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usica Gospel É de praxe vermos equipes musicais enfrentando uma série de problemas com seus integrantes. Problema s causados por mau comportamento (mau testemunho), pecado, mágoa, inveja, fofocas, contendas, falta de dedicação, falta de compromisso, e outros, obri gam líderes e pastores a se questionarem no fato d e como podem ou devem exortar e disciplinar os lev itas de suas comunidades. Muitos têm tentado, com sucesso, realizar este árduo trabalho, outros tent am, sem sucesso, mas com sincero esforço, buscar a melhor maneira de aconselhar um músico.
Infelizmente, ainda vemos igrejas tratando os prob
lemas do ministério de música de forma errada (às vezes são excessivamente liberais, às vezes excess ivamente rígidos), trazendo conseqüências desastro sas às pessoas envolvidas. Histórias envolvendo lí deres e liderados descontentes uns com os outros n ão são difíceis de se encontrar. O primeiro tópico que quero tratar (a seguir) é o problema da disci plina rígida e a liberal, antes de tratar de bons conselhos concernentes à exortação e aconselhament o. Bem, vamos adiante!
A disciplina rígida
Alguns grupos cometem o erro de disciplinar (julga
r ou exortar) os seus membros de forma tão rígida que esta atitude acaba, em alguns casos, se tornan do uma grande injustiça. Por exemplo, eu conheço u ma igreja que não permitiu que alguns de seus músi cos trabalhassem no culto por eles estarem estudan do a noite, o que os fazia estar disponíveis para ensaios apenas nos finais de semanas. Sei que algu ns destes músicos eram bastante dedicados, tinham o coração voltado a Deus e acima de tudo, eram pre parados musicalmente e espiritualmente para desemp enhar a tarefa.
Como outro exemplo, cito o caso de um guitarrista
que no início de sua vida cristã há alguns anos at rás, acabou partindo para a agressão física com ou tra pessoa, por um motivo qualquer. Um presbítero (hoje desviado), ao ver esta cena disse aos brados : Você nunca mais pisará o pé num púlpito para toc ar guitarra! Felizmente este guitarrista é hoje um a bênção na casa de Deus, e aquela maldição profer ida não surtiu efeito, glória a Deus! É triste ver que alguns líderes e pastores têm tratado os seus músicos como se eles fossem inimigos da igreja, e sperando ansiosamente para castiga-los, humilha-lo s, para dizer que são preguiçosos, que não possuem musicalidade, etc. Muitos ainda os comparam com o s músicos de outras igrejas, rebaixando os seus e exaltando os outros. Depois reclamam que Deus não envia músicos para a sua comunidade. A verdade é q ue o líder deve saber agir com amor, paciência e c om alguma rigidez, dependendo do caso, mas sempre sabendo controlar os seus sentimentos. Sabemos que os músicos são pessoas difíceis de lidar, e às ve zes leva tempo para que eles tenham uma visão madu ra. Com certeza, a falta de flexibilidade pode tra zer várias conseqüências desagradáveis ao grupo de louvor.
A disciplina liberal
Um outro erro que observamos é o dos líderes que n
ão dão a mínima para o grupo de louvor que Deus pô s em suas mãos. A cegueira faz com que os dirigent es deixem os músicos fazerem a maior algazarra no grupo, onde qualquer um faz o que quer, e o que be m entende. Ás vezes, é engraçado, e de certo modo triste, vermos músicos tendo mais autoridade que s eus líderes, mandando e desmandando aonde querem. Certamente a bagunça não é algo que Deus tem praze r em ver dentro de sua casa. É necessário também t ocar no assunto da santidade. É com pesar no coraç ão que vemos igrejas permitindo que seus músicos v ivam e continuem a viver no pecado. Amiúde encontr amos instrumentistas e cantores cristãos vivendo e m adultério, em vícios, envolvidos em contendas, f ofocas, etc. Ou músicos que não se dedicam, que nã o têm compromisso com Deus, etc. Nos espantamos ao ver algumas pessoas se defenderem dizendo: Todos são pecadores! É verdade que todos somos pecadores , mas devemos buscar a santidade dia após dia, fug indo do pecado. De outra forma, não seremos sal da terra, luz para o mundo, e não também não poderem os ministrar na casa de Deus!
Como disciplinar
O primeiro ponto a se olhar no que se concerne à d
isciplina, é cuidar para não ser liberal ou rígido demais. Sabemos que sem santidade, uma pessoa não deve nem subir no púlpito para servir. Concluímos então, que quando um músico comete um pecado em p úblico, ele deve ficar no banco até se concertar c om Deus e com os membros do grupo. Nós, do Ministé rio Vida Nova e vários outros grupos de louvor, ad quirimos esta regra: Quem está em pecado perante a igreja nunca é chamado para trabalhar. O tempo de disciplina varia de caso para caso, e isto é o lí der do ministério de música quem decide.
Antes de aconselhar, exortar ou disciplinar, o líd
er deve ter uma conversa séria e sincera com o mús ico. Costumo pensar que muitos dos problemas exist entes nos grupos de louvor de hoje, poderão ser re solvidos na conversa, sem exigir medidas drásticas . Um exemplo que se encaixa perfeitamente nisto é o caso do músico que já tem seu sustento próprio ( vida profissional), mas não está devolvendo o seu dízimo ao Senhor. Neste caso, uma boa conversa dev e bastar. Infelizmente, em alguns casos de erro, u ma boa conversa resolve o problema, mas não resolv e as conseqüências, pois as mesmas só se apagarão com o tempo. Cito como exemplo o caso de dois músi cos que se agridem fisicamente, em público. Como s abemos, eles poderão se perdoar no mesmo dia, mas como a briga foi em público, levará um certo tempo até “baixar a poeira”. Neste caso, algum tempo de disciplina não fará mal a estes dois músicos. Ao se exortar, vários fatores devem ser levados em co nta. Se um músico estiver envolvido numa fofoca ou contenda, a primeira coisa a fazer é ouvir este l evita, ouvir as pessoas envolvidas, constatar se n ão há segundas intenções no coração de quem profer iu as fofocas, etc. Assim estaremos cortando o mal pela raiz, sabendo realmente de quem foi erro e q ual o tipo de aconselhamento que deve ser dado.
Outra questão a ser tratada é a da preguiça espiri
tual ou musical. Quase todas as igrejas enfrentam o problema do instrumentista ou cantor que não se dedica à obra em que foi chamado, ou não é comprom issado com Deus e o grupo. Nestes casos, os lídere s devem ter paciência para ensiná-lo e deixar clar o que dali para frente haverá uma maior cobrança n o que se refere à dedicação e esforço pessoais.
Conclusão
Amados, sei que cada caso é diferente do outro. Si
tuações e pessoas diferentes são envolvidas em cad a um deles, mas é bom ter cuidado para não haver r igidez ou liberdade em excesso. Por fim, digo que a atitude mais importante e óbvia a se fazer, é pe dir direção de Deus para cada situação. Creio que Deus revolverá cada problema e colocará no coração do líder as palavras certas para a exortação, o a conselhamento ou à disciplina de um músico! Lembre -se sempre: Deus é quem está no controle!