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PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E

INSTALAÇÕES – PCRMEI - ELÉTRICA

Prof.: Gledson R M Santos


Eng° Eletricista e de Segurança do Trabalho Ago/2016
AMBIENTES ESPECIAIS
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

(NR-33, item 33.1.2) Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para
ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja
ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a
deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

Exemplos de Espaços Confinados

 Tanques de vários tipos e formas, tais como: tanques de água, tanque de combustível,
tanques de produtos químicos, tanques acoplados a caminhões;
 Vagões de locomotivas;
 Galerias de rede de água ou esgoto;
 Caixas d’água;
 Tubulões a céu aberto;
 Poços artesianos e cisternas/fossas;
 Fossos de elevadores;
 Caixas de passagem de cabos elétricos;
 Silos, cones e moinhos industriais;
 Chaminés industriais verticais;
 Fornos e fornalhas de caldeiras industriais;
 Bases de torres de energia eólica, etc;
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
33.2 Das Responsabilidades

33.2.1 Cabe ao Empregador:

a) indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;

b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;

c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;

d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por


medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e
salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com condições
adequadas de trabalho;

e) garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de


controle, de emergência e salvamento em espaços confinados;
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
33.2 Das Responsabilidades

33.2.1 Cabe ao Empregador:

f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por
escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II
desta NR;
g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde
desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;
h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores
das empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar
em conformidade com esta NR;
I) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de
risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local;
j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada
acesso aos espaços confinados;
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

ANEXO I – Sinalização
Sinalização para identificação do espaço confinado
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

Sinalização de espaço
confinado
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
33.2.2 Cabe aos Trabalhadores:

a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;

b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;

c) comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua


segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento;

d) cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação


aos espaços confinados;
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
33.3 Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados

33.3.1 A gestão de segurança e saúde deve ser planejada, programada, implementada e


avaliada, incluindo medidas técnicas de prevenção, medidas administrativas e medidas
pessoais e capacitação para trabalho em espaços confinados.
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
33.3.2.1 Os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de
movimentação vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos espaços
confinados;

33.3.2.2 Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou possuir


documento contemplado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade
- INMETRO.
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

Tripé para espaços confinados conforme a NFPA 1983 e ANSI, fabricado em alumínio, pernas com pontos para
regulagem de altura, sapatas de borracha com furo para a passagem da corrente de travamento, contendo catraca de
segurança e cabos de aço. Próprio para entradas, saídas e situação de resgate em espaços confinados. Indicado para
pessoas de até 100kG, em queda 500kG, carga total de ruptura de 1.500kG
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

Trava quedas tipo “trapézio” confeccionado em poliester com mosquetões em aço com trava dupla. Indicado para uso
com cinto de segurança tipo paraquedista com pontos de suspensão, para atividades de entrada e resgate em espaços
confinados na posição vertical.
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

Modelo de rádio de fabricação nacional, intrínsecamente seguro (“Ex-ia”). Atende os critérios técnicos para uso em
Áreas Classificadas por gases e/ou vapores inflamáveis, e também Áreas Classificadas por pó e/ou fibras combustíveis,
conforme estabelece a Portaria 179/2010 Inmetro.
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

33.3.2.4 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão


em trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros
que liberem chama aberta, faíscas ou calor;

33.3.2.5 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação,


soterramento, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática,
queimaduras, quedas, escorregamentos, impactos, esmagamentos, amputações e
outros que possam afetar a segurança e saúde dos trabalhadores.
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

Insuflador/Exaustor de ar portátil para atividades em espaços confinados, contendo motor elétrico


(monofásico ou trifásico), corpo em alumínio com alça para transporte e mangueira flexível de condução
de ar. Pode ser utilizado como ventilador, para diluição de contaminantes no ambiente, ou como exaustor,
eliminando e/ou minimizando a concentração de atmosferas perigosas. Fabricado para atender requisitos
de ventilação em espaços confinados, conforme NR-33 e NBR-14.787
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

Esquema de ventilação em espaço confinado para atividades de trabalho a quente (solda). O


exaustor/insuflador pode ser utilizado para a exaurir a atmosfera perigosa do ambiente, ou insuflar o ar
seco e “limpo” para dentro do ambiente, afim de diluir os contaminantes presentes. Ou pode ainda, ser
utilizado mais de um equipamento, realizando no mesmo instante, a insuflação e a exaustão. A SELEÇÃO
DO EQUIPAMENTO(S) CORRETO A SER UTILIZADO PARA PELO ATENDIMENTO DE CRITÉRIOS TÉCNICOS
QUE DEVÃO SER APLICADOS, DE ACORDO COM O ESTABELECIDO NA ANÁLISE DE RISCO.
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

(I) (II)
Medidores de “4 gases” para uso em ambientes industriais, espaços confinados, construção civil e outros
que requeiram teste de atmosfera para os gases considerados. ( I ) fabricante Hanwei e ( II ) fabricante
Microclip. Possuem sensores eletroquímicos para a detecção, medição e indicação da presença de
monóxido de carbono (CO) e gás sulfidríco (H2S), sensores galvânicos para o oxigênio (O2) e sensores
catalíticos para a detecção de Amosferas Explosivas através do metano (CH4).
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

Painel de iluminação para uso em espaços confinados – deve possuir tensão de 12 ou 24Vcc, tomadas
2P+T, contemplando conexão de aterramento e dispositivo de proteção a corrente residual – DR para
proteção de pessoas contra choques elétricos.
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

(I) ( II )
Painéis elétricos para uso em espaços confinados – devem possuir tensão de 12 ou 24Vcc, tomadas 2P+T,
contemplando conexão de aterramento e dispositivo de proteção a corrente residual – DR para proteção
de pessoas contra choques elétricos.
(I) Painel de tomadas com alimentação em 220Vca. Possui internamente uma transformador que
disponibiliza em sua saída tensão de 12 ou 24Vcc para suas tomadas.
(II) Painel de tomadas alimentado por sistema de baterias em 12 ou 24Vcc.
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

33.3.3 Medidas administrativas:

a) manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos desativados,


e respectivos riscos;

b) definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do espaço


confinado;

c) manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado, conforme o


Anexo I da presente norma;

d) implementar procedimento para trabalho em espaço confinado;

e) adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, previsto no Anexo II desta NR,


às peculiaridades da empresa e dos seus espaços confinados;
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

Sinalização de
espaço confinado
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

l) designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando os


deveres de cada trabalhador e providenciando a capacitação requerida;

m) estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no interior dos


espaços confinados;

n) assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com


acompanhamento e autorização de supervisão capacitada;
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

33.3.3.5 Os procedimentos de entrada em espaços confinados devem ser revistos


quando da ocorrência de qualquer uma das circunstâncias abaixo:

a) entrada não autorizada num espaço confinado;

b) identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho;

c) acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada;

d) qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço


confinado;

e) solicitação do SESMT ou da CIPA;

f) identificação de condição de trabalho mais segura.


AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

33.3.4 Medidas Pessoais

33.3.4.1 Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser
submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme
estabelecem as NRs 07 e 31, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emissão
do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional – ASO;

33.3.4.4 É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma


individual ou isolada.
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
33.3.4.5 O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções:

a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;

b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na


Permissão de Entrada e Trabalho;

c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os


meios para acioná-los estejam operantes;

d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário;

e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços;

33.3.4.6 O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia.


AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:

33.3.4.7 O Vigia deve desempenhar as seguintes funções:

a) manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no


espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade;
b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com
os trabalhadores autorizados;
c) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública
ou privada, quando necessário;
d) operar os movimentadores de pessoas;
e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de
alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou
quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro
Vigia.

33.3.4.8 O Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o dever
principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados;
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
33.3.5 – Capacitação para trabalhos em espaços confinados

33.3.5.1 É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a prévia


capacitação do trabalhador.
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
33.3.5.2 O empregador deve desenvolver e implantar programas de capacitação sempre
que ocorrer qualquer das seguintes situações:

a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;

b) algum evento que indique a necessidade de novo treinamento;

c) quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos
procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não sejam
adequados.
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
33.3.5.2 O empregador deve desenvolver e implantar programas de capacitação sempre
que ocorrer qualquer das seguintes situações:

a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;

b) algum evento que indique a necessidade de novo treinamento;

c) quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos
procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não sejam
adequados.

33.3.5.3 Todos os trabalhadores autorizados, Vigias e Supervisores de Entrada devem


receber capacitação periódica a cada 12 meses, com carga horária mínima de 8 horas.
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
33.3.5.2 O empregador deve desenvolver e implantar programas de capacitação sempre
que ocorrer qualquer das seguintes situações:

a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;

b) algum evento que indique a necessidade de novo treinamento;

c) quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos
procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não sejam
adequados.

33.3.5.3 Todos os trabalhadores autorizados, Vigias e Supervisores de Entrada devem


receber capacitação periódica a cada 12 meses, com carga horária mínima de 8 horas.
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
33.3.5.4 A capacitação inicial dos trabalhadores autorizados e Vigias deve ter carga
horária mínima de dezesseis horas, ser realizada dentro do horário de trabalho, com
conteúdo programático de:

a) definições;

b) reconhecimento, avaliação e controle de riscos;

c) funcionamento de equipamentos utilizados;

d) procedimentos e utilização da Permissão de Entrada e Trabalho;

e) noções de resgate e primeiros socorros.


AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
33.3.5.5 A capacitação dos Supervisores de Entrada deve ser realizada dentro do horário
de trabalho, com conteúdo programático estabelecido no subitem 33.3.5.4 (item
anterior), acrescido de:

a) identificação dos espaços confinados;

b) critérios de indicação e uso de equipamentos para controle de riscos;

c) conhecimentos sobre práticas seguras em espaços confinados;

d) legislação de segurança e saúde no trabalho;

e) programa de proteção respiratória;

f) área classificada;

g) operações de salvamento.
AMBIENTES ESPECIAIS
ESPAÇOS CONFINADOS:
33.3.5.6 Todos os Supervisores de Entrada devem receber capacitação específica, com
carga horária mínima de quarenta horas para a capacitação inicial;

33.3.5.7 Os instrutores designados pelo responsável técnico, devem possuir comprovada


proficiência no assunto.

33.5.1 O empregador deve garantir que os trabalhadores possam interromper suas


atividades e abandonar o local de trabalho, sempre que suspeitarem da existência de
risco grave e iminente para sua segurança e saúde ou a de terceiros.

33.5.2 São solidariamente responsáveis pelo cumprimento desta NR os contratantes e


contratados.

33.5.3 É vedada a entrada e a realização de qualquer trabalho em espaços confinados


sem a emissão da Permissão de Entrada e Trabalho.
AMBIENTES ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

Definição: segundo a ABNT NBR 60079-Equipamentos Elétricos para Atmosferas


Explosivas: Parte 10 – Classificação de Áreas, é a área na qual está presente uma
atmosfera explosiva de gás, ou ainda é esperada estar presente, em quantidades tais que
requeiram precauções especiais para a construção, instalação e uso de equipamentos.
AMBIENTES ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

Atmosfera explosiva de gás: mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de substâncias
inflamáveis na forma de gás ou vapor, na qual após ignição, inicia-se uma combustão
auto-sustentada através da mistura remanescente;

Outra definição: Uma atmosfera é explosiva, quando substâncias inflamáveis de gás,


vapor, névoa ou poeiras combustíveis são liberadas na atmosfera e misturadas com o
oxigênio do ar, numa proporção tal que poderá entrar em combustão através de uma
fonte de ignição;

Atmosfera potencialmente explosiva: é uma atmosfera que pode se converter em


explosiva devido as circunstâncias locais e de funcionamento do sistema.

área não classificada: área na qual não é esperado ocorrer a presença de uma atmosfera
explosiva de gás, em quantidades tais que requeiram precauções especiais para a
construção, instalação e uso de equipamentos;
AMBIENTES ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

A ABNT NBR 60079-10 é aplicável onde há risco de ignição devido à presença de gás ou
vapor inflamável misturado com o ar, sob condições atmosféricas normais (ver nota),
porém ela NÃO é aplicável a:

a) minas sujeitas a presença de gases inflamáveis;


b) processamento e manufatura de explosivos;
c) áreas onde possa ocorrer a presença de poeiras e fibras combustíveis;
d) falhas catastróficas, que estejam fora do conceito de anormalidade considerado na
Norma;
e) ambientes utilizados para fins médicos;
f) locais onde a presença de névoa inflamável pode dar lugar a um risco imprevisível e que
requeiram consideração especial;
g) premissas domésticas.

NOTA: Condições atmosféricas normais incluem variações acima e abaixo dos níveis de
referência de 101,3 kPa (1 013 mbar) e 20°C (293 K), desde que as variações tenham um
efeito desprezível nas propriedades dos materiais inflamáveis.
AMBIENTES ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

ALGUNS CONCEITOS

Combustão ou queima: é uma reação química exotérmica entre


uma substância (o combustível) e um gás (o comburente), geralmente o oxigênio, para
liberar calor e luz.

Triângulo do fogo: é a representação dos três elementos necessários para iniciar


uma combustão. Esses elementos são o combustível que fornece energia para a queima,
o comburente que é a substância que reage quimicamente com o combustível, e
o calor que é necessário para iniciar a reação entre combustível e comburente. Para que
se processe esta reação, obrigatoriamente dois agentes químicos devem estar
presentes: Combustível e Comburente.

Combustível: é tudo que é suscetível de entrar em combustão (madeira, papel, pano,


estopa, tinta, alguns metais, etc.)
Comburente: é todo elemento que, associando-se quimicamente ao combustível, é capaz
de fazê-lo entrar em combustão (o oxigénio é o principal comburente) .
AMBIENTES ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

Representação do “Triângulo do fogo”, com os três elementos necessários para a reação química de
Combustão
AMBIENTES ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

Ponto de fulgor ou flash point: é a menor temperatura que um produto inflamável


(líquido), libera vapor em quantidade suficiente para formar uma mistura explosiva.

Temperatura de ignição ou de auto-inflamação: é a menor temperatura, a partir da qual


uma atmosfera explosiva se inflama.

Limite de inflamabilidade: é a relação volumétrica entre a substância inflamável e o


oxigênio, capaz de formar uma mistura explosiva.

Limite inferior de inflamabilidade – LII: é a concentração mínima, acima da qual a mistura


explosiva pode inflamar.

Limite superior de inflamabilidade – LSI: é a concentração máxima, abaixo da qual a


mistura explosiva pode inflamar.
AMBIENTES ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

Limites de inflamabilidade superior e inferior, e faixa de risco para o Butanol (C4H10O), ou Álcool
Butílico, utilizado como solvente e combustível.
AMBIENTES ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

Ponto de fulgor e temperatura de ignição para algumas substâncias.


AMBIENTES ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

Líquidos Inflamáveis, Gases Inflamáveis e Líquidos Combustíveis segundo a NR-20 -


SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS

20.3.1 Líquidos inflamáveis: são líquidos que possuem ponto de fulgor ≤ 60° C;

20.3.2 Gases inflamáveis: gases que inflamam com o ar a 20° C e a uma pressão padrão
de 101,3 kPa;

20.3.3 Líquidos combustíveis: são líquidos com ponto de fulgor > 60 °C e . 93 °C;
AMBIENTES ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

 Princípios de segurança: Instalações onde os materiais inflamáveis são manuseados ou


armazenados devem ser projetadas, operadas e mantidas de modo que qualquer
liberação de material inflamável e, consequentemente, a extensão da área classificada
seja a menor possível, seja em operação normal ou, por outro lado, com relação à
frequência, duração e quantidade;

 Os seguintes passos devem ser seguidos em uma situação em que possa haver uma
atmosfera explosiva de gás:

a) eliminar a probabilidade de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás ao redor da


fonte de ignição, ou

b) eliminar a fonte de ignição.


AMBIENTES
 ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

 A classificação de áreas é um método de análise e classificação do ambiente onde


possa ocorrer uma atmosfera explosiva de gás, de modo a facilitar a seleção adequada
e instalação de equipamentos a serem usados com segurança em tais ambientes,
levando em conta os grupos de gás, assim como as respectivas classes de temperatura;

 A classificação de áreas deve ser elaborada por aqueles que tenham conhecimento
sobre as propriedades dos materiais inflamáveis, o processo e os equipamentos, com
participação, onde apropriado, dos profissionais de segurança, eletricidade, mecânica,
manutenção e outros da área de engenharia;
AMBIENTES
 ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

No Brasil e Europa, a classificação de áreas sujeitas a Atmosferas Explosivas é realizada


considerando os três aspectos abaixo:

 ZONAS: Usadas para definir a probabilidade da presença de materiais inflamáveis;

 TIPOS DE PROTEÇÃO: Defini o nível de segurança para um dispositivo e;

 GRUPOS: Caracterizam a natureza inflamável do material.


AMBIENTES
 ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

ZONAS: As zonas em Atmosferas Explosivas são classificadas em Zona 0, Zona 1 e Zona 2;


AMBIENTES
 ESPECIAIS
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

TIPOS DE PROTEÇÃO/NÍVEIS DE SEGURANÇA: Os níveis de segurança para equipamentos


elétricos em Atmosferas Explosivas estão relacionados a tecnologia construtiva dos
equipamentos, e seus métodos de impedir ou minimizar a formação de uma Atmosfera
Potencialmente Explosiva. Estes níveis de segurança estão descritos abaixo:
AMBIENTES
 ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

Os equipamentos para uso em Atmosferas Explosivas, também conhecidos como


equipamentos “Ex”, devem ser fabricados e testados de acordo com normas técnicas
nacionais e internacionais, e os testes realizados em laboratórios especializados
previamente cadastrados no INMETRO, conforme estabelece a Portaria 179/2010. Os
mesmos devem isolar e impedir que a atmosfera explosiva entre em contato com as
partes que possam gerar uma ignição.
AMBIENTES
 ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

Os equipamentos para uso em Atmosferas Explosivas, também conhecidos como


equipamentos “Ex”, devem ser fabricados e testados de acordo com normas técnicas
nacionais e internacionais, e os testes realizados em laboratórios especializados
previamente cadastrados no INMETRO, conforme estabelece compulsoriamente a Portaria
179/2010. Os mesmos devem isolar e impedir que a atmosfera explosiva entre em
contato com as partes que possam gerar uma ignição.
AMBIENTES
 ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

Assim, os equipamentos “Ex” são construídos para atuar de três formas:

 Confinam as fontes de ignição;

 Segregam as fontes de ignição;

 Reduzem os níveis de energia necessários para uma explosão;


AMBIENTES
 ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

Princípios de atuação dos equipamentos “Ex” conforme o nível de segurança


AMBIENTES
 ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

GRUPOS: Os equipamentos elétricos foram divididos em dois grandes grupos:

 Grupo I : Equipamentos que operam em minas subterrâneas ;

 Grupo II : Equipamentos que operam em ambientes industriais de superfície. Que


por sua vez, são divididos ainda em IIA, IIB e IIC;
AMBIENTES
 ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
AMBIENTES
 ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

EXEMPLOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS


AMBIENTES
 ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

EXEMPLOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS


AMBIENTES
 ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

EXEMPLOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS


AMBIENTES
 ESPECIAIS
ÁREAS CLASSIFICADAS:

EXEMPLOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS


AMBIENTES
 ESPECIAIS
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS EM ÁREAS CLASSIFICADAS
AMBIENTES
 ESPECIAIS
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS EM ÁREAS CLASSIFICADAS
AMBIENTES
 ESPECIAIS
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS EM ÁREAS CLASSIFICADAS

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