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Biografia do Apóstolo Paulo:

Quem foi Paulo de Tarso?


Paulo, nome romano de Saulo, nasceu em Tarso, na Cilícia (At 16:37; 21:39;
22:25). Tarso não era um lugar insignificante (At 21:39), ao contrário, era um
centro de cultura grega, uma cidade universitária que ficava próxima da costa
nordeste do Mar Mediterrâneo. Embora tenha nascido um cidadão romano,
Paulo era um judeu da Dispersão, um israelita circuncidado da tribo de Benjamin,
e membro zeloso do partido dos Fariseus (Rm 11:1; Fp 3:5; At 23:6).

A infância e adolescência do Apóstolo Paulo tem sido um tema de grande debate


entre os estudiosos. Alguns defendem que o Apóstolo Paulo passou toda sua
infância em Tarso, indo apenas durante sua adolescência para Jerusalém. Outros
defendem que Paulo foi para Jerusalém ainda bem pequeno, passando, então,
sua infância longe de Tarso. Na verdade desde seu nascimento até seu
aparecimento em Jerusalém como perseguidor dos cristãos, conforme os relatos
do livro de Atos dos Apóstolos, há pouca informação sobre a vida do Apóstolo
Paulo.

Embora não se sabe ao certo com quantos anos o Paulo saiu de Tarso, sabemos
com certeza que ele foi educado em Jerusalém, sob o ensino do renomado doutor
da lei, Gamaliel, neto do também famoso Hillel. Paulo, então, conhecia
profundamente a cultura grega, falava o aramaico, herdeiro da tradição do
farisaísmo, estrito observador da Lei, e mais avançado no judaísmo do que seus
contemporâneos (Gl 1:14; Fp 3:5,6). Considerando todos estes aspectos,
podemos afirmar que sua família possuía alguns recursos e era de posição
proeminente.

O fato de Paulo possuir cidadania romana é algo que merece consideração.


Estima-se que dois terços da população do Império Romano não possui cidadania
romana. Paulo herdou sua cidadania romana de seu pai. Não se sabe como o pai
do Apóstolo conseguiu tal cidadania, mas um dos meios a qual alguém conseguiu
a cidadania romana era prestar algum serviço relevante ao governo romano. A
cidadania romana concedia alguns privilégios, dentre os principais podemos citar:

 A garantia do julgamento perante César, se exigido, nos casos de acusação.


 Imunidade legal dos açoites antes da condenação.
 Imunidade em relação à crucificação, a pior forma de pena de morte da
época.

Paulo de Tarso como perseguidor:


No livro de Atos dos Apóstolos, somos informados que quando Estêvão foi
apedrejado, suas vestes foram depositadas aos pés de Paulo (At 7:58). Após esse
episódio da morte de Estêvão, Paulo assumiu uma posição importante na
perseguição aos cristãos, recebendo autoridade oficial para liderar tais
perseguições e, na qualidade de membro do concílio do Sinédrio, dava o seu voto
a favor da morte dos cristãos (At 26:10).

O próprio Paulo afirma que “respirava ameaça e morte contra os discípulos do


Senhor” (At 9:1). Além de deflagrar a perseguição em Jerusalém, ele ainda
solicitou cartas ao sumo sacerdote para as sinagogas em Damasco, para que
levasse preso para Jerusalém qualquer um que fosse seguidor de Cristo, tanto
homem quanto mulher (At 9:2). Paulo perseguia e assolava a Igreja de Deus (Gl
1:13), acreditando que ao fazer isso estava servindo a Deus e preservando a
pureza da Lei.

A conversão de Paulo de Tarso:


As narrativas no livro de Atos, e as notas do próprio Apóstolo em suas epístolas,
sugerem uma súbita conversão. Entretanto, alguns intérpretes defendem que
algumas experiências ao longo de sua vida, devem tê-lo preparado previamente
para aquele momento, por exemplo, a experiência do martírio de Estêvão (At 8:1)
e sua campanha de casa em casa para perseguir os cristãos (At 8:3; 9:1,2; 22:4;
26:10,11). O que sabemos é que Paulo partiu furiosamente em direção a
Damasco com o intuito de destruir a comunidade cristã daquela cidade. De
repente, algo inesperado aconteceu, algo que causou uma mudança radical, não
só na vida de Paulo de Tarso, mas no curso da História.

E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco,


subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.
E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me
persegues?
E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu
persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.
E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? E disse-
lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém
fazer.
(Atos 9:3-6)
Ao escrever Atos, Lucas interpreta esse momento como um ato miraculoso, um
momento em que um inimigo declarado de Cristo transformou-se em Apóstolo
seu. Os homens que estavam com Paulo ouviram a voz, mas não compreenderam
as palavras, ficaram espantados, mas não puderam ver a Pessoa. Por outro lado,
Paulo viu o Cristo ressurreto e ouviu suas palavras. Esse encontro foi tão
importante para Paulo que a base da sua afirmação para o apostolado está
fundamentada nessa experiência (1Co 9:1; 15:8-15; Gl 1:15-17). Considerando
que Paulo não havia sido um doze discípulos de Jesus, além de ter perseguido
seus seguidores, a necessidade e importância da revelação pessoal de Cristo para
Paulo fica evidente. Essa experiência transformou Paulo de Tarso profundamente
como podemos ver:

 Respondeu ao chamado de Cristo: o primeiro aspecto da mudança na vida


do Apóstolo Paulo pode ser percebido quando, imediatamente, ele
responde à voz de Cristo: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9:6). Ali
foi o começo de um novo relacionamento com Cristo (Gl 2:20).
 De perseguidor a pregador do Evangelho: a mudança radical que atingiu
a vida do Apóstolo Paulo fica evidente na mensagem que ele começou a
pregar na própria cidade de Damasco. Isso é impressionante, pois esse era
o lugar a qual ele pretendia prender os seguidores de Cristo (At 9:1,2).
 Mudança de vida total: antes da conversão, Paulo não aceitava a
divindade de Jesus, a ponto de acreditar que perseguindo seus seguidores
como um animal selvagem (At 26:9-11), tentando força-los a blasfemar
contra Jesus (1Co 12:3), estaria fazendo a vontade de Deus. Podemos dizer
que ele via Jesus como um impostor. Agora, após a conversão, sua
pregação não era outra senão anunciar que Jesus é o Filho de Deus (At
9:20). O Paulo duro, rigoroso, ameaçador e violento de outrora, agora
demonstrava ternura, sensibilidade e amor, como podemos perceber em
vários de seus escritos.

O início do ministério do Apóstolo Paulo:


Após o encontro que teve com Cristo, o Apóstolo Paulo chegou em Damasco e
recebeu a visita de Ananias, o qual também o batizou (At 9:17,18). Foi ali mesmo,
naquela cidade, que Paulo começou sua obra evangelística.

Não temos informações detalhadas dos primeiros anos de seu ministério. O que
sabemos é que o Apóstolo Paulo pregou rapidamente em Damasco (At 9:20-22)
e foi passar um tempo na Arábia (Gl 1:17), embora a Bíblia não esclareça o que
ele fez ali, nem mesmo qual o lugar específico da Arábia. Depois retornou a
Damasco, onde sua pregação provocou uma oposição tão grande que precisou
fugir para salvar sua própria vida (2Co 11:32,33). A fuga em questão foi para
Jerusalém (Gl 1:18). Havia completado cerca de três anos de sua conversão. Paulo
tentou juntar-se aos discípulos, porém estavam todos receosos com ele,
mas Barnabé se dispôs a apresentá-lo aos líderes dos cristãos. Entretanto, seu
período em Jerusalém foi muito rápido, pois novamente os judeus procuravam
assassiná-lo. Por conta disso, os cristãos decidiram despedir Paulo, uma decisão
confirmada pelo Senhor numa visão. Segundo o que ele mesmo afirma em
Gálatas 1:18, ele ficou somente quinze dias com Pedro, o que se harmoniza com
o relato de Atos 22:17-21. Paulo então deixou Jerusalém antes que pudesse se
encontrar com os demais Apóstolos, e antes de se tornar conhecido
pessoalmente pelas igrejas da Judéia, embora os crentes de toda a região já
ouviam as boas-novas sobre Paulo.

E não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo;
Mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que já nos perseguiu anuncia
agora a fé que antes destruía.
(Gálatas 1:22,23)
O Apóstolo Paulo então foi enviado à sua cidade natal, Tarso, passando ali um
período de silêncio, de cerca de dez anos. Embora esses anos sejam conhecidos
como o “período silencioso do ministério do Apóstolo Paulo“, é provável que o
Apóstolo tenha fundado algumas igrejas naquela região. Estudiosos sugerem que
as igrejas mencionadas em Atos 15:41, tenham sido fundadas por Paulo durante
esse período. Certo é que, Barnabé, ouvindo falar da obra que Paulo estava
desempenhando, solicitou a presença de Paulo em Antioquia como um obreiro
auxiliar, a fim de ajudá-lo numa promissora missão evangelística entre os gentios.
Após cerca de um ano, ocorreu um período de grande fome, e, em Antioquia,
providenciaram-se contribuições para auxilio aos cristãos da Judéia, as quais
foram levadas por Paulo e Silas. Havendo completado sua missão, Paulo e Silas
regressaram a Antioquia.

Esse período fui essencial no ministério do Apóstolo Paulo, pois foi ali que sua
missão de levar o evangelho aos gentios começou a ganhar força. Foi enquanto
estava em Antioquia que o Espírito Santo orientou a igreja a separar Barnabé e
Paulo para a obra à qual Deus os chamara, e assim tiveram início as viagens
missionárias do Apóstolo Paulo.

E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a


Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
(Atos 13:2,3)

As viagens missionárias do Apóstolo Paulo:


O trabalho evangelístico do Apóstolo Paulo abrangeu um período de cerca de dez
anos, acontecendo principalmente em quatro províncias do Império Romano:
Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia. Paulo concentrava-se nas cidades-chave, isto é,
nos maiores centros populacionais, pois quando alguns judeus e gentios
aceitavam a mensagem do Evangelho, logo se tornavam o núcleo de uma nova
comunidade local. Assim, Paulo alcançou até mesmo as áreas rurais. Podemos
resumir a estratégia missionária usada pelo Apóstolo Paulo da seguinte forma:

1. Ele trabalhava nos grandes centros urbanos, para que dali a mensagem se
propagasse nas regiões circunvizinhas.
2. Pregava nas sinagogas, a fim de alcançar judeus e prosélitos gentios.
3. Focava sua pregação na comprovação de que a nova dispensação é o
cumprimento das profecias da antiga dispensação.
4. Percebia as características culturais e as necessidades dos ouvintes de
modo que as aplicava na mensagem evangélica.
5. Mantinha o contato com as comunidades cristãs estabelecidas por meio
da repetição de visitas e envio de cartas e mensageiros de confiança.
6. Estava atento as desigualdades presentes na sociedade da época, e
promovia a unidade entre ricos e pobres, gentios e judeus, além de
solicitar que as igrejas mais prósperas auxiliassem os mais pobres.

Em Atos 14:21-23, podemos perceber que o método de Paulo para estabelecer


uma igreja local obedecia a um padrão regular. Primeiramente era feito um
trabalho dedicado ao evangelismo, com a pregação do Evangelho. Depois havia
um trabalho de edificação, onde os crentes convertidos eram fortalecidos e
encorajados. Por último, presbíteros eram escolhidos em cada igreja, para que a
organização eclesiástica fosse estabelecida.

1. A primeira viagem missionária de Paulo (At 13:1-14:28): não sabemos


exatamente quanto tempo durou essa primeira viagem, apenas que ela
deve ter ocorrido por volta de 44 e 50 d.C. O ponto de partida foi
Antioquia, um lugar que havia se tornado um tipo de centro do
Cristianismo entre os gentios. Basicamente, a viagem foi concentrada na
Ilha de Chipre e a parte sudeste da província romana da Galácia. Até um
determinado momento da viagem, Barnabé era o líder, Paulo era o
pregador principal, e João Marcos o auxiliador. Entretanto, João Marcos
os deixou (literalmente os abandonou) e retornou para Jerusalém. A partir
desse ponto, Paulo assumiu a liderança da missão.
2. A segunda viagem missionária de Paulo (At 15:36-18:22): o propósito
dessa viagem, conforme o próprio Paulo, era visitar os irmãos por todas as
cidades em que já haviam anunciado a palavra do Senhor (At 15:36).
Entretanto, ao discutirem sobre a ida de João Marcos na viagem, Paulo e
Barnabé decidem se separar, e Paulo leva consigo Silas. A data provável
dessa viagem fica entre 50 e 54 d.C. O território coberto foi bem maior em
relação à primeira viagem, estendendo-se até a Europa. A obra
evangelística foi concluída na Macedônia e Acaia, e as cidades visitadas
foram: Filipos, Tessalônica, Beréia, Atenas e Corinto. Em Corinto, Paulo
permaneceu um longo tempo (At 18:11,18), pregando e exercendo sua
atividade profissional de fazer tendas. Foi dessa cidade que ele enviou a
Epístola aos Gálatas e, provavelmente, um pouco depois, as Epístolas aos
Tessalonicenses. Paulo também parou brevemente em Éfeso, prometendo
que retornaria em outra ocasião (At 18:20,21).
3. A terceira viagem missionária de Paulo (At 18:23-21:16): essa viagem
ocorreu entre 54 e 58 d.C. O Apóstolo Paulo atravessou a região da Galácia
e Frígia e depois prosseguiu em direção a Ásia e à sua principal cidade,
Éfeso. Ali ele passou um longo período (At 19:8-10; 20:3), cumprindo
a promessa anteriormente feita. É provável que todas, ou pelo menos a
maioria das sete igrejas da Ásia tenha sido fundada durante esse período.
Parece que, antes de Paulo escrever a Primeira Epístola aos Coríntios, ele
fez uma segunda visita a cidade de Corinto, regressando logo depois para
Éfeso. Então, mais tarde, ele escreveria 1 Coríntios. Quando deixou Éfeso,
Paulo partiu para a Macedônia. Foi ali, talvez em Filipos, que ele escreveu
a Segunda Epístola aos Coríntios. Depois, finalmente, o Apóstolo Paulo
chegou pela primeira vez em Corinto. Antes de partir dessa cidade, ele
escreveu a Epístola aos Romanos (Rm 15:22-25).

O resultado das viagens missionárias do Apóstolo Paulo foi extraordinário, e o


Evangelho havia se espalhado consideravelmente. Estima-se que, perto do final
do período apostólico, o número total de cristãos no mundo era em torno de
quinhentos mil. Apesar de esse resultado ser fruto de um árduo trabalho que
envolveu um enorme número de pessoas, conhecidas e anônimas, o obreiro que
mais se destacou nessa missão certamente foi o Apóstolo Paulo.

O debate do Apóstolo Paulo com Pedro:


Em um determinado momento, devido ao crescente número de gentios na Igreja,
questões a respeito da Lei e dos costumes judaicos sugiram entre os cristãos.
Muitos cristãos judeus insistiam que os gentios deviam observar a lei mosaica e
se enquadrar nos costumes judaicos, principalmente em relação à circuncisão,
para que pudesse haver igualdade na comunidade cristã.

O Apóstolo Paulo identificou esse movimento judaizante como uma ameaça à


verdadeira natureza do Evangelho da graça, e se posicional de forma clara contra
essa situação. Diante dessas circunstâncias, Paulo repreendeu
Pedropublicamente (Gl 2:14), depois que este havia se separado de alguns
crentes gentios, a fim de evitar problemas com certos cristãos judaizantes. Esse
também foi o pano de fundo que levou o Apóstolo a escrever uma epístola de
advertência aos Gálatas, apresentando com grande ênfase o tema “salvação pela
graça mediante a fé”.

Podemos dizer que esse acontecimento foi a primeira crise teológica da Igreja.
Para que o problema fosse solucionado, Paulo e Barnabé foram enviados a uma
conferência com os Apóstolos e Anciãos em Jerusalém. O concílio decidiu que, de
forma geral, os gentios que se convertessem não estavam sob a obrigação de
observar os costumes judaicos.

Prisões e morte do Apóstolo Paulo:


Existe muita discussão em relação ao número de prisões que o Apóstolo Paulo
sofreu, principalmente pelo livro de Atos não descrever toda a história do
Apóstolo, e pelo fato de Paulo provavelmente ter sido preso algumas vezes de
forma rápida, como em Filipos na descrição de Atos 16:23.

Falando sobre esses momentos, Paulo escreveu o seguinte:

São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em


trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito
mais; em perigo de morte, muitas vezes.
(2 Coríntios 11:23)
Citando as prisões significativas do Apóstolo Paulo, sabemos que ele foi preso em
Jerusalém (At 21), e para impedir que fosse linchado, Paulo foi transferido para
Cesaréia, onde Felix, o governador romano, o deixou na prisão por dois anos (At
23-26). Festo, sucessor de Felix, sinalizou que poderia entregar Paulo aos judeus
para por eles ser julgado. Como Paulo sabia que o resultado do julgamento seria
totalmente desfavorável, então ele, na qualidade de cidadão romano, apelou
para César. Depois de um discurso perante o rei Agripa e Berenice, o Apóstolo
Paulo foi enviado sob escolta para Roma. Após uma terrível tempestade marinha,
o navio a qual ele estava naufragou, e Paulo passou o inverno em Malta.
Finalmente chegou a Roma na primavera, e passou dois anos sob prisão
domiciliar, onde ele tinha total liberdade para ensinar sobre o Evangelho (At
28:31). Nesse ponto termina a história descrita no livro de Atos dos Apóstolos, e
o restante da vida de Paulo precisa ser contado com registros de outras fontes.
Depois disso, as únicas informações adicionais que encontramos no Novo
Testamento parte das Epístolas Pastorais, sugerindo que o Apóstolo Paulo foi
solto depois dessa primeira prisão em Roma (2Tm 4:16,17) por volta de 63 d.C.,
e visitou a área do Mar Egeu e viajou até a Espanha, antes de haver sido
novamente aprisionado e, desta vez, executado pelas mãos de Nero por volta de
67 e 68 d.C. (2Tm 4:6-18). O se sabe é que as Epístolas Pastorais documentam
situações não historiadas em Atos. A Epístola de Clemente (cerca de 95 d.C.) e o
cânon Muratoriano (cerca de 170 d.C.) testificam sobre uma viagem do Apóstolo
Paulo à Espanha. Sobre sua morte, a tradição conta que ocorreu junto da estrada
de Óstia, fora da cidade de Roma, por decapitação.

Talvez o texto que mais defina a biografia do Apóstolo Paulo seja exatamente
esse:

Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.


Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo
juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os
que amarem a sua vinda.
(2 Timóteo 4:7,8)

Epístolas escritas pelo Apóstolo Paulo:


 Romanos
 I Coríntios
 II Coríntios
 Gálatas
 Efésios
 Filipenses
 Colossenses
 I Tessalonicenses
 II Tessalonicenses
 I Timóteo
 II Timóteo
 Tito
 Filémon

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