1. Uma mulher solicita pensão por morte do marido falecido junto ao INSS. Seu pedido foi negado administrativamente.
2. Ela contesta os argumentos do INSS em sua defesa e afirma preencher os requisitos para receber a pensão por ser dependente do marido.
3. A mulher anexa diversos documentos comprovando união estável de mais de 20 anos com o marido e dependência econômica.
1. Uma mulher solicita pensão por morte do marido falecido junto ao INSS. Seu pedido foi negado administrativamente.
2. Ela contesta os argumentos do INSS em sua defesa e afirma preencher os requisitos para receber a pensão por ser dependente do marido.
3. A mulher anexa diversos documentos comprovando união estável de mais de 20 anos com o marido e dependência econômica.
1. Uma mulher solicita pensão por morte do marido falecido junto ao INSS. Seu pedido foi negado administrativamente.
2. Ela contesta os argumentos do INSS em sua defesa e afirma preencher os requisitos para receber a pensão por ser dependente do marido.
3. A mulher anexa diversos documentos comprovando união estável de mais de 20 anos com o marido e dependência econômica.
nos autos, por seu advogado que esta subscreve, vem à presença de Vossa Excelência, atendendo a despacho, apresentar a sua Réplica: em face do INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL INSS.
DA PRELIMINAR
Vem à parte autora impugnar toda a matéria
argüida na peça de defesa pelo réu em sua contestação, uma vez que estes não correspondem com a verdade dos fatos, como passaremos a expor;
DO MÉRITO
A requerente pleiteia a pensão por morte de seu
marido falecido, e que juntou aos autos provas substanciais de sua relação com o de cujus, bem como da qualidade do mesmo junto ao beneficio, e que em vias administrativas seu pedido foi indeferido, restando somente a requerente às vias judiciais, e que a réu, em sua contestação se bate pela improcedência da demanda, levantando diversos argumentos, os quais, tal qual a preliminar, não se sustentam, vejamos:
Inicialmente é importante destacar que o marido
da requerente já vinha desfrutando de seu beneficio aposentadoria rural, sem ter nenhuma objeção feita pela Autarquia, e com o falecimento de seu marido, a requerente tentou habilitasse na pensão, e que desde seu protocolo administrativo, vem guerreando para valer o seu direito de receber a pensão por morte de seu marido.
A requerente desde já informa que preenche
todos os requisitos da lei, para a devida implantação de sua pensão rural, que sempre foi dependente economicamente de seu marido, pois era ele quem arcava com todas as despesas do lar, e a requerente era quem cuidava dos afazeres domésticos e ainda ajudava na lavoura.
PENSÃO RURAL POR MORTE:
A situação da companheira equipara-se, a
condição da esposa, como dependente previdenciária, ou seja, possui a dependência presumida, o seja, pelo simples fato de ser declarada companheira já presume-se que o falecido colaborava com o sustento do lar.
Em razão deste fato descabe falar e comprovar a
real dependência econômica entre a Autora e seu falecido companheiro.
DA QUALIDADE DE SEGURADO DO FALECIDO
O de cujus, mantinha a qualidade de segurado em virtude do exercício de atividade agrícola em pequena propriedade rural, onde o autor trabalhava e que herdou em virtude do óbito de seu genitor. (docs. Inclusos).
Sobre o regime de união estável podemos citar o
que o Código Civil em vigor prevê:
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união
estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
§ 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os
impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.
§ as causas suspensivas do art. 1523, não impedirão a
caracterização da união estável.
O reconhecimento da união estável, deve
obedecer aos requisitos, da publicidade, contínua e duradoura.
Estes requisitos, encontram-se amplamente
comprovados nos autos, uma vez que a união durou mais de 20 anos, e toda a sociedade tinha o casal como marido e mulher.
Sobre o requisito da intenção de constituir
família, também se encontra amplamente comprovado, uma vez que da união resultaram dois filhos, sendo os dois ainda menores. Para comprovar que realmente conviveu em regime de união estável, a Autora acosta aos autos os seguintes documentos: A) certidão de nascimento de filhos em comum; B) comprovante de endereço comum entre a autora e o de cujus C) declaração da Fazenda XXXXXXXXXXX, onde o de cujus, declara que possui a Autora como sua dependente; D) contas de luz e água, anteriores ao óbito, em nome do de cujus F) contratos de empréstimos rurais em nome do de cujus e da autora; G) Extrato bancário de conta poupança conjunta; H) cartões de plano de saúde familiar, em nome de todos os integrantes da família.
Como se pode perceber pelos documentos
acostados nos autos, a requerente, encontra-se amplamente coberta comprovando assim qualidade de esposa conforme todos documentos acostados, bem como a qualidade de seu marido trabalhador rural (segurado especial), tudo comprovado, e ainda possui a Autora, as testemunhas necessárias, que serão ouvidas no momento adequado
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010257-28.2011.404.9999/RS
RELATOR Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA APELANTE INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO Procuradoria Regional da PFE-INSS
APELADO CONSOLINO JOAO RIBOLLI
ADVOGADO Rodrigo Seben e outros
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL.
APOSENTADORIA POR IDADE RURAL. BENEFÍCIO CONCEDIDO ADMINISTRATIVAMENTE EM DATA DIVERSA DA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. CARÊNCIA DE AÇÃO AFASTADA. INTERESSE PROCESSUAL CONFIGURADO. ATIVIDADE RURAL. APRESENTAÇÃO DE INÍCIO DE PROVA MATERIAL CORROBORADO PELA PROVA TESTEMUNHAL. TRABALHADOR RURAL EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR E EM CARÁTER INDIVIDUAL. QUALIDADE DE SEGURADO ESPECIAL COMPROVADA. EXERCÍCIO DO MANDATO ELETIVO DE VEREADOR EM PEQUENO MUNICÍPIO. ROTINA DE TRABALHO RURAL INALTERADA. POSSIBILIDADE. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. REQUISITOS PREENCHIDOS NA DER. MARCO INICIAL. RETROAÇÃO DA DIB À DATA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. POSSIBILIDADE. CUSTAS PROCESSUAIS. 1. Tendo sido deferido administrativamente a Aposentadoria Rural por Idade ao autor em 18-03-2009, data diversa do requerimento administrativo de outorga do benefício, remanesce o interesse de agir no que tange à retroação do termo inicial do benefício à data da entrada do requerimento administrativo, em 11-05-2007, uma vez que preenchidos todos os requisitos exigidos pela legislação de regência já a contar de então. 2. O tempo de serviço rural, para fins previdenciários, pode ser demonstrado através de prova material robusta, idônea e suficiente à comprovação do tempo de atividade rural. 3. Não se exige a comprovação da atividade rural ano a ano, de forma contínua. Início de prova material não há que ser prova cabal; trata-se de algum registro por escrito que possa estabelecer liame entre o universo fático e aquilo que expresso pela testemunhal. 4. O comando legal determina início de prova material do exercício de atividades agrícolas e não prova plena (ou completa) de todo o período alegado, pois a interpretação aplicável, quanto ao ônus da prova, não pode ser aquela com sentido inviabilizador, desconectado da realidade social. 5. O agricultor que, durante o exercício do mandato de vereador em pequeno município, continua trabalhando em sua propriedade e comparece às sessões da Câmara Municipal apenas uma vez por semana, no turno da noite, não perde a qualidade de segurado especial. 6. O exercício de mandato eletivo de vereador do Município em que desenvolve a atividade rural não descaracteriza a condição de segurado especial do autor, conforme dispõe o art. 11, § 9º, inciso V, da Lei n.º 8.213/91, com a redação introduzida pela Lei n.º 11.718/2008. Precedentes das Turmas Previdenciárias desta Corte. 7. A contemporaneidade entre a prova documental e o período de labor rural equivalente à carência não é exigência legal, de forma que podem ser aceitos documentos que não correspondam precisamente ao intervalo necessário a comprovar. Precedentes do STJ. 8. Aplicável a regra de transição contida no artigo 142 da Lei n.º 8.213/91 aos filiados ao RGPS antes de 24-07-1991, desnecessária a manutenção da qualidade de segurado na data da Lei n.° 8.213/91. 9. A data do início do benefício de aposentadoria por idade é a da entrada do requerimento administrativo (art. 49, inciso II, combinado com o art. 54 da Lei n.° 8.213/91). O direito não se confunde com a prova do direito. Se, ao requerer o beneficio, a segurada já havia cumprido os requisitos necessários à sua inativação, o que estava era exercendo um direito de que já era titular. A comprovação posterior não compromete a existência do direito adquirido, não traz prejuízo algum à Previdência, nem confere ao segurado nenhuma vantagem que já não estivesse em seu patrimônio jurídico. 10. Restando demonstrado nos autos, pelo conjunto probatório, que o autor já preenchia os requisitos para a concessão da aposentadoria rural por idade desde a data do requerimento administrativo, em 11-05-2007, inclusive porque o próprio INSS já havia averbado administrativamente até 31-12-2004 quinze anos de tempo de serviço rural como segurado especial, e, portanto, muito antes dessa data, é de ser reconhecido o direito à retroação dos efeitos da concessão do benefício outorgado naquela esfera pela Autarquia Previdenciária em data diversa, em face do direito adquirido, desimportando se depois disso houve perda da qualidade de segurada (art. 102, § 1º, da LB). 11. Demanda isenta de custas processuais, a teor do disposto na Lei Estadual n.º 13.741/2010, que deu nova redação ao art. 11 da Lei Estadual n.º 8.121/85. (TRF4, AC 0010257- 28.2011.4.04.9999, SEXTA TURMA, Relator JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA, D.E. 24/10/2012)
O relator deu provimento ao agravo interno do INSS para
reformar a decisão agravada, revogar a antecipação dos efeitos da tutela concedida, ressalvando que é inexigível a devolução dos valores, entendeu que o Apelante não faz jus ao benefício previdenciário de Aposentadoria Rural por Idade.
Veja a decisão:
A aposentadoria por idade rural está prevista nos artigos
11, 48 §§ 2º e 3º, 142 e 143 da Lei nº 8.213/91 e, ainda, no art. 201, § 7, II da CF/88, tendo como pressupostos a exigência de que o labor rural tenha sido exercido em período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício, além da idade de 60 anos para o homem e 55 para a mulher.
Para efeito de comprovação do tempo de serviço exercido,
cabe salientar a norma disposta no §3º, do art. 55, da mesma lei, in verbis:
3º. A comprovação do tempo de serviço para os efeitos
desta Lei, inclusive mediante justificação administrativa ou judicial, conforme o disposto no artigo 108, só produzirá efeito quando baseada em início de prova material, não sendo admitida prova exclusivamente testemunhal, salvo na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento.” (grifei)
Nessa linha é a Súmula 149 do Superior Tribunal de
Justiça: “a prova exclusivamente testemunhal não basta à comprovação da atividade rurícula, para efeitos da obtenção de benefício previdenciário”.
A propósito, vejam-se o Enunciado nº 54 da Turma
Nacional de Uniformização de Jurisprudência:
“Para a concessão de aposentadoria por idade de
trabalhador rural, o tempo de exercício de atividade equivalente à carência deve ser aferido no período imediatamente anterior ao requerimento administrativo ou à data do implemento da idade mínima.”
Pretende a parte autora que lhe seja deferido o benefício
da aposentadoria rural por idade. A concessão do benefício especial de aposentadoria rural por idade desafia o preenchimento de três requisitos fundamentais: a existência de início de prova material da atividade rural exercida, a corroboração dessa prova indiciária por robusta prova testemunhal e, finalmente, a idade mínima necessária à concessão do benefício.
Consta nos autos comprovação da idade mínima exigida
(60 anos de idade) em 16.06.2010, portanto, na época do requerimento administrativo (28/09/2011-fls.82) já preenchia o primeiro requisito exigido por lei. Feito isto, é necessária a comprovação do exercício de atividade rural.
O Decreto nº 2.172, de 5 de março de 1997, elenca os
documentos possíveis para comprovação de atividade rural, in verbis:
Art. 3º A comprovação do exercício de atividade rural do
segurado especial, bem como de seu respectivo grupo familiar – cônjuge, companheiro ou companheira e filhos maiores de quatorze anos e dependentes a estes equiparados, desde que devidamente comprovado o vínculo familiar, será feita mediante a apresentação de um dos documentos a) contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;
b) comprovante de cadastro do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária – INCRA;
c) bloco de notas de produtor rural e/ou nota fiscal de
venda realizada por produtor rural;
d) declaração de Sindicato de Trabalhadores Rurais,
Sindicato de Pescadores ou Colônia de Pescadores devidamente registrada no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente – IBAMA, homologada pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na forma do artigo 9º.
e) comprovante de pagamento do Imposto Territorial Rural
– ITR, ou Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR fornecido pelo Incra, ou autorização de ocupação temporária fornecida pelo INCRA.
f) caderneta de inscrição pessoal visada pela Capitania dos
Portos, ou pela Superintendência do Desenvolvimento da Pesca – SUDEPE, ou pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS;
g) declaração fornecida pela Fundação Nacional do Índio –
FUNAI, atestando a condição do índio como trabalhador rural, homologada pelo INSS na forma do art.
9º.
1º Os documentos mencionados nas alíneas “a”, “b” , “c”,
“e” e “f” servirão para comprovação da atividade rural do grupo familiar, sendo, neste caso, indispensável a entrevista e, quando necessária, a solicitação de pesquisa.
2º Os documentos apresentados devem abranger o
período a ser comprovado, mesmo que de forma descontínua.
No tocante à prova material no caso em apreço, o autor
acostou aos autos certidão de casamento (fl.11); ficha de atendimento ambulatorial (fl.12); certidão do TER/ES (fl.13); certidões de nascimento e casamento dos filhos (fl.14, 17, 21, 23,25,28,30 e 31); fichas de matrícula escolar, que, como bem salientou o juízo de piso, não podem ser tidos como início de prova material, eis que os dados contidos em tais documentos podem ser modificados ao longo do tempo (fl.15,16,18,20,22,24,26,27,29,32); nota fiscal demonstrando fornecimento de energia elétrica em nome do segurado (fls.34 à 43); cópia da escritura pública de compra e venda de imóvel rural (fls.44/45); ITR, CCIR E DARF do imóvel rural de propriedade do autor (fl.46/51); declarações de testemunhas que atestam a atividade rural do autor (fl.52/56); cópia de escrituras públicas de compram e venda de imóvel rural, tendo como proprietário terceiros (57/58); CCIR E ITR(fls.53/55 e 57/66); entrevista rural, declarando o Apelante ser trabalhador rural e plantar feijão,cana, um pouco de café e ainda criar galinhas (fl.76);
Entendo que tais documentos consubstanciam o início de
prova material a que alude a lei para fins de comprovação de atividade rural, eis que demonstrados pela cópia da escritura pública de compra e venda de imóvel rural, ITR, CCIR E DARF do imóvel rural de propriedade do autor e declarações de testemunhas que atestam sua atividade rural.
Em relação à prova testemunhal, não resta maior sorte ao
Apelado, já que a prova, realizada em contraditório indica que o autor possui mais de uma propriedade rural, uma grande represa de água em sua propriedade, um tanque de peixes de tamanho médio e mais de cem mil pés de café, desnaturando o artigo 11, § 1o, da lei 8213/91, que define o que é econômica familiar:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social
as seguintes pessoas físicas: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993) §1o Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes. (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008) É de se observar, portanto, que não existe, no caso dos autos, um regime de produção para a subsistência. Cabe destacar que os benefícios previdenciários destinados aos segurados especiais têm natureza assistencial, tendo por finalidade proteger o lavrador (a) que se encontra em situação de hipossuficiencia, caso em que não ocorreu no processo em questão.
Além disso, o próprio Apelante afirmou, em suas alegações
finais (fls.133/146), que possui mais de 4 (quatro) módulos fiscais de terras, ferindo, portanto, o artigo 11, aliena a, 1, da lei 8213/91:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social
as seguintes pessoas físicas: produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:
agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;
Segue a mesma linha jurisprudência do Tribunal Regional
Federal da Primeira Região:
PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE E
APOSENTADORIA POR IDADE. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO ESPECIAL. INSTITUIDOR DA PENSÃO QUALIFICADO COMO AGRICULTOR E FAZENDEIRO. PROPRIEDADE RURAL COM 21,90 MÓDULOS FISCAIS. SENTENÇA REFORMADA. 1.Constam em nome da família da autora pelo menos 3 propriedades rurais: o sítio Cachoeira (fl. 12/14v); a Fazenda Baixão (fls. 38/39), e, por último, a Fazenda Ana Paula, com 21,90 módulos fiscais (fl. 68), o que supera, em muito, o limite legal. 2.Não se pode esquecer que, mesmo considerada circunstância de que o instituidor da pensão faleceu antes da inclusão na legislação do parâmetro referente ao tamanho da terra, o fato de ser proprietário de imóvel rural muito acima de 4 módulos fiscais, além de sempre ter sido qualificado como fazendeiro ou agricultor, torna improvável que se trate de segurado especial, raciocínio que evidentemente também se aplica à autora. 3.Nunca é demais lembrar que os benefícios a que fazem jus os segurados especiais tem natureza mais assistencial do que previdenciária – que é, via de regra, contributiva -, e tem por finalidade proteger o lavrador hipossuficiente, que não teria condições por si só de ingressar no sistema, hipótese que não se amolda ao caso em tela. 4. Apelação e reexame necessário providos. (TRF-1 – AC: 00379050520124019199 0037905- 05.2012.4.01.9199, Relator: JUÍZA FEDERAL RAQUEL SOARES CHIARELLI, Data de Julgamento: 04/11/2015, PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: 13/11/2015 e- DJF1 P. 602)
De igual modo estabelece jurisprudência deste mesmo
Tribunal Regional Federal:
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. APOSENTADORIA POR IDADE. TRABALHADOR RURAL. IMÓVEL RURAL COM ÁREA SUPERIOR A 4 (QUATRO) MÓDULOS FISCAIS. IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. RECURSO DO INSS PROVIDO. 1. Trata-se de agravo interno interposto pelo INSS contra a decisão monocrática que confirmou a antecipação de tutela deferida nos autos em que se pleiteia a concessão de pensão por morte em razão do óbito de trabalhador rural na qualidade de segurado especial; 2. Da análise do CNIS de fls. 126/129, verifica-se que o falecido marido da agravada possui três propriedades, cuja soma dos módulos fiscais é superior àquela prevista na nova redação dada pela Lei 11.718/2008 ao inciso VII do art. 11 da Lei nº 8.213/91, o que descaracteriza sua condição de segurado especial; 3. No que tange à devolução dos valores recebidos a título de pensão por morte em razão da antecipação dos efeitos da tutela, o entendimento dos Tribunais Superiores é no sentido de que não são devidos, quando recebidos de boa- fé, o que ocorreu no caso em tela; 4. Agravo interno do INSS provido para, reformando a decisão agravada, revogar a antecipação dos efeitos da tutela concedida, ressalvando que é inexigível a devolução dos valores Pelo exposto acima, entendo que o Apelante não faz jus ao benefício previdenciário de Aposentadoria Rural por Idade.
Fonte: APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000973-
74.2016.4.02.9999/TRF2
Medida Provisória nº 619, de 6 de Junho de 2013
Finalmente requer a parte autora todas as
provas admitidas em direito, e que ao final seja julgado procedente a peça exordial acolhendo todos os pedidos, fazendo assim a mais lidima JUSTIÇA!!!