes de pressão
extremamente baixos), para determinar o diâmetro da tubagem deve uti-
lizar-se uma velocidade de fluxo do condensado de ≤ 0,5 m/s, se possível.
O diâmetro nominal da tubagem em função da velocidade de fluxo selec-
cionada pode ser determinado a partir da Fig. 81. Se o condensado for
bombado, o condensado na linha de descarga da bomba só pode estar
no estado líquido. Para determinar o tamanho da tubagem, pode contar-
se com uma velocidade média de 1,5 m/s. A Fig. 81 pode ser utilizada
para obter o diâmetro nominal da tubagem.

107
Estado do condensado

108
antes da expansão
Pressão Temperatura Pressão na extremidade da conduta de condensado (bar a)
bar de saturação
a °C
0,2 0,5 0,8 1,0 1,2 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 6 7 8 9 10 12 15 18 20
1,0 99 35,7 16,0 7,4
1,2 104 37,9 18,0 10,0 6,1
1,5 111 40,1 20,6 12,9 9,5 6,8
2,0 120 44,2 23,5 15,8 12,6 10,3 7,6
2,5 127 46,8 25,5 17,7 14,5 12,3 9,2 5,3
3,0 133 48,8 27,1 19,2 16,0 13,9 10,7 7,3 4,5
3,5 138 50,4 28,4 20,4 17,1 15,0 11,9 8,5 6,0 3,8
4,0 143 52,0 29,6 21,5 18,2 18,0 12,9 9,7 7,3 5,3 3,5
4,5 147 53,3 30,5 22,3 19,0 16,9 13,7 10,5 8,1 6,3 4,7 3,0
5,0 151 54,3 31,5 23,1 19,8 17,7 14,4 11,2 8,9 7,1 5,6 4,2 2,8
6,0 155 55,7 32,3 23,9 20,5 18,4 15,2 11,9 9,6 7,9 6,5 5,1 4,0 2,7
7,0 158 56,5 33,0 24,5 21,1 18,9 15,7 12,4 10,1 8,4 7,0 5,7 4,6 3,5 2,1
8,0 170 59,9 35,5 26,7 23,1 20,9 17,6 14,2 11,9 10,2 8,9 7,7 6,7 5,8 4,8 4,0
9,0 175 61,3 36,4 27,5 23,9 21,7 18,3 14,9 12,6 10,9 9,5 8,4 7,4 6,6 5,5 4,8 2,4
10,0 179 62,3 37,2 28,2 24,6 22,3 18,9 15,5 13,1 11,4 10,0 8,9 7,9 7,1 6,0 5,3 3,3 2,1
12,0 187 64,4 38,7 29,5 25,7 23,5 19,9 16,5 14,1 12,3 11,0 9,8 8,9 8,0 7,0 6,2 4,5 3,6 2,8
15,0 197 66,9 40,5 31,0 27,2 24,8 21,5 17,7 15,2 13,4 12,0 10,8 9,9 9,1 8,0 7,2 5,6 4,8 4,2 2,9
18,0 206 69,0 42,0 32,3 28,4 26,0 22,3 18,7 16,2 14,3 12,9 11,7 10,8 9,9 8,8 8,0 6,5 5,7 5,1 3,9 2,5
20,0 211 70,2 42,9 33,0 29,0 26,6 22,9 19,2 16,7 14,8 13,4 12,2 11,2 10,4 9,2 8,4 7,0 6,2 5,6 4,4 3,1 1,7
25,0 223 72,9 44,8 34,7 30,6 28,1 24,2 20,4 17,9 15,9 14,5 13,2 12,2 11,4 10,2 9,3 7,9 7,1 6,5 5,4 4,2 3,1 2,5
30,0 233 75,1 46,3 36,0 31,8 29,2 25,3 21,4 18,8 16,8 15,3 14,0 13,0 12,1 10,9 10,0 8,6 7,8 7,2 6,1 4,9 4,0 3,4
35,0 241 76,8 47,5 37,0 32,7 30,1 26,1 22,1 19,5 17,5 15,9 14,6 13,6 12,7 11,4 10,5 9,2 8,4 7,8 6,7 5,5 4,5 4,0
40,0 249 78,5 48,7 38,0 33,6 31,0 26,9 22,9 20,1 18,1 16,5 15,2 14,1 13,2 12,0 11,0 9,7 8,6 8,2 7,1 6,0 5,0 4,5
45,0 256 80,0 49,7 38,8 34,4 31,7 27,5 23,5 20,7 18,6 17,0 15,7 14,6 13,7 12,4 11,4 10,1 9,3 8,6 7,5 6,3 5,4 4,9
50,0 263 81,4 50,7 39,6 35,2 32,5 28,2 24,1 21,2 19,1 17,5 16,2 15,1 14,2 12,8 11,8 10,5 9,6 9,0 7,9 6,7 5,7 5,2

Para determinar o diâmetro efectivo (mm), os valores indicados têm de ser multiplicados pelos seguintes factores:
g/h
k 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1.000 1.500 2.000 3.000 5.000 8.000 10.000 15.000 20.000
Factor 1,0 1,4 1,7 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,9 4,5 5,5 7,1 8,9 10,0 12,2 14,1

Fig. 78 Determinação do tamanho das condutas de condensado (exemplos de cálculo a partir da página 107)
Bases para determinar o diâmetro interno da tubagem:
1. Só é considerada a quantidade de vapor de expansão
2. Assume-se uma velocidade do vapor de expansão de 15 m/s
Coeficiente de resistência C

Diâmetro nominal

Fig. 79 Descida de pressão em condutas de vapor


Os coeficientes de resistência C para todos os componentes das tubagens
com o mesmo diâmetro nominal podem ser consultados na Fig. 80. A descida
de pressão ∆p em bar pode ser determinada a partir da soma de todos os
valores individuais ∑C e os dados operacionais, ver a Fig. 81.

109
Exemplo
Componentes da tubagem DN 50: Dados operacionais:
tubagem de 20 m C = 8,11 Temperatura t = 300 °C
1 válvula em ângulo C = 3,32 Pressão do vapor abs. p = 16 bar
2 válvulas especiais C = 5,60 Velocidade w = 40 m/s
1 peça em T C = 3,10
2 cotovelos 90 C = 1,00

∑C = 21,10 Resultado ∆p = 1,1 bar


Pressão
absoluta p

Velocidade w
10
m
/s

Temperatura δ em °C
Coeficiente de
resistência C
Descida de pressão ∆p em bar

Fig. 80

110
Velocidade de fluxo w em m/s
Caudal volúmico V em m3

Fig. 81 Caudal em tubagens.

111
Temperatura do vapor δ em °C
Vap
or s
atura
do

Densidade p em kg/m3

/h
rt
po
va
de
o
sic
ás
m
al
ud
Ca
Di
âm
etr
o
no
mi
na
l

Velocidade de fluxo w em m/s

Fig. 82 Velocidade de fluxo em condutas de vapor


Exemplo: Temperatura do vapor 300 °C, pressão do vapor 16 bar,
quantidade de vapor 30 t/h, diâmetro nominal 200.
Resultado: Velocidade de fluxo = 43 m/s

112
10.2. Exemplos.

10.2.1. Determinação do diâmetro nominal da tubagem em função da quantidade


de vapor de expansão.

10.2.1.1. Pressão antes da expansão (pressão de serviço) 5 bar a, pressão


na extremidade da conduta de condensado 1,5 bar a, tempera-
tura do condensado perto da temperatura de saturação 151 °C
Caudal de condensado 1200 kg/h
Tabela 1 na Fig. 78, coeficiente de gradiente de pressão = 14,4.
Tabela 2 na Fig. 78, o factor de caudal para 1200 kg = 3,5.
Logo
diâmetro = 14,4 x 3,5 = 50,4 mm
Escolher DN 50.

10.2.1.2. As mesmas condições do ponto 10.2.1.1., mas condensado


com 20 K de subarrefecimento (20 K abaixo de ts).
De acordo com a tabela 1, a temperatura de saturação a 5 bar é
151 °C, logo
a temperatura do condensado efectiva é 151 – 20 = 131 °C;
coeficiente de gradiente de pressão a 131°C ≈ 10,2
(Através de interpolação do coeficiente de diâmetro a 127 °C
com uma contrapressão de 1,5 bar = 9,2 e a 133°C com uma
contrapressão de 1,5 bar = 10,7) multiplicado pelo factor 3,5
(da tabela 2 para 1200 kg/h) obtém-se um diâmetro de
10,2 x 3,5 = 35,7 mm.
Escolher DN 40.

10.2.2. Determinação do diâmetro nominal da tubagem em função do caudal de


líquido, ou seja, quando não existe ou existe muito pouco vapor de
expansão.
Mesmas condições do ponto 10.2.1.1., ou seja, caudal de condensado
1200 kg/h ≈ 1200 l/h ≈ 1,2 m3/h,
Pressão a montante 5 bar a; contrapressão 1,5 bar a.
mas condensado com 40 K de subarrefecimento (40 K abaixo de ts).
De acordo com a Fig. 78, Tabela 1, a temperatura de saturação a 5 bar
é 151 °C, logo a temperatura do condensado efectiva é 151 – 40 = 111 °C
Temperatura de saturação a 1,5 bar = 111°C, logo não é gerado vapor de
expansão.
Determinação do diâmetro da conduta de condensado a partir da Fig. 81,
com base numa velocidade de fluxo de 0,5 – 0,6 m/s.
Escolher DN 25.

113
Densidade do vapor
Pressão absoluta

Volume de vapor
Temperatura

h", kJ/kg
do vapor
p" kg/m3
v" m3/kg

h', kJ/kg
da água
Entalpia

Entalpia
p, bar a

r, kJ/kg
latente
Calor
ts, °C
0,10 45,84 14,670000 0,0680 191,83 2584,8 2392,9
0,15 54,00 10,020000 0,1000 225,97 2599,2 2373,2
0,20 60,08 7,650000 0,1310 251,45 2609,9 2358,4
0,25 64,99 6,204000 0,1610 271,99 2618,3 2346,3
0,30 69,12 5,229000 0,1910 289,30 2625,4 2336,1
0,40 75,88 3,993000 0,2500 317,65 2636,9 2319,2
0,50 81,35 3,240000 0,3090 340,56 2646,0 2305,4
0,60 85,95 2,730000 0,3660 359,93 2653,6 2293,6
0,70 89,97 2,365000 0,4230 376,77 2660,1 2283,3
0,80 93,52 2,087000 0,4790 391,72 2665,8 2274,0
0,90 96,72 1,869000 0,5350 405,21 2670,9 2265,6
1,00 99,64 1,694000 0,5900 417,51 2675,4 2257,9
1,50 111,38 1,1590v0 0,8630 467,13 2693,4 2226,2
2,00 120,23 0,885400 1,1290 504,70 2706,3 2201,6
2,50 127,43 0,718400 1,3920 535,34 2716,4 2181,0
3,00 133,54 0,605600 1,6510 561,43 2724,7 2163,2
3,50 138,87 0,524000 1,9080 584,27 2731,6 2147,4
4,00 143,62 0,462000 2,1650 604,67 2737,6 2133,0
4,50 147,92 0,413800 2,4170 623,16 2742,9 2119,7
5,00 151,84 0,374700 2,6690 640,12 2747,5 2107,4
5,50 155,46 0,339000 2,9200 655,78 2751,7 2095,9
6,00 158,84 0,315500 3,1700 670,42 2755,5 2085,0
7,00 164,96 0,272700 3,6670 697,06 2762,0 2064,9
8,00 170,42 0,240300 4,1610 720,94 2767,5 2046,5
9,00 175,35 0,214800 4,6550 742,64 2772,1 2029,5
10,00 179,88 0,194300 5,1470 762,61 2776,2 2013,6
11,00 184,05 0,177400 5,6370 781,13 2779,7 1998,5
12,00 187,95 0,163200 6,1270 798,43 2782,7 1984,3
13,00 191,60 0,151100 6,6180 814,70 2785,4 1970,7
14,00 195,04 0,140700 7,1070 830,08 2787,8 1957,7
15,00 198,28 0,131700 7,5930 844,67 2789,9 1945,2
16,00 201,36 0,123700 8,0840 858,56 2791,7 1933,2
17,00 204,30 0,116600 8,5760 871,84 2793,4 1921,5
18,00 207,10 0,110300 9,0660 884,58 2794,8 1910,3
19,00 209,78 0,104700 9,5510 896,81 2796,1 1899,3
20,00 212,37 0,099500 10,0500 908,59 2797,2 1888,6
21,00 214,84 0,094890 10,5390 919,96 2798,2 1878,2
22,00 217,24 0,090650 11,0310 930,95 2799,1 1868,1
25,00 223,93 0,079910 12,5140 961,96 2800,9 1839,0
30,00 233,83 0,066630 15,0080 1008,40 2802,3 1793,9
40,00 250,33 0,049750 20,1010 1087,40 2800,3 1712,9
50,00 263,91 0,039430 25,3610 1154,50 2794,2 1639,7
60,00 275,56 0,032440 30,8260 1213,70 2785,0 1571,3
70,00 285,80 0,027370 36,5360 1267,40 2773,5 1506,0
80,00 294,98 0,023530 42,4990 1317,10 2759,9 1442,8
90,00 303,32 0,020500 48,7800 1363,70 2744,6 1380,9
100,00 310,96 0,018040 55,4320 1408,00 2727,7 1319,7
120,00 324,63 0,014280 70,0280 1491,80 2689,2 1197,4
140,00 336,36 0,011500 86,9570 1571,60 2642,4 1070,7
160,00 347,32 0,009308 107,4340 1650,50 2584,9 934,3
180,00 356,96 0,007498 133,3690 1734,80 2513,9 779,1
200,00 365,70 0,005877 170,1550 1826,50 2418,4 591,9
220,00 373,69 0,003728 268,2400 2011,10 2195,6 184,5
221,20 374,15 0,003170 315,4570 2107,40 2107,4 0

Fig. 83 Tabela de vapor de água.


(As tabelas de vapor de água podem ser adquiridas no comércio especializado).

114
Página
11. Determinação do tamanho de condutas de vapor 117

12. Determinação do caudal de condensado

12.1. Fórmulas básicas gerais (unidades Sl) 118

12.2. Determinação do tamanho de purgadores de condensados 121


11. Determinação do tamanho de condutas de vapor

Ao escolher o tamanho de condutas de vapor deve partir-se do princípio que a desci-


da de pressão entre a caldeira e os consumidores de vapor é limitada. Esta depende
essencialmente da velocidade de fluxo do vapor.
Os seguintes valores empíricos para a velocidade de fluxo provaram ser satisfatórios:
Condutas de vapor saturado 20 – 40 m/s
Condutas de vapor quente dependendo do caudal 35 – 65 m/s
Os valores mais baixos são aplicáveis aos caudais mais baixos.
Com uma velocidade do vapor predefinida, o diâmetro nominal necessário da tuba-
gem pode ser determinado com base na Fig. 82.
A descida de pressão prevista pode ser calculada com base nas Fig. 79 e 80.

117
12. Determinação do caudal de condensado.

12.1. Fórmulas básicas gerais com base em: unidades Sl [J, W].

12.1.1. Se a quantidade de calor necessária for conhecida (p. ex., indicada na


placa de características do permutador de calor), então o caudal de con-
densado M · por hora pode ser calculado

a partir de

kW é a quantidade de calor necessária em kJ/s (kilojoule/segundo), o


quociente 2100 é o calor latente em kJ/kg para pressões médias; o factor
1,2 é adicionado para compensar as perdas de calor.
·
12.1.2. Se a quantidade de calor Q necessária por hora não for conhecida, pode
· do produto a ser aquecido numa hora, o
ser calculada a partir do peso M
calor específico

e a diferença entre a temperatura inicial t1 e a temperatura final t2 (∆t = t2 – t1)


como se segue:

Exemplo.
É necessário aquecer 50 kg de água em 1 hora de 20 °C para 100 °C. A
quantidade de calor necessária é

água

Então, o caudal de condensado é

118
Agora se os 50 kg de água devem ser evaporados em 1 hora, têm de ser
adicionados 2100 kJ/kg de calor latente, ou seja

A quantidade total de vapor necessária e, consequentemente, a quanti-


dade total de condensado formada pode ser calculada como se segue:
· ≈ 2,1 (4656 + 29.167) ≈ 71,0 kg/h
M
É necessário ter em atenção que cada produto tem um calor específico
próprio.

Calor específico c

Água 4,190
Leite 3,936
Mosto 3,894
Doce 1,256
Cera 2,931
Gelo 0,502
Gordura 0,670
Borracha 1,424
Soro fisiológico, saturado 3,266
Enxofre 0,754
Álcool 2,428
Ar 1,005
Óleo para máquinas 1,675
Gasolina 2,093

Pode encontrar valores de outros produtos no guia da GESTRA ou na


literatura técnica aplicável.

119
12.1.3. Se forem conhecidos o tamanho da superfície de aquecimento e a dife-
rença de temperatura (temperatura inicial e final) do produto a aquecer, o
caudal de condensado· M pode ser calculado com precisão suficiente a
partir de

Em que
· caudal de condensado em kg/h
M =
F = superfície de aquecimento em m2

k = coeficiente de transmissão térmica em

tD = temperatura do vapor
t1 = temperatura inicial do produto a aquecer
t2 = temperatura final do produto a aquecer (frequentemente basta
conhecer a temperatura média, p. ex., temperatura ambiente)
r = calor latente em kJ/kg (pode assumir-se como sendo 2100 para
pressões médias)

Alguns valores empíricos para a transmissão térmica k.


Os valores mais baixos são aplicáveis com condições operacionais des-
favoráveis como, p. ex., velocidade de fluxo baixa, produtos viscosos,
superfícies de aquecimento contaminadas e oxidadas. Enquanto que os
valores mais altos aplicam-se a condições bastante favoráveis, p. ex.,
velocidades de fluxo altas, produtos muito fluidos e superfícies de aque-
cimento limpas.

Conduta de vapor isolada 0,6 – 2,4


Conduta de vapor não isolada 8 – 12
Unidade de aquecimento com circulação natural 5 – 12
Unidade de aquecimento com circulação forçada 12 – 46
Caldeira de aquecimento com camisa e agitador 460 – 1500
Idem, com líquido em ebulição 700 – 1750
Caldeira de aquecimento com agitador e
serpentina de aquecimento 700 – 2450
Idem, com líquido em ebulição 1200 – 3500
Permutador de calor tubular 300 – 1200
Evaporador 580 – 1750
Idem, com circulação forçada 900 – 3000

120
12.2. Determinação do tamanho de purgadores de condensados.
(Ver também os pontos 3.1. e 3.2.)
As fórmulas de cálculo indicadas no ponto 12.1. acima permitem calcular o cau-
dal de condensado médio durante todo o processo de aquecimento. No entanto,
estas fórmulas mostram claramente que, mantendo-se as outras condições de
funcionamento iguais, o caudal de condensado aumenta com a diferença entre
a temperatura do vapor e a temperatura do produto. Isto significa que o caudal
de condensado é maior quando o produto a ser aquecido regista a temperatura
mais baixa, ou seja, no início do processo de aquecimento.
Outro aspecto a considerar é o facto de que a perda de pressão na conduta de
vapor e no permutador de calor atinge o ponto mais alto com maior consumo de
vapor. Isto significa que a pressão de serviço e, logo, a pressão efectiva (diferen-
ça entre a pressão de serviço a montante do purgador e a pressão a jusante do
purgador), que determina a capacidade do purgador, atinge o ponto mais baixo
durante o arranque.
Pode-se encontrar condições extremas, por exemplo, no caso da drenagem de
condutas de vapor. Se for usado vapor saturado, a quantidade de condensado
formada no arranque pode ser vinte vezes a formada durante o funcionamento
contínuo. Se for usado vapor super-aquecido, praticamente não é formado con-
densado durante o funcionamento contínuo.
Variações extremas de caudal e pressão também ocorrem em instalações regu-
ladas e em muitos processos de ebulição.
Se só for conhecido o consumo de vapor médio (caudal de condensado), tem de
ser adicionado um factor de segurança para purgadores de bóia. Pode partir-se
do princípio que a sua capacidade máxima com pressões médias (a uma tempe-
ratura do condensado de 100 °C) é 1,4 vezes superior à capacidade de água
quente indicada no diagrama de capacidades.
Por outro lado, a capacidade máxima dos purgadores térmicos (capacidade de
água fria) é várias vezes superior à capacidade de água quente e está indicada no
diagrama de capacidades.

121
Página
13. Regulação da pressão e da temperatura

13.1. Regulação da pressão 125

13.2. Regulação da temperatura nos permutadores de calor 128


13.2.1. Regulação do lado do vapor 128
13.2.2. Regulação do lado do condensado 129
13. Regulação da pressão e da temperatura

13.1. Regulação da pressão.


A pressão predefinida da caldeira é frequentemente superior à pressão necessá-
ria para o processo de aquecimento. Nestes casos, é geralmente mais económi-
co reduzir a pressão do vapor. Os custos de aquisição dos permutadores de
calor concebidos para pressões mais baixas é inferior, a quantidade de calor
latente que pode ser aproveitado é maior e a quantidade de vapor de expansão
é menor.

13.1.1. Na grande maioria dos casos, a precisão de regulação de um regulador


proporcional, ilustrado na Fig. 84, é suficiente. Trata-se de uma válvula de
sede única equilibrada que funciona sem energia auxiliar. A pressão míni-
ma a manter actua através do reservatório de expansão e da linha piloto
no lado inferior do diafragma.
A força da mola actua na oposição oposta. A força da mola pode ser
ajustada com a roda manual, alterando assim a pressão mínima.

Fig. 84 Redutor de pressão GESTRA

125
13.1.2. A instalação correcta é importante para o modo de funcionamento do regu-
lador de pressão (Fig. 85). O regulador de pressão funciona maioritariamen-
te na posição de estrangulamento. Mesmo pequenas partículas de sujidade
podem causar problemas. Por isso, recomenda-se a instalação de um colec-
tor de impurezas a montante de cada regulador de pressão, não importa o
modelo. As partículas de água presentes no vapor que passa a alta veloci-
dade através da válvula fortemente estrangulada, causam a destruição
precoce da válvula e da sede devido a cavitação e erosão.
Quando a instalação está parada, o vapor residual condensa na tubagem.
O condensado residual acumula-se no ponto mais baixo a montante da
válvula. Quando a instalação é novamente colocada em funcionamento, o
vapor flúi contra o condensado frio. Isto pode ter como consequência gol-
pes de aríete. As pressões de choque verificadas podem destruir precoce-
mente as cápsulas de regulação e os foles de equilíbrio da pressão. Por
estas razões, a conduta de vapor deve ser drenada a montante de cada
regulador de pressão. Se a conduta de vapor a jusante do regulador subir,
deve ser previsto um ponto de drenagem também a jusante do regulador.
Pode prescindir-se de uma drenagem directamente a montante do regula-
dor, se for instalado um tubo vertical com fluxo ascendente.

< 1m

1. Ponto colector de condensado 5. Redutor de pressão


2. Purgador de condensados 6. Reservatório
3. Válvula de fecho 7. Conduta de impulso
4. Colector de impurezas 8. Registo de impulsos

Fig. 85 Exemplos de montagem de redutores da pressão do vapor.

A Fig. 85 apresenta exemplos de instalação correcta, sendo que para o


regulador de pressão de acordo com a Fig. 84 recomenda-se uma secção
de estabilização de aprox. 1 m de comprimento.

126
13.1.3. Com gradientes de pressão relativamente altos (P2 < P1/2) é preferencial-
mente utilizada uma válvula de sede cónica perfurada eléctrica ou pneumá-
tica. Se isto não for possível, devem ser instaladas válvulas redutoras da
pressão em série (Fig. 86). A secção de estabilização a montante da primei-
ra válvula redutora da pressão deve ser prevista com um comprimento 8 x
DN. A secção de amortecimento deve ter um comprimento de 5 m.

Secção de estabilização Secção de amortecimento

1. Ponto colector de condensado 5. Regulador de pressão


2. Purgador de condensados 6. Reservatório
3. Válvula de fecho 7. Conduta de impulso
4. Colector de impurezas
Fig. 86 Reguladores de pressão ligados em série para redução gradual de pres-
sões do vapor elevadas.

As condições de redução mais favoráveis para ambos os reguladores são


obtidas quando o segundo tem um diâmetro nominal duas vezes superior
ao primeiro.
O mesmo se aplica à tubagem a jusante.

13.1.4. Se a pressão do vapor apresentar grandes flutuações entre os valores


mínimo e máximo e desejar-se uma regulação precisa da pressão mesma
para as necessidades mínimas, tem de se ligar em paralelo dois regula-
dores de tamanhos diferentes (Fig. 87).

Secção de
estabilização

1. Ponto colector de condensado 5. Regulador de pressão


2. Purgador de condensados 6. Reservatório
3. Válvula de fecho 7. Conduta de impulso
4. Colector de impurezas

Fig. 87 Reguladores de pressão em paralelo para consumo de vapor com fortes


flutuações.

127
O regulador maior deve ser ajustado para fechar a uma pressão mínima
ligeiramente superior à do mais pequeno. Isto garante que com plena
carga, ambos os reguladores são abertos. Com baixa carga, a pressão
mínima sobe ligeiramente, o que faz com que o regulador maior feche e
apenas o mais pequeno regule a pressão.

13.2. Regulação da temperatura nos permutadores de calor.

13.2.1. É principalmente aplicada a regulação do lado do vapor. A Fig. 88 apre-


senta um regulador de temperatura comum, sem energia auxiliar, da
gama da GESTRA. Um termóstato a medir a temperatura do produto
transfere os seus impulsos para um cilindro de posicionamento, que con-
trola a válvula de estrangulamento, a qual é fechada quando a tempera-
tura nominal é atingida.
Para a descarga do condensado deve ter-se em conta que devido à abertu-
ra e estrangulamento do regulador, a pressão do vapor no permutador de
calor flutua constantemente dentro de um amplo intervalo (ver também o
ponto 4.7.).

Válvula

Sensor

Termóstato

Caixa de empanque
Escala de valores
Mola de segurança nominais (impressa)
(protecção contra Êmbolo de
temperatura excessiva) posicionamento
Anel de
afinação

Cilindro de
posicionamento Tubo capilar

Ajustador do
valor nominal

Fig. 88 Regulador da temperatura mecânico. Termóstato com sensor de haste e


válvula de fecho bidireccional (válvula de sede única, fecha com o aumento
da temperatura).

128
13.2.2. A regulação no lado do condensado (ver ponto 4. 8. 3 e Fig. 38) apresen-
ta a vantagem de ser mantida uma pressão constante no permutador de
calor. Simultaneamente, é possível aproveitar o calor do condensado. No
entanto, em comparação com a regulação do lado do vapor, deve ter-se
em conta o funcionamento bastante mais lento (devido a controlo exces-
sivo). Além disso, têm de ser previstas superfícies de aquecimento que
não sejam afectadas por golpes de aríete (p. ex., pré-aquecedores verti-
cais).
Para a regulação do lado do condensado também pode ser utilizado o
regulador ilustrado na Fig. 88, sendo a válvula instalada no lado do con-
densado. Entre o permutador de calor e a válvula tem de ser instalado um
purgador de condensados. Este destina-se e evitar a saída de vapor vivo
quando a válvula está totalmente aberta (p. ex., durante o arranque da
instalação).

Regulação do lado do vapor Regulação do lado do condensado

Vapor
Vapor
Regulador da
temperatura
termostático

Produto Produto

Purgador de
Purgador de
condensados
condensados
Válvula anti-retorno Regulador da
temperatura
termostático
Conforme a carga, a pressão na Pressão constante na superfície de
superfície de aquecimento varia. aquecimento. Acumulação de conden-
Sem acumulação de condensado. sado variável de acordo com a carga

Fig. 89 Regulação de permutadores de calor.

129
Página
14. Utilização vantajosa de
Válvulas anti-retorno GESTRA DISCO 133

15. Válvulas de retenção GESTRA DISCO 137


14. Utilização vantajosa de válvulas anti-retorno

As válvulas anti-retorno desempenham um papel importante em sistemas de vapor e


condensado. Contribuem para a automatização do processo de aquecimento, aumen-
tam a segurança operacional e, nalguns casos, substituem válvulas mais complexas.
O design compacto da válvula anti-retorno RK GESTRA DISCO simplifica a instalação
graças ao seu comprimento de montagem extremamente curto. A válvula é instalada
entre duas flanges. As Fig. 90 a e b ilustram o funcionamento e a montagem.

aberta fechada
Fig. 90a As válvulas são abertas através da pressão do fluido e fechadas pela
mola assim que o fluxo do fluido parar, antes de ocorrer qualquer
refluxo. A mola da válvula também impede a circulação por gravida-
de.

Fig. 90b DISCO-RK, PN 6 - 40, DN 15 - 100 com anel de centragem em espiral ou


centragem externa cabem entre as flanges da tubagem em conformidade
com DIN, BSI e ASME 150/300 RF.

133
14.1. Em permutadores de calor instalados em paralelo, as válvulas anti-retorno impe-
dem o aquecimento e enchimento por refluxo de um consumidor desligado do lado
do condensado (evitam golpes de aríete durante o arranque seguinte) (Fig. 91).

Vaposcópio

Purgador
automático
RK

Fig. 91

14.2. A formação de vácuo no espaço do vapor é impedida:


a) Através da instalação de uma válvula RK em paralelo com o purgador. A RK
abre-se assim que a pressão no espaço do vapor descer abaixo da da con-
duta de condensado (Fig. 92). Atenção: Só faz sentido em permutadores de
calor verticais.

Vaposcópio
RK

Purgador
automático

Fig. 92

134
b) Através da montagem da válvula RK em paralelo com um purgador de ar tér-
mico ou sozinha, em conformidade com a Fig. 93. A RK abre-se assim que a
pressão no espaço do vapor descer abaixo da pressão atmosférica.

RK como quebra-vácuo

Purga de ar
térmica

RK para impedir
aquecimento por refluxo

Fig. 93

c) Através da montagem de uma válvula RK numa câmara de expansão (Fig. 94).

Para sala das caldeiras Vapor de expansão


Condensado
dos consumidores
RK I

Câmara de expansão

RK II

Fig. 94 RKI: Quebra-vácuo


RK II Válvula de pé

135
14.3. Se uma serpentina de aquecimento for utilizada para aquecimento e arrefeci-
mento, a instalação de uma válvula RK protege o sistema contra danos causa-
dos por erros de operação (Fig. 95). O vapor é impedido de entrar na conduta de
água de arrefecimento e a água de arrefecimento de entrada na conduta de
vapor.

Vapor Água de arrefecimento

RK

Água de arrefecimento

RK

Condensado

Fig. 95

136
15. Duplas válvulas de retenção BB® GESTRA DISCOCHECK.

As duplas válvulas de retenção BB GESTRA DISCOCHECK são um complemento lógico às


válvulas anti-retorno GESTRA DISCO, p. ex., no intervalo de diâmetros nominais maiores.
As suas vantagens especiais prendem-se com as suas resistências ao fluxo extremamente
baixas, os comprimentos de montagem curtos, p. ex., em conformidade com DIN API, ISO,
EN até «versões extremamente curtas» e a gama completa para quase todos os fluidos. As
duplas válvulas de retenção BB GESTRA DISCOCHECK foram concebidas para uma vida útil
especialmente longa e perdas de pressão extremamente baixas.

Posição de fecho
Os pratos da válvula – com vedante
metálico ou junta tórica – estão assentes
na sede.

Posição de fecho

Início de abertura
Antes de os pratos da válvula abrirem,
levantam-se primeiro do pino central do
corpo. Este efeito cinemático reduz o
desgaste das superfícies da sede.

Início de abertura

Abertura total
O ângulo de abertura é limitado a 80°
através dos cames de batente nos pra-
tos. Cames adicionais na charneira
asseguram uma posição estável na
posição de abertura.

Abertura total

Fig. 96 Princípio de funcionamento das


duplas válvulas de retenção BB GESTRA DISCOCHECK

137
Página
16. Diagramas de selecção de
purgadores de condensados GESTRA

16.1. Purgadores de condensados térmicos/termodinâmicos,


até PN 40, Série BK 141
16.2. Purgadores de condensados térmicos/termodinâmicos,
PN 63-630, Série BK 142
16.3. Purgadores de condensados térmicos com controlo piloto por
Cápsulas de regulação simples, até PN 40, série MK 143

16.4. Purgadores de condensados térmicos com controlo piloto por


Cápsulas de regulação simples, até PN 25, série TK 144

16.5. Purgadores térmicos para temperaturas do condensado


constantes, até PN 40, série UBK 46 145

16.6. Purgadores de bóia, até PN 16 146

16.7. Purgadores de bóia, PN 25 e PN 40 147

16.8. Purgadores de bóia, PN 63 148

16.9. Purgadores de bóia, PN 100 149

16.10. Purgadores de bóia, PN 160 150

16.11. Purgadores de bóia PN 16/25 151

16.12. Purgadores termodinâmicos com bocal variável PN 16 152


16. Diagramas de selecção de purgadores de condensados GESTRA

16.1. Purgadores de condensados térmicos/termodinâmicos, até PN 40, série BK.


As capacidades indicadas no gráfico são as obtidas com aprox. 10 K abaixo da
temperatura de saturação.
Os purgadores de maior capacidade necessitam de um subarrefecimento maior.
Com condensado frio (durante o arranque), os purgadores automáticos descarre-
gam várias vezes as quantidades aqui indicadas. Ver as folhas de dados individuais.
BK45 PN40 DN 15, 20, 25 até 22 bar de pressão diferencial
BK15 PN40 DN 40, 50 até 22 bar de pressão diferencial
BK46 PN40 DN 15, 20, 25 até 32 bar de pressão diferencial

[lb/h] [kg/h]
Capacidade

[bar]

[psi]
∆PMX

141
16.2. Purgadores de condensados térmicos/termodinâmicos, PN 63-630, série BK.
As capacidades indicadas no gráfico são as obtidas com aprox. 10 K abaixo da
temperatura de saturação.
Os purgadores de maior capacidade necessitam de um subarrefecimento maior.
Com condensado frio (durante o arranque), os purgadores automáticos descarre-
gam várias vezes as quantidades aqui indicadas. Ver as folhas de dados individuais.
BK27N PN63 DN 40, 50, ΔPMX. 45 bar
BK37 PN63 DN 15, 20, 25, ΔPMX. 45 bar
BK28 PN100 DN 15, 20, 25, ΔPMX. 85 bar
BK29 PN160 DN 15, 20, 25, ΔPMX. 110 bar
BK212 PN630 DN 15, 20, 25, ΔPMX. 250 bar

[lb/h] [kg/h]
Capacidade

[bar]

[psi]

∆PMX

142
16.3. Purgadores de condensados térmicos com cápsula de regulação simples, até
PN 40, série MK.
As capacidades indicadas no gráfico são as obtidas com aprox. 10 K abaixo da
temperatura de saturação. Com condensado frio (durante o arranque), os cau-
dais aumentam.
Outros dados, especialmente com a utilização da cápsula U (cápsula de subarrefe-
cimento), devem ser consultados nas respectivas folhas de dados.
MK 45-1, MK 45-2, MK 35/2S, MK 35/2S3, PN40 DN 15, 20, 25
MK 35/31; MK 35/32 PN25 DN 3/8", 1/2"; MK 36/51; PN40 DN 1/4", 3/8", 1/2", 3/4";
MK 25/2; PN40 DN 40, 50
MK 25/2S; PN40 DN 40, 50
MK 36
MK 45
[lb/h] [kg/h] MK 20
Capacidade

[bar]

[psi]
∆PMX

143
16.4. Purgadores de condensados térmicos com controlo piloto por cápsulas de
regulação simples, até PN 25, série TK.
As capacidades indicadas no gráfico são as obtidas com aprox. 5 K abaixo da
temperatura de saturação. Com condensado frio (durante o arranque), os cau-
dais aumentam (ver folha de dados correspondente).
TK 23 PN16 DN 50, 65, 80, 100
TK 24 PN25 DN 50, 65, 80, 100

TK 24

[lb/h] [t/h] TK 23
Capacidade

[bar]

[psi]
∆PMX

144
16.5. Purgadores térmicos para temperaturas do condensado constantes, PN 40,
série UBK 46.
O purgador abre-se com o ajuste de fábrica até 19 bar g com temperaturas do
condensado <100 °C (p. ex., a 4 bar com 80 °C, a 8 bar com 85 °C), a pressões
>20 bar com temperatura do condensado >100 °C (p. ex., a 32 bar com 116 °C).
Os caudais indicados no diagrama são descarregados com temperatura do con-
densado ligeiramente abaixo da respectiva temperatura de abertura. Com con-
densado frio (durante o arranque), os purgadores descarregam várias vezes as
quantidades aqui indicadas (ver folhas de dados correspondentes).
UBK 46 PN 40 DN 15, 20, 25

[lb/h] [kg/h]
Capacidade

[bar]

[psi]

∆PMX

145
16.6. Purgadores de bóia até PN 16, UNA 23 DN 15-50;
UNA Especial tipo 62 DN 65-100.
Caudal máximo de condensado em ebulição para os respectivos diâmetros
nominais e órgãos de fecho (AO). A pressão diferencial máxima admissível (pres-
são efectiva) depende da secção do órgão de fecho (AO).

AO 16
AO 13
AO 10
AO 8
AO 5
AO 4
AO 3,5
[lb/h] [t/h]
AO 2
Capacidade

[bar]

[psi]

∆PMX

146
16.7. Purgadores de bóia, PN 25 e PN 40, UNA 25/26 DN 15-50;
UNA Especial DN 65-100.
Caudal máximo de condensado em ebulição para os respectivos diâmetros
nominais e órgãos de fecho (AO). A pressão diferencial máxima admissível (pres-
são efectiva) depende da secção do órgão de fecho (AO).

AO 32
AO 22
AO 16
AO 13
AO 12
AO 10
AO 8
AO 5
AO 4
[lb/h] [t/h]
AO 3,5
AO 2
Capacidade

[bar]

[psi]

∆PMX

147
16.8. Purgadores de bóia, PN 63.
Caudal máximo de condensado em ebulição para os respectivos diâmetros
nominais e órgãos de fecho (AO). A pressão diferencial máxima admissível (pres-
são efectiva) depende da secção do órgão de fecho (AO).
UNA 27 DN 25, 40, 50
UNA Especial DN 65, 80, 100

AO 45
AO 32
AO 28
AO 22
[lb/h] [t/h]
AO 16
Capacidade

[bar]

[psi]

∆PMX

148
16.9. Purgadores de bóia, PN 100.
Capacidade máxima de condensado em ebulição.
A pressão diferencial máxima admissível (pressão efectiva) depende da secção
do órgão de fecho (AO).
UNA 38 PN100 DN 15, 20, 25, 40, 50

AO 80
AO 64
[lb/h] [kg/h] AO 50
Capacidade

[bar]

[psi]
∆PMX

149
16.10. Purgadores de bóia PN 160, UNA 39.
Capacidade máxima de condensado em ebulição.
A pressão diferencial máxima admissível (pressão efectiva) depende da secção
do órgão de fecho (AO).
UNA 39 PN160 DN 15, 25, 50

AO 140
AO 110
[lb/h] [kg/h] AO 80
Capacidade

[bar]

[psi]
∆PMX

150
16.11. Purgadores de bóia PN 16/25 DN 15, 20, 25.
UNA 14/16
Caudal máximo de condensado em ebulição.
A pressão diferencial máxima admissível (pressão efectiva) depende da secção
do órgão de fecho (AO).

AO 22
AO 13
[lb/h] [kg/h] AO 4
Capacidade

[bar]

[psi]
∆PMX

151
16.12. Purgadores termodinâmicos com bocal variável, PN 16, DN 50 – 150.
Caudal máximo de condensado quente no funcionamento contínuo com 3/4 de
elevação do bocal variável;
capacidade de água fria cerca de 70% superior.
GK21 DN 50
GK11 DN 65, 80, 100, 150

[lb/h] [t/h]
Capacidade

[bar]

[psi]

∆PMX

152
Página
17. Válvulas para fins especiais

17.1. Válvula de drenagem durante o arranque AK 45 155

17.2. Purgadores de condensados para aplicações estéreis


SMK 22 para a indústria farmacêutica 159

17.3. Purgador de condensados com bomba UNA 25-PK 161

17.4. Bomba de elevação de condensados compacta UNA 25-PS 163


17. Válvulas para fins especiais

17.1. Válvula de drenagem durante o arranque AK 45.


Quando instalações aquecidas a vapor são colocadas em funcionamento, o
vapor de entrada condensa muito rapidamente, mas a pressão é estabelecida
lentamente. Isto significa que inicialmente é produzida uma quantidade relativa-
mente grande de condensado, mas o purgador de condensados ainda não está
em condições de descarregar este condensado de arranque sem acumulações.
Isto faz com que o tempo de arranque seja prolongado. Podem ocorrer golpes
de aríete térmicos perigosos.
Quando uma instalação é desligada, o vapor residual condensa. A pressão
desce, eventualmente pode ocorrer vácuo. Podem ocorrer consequências nega-
tivas:
- Deformação das superfícies de aquecimento pelo vácuo.
- Maior corrosão durante a paragem e perigo de congelamento decido a con-
densado residual.
- Golpes de aríete durante a colocação em funcionamento.

Solução:
Além do purgador de condensados, devem ser previstos uma drenagem durante
o arranque, esvaziamento e ventilação. Isto pode ser feito com válvulas manuais,
mas é mais eficiente se for realizado de modo automático com a válvula de drena-
gem GESTRA AK 45 (Fig. 97).

Fig. 97 AK 45, DN 15, 20, 25

155
A drenagem automática apresenta as seguintes vantagens em relação à drena-
gem manual:
- Poupa mão-de-obra.
- Exclui erro humano.
- Impede perdas de vapor através de válvulas abertas.
- Impede golpes de aríete e danos por congelamento.
- Reduz o risco de acidentes em pontos de acesso difícil.
- Evita a necessidade uma válvula de ventilação.

O princípio de funcionamento da GESTRA AK 45 baseia-se num cone de válvula


controlado por pressão. Quando não há pressão, a AK 45 é aberta por uma mola.
Quando a instalação é colocada em funcionamento, o condensado pode ser des-
carregado livremente da instalação. Apenas quando é atingida uma certa pressão
do vapor, a válvula fecha automaticamente (pressão de fecho). Se a instalação for
desligada, causando uma descida da pressão, a AK 45 abre sensivelmente ao
mesmo valor de pressão da pressão de fecho na fase de arranque (pressão de
abertura = pressão de fecho). Um dispositivo de purga de ar manual é previsto
para abrir a AK 45 para eliminar as partículas de sujidade na sede da válvula.

[lb/h] [kg/h]
Capacidade

[bar]
[psi]
∆PMX

Fig. 98 Capacidade de água fria da AK 45

156
Aquando da colocação em funcionamento de uma conduta de vapor (p. ex.,
conduta de vapor remota), com secções ascendentes, o purgador de condensa-
dos não consegue descarregar o condensado formado durante o arranque.
Através de fricção entre as duas fases, o vapor arrasta o condensado e transpor-
ta-o ao longo da secção ascendente da conduta. Isto pode causar impulsos e
golpes de aríete térmicos. Também neste caso, a GESTRA AK 45 pode ser a
solução (Fig. 99).

Condensado

Purgador de
condensados

Vapor
AK

Fig. 99 Exemplo de montagem da AK 45

157
No caso dos permutadores de calor com funcionamento intermitente (por lotes)
(p. ex., digestores, autoclaves ou evaporadores) são necessários arranques e
paragens rápidos com mudança frequente de lote. A GESTRA AK 45 permite um
arranque mais rápido, pois permite a descarga livre do condensado formado
durante o arranque. Isto impede a ocorrência de golpes de aríete. Quando a
instalação é desligada, a GESTRA AK 45 permite a drenagem do condensado
residual, impedindo danos por congelamento, assim como deformações causa-
das por formação de vácuo, evitando também a corrosão durante a paragem
(Fig. 100).

Purgador de condensados

Válvula anti-retorno

AK

Colector de condensado
com pressão efectiva
Fig. 100 Exemplo de montagem da AK 45

158
17.2. Purgadores de condensados para aplicações estéreis SMK, indústria farmacêutica


SMK 22 SMK 22-81


SMK 22-51

Fig. 101

Este purgador de condensado térmico possui um espaço morto mínimo e uma


cápsula de regulação simples resistente à corrosão e insensível aos golpes de
aríete e é utilizada para descarga do condensado e purga de ar do vapor em
aplicações estéreis e assépticas (SIP).
A esterilização fiável é garantida através de um aquecimento rápido e uma dre-
nagem absolutamente isenta de acumulação durante a esterilização. O sistema
Tryclamp (união de aperto) da SMK facilita a manutenção.
A cápsula de regulação possui um um perno esférico autocentrante de movi-
mento livre para garantir um fecho estanque ao vapor e insensível à sujidade.
Possui uma elevada sensibilidade graças às reduzidas dimensões do regulador
(termóstato de evaporação). O purgador de condensados efectua a descarga do
condensado em toda a gama de funcionamento de forma imediata e realiza a
purga de ar automática. A temperatura de abertura situa-se 5 K abaixo da tem-
peratura de saturação. Pressão diferencial máxima ∆p = 6 bar.
Todos os componentes em contacto com o fluido são de aço inoxidável. A junta
do corpo é de EPDM (junta tórica) em conformidade com as disposições da FDA
(Food and Drug Administration).
A rugosidade da superfície Ra das superfícies em contacto com o fluido é: 0,8 µm.

159
[lb/h] [kg/h]
QC [kg/h]
QH [lb/h]

, , , [bar]
, , ,
[psi]

∆PMX

Fig. 102 Diagrama de caudais para SMK 22 e SMK 22-51


1 Quantidade de água quente
2 Água fria

160
17.3 Purgador de condensados com bomba UNA 25-PK

Descrição do sistema
Purgador de condensados de bóia esférica com função de bomba. O aparelho
funciona essencialmente como purgador de condensados. Uma função de
bomba de vapor propulsor integrada garante que o condensado é transportado
ou descarregado com valores de pressão do vapor reduzidos ou contrapressões
elevadas.
O mecanismo de regulação é constituído por um regulador com bóia esférica e
fecho de esfera rolante, um órgão de fecho, um mecanismo de comutação e um
bloco de válvulas para controlo do vapor propulsor e purga de ar. O aparelho
possui um dispositivo anti-refluxo integrado na área de entrada e saída, uma
ligação para o vapor propulsor, assim como uma ligação para uma conduta de
purga de ar ou tubo de equilíbrio.

Funcionamento
O condensado flui através do dispositivo anti-refluxo integrado para o corpo do
purgador. A bóia esférica move o fecho de esfera rolante de acordo com o nível
de condensado no corpo e abre/fecha o órgão de fecho. Se existir uma pressão
diferencial suficientemente alta, é realizada a descarga do condensado através do
órgão de fecho e do dispositivo anti-refluxo. O aparelho funciona como um purga-
dor de condensados de bóia normal.
Se a pressão diferencial não for suficientemente alta, o nível de condensado con-
tinuará a subir no corpo do purgador.
Quando for atingido um ponto de comutação superior definido, a bóia esférica liga
um bloco de válvulas. Neste bloco de válvulas é fechada uma válvula de purga de
ar e aberta uma válvula de vapor propulsor. O vapor propulsor injectado expulsa
o condensado do corpo do purgador. Se o ponto de comutação inferior definido
for atingido, o bloco de válvulas é comutado através da posição da bóia de modo
a provocar a abertura da válvula de purga de ar e o fecho da válvula de vapor
propulsor. Agora o condensado flui novamente através do dispositivo anti-refluxo
para o corpo do purgador. É através deste processo cíclico que o aparelho funcio-
na como purgador de condensados combinado com bomba. Durante o funciona-
mento da bomba, é acumulado condensado de entrada na conduta de admissão
do purgador de condensados combinado com bomba.

Caudal (funcionamento como purgador de


condensados)
Condensado (água quente) Água fria
Caudal 1) [kg/h] 2000 Caudal 1) [kg/h] 2500
∆PMX (pressão diferencial máx.) [bar] 6 ∆PMX (pressão diferencial máx.) [bar] 6
1) Quando o caudal é excedido, o aparelho comuta
para funcionamento da bomba.

Caudal (purgador de condensados combinado com bomba)


Condensado (água quente) Caudal com pressão do
vapor propulsor de 6 bar e altura de admissão de 1 metro
Caudal [kg/h] 460
PMOB (contrapressão de serviço máx.) [bar] 1

161
Fig. 103 UNA 25-PK
50
H mín =0,5 m

L mín =2,5m, DN40

Ligação UNA 25-PK ao permutador de calor ou ligação


UNA 25-PS ao permutador de calor ou conduta de
­condensado com retorno da conduta de purga de ar
(condensado quente, admissão sob pressão).

Fig. 104 Descarga de condensado a baixas pressões diferenciais

162
17.4 Bomba de elevação de condensados compacta UNA 25-PS

Descrição do sistema
Bomba de elevação de condensados com bóia esférica. O aparelho funciona
como um recuperador de condensado. O condensado é expulso de modo cíclico
do corpo do purgador com a ajuda de vapor propulsor.
O mecanismo de regulação é constituído por um regulador com bóia esférica,
um mecanismo de comutação e um bloco de válvulas para controlo do vapor
propulsor e purga de ar. O aparelho possui um dispositivo anti-refluxo integrado
na área de entrada e saída, uma ligação para o vapor propulsor, assim como
uma ligação para uma conduta de purga de ar ou tubo de equilíbrio.

Funcionamento
O condensado flui através do dispositivo anti-refluxo integrado para o corpo do
purgador.
Quando for atingido um ponto de comutação superior definido, a bóia esférica
liga um bloco de válvulas. Neste bloco de válvulas é fechada uma válvula de
purga de ar e aberta uma válvula de vapor propulsor. O vapor propulsor injecta-
do expulsa o condensado do corpo do purgador. Se o ponto de comutação
inferior definido for atingido, o bloco de válvulas é comutado através da posição
da bóia de modo a provocar a abertura da válvula de purga de ar e o fecho da
válvula de vapor propulsor. Agora o condensado flui novamente através do dis-
positivo anti-refluxo para o corpo do purgador. É através deste processo cíclico
que o aparelho funciona como bomba de elevação de condensados. Durante o
funcionamento da bomba, é acumulado condensado de entrada na conduta de
admissão da bomba de elevação de condensados.

Caudal (funcionamento como bomba de elevação de


condensados)
Condensado (água quente) Caudal com
pressão do vapor propulsor de 13 bar e altura
de admissão de 1 metro
Caudal [kg/h] 600
PMOB (contrapressão de serviço máx.) [bar] 1


Água fria Caudal com pressão do vapor
propulsor de 6 bar e altura de admissão
de 1 metro
Caudal [kg/h] 800
PMOB (contrapressão de serviço máx.) [bar] 1

163
Fig. 105 UNA 25-PS

Ligação UNA 25-PS


(Purga de ar para a atmosfera, admissão
sem pressão, retorno de condensado
fortemente subarrefecido).

Fig. 106 Drenagem de um permutador de calor com condensado subarrefecido

164
Símbolos gráficos para centrais térmicas em conformidade com DIN 2481

Produtos, condutas Permutadores de calor, caldeiras,


aparelhos

Vapor Caldeira de vapor de


água

Água em circulação
p. ex., condensado,
água de alimentação Caldeira de vapor de
água
Conduta de impulso com sobreaquecedor

Ar Arrefecedor de vapor
com
injecção de água
Tubagem
com aquecimento
ou arrefecimento
Conversor de vapor

Intersecção de
condutas com
pontos de união Permutador de calor
com intersecção dos
fluxos dos produtos
Ponto de ramificação

Separador
Intersecção de
condutas sem
pontos de união
Câmara de expansão

Funil

Consumidores de calor
sem superfície de
aquecimento
Descarga para a
atmosfera
Consumidores de calor
com superfície de
aquecimento

165
Permutadores de calor, caldeiras, Máquinas
aparelhos

Aquecimento ambiente
Turbina de vapor

Cuba Motor eléctrico,


(recipiente aberto) geral

Bomba de líquidos,
Recipiente, geral
geral

Compressor geral,
(bomba de vácuo)

Recipiente com
chão curvo

Órgãos de fecho

Válvula de fecho,
Recipiente com geral
desgasificação

Válvula de fecho
com accionamento
manual
Acumulador térmico
de pressão variável
Válvula de fecho
com accionamento por
motor eléctrico

Purgador de
condensados Válvula de fecho
com accionamento por
válvula electromagnética
Vaposcópio

Válvula de fecho
com accionamento por
êmbolo

166
Órgãos de fecho

Válvula de fecho Torneira de três vias


com accionamento por
diafragma

Válvula de fecho Válvula anti-retorno


com controlo
por bóia

Válvula de retenção

Válvula

Válvula anti-retorno
Válvula em ângulo DISCO RK

Válvula de segurança Válvula de fecho


accionada por retorno
de mola

Válvula redutora da
pressão

Válvula de corrediça

Torneira

167
Medição Regulação

Medição da pressão Regulador

Medição da temperatura Regulação da descarga

Medição do caudal

Medição do nível Arrefecimento do vapor


com injecção de água
e regulação da
temperatura

Medição da
condutividade
A válvula redutora da
pressão abre com
a descida da pressão
na conduta b

Mediação do valor pH

A válvula redutora
da pressão abre com
a descida da pressão
na conduta a

168
Símbolos e abreviaturas internacionais
Símbolos

Condutas de processamento
Vapor
Água
Ar
Instrumentação
Conduta básica
Sistema capilar
Linha de sinalização pneumática
Linha de sinalização eléctrica

Símbolos circulares para aparelhos


Montagem local
Montagem em painel
Montagem em bastidor

Significado de algumas letras usadas em abreviaturas


como primeira letra como letras sucessivas

C Condutividade A Alarme
D Densidade C Controlo, regulação
F Quantidade, caudal D Diferença1
H Manual (operação manual) G Indicador de nível transparente
L Nível I Indicação
M Humidade R Registo
P Pressão S Comutação2
S Velocidade, rotação, T Transmissor
frequência V Válvula
T Temperatura

1 PD = diferença de pressão. TD = diferença de temperatura, etc.


2 S = Switch (comutador, comutação) também pode significar Safety (segurança,
protecção em caso de emergência).

Exemplo de composição e significado de uma abreviatura


A grandeza de medição pressão (P) deve ser indicada (I) e regulada (C).
PIC 110 significa: Pressure lndicating Controler = regulador de pressão com indicação
para o circuito de controlo 110.

169
Designações dos materiais

Designação de material antiga (DIN) Designação EN


Nome abreviado Número Nome abreviado
GG-25 0.6025 EN-GJL-250
GGG-40 0.7043 EN-GJS-400-15
GGG-40.3 0.7043 EN-GJS-400-18-LT
GTW-40 0.8040 EN-GJMW-400-5
RSt 37-2 1.0038 S235JRG2
C22.8 1.0460 P250GH
GS-C 25 1.0619 GP240GH
15 Mo 3 1.5415 16Mo3
GS-22 Mo 4 1.5419 G20Mo5
13 CrMo 4 4 1.7335 13CrMo4-5
GS-17 CrMo 5 5 1.7357 G17CrMo5-5

G-X 8 CrNi 13 1.4008 GX7CrNiMo12-1


G-X 6CrNi 18 9 1.4308 GX5CrNi19-10
G-X 6CrNiMo 18 10 1.4408 GX5CrNiMo19-11-2
X 6 CrNiTi 18 10 1.4541 X6CrNiTi18-10
X 6 CrNiNb 18 10 1.4550 X6CrNiNb18-10
G-X 5 CrNiNb 18 9 1.4552 GX5CrNiNb19-11
X 6 CrNiMoTi 17 12 2 1.4571 X6CrNiMoTi17-12-2
G-X 5 CrNiMoNb 18 10 1.4581 GX5CrNiMoNb19-11-2

CuZn 39 Pb 3 2.0401 CuZn38Pb2


CuZn 35 Ni 2 2.0540 CuZn35Ni3Mn2AlPb
G-CuAl 9 Ni 2.0970.01 CuAl10Ni3Fe2-C
G-CuSn 10 2.1050.01 CuSn10-Cu
GC-CuSn 12 2.1052.04 CuSn12-C
1) Ter em atenção as características físico-químicas!

170
Designação EN ASTM
Número Material equivalente1) Categoria
EN-JL 1040 A 126-B Ferro fundido
EN-JS 1030 A 536 60-40-18 Grafite esferoidal
EN-JS 1025 – Grafite esferoidal
EN-JM 1030 – Ferro fundido maleável, branco
1.0038 A 283-C Aço de construção
1.0460 A 105 Aço forjado, não ligado (aço ao carbono)
1.0619 A 216-WCB Aço vazado (aço ao carbono)
1.5415 A 182-F1 Aço forjado, resistente ao calor
1.5419 A 217-WC1 Aço vazado, resistente ao calor
1.7335 A 182-F12-2 Aço forjado, resistente ao calor
1.7357 A 217-WC6 Aço vazado, resistente ao calor

1.4008 – Aço vazado, inoxidável


1.4308 A 351-CF8 Aço inoxidável (fundido), austenítico
1.4408 A 351-CF8M Aço inoxidável (fundido), austenítico
1.4541 – Aço inoxidável (forjado), austenítico
1.4550 A 182-F347 Aço inoxidável (forjado), austenítico
1.4552 A 351-CF8C Aço inoxidável (fundido), austenítico
1.4571 – Aço inoxidável (forjado), austenítico
1.4581 – Aço inoxidável (fundido), austenítico

CW608N – Latão estampado a quente


CW710R – Latão
CC332G – Bronze
CC480K – Bronze
CC483K – Bronze

171
Índice remissivo
Página Página
A
Acumulação de condensado 31 Descida de pressão em
Aparelhos em contracorrente 51 condutas de vapor 109
Aproveitamento do calor do Destiladores 61
condensado 91 Determinação do tamanho
Aquecimento de tanques 79 - dos purgadores de condensados 121
Aquecedores de ar 47 - das condutas de condensado 107
Autoclaves 71 - das tubagens 107, 117
Avaliação dos sistemas de Diagrama de capacidades 141
purgadores de condensados 9 Diagramas de caudais 141
Diagramas de selecção de
B purgadores de condensados 141
Banhos de ácido 64 Diâmetro das tubagens 108
Banhos (limpeza, decapagem) 63 Diâmetro nominal das tubagens 107
Bomba de elevação de Digestores 55
condensados compacta 163 Digestores industriais 55
Distribuidores de vapor 34
C Do lado do condensado 129
Calandras 62, 74 Drenagem colectiva 29
Calandras a vapor 74 Drenagem de cilindros 62
Caldeira 50 Drenagem de sistemas de ar
Caldeiras de fabrico de cerveja 59 comprimido 99
Caldeira de fermentação 59 Drenagem de tubagens 43
Caldeiras de cozedura 56 Drenagem individual 29
Caldeiras para mosto 59
Caudais de condensado E
- Determinação para Escolha do purgador de condensados 40
instalações de vapor 118 Evaporador 60
- Determinação para instalações Exemplos de montagem 27
de ar comprimido 101
Cilindros de secagem 62 F
Condutas de condensado Fitas de aquecimento 75
- Determinação do tamanho 107 Fitas de aquecimento de instrumentos 78
Condutas de vapor Fitas de aquecimento isoladas 77
- Drenagem 35, 43 Fitas de aquecimento de tubagens 76
- Determinação do tamanho 117
G
Condutas de vapor quente 45
Golpes de aríete 32, 36
Condutas de vapor saturado
- Drenagem 44 H
Controlo dos purgadores de Humidificadores de ar 50
condensados 83
Convectores para aquecimento M
ambiente 46 Manequins a vapor 73
Caudal em tubagens 111 Máquina de engomar 72
Máquinas de limpeza a seco 75
D Máquinas de limpeza
Descarga do condensado - Limpeza a seco 75
- Exemplos 27 Máquinas de secar e passar 74
- Princípios básicos 27 Mesas aquecedoras 66
Mesas de remoção de nódoas 72

172
Página Página
P S
Painéis radiantes 46 Secadores 43, 62, 65
Permutador de calor 43 Secadores de tapete 65
Placas de secagem 66 Secadores de vapor 43
Pré-aquecedor 53 Separador de água 43
Pré-aquecedores tubulares 53 Serpentinas de aquecimento 48, 63
Prensa de engomar 72 Símbolos gráficos para
Prensas de pneus 69 centrais térmicas 165-168
Prensas de vários andares 67 Sistema de ar condicionado 49
Prensas de vulcanização 69 Sistemas de purgadores 12
Prensas 67-69, 72
Princípios básicos de T
descarga do condensado 27 Tabela de vapor 114
Purga de ar 38, 94 Tabela de vapor de água 114
Purgadores de condensados Tambores de vulcanização 70
- Avaliação 9
- Com bomba 161 U
- Controlo 83 Unidade de aquecimento 48
- Determinação do tamanho 121 Unidade de aquecimento –
- Escolha 10, 40 aquecedor de ar 49
- Sistemas 12
- Vapor estéril 159 V
Válvulas anti-retorno 133
Q Válvulas de drenagem durante
Quantidade de vapor de expansão 92 o arranque 155
Quebra-vácuos (válvulas Velocidade de fluxo em condutas
anti-retorno RK DISCO) 133 de vapor 112

R
Radiadores de tubos com aletas 46
Radiadores de vapor 46
Recuperação de vapor de expansão 93
Refluxo do condensado 95
Regulação da pressão 125
Regulação da temperatura 128
Regulação da temperatura
do lado do vapor 128
Regulador de pressão 125
Rollos de secagem 62

173
Apresentação geral da gama GESTRA

Purgadores de condensados

- Purgadores de condensados térmicos


com cápsula bi-metálica ou regulador de cápsula
- Purgadores de condensados de bóia
- Purgadores de condensados termodinâmicos
- Purgadores de condensados para ligações
universais (conectores)
- Aparelhos de controlo de purgadores de con-
densados

Dispositivos anti-refluxo

Dispositivos de bloqueio da circulação natural


por gravidade
- Válvulas anti-retorno ®DISCO
- Válvulas de retenção ®DISCO
- Duplas válvulas de retenção ®DISCOCHECK

Limitadores de água de arrefecimento

Reguladores proporcionais sem energia auxiliar,


que regulam as quantidades de água de arrefe-
cimento em função da temperatura de refluxo

Limitadores da temperatura de refluxo

Limitação da temperatura de refluxo de controlo


directo para manutenção da temperatura de
refluxo desejada

174
Apresentação geral da gama GESTRA

Reguladores de pressão mecânicos

Redução da pressão ou pressão primária cons-


tante de vapor, gases e líquidos neutros, não
inflamáveis, em todos os sistemas de processos
e energia

Regulador da temperatura mecânico

Para regular processos de aquecimento e arre-


fecimento para fluidos líquidos, gasosos e vapor

Válvulas de regulação

- Válvulas de regulação de sede única com


accionamento eléctrico ou pneumático
- Válvulas de regulação com bocal variável
radial

Válvulas de segurança

Colectores de impurezas

Válvulas de fecho

Aparelhos e recipientes técnicos de aquecimento


- Sistemas de recolha e retorno
de condensado
- Arrefecedores de vapor quente
- Geradores de vapor puro
- Desgaseificadores de água de
alimentação
- Câmaras de expansão de
condensado
- Arrefecedores mistos
- Compensadores de
condensado
- Secadores de vapor e ar

175
Apresentação geral da gama GESTRA

Equipamento de caldeiras de vapor

Todos os componentes de segurança e controlo da qualidade em sistemas de


vapor e água quente segundo TRD 701 / 601 / 602 / 604 24h / 604 72h

- Regular, limitar e registar o nível


- Regular e limitar a temperatura
- Medir a condutividade
- Válvulas de purga (dessalinização, sedimentação)
- Controlo por software de sedimentação
- Controlar líquidos
- Medição da quantidade de vapor
- Tecnologia Bus

176
Manual sobre Condensados
GESTRA
Manual sobre Condensados

GESTRA AG
Münchener Str. 77, D-28215 Bremen
P.O.Box 10 54 60, D-28054 Bremen
Tel. 0049 (0) 421-35 03-0
Fax 0049 (0) 421-35 03-393
E-Mail: gestra.ag@flowserve.com
Página Web www.gestra.de

819152-00/10-2011 (808082-06) · GESTRA AG · Bremen · Printed in Germany


Energia a pensar no futuro

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