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O DISTÚRBIO DA ATENÇÃO

O Distúrbio do Déficit de Atenção e Hiperatividade (DDA-H) é caracterizado por um conjunto de sinais e


sintomas, significativos, pela intensidade que ocorrem, na criança e no adulto com base na dificuldade
de auto-controle. Se caracteriza pela dificuldade de concentrar a atenção ou de manter a atenção
focalizada por um período de tempo maior, sem deixar que estímulos externos ou internos desviem sua
atenção; pela impulsividade e em alguns casos pela hiperatividade. As falhas de atenção,
impulsividade e hiperatividade podem aparecer juntas ou isoladamente; e não são de caráter ocasional,
mas uma constante na vida do indivíduo.

DESATENÇÃO
É caracterizada pela dificuldade de focalizar a atenção por períodos maiores de tempo. Crianças ou
adultos podem apresentar significantes problemas com algumas das seguintes características: -
Dificuldade de concentrar a atenção numa atividade por períodos maiores de tempo; - Deixa de prestar
atenção a detalhes, então comete muitos erros; - Tem dificuldade de planejar e iniciar tarefas; -
Dificuldade na organização das tarefas diárias; - Dificuldade em terminar as tarefas ou as atividades
que começou; - Tem dificuldade em lembrar o que planejara; - Tem dificuldade de ignorar fatores de
distração; - A criança esquece ou perde o material escolar, brinquedos, etc. 7 - A criança não copia os
deveres escolares, - Parece não escutar quando lhes falam, está pensando em outra coisa, distraída...
- A criança não termina as tarefas escolares; - Perde as coisas facilmente; - Se distrai facilmente com
qualquer estímulo externo ou interno; - Tem dificuldade em seguir instruções OBS: muitos autores
falam em falhas de memória. A criança como o adulto não sabem onde colocaram suas coisas,
esquecem o que estavam fazendo, o que acabaram de ler. Acredito que isto ocorra mais por falta de
atenção e automatização do que propriamente por falha de memória.

Hiperatividade e Impulsividade
A criança ou adulto com Hiperatividade e Impulsividade tem as seguintes características:

- É agitada - Não consegue ficar sentada muito tempo; - Está sempre correndo; - A criança tem
dificuldade de brincar tranqüilamente; - Parece que tem “mola no pé”; - Tem dificuldade em terminar o
que começa;

- É impaciente;

- É facilmente irritável;

- Responde às perguntas antes de serem completadas;

- Tem dificuldade de esperar sua vez; - Interrompe sempre os assuntos das outras pessoas;

- Age impensadamente;

As formas mais comuns de Distúrbio do Déficit de Atenção:

1. Déficit de atenção por Desatenção

2. Déficit de atenção por Hiperatividade e Impulsividade

3. Déficit de atenção combinado (desatenção + Hiperatividade - DDA-H)


Alguns autores consideram este quadro uma patologia, e encontramos sua descrição no DSM-IV, livro
da sociedade médica americana que lista e descreve as patologias.

É interessante 8 mencionar que algumas patologias entram e saem do quadro do DSM-IV, de tempos
em tempos, como o alcoolismo, tabagismo etc. Outros autores consideram estes sinais e sintomas
descritos como Distúrbio da Atenção como constitucional; apenas uma característica do indivíduo,
configurando um jeito de ser uma forma de processar e não uma doença. FORMAS SECUNDÁRIAS
OU RESULTANTES DO DÉFICIT DE ATENÇÃO: - Dificuldade de aprendizagem - será um quadro
secundário da má adaptação escolar. Como a escola não sabe bem lidar com estas crianças, estas
não têm suas necessidades atendidas. A forma de aprender da criança não está compatível com a
forma de ensinar da professora ou do método utilizado. - Dificuldades quanto aos relacionamentos
sociais, prejudicados pela inconstância, impulsividade, baixa capacidade de tolerar frustrações e pela
impaciência. - Imaturidade no desenvolvimento psico-afetivo. - A desordem de conduta acontece
quando não se adapta bem ao ambiente e não consegue conviver bem com ele, tomando atitudes de
oposição. Mais e mais o conceito de “déficit de atenção” está mudando, de “desordem” pela inclusão
de uma série de qualidades como a criatividade, alta inteligência, habilidade de fazer muitas coisas ao
mesmo tempo, e por um forte senso de intuição. Os aspectos negativos são: a desorganização, a
distração, o esquecimento, a dificuldade de completar tarefas, a falta de senso de horário e a bagunça.
Crianças com “déficit de atenção”, quando adultas, permanecem hiperativas e com dificuldades em
ficar paradas por muito tempo. 9 Os aspectos negativos do déficit de atenção são objeto de nosso
estudo neste livro, assim como o seu treinamento.

O DISTÚRBIO DA ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE EM QUESTÃO TEORIA E TERAPIA


Heloísa Miguens de Araújo 2000

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TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE


O Transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas
genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele
se caracteriza por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade

O que é Déficit de Atenção?

Dificuldade em manter a atenção concentrada é a principal característica do Transtorno de Déficit de


Atenção. Este problema tem sua origem em uma condição orgânica, relacionada a uma estrutura
cerebral chamada lobo pré-frontal.

Hiperatividade

TDAH e Hiperatividade não são sinônimos, embora a maioria das pessoas com TDAH seja
hiperativa. A hiperatividade pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo alguns adultos. Pode
apresentar-se com diferentes intensidades, com sintomas variando de leves a graves

O verdadeiro comportamento hiperativo interfere na vida familiar, escolar e social da criança. As


crianças hiperativas têm dificuldade em prestar atenção e aprender. Como são incapazes de filtrar

estímulos, são facilmente distraídas .


As crianças hiperativas estão sempre em movimento, sempre fazendo algo e são incapazes de ficar
quietas. São impulsivas. Não param para olhar ou ouvir.

TDAH do tipo predominantemente Hiperativo-Impulsivo


• Inquietação – mexer as mãos e/ou pés quando sentado, musculatura tensa, com dificuldade em
ficar parado num lugar por muito tempo;
• Pode falar, comer, comprar,... compulsivamente e/ou sobrecarregar-se no trabalho. Muitos
acabam estressados, ansiosos e impacientes;
• Tendência ao vício: álcool, drogas, jogos,...
• Dificuldade em expressar-se: muitas vezes as palavras e a fala não acompanham a velocidade
da sua mente.
• Interrompe a fala do(s) outro(s); sua impaciência faz com que responda perguntas antes mesmo
de serem concluídas;
• Costuma ser prolixo ao falar, perdendo a objetividade em mil detalhes,
• Baixo nível de tolerância: não sabe lidar com frustrações, com erros (nem os seus, nem dos
outros);

• Impaciência: não suporta esperar ou aguardar por algo: filas, telefonemas, atendimento em
lojas, restaurantes..., quer tudo para “ontem”;
Instabilidade de humor: ora está ótimo, ora está péssimo, sem que precise de motivo sério para isso.
Os fatores podem ser externos ou internos, uma vez que costuma estar em eterno conflito

 ROHDE, Luiz e BENCZIK, Edyleine. Transtorno do Déficit de


Atenção/Hiperatividade: O que é? Como ajudar? Porto Alegre: Editora
Artes Médicas, 1999.

 BARKLEY, R. Transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade. Porto


Alegre: Editora Artmed, 2002.

 HALLOWELL, Edward e RATEY, John J. Tendência à Distração. Rio de


Janeiro: Rocco, 2000.

 SILVA, Ana Beatriz. Mentes Inquietas. Editora Gente.

 CYPEL, Saul. A Criança com Déficit de Atenção e Hiperatividade: Atualização para


pais, professores e profissionais da saúde. São Paulo: Lemos Editorial, 2000.

 GOLDSTEIN, Sam e GOLDSTEIN, Michael. Hiperatividade: Como desenvolver a


capacidade de atenção da criança. Papirus Editora, 1998.

 RYON, Braga. O Comportamento Hiperativo na Infância. Curitiba: Editora Conscientia,


1998.
 SCHWARTZMAN, J. Transtorno de Déficit de Atenção. São Paulo: Memnon Edições
Científicas e Editora Mackenzie, 2001
O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade, ou TDAH,

é um transtorno neuropsicológico que ocorre principalmente devido a contribuições biológicas e


genéticas. Mais especificamente, trata-se de um transtorno do desenvolvimento do auto
controle com características de desatenção, hiperatividade e impulsividade mais intensas que o
usual, se compararmos um indivíduo com seus semelhantes. Segundo o DSM-IV (Manual
diagnóstico e estatístico de transtornos mentais da American Psychiatric Association - quarta
edição), o TDAH caracteriza-se por dois grupos de sintomas: 1 – desatenção e 2 –
hiperatividade e impulsividade.

A pessoa deve apresentar 6 ou mais dos seguintes sintomas de desatenção persistentes por
no mínimo um período de 6 meses em um grau que compromete a adaptação e que é
incompatível com o nível de desenvolvimento:

a) frequentemente não presta atenção á detalhes ou comete erros por descuido em atividades
escolares, de trabalho ou outras. ]

b) frequentemente tem dificuldade para manter a atenção em tarefas e/ou atividades lúdicas.

c) frequentemente parece não ouvir quando lhe dirigem a palavra.

d) frequentemente tem dificuldade em seguir instruções e não termina seus deveres escolares,
tarefas domésticas ou deveres profissionais (não devido a comportamento de oposição ou
incapacidade de compreender instruções).

e) frequentemente tem dificuldade para organizar tarefas e atividades.

f) com frequência evita ou reluta em envolver-se em tarefas que exijam um esforço mental
continuado (como tarefas escolares ou deveres de casa).

g) com frequência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (brinquedos, tarefas
escolares, lápis, livros ou outros materiais.

h) distrai-se facilmente por estímulos alheios à tarefa.

i) com frequência apresenta esquecimentos em atividades diárias. A pessoa deve apresentar 6


ou mais dos seguintes sintomas de hiperatividade:

1. frequentemente agita as mãos e/ou os pés ou se remexe na cadeira.

2. frequentemente abandona sua cadeira na sala de aula ou outras situações nas quais se
espera que permaneça sentado.

3. frequentemente corre ou escala em demasia, em situações impróprias ou tem uma


sensação interna de inquietude.

4. com frequência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades


de lazer.
Impulsividade: 1. está frequentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo
vapor";

2. frequentemente fala em demasia.

3. frequentemente dá respostas precipitadas antes que as perguntas antes de terem sido


completamente formuladas.

4. com frequência tem dificuldade para aguardar a vez.

5. frequentemente interrompe ou se intromete em assuntos alheios (conversas ou


brincadeiras).

É importante observar se alguns sintomas hiperativo-impulsivos que causam comprometimento


estavam presentes antes dos 7 anos de idade, se algum comprometimento devido aos
sintomas está presente em pelo menos dois contextos (social, escolar e/ou familiar), se são
persistentes por no mínimo um período de 6 meses em um grau que compromete a adaptação,
se é incompatível com o nível de desenvolvimento e se existem claras evidências de
interferência no funcionamento social, acadêmico e/ou ocupacional. Além de observar estes
critérios, para definir um quadro de TDAH deve-se levar em conta também o nível de
funcionamento do indivíduo quanto à sua memória de trabalho, senso de tempo, discurso
interno, auto-controle da motivação e persistência direcionada. São perguntas de coisas à
fazer, habilidades de administração de tempo, capacidade de planejar em direção aos próprios
objetivos, resistência à distração durante este processo e coordenação entre pensamentos, fala
e comportamentos.

É importante observar se alguns sintomas hiperativo-impulsivos que causam comprometimento


estavam presentes antes dos 7 anos de idade, se algum comprometimento devido aos
sintomas está presente em pelo menos dois contextos (social, escolar e/ou familiar), se são
persistentes por no mínimo um período de 6 meses em um grau que compromete a adaptação,
se é incompatível com o nível de desenvolvimento e se existem claras evidências de
interferência no funcionamento social, acadêmico e/ou ocupacional. Além de observar estes
critérios, para definir um quadro de TDAH deve-se levar em conta também o nível de
funcionamento do indivíduo quanto à sua memória de trabalho, senso de tempo, discurso
interno, auto-controle da motivação e persistência direcionada. São perguntas de coisas à
fazer, habilidades de administração de tempo, capacidade de planejar em direção aos próprios
objetivos, resistência à distração durante este processo e coordenação entre pensamentos, fala
e comportamentos. Estas investigações adicionais rendem ao profissional informações
preciosas a serem utilizadas na avaliação e no planejamento do tratamento. Como o TDAH se
associa a vários outros problemas (ao que se chama comorbidade) e tem características
semelhantes a outros transtornos, para se fazer um diagnóstico com precisão é interessante
que seja realizado um psicodiagnóstico, no qual o psicólogo ou o psiquiatra avaliem as áreas
intelectual, psicomotora, emocional e escolar de acordo com o esperado para cada faixa de
desenvolvimento, além de um exame neurológico complementar realizado por um neurologista.
Com o objetivo de investigar a presença de sintomas semelhantes em ambientes diferentes,
um contato com a escola e a entrevista aos pais são fundamentais. Uma vez detectado o
TDAH, na maioria das vezes é indicado o uso de medicação associada a uma terapia de
preferência com base na teoria Cognitiva, por esta ser breve e objetiva. O quanto antes se
fizerem estas intervenções, mais significativas serão as melhoras e menores os riscos de
conseqüências negativas.

EXPLICANDO O TDAH Texto elaborado por Cláudia Ferreira

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