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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO

JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SUBCESSÃO JUDICIARIA


DE TEIXEIRA DE FREITAS BAHIA BA.

PROC. Nº 0000-7822-

JESUS DA COSTA, já devidamente qualificada


nos autos, por seu advogado que esta subscreve, vem à presença de
Vossa Excelência, atendendo a despacho, apresentar a sua Réplica: em
face do INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL INSS.

DA PRELIMINAR

Vem à parte autora impugnar toda a matéria


argüida na peça de defesa pelo réu em sua contestação, uma vez que
estes não correspondem com a verdade dos fatos, como passaremos a
expor;

DO MÉRITO

A requerente pleiteia a pensão por morte de seu


marido falecido, e que juntou aos autos provas substanciais de sua
relação com o de cujus, bem como da qualidade do mesmo junto ao
beneficio, e que em vias administrativas seu pedido foi indeferido,
restando somente a requerente às vias judiciais, e que a réu, em sua
contestação se bate pela improcedência da demanda, levantando
diversos argumentos, os quais, tal qual a preliminar, não se sustentam,
vejamos:

Inicialmente é importante destacar que o marido


da requerente já vinha desfrutando de seu beneficio aposentadoria rural,
sem ter nenhuma objeção feita pela Autarquia, e com o falecimento de
seu marido, a requerente tentou habilitasse na pensão, e que desde seu
protocolo administrativo, vem guerreando para valer o seu direito de
receber a pensão por morte de seu marido.

A requerente desde já informa que preenche


todos os requisitos da lei, para a devida implantação de sua pensão rural,
que sempre foi dependente economicamente de seu marido, pois era ele
quem arcava com todas as despesas do lar, e a requerente era quem
cuidava dos afazeres domésticos e ainda ajudava na lavoura.

PENSÃO RURAL POR MORTE:

A situação da companheira equipara-se, a


condição da esposa, como dependente previdenciária, ou seja, possui a
dependência presumida, o seja, pelo simples fato de ser declarada
companheira já presume-se que o falecido colaborava com o sustento do
lar.

Em razão deste fato descabe falar e comprovar a


real dependência econômica entre a Autora e seu falecido companheiro.

DA QUALIDADE DE SEGURADO DO FALECIDO


O de cujus, mantinha a qualidade de segurado
em virtude do exercício de atividade agrícola em pequena propriedade
rural, onde o autor trabalhava e que herdou em virtude do óbito de seu
genitor. (docs. Inclusos).

Sobre o regime de união estável podemos citar o


que o Código Civil em vigor prevê:

Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união


estável entre o homem e a mulher, configurada na
convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida
com o objetivo de constituição de família.

§ 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os


impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a
incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se
achar separada de fato ou judicialmente.

§ as causas suspensivas do art. 1523, não impedirão a


caracterização da união estável.

O reconhecimento da união estável, deve


obedecer aos requisitos, da publicidade, contínua e duradoura.

Estes requisitos, encontram-se amplamente


comprovados nos autos, uma vez que a união durou mais de 20 anos, e
toda a sociedade tinha o casal como marido e mulher.

Sobre o requisito da intenção de constituir


família, também se encontra amplamente comprovado, uma vez que da
união resultaram dois filhos, sendo os dois ainda menores.
Para comprovar que realmente conviveu em
regime de união estável, a Autora acosta aos autos os seguintes
documentos:
A) certidão de nascimento de filhos em comum;
B) comprovante de endereço comum entre a
autora e o de cujus
C) declaração da Fazenda XXXXXXXXXXX,
onde o de cujus, declara que possui a Autora como sua dependente;
D) contas de luz e água, anteriores ao óbito, em
nome do de cujus
F) contratos de empréstimos rurais em nome do
de cujus e da autora;
G) Extrato bancário de conta poupança conjunta;
H) cartões de plano de saúde familiar, em nome
de todos os integrantes da família.

Como se pode perceber pelos documentos


acostados nos autos, a requerente, encontra-se amplamente coberta
comprovando assim qualidade de esposa conforme todos documentos
acostados, bem como a qualidade de seu marido trabalhador rural
(segurado especial), tudo comprovado, e ainda possui a Autora, as
testemunhas necessárias, que serão ouvidas no momento adequado

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010257-28.2011.404.9999/RS


RELATOR Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA
APELANTE INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO CONSOLINO JOAO RIBOLLI

ADVOGADO Rodrigo Seben e outros

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL.


APOSENTADORIA POR IDADE RURAL. BENEFÍCIO CONCEDIDO
ADMINISTRATIVAMENTE EM DATA DIVERSA DA DO
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. CARÊNCIA DE AÇÃO
AFASTADA. INTERESSE PROCESSUAL CONFIGURADO.
ATIVIDADE RURAL. APRESENTAÇÃO DE INÍCIO DE PROVA
MATERIAL CORROBORADO PELA PROVA TESTEMUNHAL.
TRABALHADOR RURAL EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR E
EM CARÁTER INDIVIDUAL. QUALIDADE DE SEGURADO ESPECIAL
COMPROVADA. EXERCÍCIO DO MANDATO ELETIVO DE
VEREADOR EM PEQUENO MUNICÍPIO. ROTINA DE TRABALHO
RURAL INALTERADA. POSSIBILIDADE. APOSENTADORIA RURAL
POR IDADE. REQUISITOS PREENCHIDOS NA DER. MARCO
INICIAL. RETROAÇÃO DA DIB À DATA DO REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO. POSSIBILIDADE. CUSTAS PROCESSUAIS. 1.
Tendo sido deferido administrativamente a Aposentadoria Rural por
Idade ao autor em 18-03-2009, data diversa do requerimento
administrativo de outorga do benefício, remanesce o interesse de agir
no que tange à retroação do termo inicial do benefício à data da
entrada do requerimento administrativo, em 11-05-2007, uma vez que
preenchidos todos os requisitos exigidos pela legislação de regência já
a contar de então. 2. O tempo de serviço rural, para fins
previdenciários, pode ser demonstrado através de prova material
robusta, idônea e suficiente à comprovação do tempo de atividade
rural. 3. Não se exige a comprovação da atividade rural ano a ano, de
forma contínua. Início de prova material não há que ser prova cabal;
trata-se de algum registro por escrito que possa estabelecer liame
entre o universo fático e aquilo que expresso pela testemunhal. 4. O
comando legal determina início de prova material do exercício de
atividades agrícolas e não prova plena (ou completa) de todo o período
alegado, pois a interpretação aplicável, quanto ao ônus da prova, não
pode ser aquela com sentido inviabilizador, desconectado da realidade
social. 5. O agricultor que, durante o exercício do mandato de
vereador em pequeno município, continua trabalhando em sua
propriedade e comparece às sessões da Câmara Municipal apenas
uma vez por semana, no turno da noite, não perde a qualidade de
segurado especial. 6. O exercício de mandato eletivo de vereador
do Município em que desenvolve a atividade rural não
descaracteriza a condição de segurado especial do autor,
conforme dispõe o art. 11, § 9º, inciso V, da Lei n.º 8.213/91, com a
redação introduzida pela Lei n.º 11.718/2008. Precedentes das
Turmas Previdenciárias desta Corte. 7. A contemporaneidade entre
a prova documental e o período de labor rural equivalente à carência
não é exigência legal, de forma que podem ser aceitos documentos
que não correspondam precisamente ao intervalo necessário a
comprovar. Precedentes do STJ. 8. Aplicável a regra de transição
contida no artigo 142 da Lei n.º 8.213/91 aos filiados ao RGPS antes
de 24-07-1991, desnecessária a manutenção da qualidade de
segurado na data da Lei n.° 8.213/91. 9. A data do início do benefício
de aposentadoria por idade é a da entrada do requerimento
administrativo (art. 49, inciso II, combinado com o art. 54 da Lei n.°
8.213/91). O direito não se confunde com a prova do direito. Se, ao
requerer o beneficio, a segurada já havia cumprido os requisitos
necessários à sua inativação, o que estava era exercendo um direito
de que já era titular. A comprovação posterior não compromete a
existência do direito adquirido, não traz prejuízo algum à Previdência,
nem confere ao segurado nenhuma vantagem que já não estivesse em
seu patrimônio jurídico. 10. Restando demonstrado nos autos, pelo
conjunto probatório, que o autor já preenchia os requisitos para a
concessão da aposentadoria rural por idade desde a data do
requerimento administrativo, em 11-05-2007, inclusive porque o próprio
INSS já havia averbado administrativamente até 31-12-2004 quinze
anos de tempo de serviço rural como segurado especial, e, portanto,
muito antes dessa data, é de ser reconhecido o direito à retroação dos
efeitos da concessão do benefício outorgado naquela esfera pela
Autarquia Previdenciária em data diversa, em face do direito adquirido,
desimportando se depois disso houve perda da qualidade de segurada
(art. 102, § 1º, da LB). 11. Demanda isenta de custas processuais, a
teor do disposto na Lei Estadual n.º 13.741/2010, que deu nova
redação ao art. 11 da Lei Estadual n.º 8.121/85. (TRF4, AC 0010257-
28.2011.4.04.9999, SEXTA TURMA, Relator JOÃO BATISTA PINTO
SILVEIRA, D.E. 24/10/2012)

O relator deu provimento ao agravo interno do INSS para


reformar a decisão agravada, revogar a antecipação dos
efeitos da tutela concedida, ressalvando que é inexigível a
devolução dos valores, entendeu que o Apelante não faz
jus ao benefício previdenciário de Aposentadoria Rural por
Idade.

Veja a decisão:

A aposentadoria por idade rural está prevista nos artigos


11, 48 §§ 2º e 3º, 142 e 143 da Lei nº 8.213/91 e, ainda, no
art. 201, § 7, II da CF/88, tendo como pressupostos a
exigência de que o labor rural tenha sido exercido em
período imediatamente anterior ao requerimento do
benefício, por tempo igual ao número de meses de
contribuição correspondente à carência do benefício, além
da idade de 60 anos para o homem e 55 para a mulher.

Para efeito de comprovação do tempo de serviço exercido,


cabe salientar a norma disposta no §3º, do art. 55, da
mesma lei, in verbis:

3º. A comprovação do tempo de serviço para os efeitos


desta Lei, inclusive mediante justificação administrativa ou
judicial, conforme o disposto no artigo 108, só produzirá
efeito quando baseada em início de prova material, não
sendo admitida prova exclusivamente testemunhal, salvo
na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito,
conforme disposto no Regulamento.” (grifei)

Nessa linha é a Súmula 149 do Superior Tribunal de


Justiça: “a prova exclusivamente testemunhal não basta à
comprovação da atividade rurícula, para efeitos da
obtenção de benefício previdenciário”.

A propósito, vejam-se o Enunciado nº 54 da Turma


Nacional de Uniformização de Jurisprudência:

“Para a concessão de aposentadoria por idade de


trabalhador rural, o tempo de exercício de atividade
equivalente à carência deve ser aferido no período
imediatamente anterior ao requerimento administrativo ou à
data do implemento da idade mínima.”

Pretende a parte autora que lhe seja deferido o benefício


da aposentadoria rural por idade.
A concessão do benefício especial de aposentadoria rural
por idade desafia o preenchimento de três requisitos
fundamentais: a existência de início de prova material da
atividade rural exercida, a corroboração dessa prova
indiciária por robusta prova testemunhal e, finalmente, a
idade mínima necessária à concessão do benefício.

Consta nos autos comprovação da idade mínima exigida


(60 anos de idade) em 16.06.2010, portanto, na época do
requerimento administrativo (28/09/2011-fls.82) já
preenchia o primeiro requisito exigido por lei. Feito isto, é
necessária a comprovação do exercício de atividade rural.

O Decreto nº 2.172, de 5 de março de 1997, elenca os


documentos possíveis para comprovação de atividade
rural, in verbis:

Art. 3º A comprovação do exercício de atividade rural do


segurado especial, bem como de seu respectivo grupo
familiar – cônjuge, companheiro ou companheira e filhos
maiores de quatorze anos e dependentes a estes
equiparados, desde que devidamente comprovado o
vínculo familiar, será feita mediante a apresentação de um
dos documentos a) contrato de arrendamento, parceria ou
comodato rural;

b) comprovante de cadastro do Instituto Nacional de


Colonização e Reforma Agrária – INCRA;

c) bloco de notas de produtor rural e/ou nota fiscal de


venda realizada por produtor rural;

d) declaração de Sindicato de Trabalhadores Rurais,


Sindicato de Pescadores ou Colônia de Pescadores
devidamente registrada no Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente – IBAMA, homologada pelo Instituto Nacional do
Seguro Social – INSS, na forma do artigo 9º.

e) comprovante de pagamento do Imposto Territorial Rural


– ITR, ou Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR
fornecido pelo Incra, ou autorização de ocupação
temporária fornecida pelo INCRA.

f) caderneta de inscrição pessoal visada pela Capitania dos


Portos, ou pela Superintendência do Desenvolvimento da
Pesca – SUDEPE, ou pelo Departamento Nacional de
Obras Contra as Secas – DNOCS;

g) declaração fornecida pela Fundação Nacional do Índio –


FUNAI, atestando a condição do índio como trabalhador
rural, homologada pelo INSS na forma do art.

9º.

1º Os documentos mencionados nas alíneas “a”, “b” , “c”,


“e” e “f” servirão para comprovação da atividade rural do
grupo familiar, sendo, neste caso, indispensável a
entrevista e, quando necessária, a solicitação de pesquisa.

2º Os documentos apresentados devem abranger o


período a ser comprovado, mesmo que de forma
descontínua.

No tocante à prova material no caso em apreço, o autor


acostou aos autos certidão de casamento (fl.11); ficha de
atendimento ambulatorial (fl.12); certidão do TER/ES
(fl.13); certidões de nascimento e casamento dos filhos
(fl.14, 17, 21, 23,25,28,30 e 31); fichas de matrícula
escolar, que, como bem salientou o juízo de piso, não
podem ser tidos como início de prova material, eis que os
dados contidos em tais documentos podem ser
modificados ao longo do tempo
(fl.15,16,18,20,22,24,26,27,29,32); nota fiscal
demonstrando fornecimento de energia elétrica em nome
do segurado (fls.34 à 43); cópia da escritura pública de
compra e venda de imóvel rural (fls.44/45); ITR, CCIR E
DARF do imóvel rural de propriedade do autor (fl.46/51);
declarações de testemunhas que atestam a atividade rural
do autor (fl.52/56); cópia de escrituras públicas de
compram e venda de imóvel rural, tendo como proprietário
terceiros (57/58); CCIR E ITR(fls.53/55 e 57/66); entrevista
rural, declarando o Apelante ser trabalhador rural e plantar
feijão,cana, um pouco de café e ainda criar galinhas (fl.76);

Entendo que tais documentos consubstanciam o início de


prova material a que alude a lei para fins de comprovação
de atividade rural, eis que demonstrados pela cópia da
escritura pública de compra e venda de imóvel rural, ITR,
CCIR E DARF do imóvel rural de propriedade do autor e
declarações de testemunhas que atestam sua atividade
rural.

Em relação à prova testemunhal, não resta maior sorte ao


Apelado, já que a prova, realizada em contraditório indica
que o autor possui mais de uma propriedade rural, uma
grande represa de água em sua propriedade, um tanque
de peixes de tamanho médio e mais de cem mil pés de
café, desnaturando o artigo 11, § 1o, da lei 8213/91, que
define o que é econômica familiar:

Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social


as seguintes pessoas físicas: (Redação dada pela Lei nº
8.647, de 1993) §1o Entende-se como regime de economia
familiar a atividade em que o trabalho dos membros da
família é indispensável à própria subsistência e ao
desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é
exercido em condições de mútua dependência e
colaboração, sem a utilização de empregados
permanentes. (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
É de se observar, portanto, que não existe, no caso dos
autos, um regime de produção para a subsistência. Cabe
destacar que os benefícios previdenciários destinados aos
segurados especiais têm natureza assistencial, tendo por
finalidade proteger o lavrador (a) que se encontra em
situação de hipossuficiencia, caso em que não ocorreu no
processo em questão.

Além disso, o próprio Apelante afirmou, em suas alegações


finais (fls.133/146), que possui mais de 4 (quatro) módulos
fiscais de terras, ferindo, portanto, o artigo 11, aliena a, 1,
da lei 8213/91:

Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social


as seguintes pessoas físicas: produtor, seja proprietário,
usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que
explore atividade:

agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;

Segue a mesma linha jurisprudência do Tribunal Regional


Federal da Primeira Região:

PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE E


APOSENTADORIA POR IDADE. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO
ESPECIAL. INSTITUIDOR DA PENSÃO QUALIFICADO
COMO AGRICULTOR E FAZENDEIRO. PROPRIEDADE
RURAL COM 21,90 MÓDULOS FISCAIS. SENTENÇA
REFORMADA. 1.Constam em nome da família da autora
pelo menos 3 propriedades rurais: o sítio Cachoeira (fl.
12/14v); a Fazenda Baixão (fls. 38/39), e, por último, a
Fazenda Ana Paula, com 21,90 módulos fiscais (fl. 68), o
que supera, em muito, o limite legal. 2.Não se pode
esquecer que, mesmo considerada circunstância de que o
instituidor da pensão faleceu antes da inclusão na
legislação do parâmetro referente ao tamanho da terra, o
fato de ser proprietário de imóvel rural muito acima de 4
módulos fiscais, além de sempre ter sido qualificado como
fazendeiro ou agricultor, torna improvável que se trate de
segurado especial, raciocínio que evidentemente também
se aplica à autora. 3.Nunca é demais lembrar que os
benefícios a que fazem jus os segurados especiais tem
natureza mais assistencial do que previdenciária – que é,
via de regra, contributiva -, e tem por finalidade proteger o
lavrador hipossuficiente, que não teria condições por si só
de ingressar no sistema, hipótese que não se amolda ao
caso em tela. 4. Apelação e reexame necessário providos.
(TRF-1 – AC: 00379050520124019199 0037905-
05.2012.4.01.9199, Relator: JUÍZA FEDERAL RAQUEL
SOARES CHIARELLI, Data de Julgamento: 04/11/2015,
PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: 13/11/2015 e-
DJF1 P. 602)

De igual modo estabelece jurisprudência deste mesmo


Tribunal Regional Federal:

PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO. APOSENTADORIA POR IDADE.
TRABALHADOR RURAL. IMÓVEL RURAL COM ÁREA
SUPERIOR A 4 (QUATRO) MÓDULOS FISCAIS.
IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.
RECURSO DO INSS PROVIDO. 1. Trata-se de agravo
interno interposto pelo INSS contra a decisão monocrática
que confirmou a antecipação de tutela deferida nos autos
em que se pleiteia a concessão de pensão por morte em
razão do óbito de trabalhador rural na qualidade de
segurado especial; 2. Da análise do CNIS de fls. 126/129,
verifica-se que o falecido marido da agravada possui três
propriedades, cuja soma dos módulos fiscais é superior
àquela prevista na nova redação dada pela Lei
11.718/2008 ao inciso VII do art. 11 da Lei nº 8.213/91, o
que descaracteriza sua condição de segurado especial; 3.
No que tange à devolução dos valores recebidos a título de
pensão por morte em razão da antecipação dos efeitos da
tutela, o entendimento dos Tribunais Superiores é no
sentido de que não são devidos, quando recebidos de boa-
fé, o que ocorreu no caso em tela; 4. Agravo interno do
INSS provido para, reformando a decisão agravada,
revogar a antecipação dos efeitos da tutela concedida,
ressalvando que é inexigível a devolução dos valores Pelo
exposto acima, entendo que o Apelante não faz jus ao
benefício previdenciário de Aposentadoria Rural por Idade.

Fonte: APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000973-


74.2016.4.02.9999/TRF2

Medida Provisória nº 619, de 6 de Junho de 2013

Finalmente requer a parte autora todas as


provas admitidas em direito, e que ao final seja julgado procedente a
peça exordial acolhendo todos os pedidos, fazendo assim a mais lidima
JUSTIÇA!!!

Nestes termos
Pede deferimento

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