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0093
A C Ó R D Ã O
(Ac. 8ª Turma)
GMDMC/Ar/rv/sm
PROCESSO Nº TST-AIRR-81340-91.2008.5.03.0093
V O T O
I – CONHECIMENTO
II – MÉRITO
PROCESSO Nº TST-AIRR-81340-91.2008.5.03.0093
ato isolado. Diz que autora sempre foi tratada com zelo e respeito,
acrescentando que a autora desempenhava cargo de alta relevância na
empresa. Afirma que a reclamante tenta vincular os problemas de saúde que
resultaram em seu afastamento ao trabalho às alegações de agressões
verbais e humilhações. Indica ser inadmissível a condenação baseada em
declarações das testemunhas que não presenciaram os fatos, mas apenas por
“ouviu dizer”. Sucessivamente, requer a redução do valor arbitrado a este
título, bem como a declaração da rescisão do contrato de trabalho por
abandono de emprego e que seja julgado improcedente o pedido de
indenização substitutiva decorrente de estabilidade provisória.
Por seu turno, a autora pretende a ampliação do valor da condenação,
alegando, em síntese, que a indenização deve ter duplo caráter:
sancionatório e compensatório.
Incensurável a decisão originária.
Caracteriza-se o assédio moral, ensejador do direito à indenização, a
conduta desmedida e prejudicial do empregador ou seus prepostos que,
ultrapassando os limites do exercício do poder diretivo em relação aos
empregados, por meio de atitudes vexatórias e outros artifícios censuráveis
que atingem a personalidade do empregado, ofende um bem jurídico que
extrapola os limites do objeto do contrato de emprego.
Examinando a prova oral produzida, não resta dúvida de que os
atos praticados pela diretora da reclamada, Sra. Maria Auxiliadora,
causaram constrangimento, humilhação, atingindo a honra subjetiva
da reclamante, gerando a obrigação de indenizar.
A reclamante, em seu depoimento pessoal, confirmou que “nos
últimos dois anos de trabalho passou a sofrer maus tratos da sra.
Maria Auxiliadora que a xingava de puta, piranha, vagabunda; que
nunca foi advertida, nunca faltou ao serviço”; que “foi humilhada por
diversas vezes pela Maria Auxiliadora; que certa vez foi impedida de
almoçar pela Maria Auxiliadora ao argumento de que a reclamante não
havia mostrado o crachá do PAT, sendo que já o tinha feito no dia anterior,
ressaltando ainda que se tratavam de vinte e dois anos de trabalho”; que (...)
foi proibida pela Maria Auxiliadora de almoçar que proferiu as seguintes
palavras “essa puta não almoça hoje”; que “em uma ocasião na qual a
reclamante se dirigia à entrada da empresa, esta cruzou com a Maria
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