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Caderno de Aula

CÁLCULO III

Fernando de Melo Lopes


UNIUBE

2011
Aula 1

Conteúdo Programático
1. FUNÇÕES DE DUAS OU MAIS VARIÁVEIS
1.1. Notação e terminologia
1.2. Gráficos de funções de duas variáveis
1.3. Domínio de funções de duas variáveis
1.4. Curvas de nível
2. LIMITES DE FUNÇÕES COM DUAS VARIÁVEIS
3. DERIVADAS PARCIAIS
3.1. Derivadas parciais de funções de duas variáveis
3.2. Notação de derivadas parcial
3.3. Derivadas parciais vistas como taxas de variação e inclinações
3.4. Derivadas parciais de ordens superiores
3.5. Derivadas parciais de funções com mais de duas variáveis
4. DERIVADAS DIRECIONAIS E GRADIENTE DE FUNÇÕES DE DUAS
VARIÁVEIS
4.1. Derivadas direcionais – definição e cálculo
4.2. Forma vetorial – o gradiente
4.3. Propriedades do gradiente
4.4. Aplicações
5. MÁXIMOS E MÍNIMOS DE FUNÇÕES DE DUAS VARIÁVEIS
5.1. Extremos
5.2. O teorema do valor extremo
5.3. Determinando o extremo relativo
5.4. Teste da derivada segunda
5.5. Determinando extremos absolutos em conjuntos fechados e limitados
6. MULTIPLICADORES DE LAGRANGE
6.1. Problemas de extremos com restrições
6.2. Multiplicadores de Lagrange
6.3. Três variáveis e uma restrição
7. INTEGRAL MÚLTIPLA
7.1. Volumes como integrais iteradas;
7.2. Integrais duplas e integrais iteradas;
7.3. Aplicações físicas das integrais duplas;
7.4. Integrais duplas em coordenadas polares;
7.5. Integrais triplas;
8. APLICAÇÕES NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE ENGENHARIA
8.1. Funções de duas ou mais variáveis
8.2. Derivadas parciais
8.3. Derivadas direcionais e gradientes de funções de duas variáveis
8.4. Máximos e mínimos de funções de duas variáveis
8.5. Multiplicadores de Lagrange
8.6. Integral múltipla
Bibliografia
Os livros abaixo citados serão usados em nosso curso e deverão ser consultados
sempre que necessário. Neles você encontrará exercícios complementares e um
conteúdo mais detalhado.
ANTON, H., “Cálculo, Volume II”, 8ª edição, volume 2, Bookman, 2007.
THOMAS, G., B., “Cálculo”, 10ª edição, volume 2, Addison Wesley by Pearson
Education do Brasil, 2003
STEWART, JEMES, “Cálculo”, 5ª edição, volume 2, Pioneira Thomson Learning,
2006

Avaliações

Avaliação cumulativa: 100 pontos


Primeiro momento de avaliação: 50 pontos
Prova 01: 17 pontos
Lista de exercícios 01: 4 pontos
Prova 02: 18 pontos
Lista de exercícios 02: 4 pontos
Oficinas Integradas: 7 pontos

Segundo momento de avaliação: 50 pontos


Prova 03: 17 pontos
Lista de exercícios 03: 4 pontos
Prova 04: 17 pontos
Lista de exercícios 04: 4 pontos
Oficinas Integradas: 8 pontos

O aluno deve atingir 70 pontos para passar.

Como medida de recuperação de nota a prova de segunda chamada poderá


ser feita por aqueles alunos que não atingiram 70 pontos para substituição de umas
das avaliações feitas durante o semestre.
Caso o aluno não atinja 70 pontos necessários para passar será aplicada uma
avaliação suplementar que será feita na última semana de férias do aluno. Esta
prova conterá toda a matéria do semestre com questões fechadas, sem consulta,
no valor de 100 pontos. Lembramos que esta prova não será aplicada pelo professor
da matéria em questão e a correção será feita de forma automatizada. Neste
momento a média necessária para aprovação será 6 e seguirá a seguinte fórmula:

3
ac – Avaliação cumulativa
as – Avaliação suplementar
Para aqueles alunos que não fazem oficinas, a nota será calculada através de
uma média simples conforme estipulado pela Universidade, sendo:

Caso o aluno perca alguma avaliação semestral este terá o prazo máximo de
02 (dois) dias úteis, após a avaliação, para protocolar pedido no setor de
Multiatendimento. O requerimento deve conter a data da prova, nome da disciplina,
motivo da falta e anexo documento comprobatório que justifique sua ausência no
momento da aplicação da avaliação. A prova de segunda chamada só e somente só
será aplicada caso o seu pedido seja deferido, ao final do semestre, contendo a
toda a matéria do semestre.

4
Sumário
Conteúdo Programático .......................................................................................................... 2

Bibliografia ............................................................................................................................... 3

Avaliações ................................................................................................................................. 3

Exercícios de revisão de derivadas e integrais ................................................................ 8

Funções de Duas ou Mais Variáveis ..................................................................................... 9

Notação e terminologia ...................................................................................................... 9

Domínio .................................................................................................................................. 9

Exercícios ........................................................................................................................... 13

Gráficos de funções de duas variáveis ......................................................................... 14

Gráfico de superfície ................................................................................................... 14

Gráfico de curva de nível ............................................................................................. 15

Exercícios ........................................................................................................................... 19

Limites e Continuidade ......................................................................................................... 21

Limite de uma função de duas variáveis ....................................................................... 21

Propriedades dos limites ................................................................................................. 21

Exercícios ........................................................................................................................... 22

Derivadas Parciais ................................................................................................................. 24

Derivadas parciais de uma função de duas variáveis ................................................. 24

Notação de derivada parcial ........................................................................................... 26

Cálculo de derivadas parciais .......................................................................................... 27

Derivada parcial vistas como taxa de variação ........................................................... 28

Exercícios ........................................................................................................................... 29

Derivadas parciais de funções com mais de duas variáveis ...................................... 31

Derivadas parciais de ordens superiores ..................................................................... 31

Igualdade de mistas ......................................................................................................... 33

Exercícios ........................................................................................................................... 34

Derivadas direcionais e gradientes de funções com duas variáveis ........................... 35

Derivadas direcionais ....................................................................................................... 35

Cálculo de derivadas direcionais .................................................................................... 37

Gradiente ............................................................................................................................ 41

Propriedades do gradiente .......................................................................................... 43


5
Os gradientes são normais à curva de nível ............................................................. 45

Exercícios: .......................................................................................................................... 46

Máximos e Mínimos de funções de duas variáveis .......................................................... 48

Extremos............................................................................................................................. 48

Conjuntos limitados ........................................................................................................... 49

Teorema do valor extremo .............................................................................................. 50

Encontrando extremos relativos .................................................................................... 50

Teste da derivada segunda ............................................................................................. 51

Exercícios: .......................................................................................................................... 52

Encontrando extremos absolutos em conjuntos fechados e limitados .................. 53

Exercícios: .......................................................................................................................... 56

Multiplicadores de Lagrange ............................................................................................... 58

Introdução .......................................................................................................................... 58

Método dos Multiplicadores de Lagrange .................................................................... 58

Duas restrições ................................................................................................................. 63

Exercícios: .......................................................................................................................... 63

Integrais Múltiplas ............................................................................................................... 64

Volume ................................................................................................................................. 64

Definição ......................................................................................................................... 66

Propriedades das Integrais Duplas ............................................................................... 67

Integrais Iteradas ............................................................................................................ 67

Teorema de Fubini para o Cálculo de Integrais Duplas ......................................... 67

Teorema .......................................................................................................................... 68

Exercícios: .......................................................................................................................... 68

Integrais Duplas Sobre Regiões Não Retangulares ................................................... 69

Teorema .......................................................................................................................... 69

Procedimentos para encontrar limites de integração ............................................ 71

Exercícios: .......................................................................................................................... 72

Integrais duplas em coordenadas polares .................................................................... 74

Regiões polares .............................................................................................................. 74

Cálculo de integrais duplas polares ............................................................................ 74

6
Teorema: ......................................................................................................................... 75

Exercícios: .......................................................................................................................... 77

Anexo 1 .................................................................................................................................... 79

Tabelada de derivadas e integrais ................................................................................. 79

Anexo 2 ................................................................................................................................... 81

Trabalho 1 ........................................................................................................................... 81

Trabalho 2 .......................................................................................................................... 83

Trabalho 3 .......................................................................................................................... 85

Trabalho 4 .......................................................................................................................... 88

Anexo 3 ................................................................................................................................... 91

Respostas da página 8 ...................................................................................................... 91

Respostas da página 13 .................................................................................................... 91

Respostas da página 19 .................................................................................................... 92

Respostas da página 22 .................................................................................................... 97

Respostas da página 29 .................................................................................................... 97

Respostas da página 34 .................................................................................................... 98

Respostas da página 46 .................................................................................................... 99

Respostas da página 52 .................................................................................................. 100

Respostas da página 56 ...................................................................................................101

Respostas da página 63 .................................................................................................. 102

Respostas da página 68 .................................................................................................. 102

Respostas da página 72 .................................................................................................. 102

Respostas da página 77 .................................................................................................. 102

Respostas do trabalho 01 .............................................................................................. 102

Respostas do trabalho 02 .............................................................................................. 105

Respostas do trabalho 03 .............................................................................................. 106

Respostas do trabalho 04 .............................................................................................. 108

7
Aula 1

Exercícios de revisão de derivadas e integrais


1) Dada as funções, calcule a derivada:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
j)

2) Dada as funções, calcule a integral definida:


a)
b)

c)
d)
e)
f)

g)
h)

Aula 2
Aula de resolução dos exercícios da página 8

Aula 3
Aula de correção dos exercícios da página 8

8
Aula 4

Funções de Duas ou Mais Variáveis

Notação e terminologia
Nos estudos de cálculo feitos até hoje, trabalhamos sempre com funções de
apenas uma variável real. Agora iremos rever tudo o que foi visto com funções com
mais de uma variável. Este tipo de função aparece com mais freqüência na ciência
que funções com uma única variável e seu cálculo é ainda mais extenso. Suas
derivadas são mais variadas e mais interessantes por causa das diferentes
maneiras como as variáveis podem interagir e suas integrais levam a uma variedade
maior de aplicações. Os estudos de probabilidade, estatística, dinâmica dos fluidos
e eletricidade, por exemplo, conduzem de uma maneira natural a funções de mais
de uma variável.
Há muitas fórmulas familiares que envolvem mais de uma variável, como por
exemplo, a área A de um triângulo depende do comprimento da base b e da altura h
pela fórmula , a temperatura T de um ponto na superfície da Terra depende
de sua latitude x e longitude y, representada por .

Definição

Uma função f de duas variáveis é uma regra que associa um único número
real a cada ponto de algum conjunto D no plano xy.

A terminologia e a notação para funções de duas ou mais variáveis são


análogas àquelas para funções de uma variável.

Domínio
O domínio D é o conjunto de todos os pares ordenados (x,y) possíveis para a
função que leva a resultados reais.
Assim como acontece com o domínio de funções com uma variável, o domínio
de funções com duas variáveis pode ser representado duas formas:
Matematicamente através de uma expressão matemática ou graficamente através
de um desenho.

9
Vamos agora lembrar o domínio de funções com uma variável:

Exemplo:
1) Determine o domínio da função abaixo e represente graficamente.

Lembre-se de que não existe uma resposta real de raiz de um número


negativo, portanto o valor de “x” não poderá ser negativo, o que significa que:

Desta forma, o domínio desta função será:

O que quer dizer que “x” pode assumir qualquer valor que seja maior ou igual
a zero.
Agora podemos fazer uma representação gráfica deste domínio através da
reta real.

Figura 1: Representação
do domínio de uma função
de uma variável

Da mesma forma podemos trabalhar com funções com duas variáveis com a
diferença que agora o conjunto domínio é formado por pares de pontos e a
representação gráfica é feita no plano real .

2) Determine o domínio da função abaixo e esboce o gráfico do domínio:

Para que tenhamos valores de reais, não é permitido que tenhamos no


denominador da função um valor igual a zero e nem um número negativo dentro da
raiz, portanto:

Assim o domínio pode ser escrito:

10
Para fazer a representação gráfica seguimos 2 passos:
Passo 1 – Desenhar o gráfico utilizando a condição de domínio substituindo o sinal
existente por igual.
Passo 2 – Analisar a região do gráfico que representará o conjunto domínio.

Se a condição é , vamos trocar o sinal de por e desenhar o


gráfico:

Figura 2: Desenho do domínio


antes da análise

Agora vamos analisar o gráfico e hachurar todos os pontos que pertencem


ao conjunto domínio. Para fazer a análise vamos seguir uma regrinha prática:
Vamos analisar o sinal da condição. Se for maior devemos hachurar tudo que
está acima da linha do gráfico, se for igual vamos hachurar tudo que está sobre a
linha do gráfico e se for menor devemos hachurar tudo que está abaixo da linha do
gráfico.
Assim, como o sinal é ( ), devemos hachurar tudo que está acima e
sobre a linha do gráfico e teremos:

Figura 3: Representação do
domínio da função

Concluímos que todos os pontos que estão na região hachurada pertencem ao


domínio da função.

11
OBS.: Estamos trabalhando com a representação gráfica do domínio, portanto este
não é o gráfico da função e sim o gráfico do domínio da função.

3) Determine o domínio da função abaixo e esboce o gráfico do domínio:

Neste caso a função é composta por dois termos e teremos problema de


domínio nos dois termos. Devemos analisar separadamente cada termo sendo o
conjunto domínio composto por todos os pontos que satisfazem as duas
condições simultaneamente.
Tudo que está dentro da raiz não pode ser negativo, portanto:

Não podemos ter zero no denominador da função, portanto:

O domínio será:

Agora vamos desenhar o gráfico:


Desenhando as duas condições considerando e , teremos:

x
0
1

2

2 0 2
x
Figura 4: Desenho do domínio
antes da análise

Fazendo a análise, teremos:

12
Figura 5: Representação do
domínio da função

4) Determine o domínio da função abaixo e esboce o gráfico do domínio:

Neste exemplo novamente teremos duas condições a satisfazer:

Nestas condições o domínio será:

E a representação gráfica será:

Figura 6: Representação do
domínio da função

Aula 5
Exercícios
1) Dada as funções, encontre o domínio e represente graficamente:
a)

13
b)

c)

d)

e)

Aula 6
Aula de resolução dos exercícios da página 13

Aula 7
Gráficos de funções de duas variáveis
Existem duas maneiras principais de se representar uma função de duas
variáveis em um plano cartesiano. A primeira e representar através de
uma superfície, sendo esta muito difícil de desenhar sem a ajuda de um
computador; a outra é o gráfico de curva de nível, sendo que em alguns casos é
possível fazer o desenho à mão.

Gráfico de superfície
Sendo , a superfície é criada obtendo-se uma malha de pontos
contendo todos os valores (x,y) do domínio da função juntamente com os
correspondentes valores de z.

Exemplo:

Figura 7: Exemplos de superfícies

14
Gráfico de curva de nível

O gráfico de curva de nível cria um fatiamento da superfície, fixando


certos valores de z juntamente com todos os valores (x,y) que levam a este
determinado valor de z.

Figura 8: Fatiamento da superfície para a formação do gráfico de curvas de nível

Estamos todos familiarizados com mapas topográficos nos quais uma


paisagem tridimensional, tal como a extensão de uma montanha está representado
por linhas de contorno bidimensionais ou curvas de elevação constante. Ao longo
das linhas, a função assume um mesmo valor constante para a altura.
Se a superfície for cortada pelo plano horizontal , então
todos os pontos da interseção têm . A projeção desta interseção sobre o
plano xy é denominada de curva de nível de altura k ou curva de nível com
constante k. Um conjunto de curvas de nível para é chamado de um
esboço de contornos ou mapa de contornos de .

Exemplo:

Superfície Mapa de contorno

15
Mapa de contorno
Superfície

Superfície Mapa de contorno

Figura 9: Exemplos de superfícies e seus respectivos mapas de contornos

Para desenhar o gráfico de curvas de nível de uma função de duas variáveis


é preciso fixar valores de z e encontrar todos os valores de x e y que levam a este
resultado.

Exemplo:
1) Encontre o mapa de contornos para os níveis , e para a função:

Primeiro temos que encontrar a equação de curva de nível para cada nível
desejado. Para isso, basta igualar a função ao valor do nível desejado. Desta forma
teremos:

Para Para Para

Estas são as equações de curva de nível para os três níveis. Observe que
agora teremos uma função de apenas uma variável independente, o que facilita o
desenho que será feito em duas dimensões. Portanto vamos desenhar o gráfico das

16
três funções em um único sistema cartesiano. Observe que estas são equações de
circunferência, o que facilita o desenho do gráfico. Desta forma, teremos:

Figura 10: Mapa de contornos

2) Encontre o mapa de contornos para valores de z iguais a , e


considerando a função .

Vamos encontrar as equações de curva de nível de cada nível igualando a função


ao respectivo z:

Para Para Para

Feito isso basta desenhar as três equações em um sistema de coordenadas.


Estas são equações cujo desenho será uma elipse, desta forma:
Para

Para desenhar a elipse basta descobrir onde ela corta o eixo x e y. Para isso
fazemos e como segue:

Agora basta desenhar uma elipse que passa por estes valores em x e y:

Figura 11: Curva de nível para z = 1

17
Desenhando as outras equações todas juntas, teremos:

Figura 12: Mapa de contornos de

3) Desenhe o mapa de contornos para os níveis , e sendo a função


.

Fazendo a função igual ao respectivo nível z, teremos:

Para Para Para

Desenhando todas as funções em um mesmo gráfico teremos:

Figura 13: Mapa de contornos de

18
Aula 8
Exercícios

1) Represente no plano xy as curvas de nível z = 0, z = 1 e z = 4 das funções


indicadas:
a)
b)

2) Represente no plano xy as curvas de nível z = -1, z = 1 e z = 3 das funções:


a)
b)
c)

3) Represente no plano xy as curvas de nível z = 0, z = 9 e z = -9 das funções:


a)
b)
c)

4) A temperatura no ponto de uma chapa é dada por .


Determine a equação da isoterma que passa pelo ponto (1,3) e a represente no
plano xy.

5) A temperatura do ponto (x,y) de uma chapa de aço é dada por


.

a) Determine o domínio de T(x,y) e a temperatura do ponto (2,4).


b) Determine a equação da isoterma que contém o ponto (3,4) e a represente
no plano xy.

6) O potencial elétrico de uma região do plano xy é dado por .


a) Qual o lugar geométrico cujo potencial é 30 V?
b) Determine a curva equipotencial que passa pelo ponto (1,1).

7) O potencial elétrico do ponto (x,y) é dado por (V em volts).

Determine e represente no plano xy as curvas equipotenciais para 2V e 4V.

8) Associe cada curva de nível a sua respectiva superfície:

19
1 a

2 b

3 c

4 d

5 e

20
6 f

Aula 9
Aula de resolução dos exercícios da página 19

Aula 10

Limites e Continuidade
A definição do limite de uma função de duas ou três variáveis é similar à
definição do limite de uma função de uma variável. Para resolvê-los procedemos da
mesma forma já estudada anteriormente, com a diferença que agora temos mais
variáveis envolvidas.

Limite de uma função de duas variáveis


Se os valores de uma função real estão próximos de um número real
L para todos os pontos suficientemente próximos do ponto , mas não
iguais a , dizemos que L é o limite de f quando se aproxima de .

Dizemos: O limite de f quando tende a é igual e L. Isso é


parecido com o limite de uma função com uma variável, com a diferença de que há
duas variáveis independentes envolvidas, em vez de uma, o que complica a questão
de proximidade. Se é um ponto interior do domínio de , pode se
aproximas de a partir de qualquer direção, enquanto no caso de uma
variável só se aproxima de ao longo do eixo x.

Propriedades dos limites


Sendo L,M e k números reais e

21
1. Regra da soma:
2. Regra da diferença:
3. Regra do produto:
4. Regra da multiplicação por constante:
5. Regra do quociente:

6. Regra da potência: Se m e n forem inteiros, então

Exemplo
1)

2)

3)

Aula 11
Exercícios
1) Encontre os limites abaixo:
xy  x 2
a) lim x , y  2, 2
yx
4 x 2  12 xy  9 y 2
b) lim x , y 3, 2
2x  3 y
2 x 2  3xy  2 xy  3 y 2
c) lim x , y 1, 1
yx
x2
 xy  y 2
d) lim x , y  2, 1 4
x
y
2
4x2  y 2
e) lim x , y  2, 4
2x  y
8 x3  y 3
f) lim x , y 1, 2
2x  y
x 2 y  xy 2  x 2  xy
g) lim x , y  2, 2
x y

22
4( xy ) 2  4 xy 2  y 2
h) lim
2 xy  y
1
x , y   ,3
2

( xy ) 2  x 2 y 3
i) lim x , y 5, 1
x  xy

Aula 12
Aula de resolução dos exercícios da página 22

Aula 13
Aula de resolução do trabalho 01 em anexo.

Aula 14
Aula de resolução do trabalho 01 em anexo.

Aula 15
Revisão para prova.

Aula 16
Prova 01

Aula 17
Prova 01

23
Aula 18

Derivadas Parciais
Quando fixamos todas as variáveis independentes de uma função, exceto
uma, e derivamos em relação a essa variável, obtemos uma derivada parcial. Desta
forma podemos derivar funções com qualquer quantidade de variáveis

Derivadas parciais de uma função de duas variáveis


Quando derivamos a função em um ponto estamos encontrando a
inclinação da reta tangente a este ponto . Esta é a definição geométrica das
derivadas.

Figura 14: Definição geométrica


da derivada - Inclinação da reta
tangente

Da mesma forma, a representação geométrica da derivada direcional


também será uma inclinação de uma reta tangente a um determinado ponto. Porém
agora, por se tratar de uma superfície, temos a reta tangente em duas direções:
Em direção ao eixo x positivo ou em direção ao eixo y positivo.

Portanto, se derivamos a função em relação a no ponto


estamos encontrando a inclinação de uma reta tangente ao ponto na direção
do eixo positivo e se derivamos a função em relação a no ponto
estamos encontrando a inclinação de uma reta tangente ao ponto na
direção do eixo positivo.

Se for um ponto no domínio da função , o plano vertical


cortará a superfície na curva .

24
Figura 15: Superfície cortada pelo plano vertical

Essa curva é o gráfico da função no plano . A coordenada


horizontal nesse plano é x e a coordenada vertical é z.

Figura 16: Função com a


reta tangente ao ponto

A derivada da função é a inclinação da reta tangente ao ponto


sobre a curva .

Definição
A derivada parcial de em relação a x no ponto ( é

Desde que o limite exista

O símbolo (chamado Del), similar à letra graga minúscula usada na


definição do limite, é apenas outro tipo de d, que diferencia as derivadas parciais
de derivadas simples.
A definição de derivada parcial de em relação a y no ponto é
similar à definição da derivada parcial de em relação a x. Mantemos x fixo no
valor e tomamos a derivada de em relação a y em .

25
Figura 17: Superfície cortada pelo plano vertical e função com a reta tangente ao
ponto

O coeficiente angular da curva no ponto no plano vertical


é a derivada parcial de f em relação a y em .

Definição
A derivada parcial de em relação a y no ponto ( é

Desde que o limite exista

Notação de derivada parcial


A notação para uma derivada parcial depende do que queremos enfatizar:

ou

“Derivada parcial de f em relação a x em ” ou “ em ”. Conveniente


para enfatizar o ponto .

“Derivada parcial de z em relação a x em ”. Comum em ciências e engenharia


quando se lida com as variáveis e não se menciona uma função explicitamente.

“Derivada parcial de f (ou z) em relação a x”. Conveniente quando se considera a


derivada parcial como uma função.

26
A derivada parcial em relação a y é denotada da mesma maneira que a
derivada parcial em relação a x:

Cálculo de derivadas parciais


As definições de e fornecem duas maneiras de derivar
em um ponto: é a derivada de em relação a , tratando como uma
constante e é a derivada de em relação a , tratando como
constante.
Observe que a variável que é mostrada na notação sempre será a variável, o
restante das variáveis serão tratadas como constante.

Exemplo:
Encontre os valores de e no ponto (4,-5) se

Solução:
Para encontrar , tratamos como uma constante e derivamos em
relação a :

Para encontrar , tratamos como uma constante e derivamos em relação a :

Exemplo:

Encontre e se

27
Solução:

Tratando como uma constante e derivando em relação a , teremos:

Tratando como uma constante e derivando em relação a , teremos:

Aula 19
Derivada parcial vistas como taxa de variação
Como já sabemos, uma derivada pode ser entendida como uma taxa de
variação. Assim (derivada de em relação a ) é a taxa de variação de em
relação a .
De maneira análoga, as derivadas parciais podem ser entendidas como taxas
de variação. Sendo assim, é a taxa de variação de em relação a . Indica o
comportamento da variação da função quando está variando e é mantido
constante e é a taxa de variação de em relação a , ou seja, como está
variando quando alteramos mantendo cosntante.

Exemplo:
A sensação térmica em um dado local é função da temperatura T e da
velocidade do vento v e é dado pela fórmula:

No momento em que a temperatura é 25°F e a velocidade do vento é de 10


milhas/h, se a velocidade do vento aumentar em uma unidade, qual será o
comportamento da sensação térmica?

Solução:
Se quisermos saber como a sensação térmica está se alterando em função
da velocidade do vento, devemos calcular a derivada parcial de w em relação a v,
mantendo T fixo. Sendo assim, teremos:

Substituindo T = 25 e v = 10 teremos:

28
Concluímos que, se a temperatura (25°F) se mantiver constante e a
velocidade do vento se alterar a partir de uma velocidade inicial (10 milhas/h),
então a razão da variação do índice de sensação térmica pela variação da
velocidade do vento deveria ser de aproximadamente . O sinal

negativo significa que se o vento aumentar em uma unidade, o índice de sensação


térmica diminuirá, ou seja, é inversamente proporcional.

Exercícios
1) Seja .
a) Determine a inclinação da reta tangente ao ponto na direção do eixo .
b) Determine a inclinação da reta tangente ao ponto na direção do eixo .

2) Seja .
a) Determine a inclinação da reta que tangencia o ponto na superfície
na direção do eixo .
b) Determine a inclinação da reta que tangencia o ponto na superfície
na direção do eixo .

3) Seja .
a) Determine a taxa de variação de em relação a no momento em que temos
com fixado.
b) Determine a taxa de variação de em relação a no momento em que temos
com fixado.

4) Determine e .
a)
b)
c)
d)
e)

f)

5) Determine e .
a)
b)
c)

29
d)

6) Calcule as derivadas parciais indicadas.


a)
b)
c)
d)

7) O volume de um cilindro circular reto é dado pela fórmula onde r é o


raio e h é a altura.
a) Determine a fórmula para a taxa de variação instantânea de V em relação a
r se r variar e h permanecer constante.
b) Determine uma fórmula para taxa de variação instantânea de V em relação a
h se h variar e r permanecer constante.
c) Suponha que h tenha um valor constante de 5 cm, mas que r varie.
Determine a taxa de variação de V em relação a r com um r inicial de 2 cm.
d) Suponha que r tenha m valor constante de 6 cm, mas que h varie. Determine
a taxa de variação instantânea de V em relação a h no ponto onde h = 10 cm.

8) De acordo com a lei dos gases ideais, a pressão, a temperatura e o volume de


um gás estão relacionados por , onde k é uma constante de
proporcionalidade. Suponha que V seja medido em polegadas cúbicas (pol 3), T
seja medido em Kelvins (K), e que para um certo gás a constante de
proporcionalidade seja k = 10 pol.lb/K.
a) Determine a taxa de variação instantânea pressão em relação à
temperatura se a temperatura for 80 K e o volume permanecer constante
em 50 pol3.
b) Determine a taxa de variação da pressão em relação ao volume se o volume
for 50 pol3 e a temperatura permanecer constante em 80 K.

9) A temperatura em um ponto sobre uma placa de metal no plano xy é


°C. Suponha que a distância seja medida em centímetros
(cm). Determine a taxa na qual a temperatura varia com a distância se
iniciarmos no ponto (1,2) e movemos:
a) Para a direita e paralelamente ao eixo x.
b) Para cima e paralelamente ao eixo y.

30
Aula 20
Aula de resolução dos exercícios da página 22

Aula 21
Derivadas parciais de funções com mais de duas variáveis
Para uma função f(x,y,z) de três variáveis, há três derivadas parciais:

A derivada parcial é calculada mantendo y e z constantes e derivando em


relação a x. Para as variáveis x e z mantêm-se cosntantes, e para as variáveis
x e y são mantidas constantes. Se uma variável dependente de for
usada, então as três derivadas parciais de f podem ser denotadas por:

Exemplo:
Se , então:

Em geral, se for uma função de n variáveis, há n derivadas


parciais de , cada uma das quais foi obtida fixando variáveis e derivando a
função em relaçãoà variável não fixada. Estas derivadas parciais são denotadas:

Derivadas parciais de ordens superiores


Suponha que f seja uma função de duas variáveis x e y. Como as derivadas
parciais e também são funções de x e y, essas funções podem elas

31
mesmas ter derivadas parciais. Isso origina quatro possíveis derivadas de segunda
ordem de f, que são definidas por:

Derivando duas vezes em relação a x Derivando duas vezes em relação a y

Derivando primeiro em relação a x e, então, em relação Derivando primeiro em relação a y e, então, em relação
ay ax

Os dois últimos casos são denominados derivadas parciais de segunda ordem


mistas. Observe que as duas notações para parciais de segunda ordem mistas têm
convenção oposta quanto a ordem de diferenciação. Na notação , as derivadas são
feitas da direita para esquerda e, na notação subscrito, elas são tomadas da
esquerda para direita.
As derivadas parciais de terceira ordem, de quarta ordem e de ordens
superiores podem ser obtidas derivando sucessivamente.

Exemplo:
Determine as derivadas parciais de segunda ordem de .

Solução:
Temos

E assim teremos:

32
Igualdade de mistas
Poderíamos esperar que uma função tivesse quatro derivadas parciais
de segunda ordem distintas: . Contudo, observe que as derivadas
parciais de segunda ordem mistas do exemplo acima são iguais. O teorema a seguir,
explica o motivo dessa igualdade:

Teorema
Seja uma função de duas variáveis. Se e forem contínuas em algum intervalo
aberto, então neste intervalo

Este fato pode facilitar bastante em alguns casos, podendo ser usado em
nosso favor.

Exemplo:
Encontre a derivada de segunda ordem mista sendo

Solução:
Calculando , teríamos:

Como , podemos fazer

Chegando ao mesmo resultado, porem de maneira mais fácil e prática.

33
Aula 22
Exercícios
1) Confirme que as derivadas parciais de segunda ordem mistas de f são iguais
fazendo e .
a.
b.
c.
d.
e.
f.
g.
h.
2) Determine as derivadas parciais de segunda ordem:
a.
b.
c.
d.
e.

Aula 23
Aula de resolução dos exercícios da página 34

Aula 24
Aula de resolução do trabalho 02 em anexo.

Aula 25
Aula de resolução do trabalho 02 em anexo.

Aula 26
Revisão para prova.
34
Aula 27
Prova 02

Aula 28
Prova 02

Aula 29

Derivadas direcionais e gradientes de funções com duas


variáveis

Derivadas direcionais
Vimos que a derivada parcial de uma função calcula a taxa de variação
instantânea dessa função em relação a apenas uma variável, mantendo o restante
constante. As derivadas direcionais nos permitem calcular taxas de variação de
uma função em relação a todas as variáveis ao mesmo tempo, ou seja, podemos
saber o comportamento da função se variarmos todas as variáveis ao mesmo tempo.
Em outras palavras, com as derivadas parciais poderíamos encontrar a inclinação de
uma reta tangente ao ponto apenas nas direções paralelas aos eixos. Agora
poderemos calcular esta inclinação em qualquer direção.

Exemplo:
Imagine uma chapa de aço que é aquecida a partir de seu centro, sendo este
aquecimento dado pela equação sendo T em °C e x e y em
cm. Uma formiga está sobre esta chapa no ponto . Calcule:
a) Se a formiga decidir caminhar na direção positiva de , qual será a taxa de
variação da temperatura em relação à distância. A temperatura estará
aumentando ou diminuindo?
b) Se a formiga decidir caminhar na direção positiva de , qual será a taxa de
variação da temperatura em relação à distância. A temperatura estará
aumentando ou diminuindo?

35
c) Se a formiga decidir caminhar em uma direção dada pelo vetor ,
qual será a taxa de variação da temperatura em relação à distância. A
temperatura estará aumentando ou diminuindo?

Solução:
Para responder a e b, já sabemos que a derivada parcial de uma função em
relação a nos dá a taxa de variação da função na direção de e a taxa de
variação da função na direção de é dada pela derivada parcial da função em
relação a . Com isso:

a)

Figura 18: Variação da


temperatura em relação a x

ou seja, a temperatura irá diminuir a uma taxa de

b)

Figura 19: Variação da


temperatura em relação a y

ou seja, a temperatura irá diminuir a uma taxa de

Para responder a letra c, primeiro precisamos aprender como derivar a


função em uma direção que seja outra qualquer diferente das direções de e .A
este tipo de derivada damos o nome de derivada direcional.

36
Cálculo de derivadas direcionais
Suponha que queiramos calcular a taxa de variação instantânea de uma
função em relação à distância num certo ponto em alguma direção.
Como há uma infinidade de direções nas quais um ponto pode se mover no plano
, precisamos de algum método para descrever uma direção específica
começando em . Uma maneira de fazer isso é usar um vetor unitário

que tenha ponto inicial em e aponte na direção desejada.

Este vetor determina uma reta no plano que pode ser expressa
parametricamente como:

onde é o parâmetro comprimento de arco que tem seu ponto de referência em


e tem valores positivos na direção e sentido de . A variável
é uma função do parâmetro na reta . Então o
valor da derivada em dá a taxa de variação instantânea de em
relação à distância de na direção e sentido de u.

Definição
Se for uma função de x e y e se for um vetor unitário, então a
derivada direcional de f na direção e sentido de em é denotada por
e definida por:

Geometricamente, pode ser interpretada como a inclinação da


superfície na direção de no ponto . Em geral, o valor
de dependerá tanto do ponto quanto da direção e sentido do
vetor . Assim, num ponto fixado da superfície, a inclinação dessa superfície varia
com a direção e o sentido. Analiticamente, a derivada direcional representa a taxa

37
de variação instantânea de em relação à distância na direção e
sentido de no ponto

Exemplo:
1) Calcule a derivada direcional de em na direção de no ponto
sendo a função e a direção .

Solução:
Primeiramente temos que calcular as paramétricas a partir da direção.
Lembrando que a direção deve ser representada por um vetor unitário. Desta
forma, teremos:

Agora vamos calcular a função do parâmetro na reta . Para isso, vamos


substituir as paramétricas na função que queremos derivar:

Aplicando a distributiva, teremos:

Para termos basta derivar a função do parâmetro em relação a s


com , ou seja:

38
2) Calcule a derivada da função no ponto na direção do
vetor .

Solução:
Observe que o vetor direção agora não é unitário. Portanto, vamos primeiro
calcular o versor de :

Agora que temos o vetor unitário, vamos calcular as paramétricas:

Assim, teremos a função:

Derivando em relação a s, teremos:

A derivada direcional será:

39
As derivadas direcionais de uma função que é diferenciável em um ponto,
existem em qualquer direção e sentido neste ponto e podem ser calculadas
diretamente em termos das derivadas parciais de primeira ordem da função.

Teorema
a) Se for diferenciável em e se for um vetor
unitário, então a derivada direcional de existe e é dada por:

b) Se for diferenciável em e se for um


vetor unitário, então a derivada direcional de existe e é dada
por:

Exemplo:
1) Dada a função , encontre , onde

Solução:
Através da equação temos:

Portanto:

Exemplo:
2) Obtenha a derivada direcional de no ponto (1, -2, 0)
na direção e sentido do vetor .

Solução:
As derivadas direcionais de f são:
40
Como a não é um vetor unitário, normalizamos a e encontramos:

Então, obtemos:

Aula 30
Gradiente
O gradiente é um vetor muito importante relacionado com derivadas
direcionais, cálculo de máximos e mínimos, entre outras aplicações. Veremos que
ele tem algumas propriedades muito importantes e úteis.

Definição:
a) Se f for uma função de x e y, então o gradiente de f é definido por:

b) Se f for uma função de x, y e z, então o gradiente de f é definido por:

O símbolo é um delta invertido. (Esse símbolo costuma ser lido como Del
ou nabla)
A derivada direcional de na direção em é o produto escalar de com
o gradiente de em .

Teorema:
Se for diferenciável em , então:

O produto escalar do gradiente de f em P0 e u

41
Neste caso, a derivada direcional é dada em termos de um produto escalar
do vetor direção com um novo vetor construído a partir das derivadas parciais de
.
Com essa notação, o exemplo 2 ficaria na forma:

Exemplo:
2) Obtenha a derivada direcional de no ponto (1, -2, 0)
na direção e sentido do vetor .

Solução:
O gradiente será:

Como a não é um vetor unitário, normalizamos a e encontramos:

Então, obtemos:

Agora já temos condições de fazer a letra c daquele primeiro exemplo dado.

Exemplo
1) Imagine uma chapa de aço que é aquecida a partir de seu centro, sendo este
aquecimento dado pela equação sendo T em °C e x e
y em cm. Uma formiga está sobre esta chapa no ponto . Calcule:
a) Se a formiga decidir caminhar na direção positiva de , qual será a taxa de
variação da temperatura em relação à distância. A temperatura estará
aumentando ou diminuindo?
b) Se a formiga decidir caminhar na direção positiva de , qual será a taxa de
variação da temperatura em relação à distância. A temperatura estará
aumentando ou diminuindo?
c) Se a formiga decidir caminhar em uma direção dada pelo vetor ,
qual será a taxa de variação da temperatura em relação à distância. A
temperatura estará aumentando ou diminuindo?

Solução

A letra a e b já foram feitas, vamos fazer agora a letra c

42
Na letra c a formiga deseja caminhar um uma direção dada pelo vetor
. Vamos primeiro calcular o versor do vetor d, isto é, o vetor unitário da
direção:

Agora que temos a direção como um vetor unitário vamos calcular o gradiente da
função:

Agora resta apenas calcular a derivada direcional:

Com isso, concluímos que se a formiga caminhar nesta direção a


temperatura irá começar a diminuir a uma taxa de .

Propriedades do gradiente
O gradiente não é meramente um dispositivo notacional para simplificar a
fórmula para a derivada direcional. Veremos que o comprimento e a direção do
gradiente fornecem informação importante sobre a função f e a superfície
.
Se considerarmos a multiplicação escalar do gradiente pela direção em
termos do cosseno, teremos:

Onde o ângulo é o ângulo entre e .


Podemos fazer as seguintes considerações:

Se
Esta equação tem valor máximo crescente de quando , ou
seja, a direção de é a mesma de , e este valor é , visto que

43
. Geometricamente, isso significa que a superfície tem sua
inclinação máxima em um ponto (x,y) na direção do gradiente.

Analogamente, a equação tem valor máximo decrescente de


quando , ou seja, a direção oposta a , e este valor é , visto que
. Geometricamente, isso significa que a superfície tem sua
inclinação decrescente máxima em um ponto (x,y) no sentido oposto ao gradiente.

Finalmente, no caso das direções ortogonais ao gradiente, isto é, nas


direções que formam um ângulo de com o gradiente, o valor de é
zero, uma vez que e .

Se
A derivada direcional em qualquer direção será zero. Geometricamente, isso
significa que este ponto é um ponto de máximo ou mínimo relativo ou um ponto de
sela.

Teorema
Seja f uma função de duas ou três variáveis e denotemos por P o ponto ou
, respectivamente. Suponha que f seja diferenciável em P.
a) Se em P, então todas as derivadas direcionais em P são nulas.
b) Se em P, então dentre todas as possíveis derivadas direcionais de f
em P, a derivada em P na direção e sentido de tem o maior valor
crescente. O valor dessa derivada direcional máxima crescente é .
c) Se em P, então dentre todas as possíveis derivadas direcionais de f
em P, a derivada em P na direção e sentido oposto de tem o maior valor
decrescente. O valor dessa derivada direcional máxima decrescente é
.

Exemplo:
Seja . Determine o valor máximo de uma derivada direcional em
, e determine o vetor unitário na direção e sentido do qual o valor máximo
ocorre.

44
Solução:
Ima vez que:

O gradiente de f em (-2,0) é:

Pelo teorema, o valor máximo da derivada direcional é:

Esse máximo ocorre na direção de . O vetor unitário desta direção é:

Os gradientes são normais à curva de nível


Vimos que o gradiente aponta na direção e sentido em que a função cresce
mais rapidamente. Vejamos agora, como essa direção e sentido da taxa de
crescimento máximo podem ser determinados a partir do mapa de contornos de
uma função de duas variáveis.
Já sabemos que cada curva de nível em um mapa de contornos nos dá um nível em
que a função tem valor constante, ou seja, pensando em termos de taxa
de variação, a variação de z é nula. Sabemos também que o gradiente aponta
sempre na direção e sentido da maior derivada de crescimento, ou a maior taxa de
variação crescente. Com isso, podemos concluir que o gradiente será sempre
ortogonal à curva de nível. A prova deste conceito pode ser encontrada no livro
texto. Podemos observar este fato melhor através de um exemplo:

Exemplo:
Considere , desenhe o mapa de contornos da função quando
z = 1, z = 5 e z = 7. Encontre a direção de variação máxima de crescimento da
função nos pontos (1,1), (2,3) e (-2,1) e desenhe no mapa de contornos.

Solução:
Encontrando as equações de curva de nível, teremos:

Desenhando o mapa de contornos temos:

45
Para encontrar a direção de máximo crescimento faremos:

Desenhando os vetores teremos:

Aula 31
Exercícios:
1) Encontre em P.
a. ; ;
b. ; ;
c. ; ;

d. ; ;
e. ; ;
2) Encontre a derivada direcional de f em P na direção de a.
a. ; ;

46
b. ; ;
c. ; ;
d. ; ;

e. ; ;
3) Encontre o gradiente de f no ponto indicado.
a.
b.
c.
d.
4) Encontre um vetor unitário na direção do qual f cresce mais rapidamente em
P e obtenha a taxa de variação de f em P nessa direção:
a.
b.
c.
d.
e.
5) A temperatura em °C em um ponto (x,y) de uma placa de metal no plano xy
é:

a. Encontre a taxa de variação da temperatura em (1,1) na direção e


sentido de .
b. Uma formiga em (1,1) precisa andar na direção na qual a temperatura
baixe mais rapidamente. Encontre um vetor unitário nessa direção.
6) Numa certa montanha, a elevação z acima de um ponto (x,y), num plano xy ao
nível do mar, é de , onde x, y e z são dados em
metros. O eixo x positivo aponta para o Leste e o eixo y positivo para o
Norte. Um montanhista está no ponto (-20,5,1991).
a. Se o montanhista utilizar uma bússola para caminhar em direção ao
Oeste, ele estará começando a subir ou descer?
b. Se o montanhista utilizar uma bússola para caminhar em direção ao
Nordeste, ele estará subindo ou descendo? A que taxa?
c. Em qual direção da bússola o montanhista deveria começar a
caminhar para percorrer uma curva de nível, isto é, não subir nem
descer (duas respostas)?
7) A temperatura em °C em um ponto (x,y,z) de um sólido metálico é:

a. Encontre a taxa de variação da temperatura em relação à distância


em (1,1,1) na direção da origem.

47
b. Encontre a direção na qual a temperatura eleva-se mais rapidamente
no ponto (1,1,1). (Expresse a sua resposta como um vetor unitário.)
c. Encontre a taxa na qual a temperatura eleva-se movendo-se de (1,1,1)
na direção encontrada em b) .

Aula 32

Máximos e Mínimos de funções de duas variáveis

Extremos
Se imaginarmos o gráfico de uma função f de duas variáveis como sendo uma
cadeia de montanhas, então os cumes, que são os pontos altos de suas vizinhanças
imediatas, são chamados de máximos relativos de f e as bases dos valores, que são
os pontos baixos de suas vizinhanças imediatas, são chamados de mínimos relativos
de f.

Assim como um geólogo pode estar interessado em determinar a montanha


mais alta e o vale mais profundo em toda uma cadeia de montanhas, também um
matemático pode estar interessado em determinar o maior e o menor valor de
f(x,y) sobre um domínio inteiro de f. Esses são chamados de valores máximos
absolutos e mínimos absolutos de f.

Definição:
Diz-se que uma função de duas variáveis tem um máximo relativo em um ponto
(x0,y0) se há um circulo centrado em (x0,y0), de modo que para
todos os pontos (x,y) do domínio de f que estão dentro do círculo, e diz-se que f
tem um máximo absoluto em (x0,y0) se para todos os pontos (x,y)
do domínio de f.

48
Definição:
Diz-se que uma função de duas variáveis tem um mínimo relativo em um ponto
(x0,y0) se há um circulo centrado em (x0,y0), de modo que para
todos os pontos (x,y) do domínio de f que estão dentro do círculo, e diz-se que f
tem um mínimo absoluto em (x0,y0) se para todos os pontos (x,y)
do domínio de f.

Se f tiver um máximo ou mínimo relativo em (x0,y0), dizemos que f tem um


extremo relativo em (x0,y0), e se f tiver um máximo ou mínimo absoluto em (x0,y0),
dizemos que f tem um extremo absoluto em (x0,y0).
A figura abaixo mostra o gráfico de uma função f cujo domínio é a região
quadrada fechada no plano xy dos pontos que satisfazem as desigualdades
. A função f tem mínimo relativo no ponto C e um máximo
relativo em B. Há um mínimo absoluto em A e um máximo absoluto em D.

Conjuntos limitados
Assim como distinguimos entre intervalos finitos e infinitos da reta real,
vamos querer distinguir entre regiões de “extensão finita” e regiões de “extensão
infinita” no espaço bi ou tridimensional. Um conjunto no espaço bidimensional é
denominado limitado se o conjunto inteiro couber dentro de algum retângulo, e é
denominado ilimitado se não houver retângulo que contenha todos os pontos do
conjunto. Analogamente, um conjunto de pontos no espaço tridimensional é
limitado se o conjunto couber dentro de uma caixa e é ilimitado, caso contrário.

Conjunto limitado no
Conjunto limitado no Conjunto ilimitado no
espaço
espaço bidimensional espaço bidimensional
tridimensional

49
Teorema do valor extremo

Definição:
(Teorema do valor extremo): Se for contínua em um conjunto fechado e
limitado R, então f tem ambos máximo e mínimo absolutos em R

Encontrando extremos relativos


Lembre-se que se uma função g de uma variável tiver um extremo relativo
em um ponto x0 onde g é diferenciável, então . Para obter o análogo deste
resultado para funções de duas variáveis, suponha que tenha um máximo
relativo em e que as derivadas parciais de f existam em . Parece
plausível, geometricamente, que os traços da superfície sobre planos
e tenham retas tangentes horizontais em , logo:

A mesma conclusão é válida se f tiver um mínimo


relativo em e isso tudo sugere o seguinte
resultado:

Teorema:
(Teorema do valor relativo): Se f tiver um extremo relativo em um ponto
e se as derivadas parciais de primeira ordem de f existem nesse ponto, então:

Definição:
Um ponto no domínio de uma função é denominado ponto crítico da
função se ou se uma ou ambas derivadas parciais
não existirem em

Uma função de duas variáveis não precisa ter um extremo relativo em cada
ponto crítico. Por exemplo, considere a função . Essa função. Cujo
gráfico é o parabolóide hiperbólico mostrado, tem um ponto crítico em (0,0), pois:

Entretanto, a função f não tem um máximo nem um


mínimo relativo em (0,0). Por razões óbvias, o ponto (0,0) é
chamado de ponto de sela em .

50
Teste da derivada segunda

Teorema:
(Teste da derivada segunda) Seja f uma função de duas variáveis com derivadas
parciais de segunda ordem contínuas em algum círculo centrado em um ponto
crítico e seja

a) Se , então f tem um mínimo relativo em .


b) Se , então f tem um máximo relativo em .
c) Se , então f tem um ponto de sela em .
d) Se , então nenhuma conclusão pode ser tirada.

Exemplo:
1) Localize todos os extremos relativos e pontos de sela de:

Solução:
Como e , os pontos críticos de f
satisfazem as equações:

Resolvendo-as para x e y, obtemos x = 2 e y = 6, logo (2,6) é o único ponto


crítico. Para aplicar o teorema, precisamos das derivadas de segunda ordem:

No ponto temos:

Logo f tem um mínimo relativo em (2,6) pela parte a) do teste da derivada


segunda.

2) Localize todos os extremos relativos e os pontos de sela de

Solução:
Como:

51
Os pontos críticos de f têm coordenadas que satisfazem as equações:

Substituindo as equações e resolvendo x temos:

sendo assim

, e

Portanto, os pontos críticos são:

Calculando a derivada segunda temos:

E obtemos a tabela a seguir:


PONTO CRÍTICO

0 0 4 -16
-12 -12 4 128
-12 -12 4 128

Nos pontos (1,1) e (-1,-1), temos D > 0 e fxx < 0, logo ocorrem máximos relativos
nesses pontos críticos. Em (0,0), há um ponto de sela, já que D < 0.

Aula 33
Exercícios:
1) Localize todos os máximos e mínimos relativos e os pontos de sela se
houver.

52
a.
b.
c.
d.
e.
f.
g.
h.
i.
j.

Aula 34
Resolução dos exercícios da página 52.

Aula 35
Encontrando extremos absolutos em conjuntos fechados e
limitados
Se for contínua num conjunto fechado e limitado R, então o Teorema
do Valor Extremo garante a existência de uma máximo e um mínimo absoluto de f
em R. Esses extremos absolutos podem ocorrer no interior ou na fronteira de R,
mas se um extremo absoluto ocorre no interior de R então ele ocorre em um ponto
crítico.

Como encontrar os extremos absolutos de uma função contínua de duas


variáveis em um conjunto fechado limitado R.
Passo 1 : Encontre os pontos críticos de f que estão situados no interior de R.
Passo 2 : Encontre todos os pontos de fronteira nos quais os extremos podem
ocorrer.
Passo 3 : Calcule nos pontos obtidos nos passos precedentes. O maior
desses valores é o máximo absoluto e o menor é o mínimo absoluto.

Exemplo:
1) Encontre os valores máximo e mínimo absoluto de
na região triangular fechada R de vértices (0,0), (3,0) e (0,5).

53
Solução:
Primeiramente iremos procurar pelos pontos críticos, possíveis extremos
absolutos que se encontram no interior da região. Para isto basta fazer as
derivadas parciais iguais a zero:

Logo, todos os pontos críticos ocorrem onde

Teremos então e , logo é o único ponto crítico no interior da


região R.
Em seguida, queremos determinar as localizações dos pontos sobre a
fronteira da região R nos quais pode ocorrer um valor extremo. A fronteira de R
consiste em três segmentos de retas, cada um dos quais tratados separadamente:

 O segmento de reta entre e : Nesse segmento de reta temos que


todos os valores de , logo podemos simplificar a função para uma
função de uma única variável substituindo por zero na função .

Esta é a função que descreve a fronteira - . Vamos agora procurar


por possíveis pontos extremos sobre esta fronteira. Para isso, faremos a derivada
igual a zero.

54
Essa fronteira não tem um ponto crítico, pois e não pode ser
igualada a zero. Assim, os valores extremos ocorrem apenas nos pontos que
correspondem aos extremos da fronteira, ou seja, (0,0) e (3,0).

 O segmento de reta entre e : Nesse segmento de reta temos


todos os valores de , logo podemos simplificar a função para uma
função de uma única variável substituindo os por zero. Assim, teremos:

Esta é a função que descreve a fronteira - . Vamos agora procurar


por possíveis pontos extremos sobre esta fronteira. Para isso, faremos a derivada
igual a zero.

Essa fronteira também não tem um ponto crítico, pois e não


pode ser igualada a zero. Assim, os valores extremos ocorrem apenas nos pontos
que correspondem aos extremos da fronteira, ou seja, e .

 O segmento de reta entre e : No plano , esta fronteira pode ser


representada a partir de uma função do primeiro grau. Utilizando os
conceitos de equações de primeiro grau teremos a função:

Esta função representa a fronteira - . Logo, podemos simplificar a


função para uma função de uma única variável , bastando para isto
substituir o valor de y pela função da fronteira, em outras palavras, substituir a
equação da fronteira em . Assim, teremos:

Vamos agora procurar por possíveis pontos extremos sobre esta fronteira.
Para isso, faremos a derivada igual a zero.

55
Neste caso, esta fronteira terá pontos críticos. Para , o valor de
será:

Logo, o ponto é um possível extremo que se encontra sobre a fronteira


- . Além deste ponto encontrado temos que considerar também os vértices
e da fronteira como possíveis

Assim, podemos construir uma tabela com todos os pontos críticos e seus
respectivos valores .

Analisando os valores de para os pontos encontrados concluímos o


valor máximo absoluto de é e o valor mínimo absoluto é ,
ou seja, o máximo absoluto é o ponto e o mínimo absoluto é o ponto .

Aula 36
Exercícios:
1) Encontre os extremos absolutos da função dada no conjunto fechado e
limitado R indicado.
a. ; R e a região triangular com vértices (0,0), (0,4)
e (5,0).

56
b. ; R é a região triangular com vértices (0,0), (0,4) e
(4,0).
c. ; R é a região quadrada com vértices
(0,0), (0,2), (2,2) e (2,0)
d. ; R é a região retangular com vértices (0,0),
(0,1), (2,1) e (2,0).
e. ; R é a região circular .
f. ; R é a região que satisfaz as desigualdades

2) Determine três números positivos cuja soma seja 48 e tais que seu produto
seja maior possível.
3) Determine três números positivos cuja soma seja 27 e tais que seu produto
seja o maior possível.
4) Uma caixa retangular com volume de 16 cm3 é feita de dois tipos de
materiais. O topo e a base são feitos de um material que custa 0,10 R$/cm 2
e os lados de uma material que custa 0,05 R$/cm2. Determine as dimensões
da caixa de moto que o custo dos materiais seja minimizado.

Aula 37
Resolução dos exercícios da página 55.

Aula 38
Aula de resolução do trabalho 03 em anexo.

Aula 39
Aula de resolução do trabalho 03 em anexo.

Aula 40
Revisão para prova.

Aula 41
57
Prova 01

Aula 42
Prova 01

Aula 43

Multiplicadores de Lagrange

Introdução

Muitas vezes precisamos calcular extremos que possuem algumas


restrições, como o exemplo de uma caixa, onde temos uma quantidade
limitada de material para construí-la e queremos um volume máximo para a
caixa. Ou seja, um problema onde temos que maximizar o volume com a
restrição de quantidade de material. Poderíamos aplicar neste caso a teoria
de máximos e mínimos já estudada anteriormente, mas existe uma
ferramenta que facilita bastante o cálculo deste tipo de problema. Chama-
se “Multiplicadores de Lagrange”. Lagrange criou este método para calcular
extremos de problemas ligados à geometria, mas hoje o seu método é muito
usado em várias áreas da ciência, como na economia, engenharia entre
outras.

Método dos Multiplicadores de Lagrange


Se quisermos encontrar os extremos de uma função com a
restrição procedemos da seguinte forma.
Primeiro precisamos criar um sistema com três incógnitas e três
equações respeitando a igualdade abaixo, criada por Lagrange:

E considerando a condição

Onde a letra (lambda) é uma constante chamada de multiplicador de


Lagrange.
58
Se expandirmos os gradiente da primeira igualdade teremos:

Agora podemos calcular os valores de , e que satisfazem o


sistema. Estes valores são os extremos da função com a condição
.
Para determinar qual é o ponto máximo e qual é o mínimo basta
substituir todos os pontos na função . O ponto que obtiver o maior
resultado é o máximo, e o que obtiver o menor resultado é o mínimo.
Para funções com três variáveis, o processo é o mesmo, sendo:

E as equações são:

Exemplo:
1) Uma caixa retangular sem tampa deve ser feita com 12 m2 de papelão.
Determine o volume máximo desta caixa:

Temos que maximizar o volume com a restrição de que temos 12 m 2 de


material. Sendo assim temos:

59
O volume, que é a equação que queremos maximizar, pode ser
calculado com:

V  xyz

Restrição e a quantidade de material utilizado para construir a caixa,


que pode ser calculada com a seguinte equação:

Calculando as derivadas parciais teremos

Agora temos um sistema de quatro equações com quatro incógnitas. Este


sistema pode ser resolvido da forma que você preferir. Neste caso, vamos
multiplicar as equações como segue:

Teremos que:

Utilizando as duas primeiras equações, temos que:

60
Agora utilizando a segunda e terceira equação, teremos:

Concluindo, temos que:

Agora substituindo na última equação, temos:

Como as dimensões da caixa não podem ser negativas, temos:

2) Determine os valores extremos da função no círculo


.

A função que devemos calcular os extremos é e a restrição


é .

Sendo assim, teremos:

61
Isolando o na primeira equação teremos:

Substituindo o λ encontrado na segunda equação teremos:

Então, usando a terceira equação teremos o valor de :

Agora resta apenas calcular o valor de y, sendo assim:

Para

Para

62
Portanto temos:

Resta agira saber qual é o máximo e qual é o mínimo. Para isso, basta
substituir os pontos na equação.

Sendo assim, concluímos que é o ponto máximo e é o


ponto mínimo.

Duas restrições
Se quisermos agora calcular os extremos de uma função com
duas restrições e teremos:

Sendo que e são os multiplicadores de Lagrange.


Podemos escrever o sistema:

Aula 44
Exercícios:
1) Encontre os extremos sobre a elipse onde
tem seus valores extremos.

63
2) Encontre os valores extremos de sujeitos a
restrição .
3) Encontre o ponto sobre o plano mais próximo do
ponto . Dica: A distância é calculada a partir da equação
ou seja,
.
4) Encontre o ponto sobre a esfera mais distante do
ponto .
5) Encontre três números reais cuja soma seja 9 e cuja soma de seus
quadrados seja o menor possível.
6) Uma caixa sem tampa deve ser construída de forma que seu volume
seja o máximo possível. Temos apenas 1 m2 de material para construir
a caixa. Que dimensões deve ter a caixa?
7) Você está encarregado de construir um radiotelescópio em um
planeta recentemente descoberto. Para minimizar a interferência,
você deseja colocá-lo onde o campo magnético do planeta é mais
fraco. O planeta é esférico com raio de 6 unidades, ou seja
. Com base em um sistema de coordenadas cuja origem está
no centro do planeta, a intensidade do campo magnético é dada por
. Quais as coordenadas do local onde
você posicionaria o radiotelescópio?

Aula 45

Integrais Múltiplas

Volume
Lembre-se que a integral definida de uma função de uma variável

Originou-se do problema de calcular áreas sob curvas.

64
Agora iremos estender esta integral para calcular o volume sob uma região
limitada. Para isso iremos utilizar as integrais duplas.
Vamos considerar uma função f de duas variáveis definida em um retângulo
fechado

E vamos inicialmente supor . O gráfico de f é a superfície co equação


. Seja S o sólido que está contido na região acima de R e abaixo do
gráfico de f, ou seja,

Nosso objetivo é determinar o volume de S. O primeiro passo consiste em


dividir o retângulo R em sub-retângulos. Faremos isso dividindo o subintervalo [a,b]
em m subintervalos de mesmo comprimento e dividindo o
intervalo [c,d] em n subintervalos iguais de comprimento .

Cada um dos quais com área .

Se escolhermos um ponto arbitrário, que chamaremos de ponto amostra,


em cada , poderemos aproximar a parte de S que está acima de cada
e altura , como mostra a figura abaixo. O volume dessa caixa é dado pela
sua altura vezes a área do retângulo da base:

65
Se seguirmos com esse procedimento para todos os retângulos e somarmos
os volumes das caixas correspondentes, obteremos uma aproximação do volume
total de S.

Essa dupla soma significa que, para cada sub-retângulo, calculamos o valor
de f no ponto amostra escolhido, multiplicamos esse valor pela área do sub-
retângulo e então adicionamos os resultados. Podemos intuir que a aproximação do
volume V melhora quando aumentarmos os valores de m e n, e, portanto devemos
esperar que:

Limites como este ocorrem com muita freqüência, não somente quando
estamos determinando volume, como também em uma variedade de outras
situações, mesmo f não sendo uma função positiva. Podemos dar a seguinte
definição:

Definição
A integral dupla de f sobre o retângulo R é

Se esse limite existir.

Assim vemos que o volume pode ser escrito como uma integral dupla:

66
Propriedades das Integrais Duplas
Listaremos aqui três propriedades das integrais duplas. Admitiremos que
todas as integrais existam:

Onde c é uma constante.


Se

Então

Integrais Iteradas
Lembremos que geralmente é difícil calcular as integrais de funções de uma
variável diretamente a partir de sua definição de integral. O cálculo de integrais
duplas pela definição é ainda mais complicado. Porém veremos uma maneira mais
fácil de calcular as integrais duplas.

Teorema de Fubini para o Cálculo de Integrais Duplas


Suponha que queiramos calcular o volume sob o plano sobre a
região retangular no plano xy. Se aplicarmos um método de
fatiamento com fatias perpendiculares ao eixo x, podemos calcular a área da fatia
utilizando a integral:

Se calcularmos a área de infinitas fatias entre x = 0


e x = 2, e somarmos estas áreas teremos o volume. Este
somatório pode se feito através da integral:

Sendo assim:

67
A integral é chamada de integral repetida ou integral
iterada e é utilizada para calcular o volume de uma região retangular R sob uma
superfície f(x,y).

Teorema
Teorema de Fubini (primeira forma): Se for contínua na região retangular
, então:

O Teorema de Fubini diz que as integrais duplas sobre retângulos podem ser
calculadas como integrais iteradas. Diz também que podemos calcular a integral
dupla integrando em qualquer ordem, o que é verdadeiramente conveniente, como
veremos mais adiante. Em particular, quando calculamos um volume por fatiamento,
podemos usar tanto planos perpendiculares ao eixo x quanto planos perpendiculares
ao eixo y.

Exemplo:
Calcule para e

Solução:
Pelo Teorema de Fubini,

Trocando a ordem de integração, obtemos o mesmo resultado

Aula 46
Exercícios:
1) Esboce a região de integração e calcule a integral.
a.
b.
c.
d.

68
2) Integre f sobre a região dada:
a. sobre o quadrado
b. sobre o retângulo

Aula 47
Integrais Duplas Sobre Regiões Não Retangulares
O cálculo de integrais duplas utilizando integrais iteradas estudado até
agora considerava uma região R retangular, porém este método pode ser
generalizado para regiões não retangulares.
Se é positiva e contínua sobre R, definimos o volume da região sólida
entre R e a superfície como sendo . Se R é uma região não
retangular, como na fugura, limitada “acima” e “abaixo” pelas curvas e
e dos lados pelas retas e , podemos novamente calcular o
volume pelo método do fatiamento, primeiro calculando a área da seção transversal

e então integrarmos de a para obter o


volume como uma integral iterada:

Teorema
Teorema de Fubini (Forma mais Forte): Se for contínua na região R.
1) Se R for definida por , com e contínuas em
[a,b], então:

2) Se R for definida por , com e contínuas em


[c,d], então:

Exemplo:
Encontre o volume do prisma cuja base é o triângulo no plano xy limitado pelo eixo
x e pelas retas e e cujo topo está no plano

69
Solução:

Para qualquer x entre 0 e 1, y pode variar de y = 0 a y = x, assim:

Podemos, se for conveniente, inverter a ordem de integração, porém os


intervalos devem ser ajustados para isso.

Embora o Teorema de Fubini nos garanta que a integral dupla pode ser
calculada como uma integral iterada em qualquer ordem de integração, o valor de
uma integral pode ser mais fácil de encontrar que o valor de outra.

70
Procedimentos para encontrar limites de integração

A. Para calcular sobre uma região R, integrando primeiro em


relação a y e depois em relação a x, execute os seguintes passos:

Passo 1: Um esboço. Esboce a região de Passo 2: Os limites de integração de


integração e identifique as curvas limitantes y.Imagine uma reta vertical L que corta R na
direção de valores y crescente. Marque os
valores de y onde L entre e sai de R. Estes
são os limites de integração de y e
geralmente são funções de x (em vez de
cosntantes)
A integral é:

Passo 3: Os limites de integração x. Escolha


os limites de integração de x que incluam
todas as retas verticais através de R.

B. Para calcular a mesma integral dupla como uma integral iterada com a ordem
de integração invertida, use retas horizontais em vez de retas verticais. A
integral é:

Exemplo:
Esboce a região de integração para a integral e escreva uma integral equivalente
com a ordem de integração invertida.

71
Solução:
A região de integração é dada pelas desigualdades e .
Essa é, portanto, a região limitada pelas curvas e entre e .
Para encontrarmos limites para integrar na ordem invertida, imaginamos
uma reta horizontal passando, da esquerda para direita, através da região. Ela
entra em e sai em . Para incluirmos todas essas retas, fazemos y
variar de a . A integral é:

Aula 48
Exercícios:
1) Esboce a região de integração e calcule a integral.
a.
b.
c.
d.

e.

f.
2) Integre f sobre a região dada:
a. sobre a região no primeiro quadrante limitada pelas
retas
b. sobre a região triangular com vértices (0,0), (1,0) e
(0,1)
c. sobre a região triangular cortada pelo primeiro
quadrante do plano uv pela reta
d. sobre a região no primeiro quadrante do plano st que
está acima da curva de a
3) Esboce a região de integração, inverta a ordem de integração e calcule a
integral.
72
a.

b.
c.

d.

e.
4) Encontre o volume da região limitada pelo parabolóide e
inferiormente pelo triângulo delimitado pelas retas , e
no plano xy.
5) Encontre o volume do sólido que é limitado superiormente pelo cilindro
e inferiormente pela região delimitada pela parábola e pela
reta no plano xy.
6) Encontre o volume do sólido cuja base é a região no plano xy que é limitada
pela parábola e pela reta , enquanto o topo do sólido é
limitado pelo plano .

Aula 49
Aula de resolução do trabalho 04 em anexo.

Aula 50
Revisão para prova.

Aula 51
Prova 04

Aula 52
Prova 04

Aula 53

73
Integrais duplas em coordenadas polares

Regiões polares
Algumas integrais duplas são mais fáceis de calcular se a região de
integração for expressa em coordenadas polares. Isso é geralmente verdadeiro se
a região for limitada por uma cardióide, uma rosácea, uma espiral ou, mais
geralmente, por qualquer curva cuja equação seja mais simples em coordenadas
polares do que em coordenadas retangulares. Além disso, as integrais duplas cujos
integrandos envolvem também tendem a ser mais fáceis de calcular em
coordenadas polares porque essa soma é igual a quando são aplicadas as
fórmulas de conversão.
A figura mostra uma região R num sistema de coordenadas polares que é
delimitado por dois raios, e e duas curvas polares e .
Se as funções e forem contínuas e seus gráficos não se intersectarem,
então a região R é chamada de região polar simples. Se for identicamente
nula, então a fronteira reduz-se a um ponto (a origem) e a região assume
a forma mostrada na figura b. Se, além disso, , então os raios coincidem
e a região assume a forma mostrada na figura c.

Um retângulo polar é uma região polar simples em que as curvas polares que
delimitam são arcos circulares. Por exemplo, a figura mostra um retângulo polar R
dado por

Cálculo de integrais duplas polares


Já vimos como calcular integrais duplas em coordenadas retangulares
expressando-as como integrais iteradas. As integrais duplas polares são calculadas
da mesma maneira. Para motivar a fórmula que exprime a integral dupla polar como

74
uma integral iterada, vamos supor que seja não negativa, de modo que
possamos interpretar a integral como um volume. Entretanto, os resultados que
iremos obter também são aplicáveis de f tomar valores negativos.
O volume V pode ser expresso como uma integral iterada em que os limites
de integração são escolhidos para cobrir a região R.

Teorema:
Se R for uma região polar simples cujos limites são os raios e as
curvas e mostradas na figura e se for contínua em R, então:

Para aplicar esse teorema, precisamos saber como calcular os raios e as


curvas que formam a fronteira da região R, uma vez que eles definem os limites de
integração da integral iterada. Isso é feito da seguinte maneira:
Determinação dos limites de integração de uma integral dupla polar. Região
polar simples.
Passo 1. Como é mantido fixo na primeira integração, trace uma reta radial, com
ponto inicial na origem, através da região R e ângulo fixo . Essa reta cruza a
fronteira de R, no máximo duas vezes. O ponto de intersecção mais interno está na
fronteira interna e o ponto mais externo está na fronteira externa
. Essas intersecções determinam os limites de integração de r.
Passo 2. Imagine girar o eixo x positivo uma revolução inteira no sentido anti-
horário em torno da origem. O menor ângulo em que esse raio intersecta a região R
é e o maior ângulo é . Isso determina os limites de integração de .

75
Para converter de coordenadas retangulares para coordenadas cilíndricas
podemos usar as equações de conversão como abaixo:
e
e

Exemplo:
Calcule

Onde R é a região no primeiro quadrante fora do círculo e dentro da


cardióide .

Solução:
A região R está esboçada na figura. Seguindo o dois passos descritos acima,
obtemos:

Exemplo:

A esfera de raio a com centro na origem é expressa em coordenadas retangulares


como e, portanto, sua equação em coordenadas cilíndricas é
. Use essa equação e uma integral dupla polar para calcular o volume da
esfera.

Solução:

76
Em coordenadas cilíndricas, o hemisfério superior é dado pela equação

De modo que o volume de toda a esfera é

Onde R é a região circular mostrada na figura. Assim

Aula 54
Exercícios:
1) Calcule a integral iterada
a.
b.
c.
d.
e.
2) Calcule a integral iterada convertendo para coordenadas polares.
a.

b.

c.

d.
e.
3) Calcule na região R mostrada abaixo.

77
78
Anexos

Anexo 1

Tabelada de derivadas e integrais


Nas tabela de derivadas e integrais a seguir considere que: u e v sejam funções deriváveis
de variável x ; c,C, K e a sejam constantes.
TABELA GERAL DE DERIVADAS
1 y  f ( g ( x))  y'  f ' ( g ( x))  g ' ( x) 16 y  tan u  y'  sec 2 u  u'
(regra da cadeia)
2 y  c  y' 0 17 y  cot u  y'   cos sec 2 u  u'
3 y  x  y' 1
18 y  sec u  y'  sec u  tan u'
4 y  c  u  y'  c  u'
19 y  cos sec u  y'   cos sec u  cot u  u'
5 y  u  v  y'  u'v'
u'
6 y  u  v  y'  u'v  v'u 20 y  arcsen u  y ' 
1 u2
u u 'v  v'u
7 y   y'   u'
v v2 21 y  arccos u  y' 
8 y  u , K  0  y'  K  u
K K 1
 u' 1 u2
u'
9 y  a , a  0, a  1  y'  a  ln a  u' y  arctan u  y' 
u u
22
1 u2
10 y  e  y'  e  u '
u u
 u'
u' 23 y  arc cot u  y' 
11 y  log a u  y '   log a e 1 u2
u u'
u' 24 y  arc sec u, u  1  y ' 
12 y  ln u  y '  u  u 2 1
u
13 y  u , u  0  y'  v  u
v 1
v
 u'u v  ln u  v'  u'
y  arccos sec u, u  1  y ' 
14 y  sen u  y'  cos u  u' u  u 2 1
15 y  cos u  y'   sen u  u'

TABELA DE INTEGRAIS IMEDIATAS:


1  du  u  C 7  cos(ku) du 
sen(ku)
C
du k
2   ln u  C  ln cos(ku)
u
uK 1
8  tan(ku) du  k
C
u du   C , para K  1
K
3
K 1 ln sen(ku)
e ku
9  cot(ku) du  k
C
  C
ku
4 e du
k ln sec( ku)  tan(ku)
au
10  sec(ku) du  k
C
 a du  ln a  C
u
5

 cos(ku) sec( ku)


6  sen(ku) du  k  C 11  sec(ku)  tan(ku) du  k
C
tan(ku)
 sec (ku) du  k  C
2
12

79
ln cos sec( ku)  cot(ku) 1 1 u
13  cos sec(ku) du  k
 17
C a u
2 2
du   arctan   C
a a
1 1 u
 cos sec( ku) 18  u  a 2  u 2 du  a  arcsen  a   C
14  cos sec(ku)  cot(ku) du  k
C

 cot(ku) 1 1 ua
15  cos sec (ku) du 
2
C 19 a 2
u 2
du 
2a
 ln
ua
C
k
u 1
16 
1
du  arcsen    C 20  u a
2 2
du  ln u  u 2  a 2  C
a2  u2 a

FÓRMULAS DE RECORRÊNCIA:
1

2
3

PROPRIEDADES DA INTEGRAL INDEFINIDA:


1  c  f ( x) dx  c   f ( x) dx
2  f ( x)  g ( x) dx   f ( x) dx   g ( x) dx
3  u dv  u  v   v du : Integração por partes
PROPRIEDADES DE FATORAÇÃO

1 a 2  b 2  (a  b)(a  b) 4 (a  b) 2  a 2  2ab  b 2
2 a 2  b 2  (a  b) 2  2ab 5 a 3  b 3  (a  b)(a 2  ab  b 2 )
3 (a  b) 2  a 2  2ab  b 2 a 3  b 3  (a  b)(a 2  ab  b 2 )

IDENTIDADES TRIGONOMÉTRICAS

1 7
2
3 8
4
9
5
6 10

80
Anexo 2

Trabalho 1
Valor: 4 pontos
 Funções de duas ou mais variáveis
 Limites

O trabalho deve ser entregue no dia da primeira prova, com capa e grampeado.

Domínio de funções de duas ou mais variáveis


1) Determine o domínio das funções abaixo e represente no plano xy.
a) b)

c) d)

e) f)

Curva de nível
2) Dada a função, represente graficamente as curvas de nível , , e
.

a) b)

c) d)

3) Considere uma chapa de assar alimentos onde a temperatura em seu centro é


. Admita que a temperatura se distribua ao longo da chapa segundo a
função . As dimensões da chapa são .

a) Qual a temperatura no ponto ?

81
b) Qual a temperatura no canto superior direito?
c) Desenhe a região da chapa que tem temperatura igual a ;
d) Desenhe a região da chapa que tem a mesma temperatura do ponto .

4) Alguns pesquisadores estão fazendo uma pesquisa com relação a movimentação


de cargas elétricas em uma mesa de metal. Em determinado experimento eles
utilizam uma mesa de metal de e aplicam um potencial de no
centro de um dos lados maiores da mesa. Este potencial se distribui sobre a
mesa de acordo com a função .

a) Qual o potencial no ponto desta mesa?


b) Desenhe a região da mesa que possui o mesmo potencial do ponto ;
c) Desenhe a região sobre a mesa que possui potencial igual a ,
e .

Limites
5) Calcule os limites abaixo:
a) b)

c) d)

e) f)

g) h)

82
Trabalho 2
Valor: 4 pontos
 Derivadas parciais
 Derivadas parciais de segunda ordem
O trabalho deve ser entregue no dia da primeira prova, com capa e grampeado.

Derivadas parciais
1) Calcular as derivadas parciais de primeira ordem e das funções abaixo:

a) b)

c) d)

e) f)

g) h)

2) A companhia ACME produz três tipos de roller skates. O custo em reais para se
produzir x unidades do tipo I, y unidade do tipo II e z unidades do tipo III é
dado pela equação:

Em um determinado dia, a fábrica está produzindo 200 unidades do tipo I, 150


unidades do tipo II e 80 unidade do tipo III, ou seja, (200,15,80).

a) O gerente da fabrica quer saber de quanto o custo irá variar se ele


aumentar a quantidade de produção do skate tipo I mantendo a quantidade
de produção dos skates tipo II e III constantes.
b) E se ele desejar aumentar a produção do skate do tipo III mantendo a
quantidade de produção dos skates tipo I e II constantes, de quanto o
custo irá variar?
c) E se aumentar a produção do skate do tipo II mantendo a quantidade de
produção dos skates tipo I e III constantes, como será a variação do
custo?

83
3) A análise de certos circuitos eletrônicos envolve a fórmula:

Em que I é a corrente dada por Ampéres (A), V é a tensão em Volts (V), R é a


resistência em ohms (Ω), L é a indutância em Henry (H) e w é uma constante
positiva. Calcule e interprete e .

4) Considere uma chapa que é aquecida a partir do centro. A temperatura sobre


esta chapa é dada pela equação:

Sendo e dados em e em .

a) Qual o domínio desta função?


b) Encontre a equação da curva isotérmica com temperatura igual a e
represente no plano ;
c) Uma formiga que se encontra sobre o ponto desta chapa deseja
caminhar na direção positiva do eixo . De quanto será a variação da
temperatura nesta direção?
d) Se esta formiga sobre o ponto agora deseja caminhar na direção
positiva do eixo , de quanto será a variação da temperatura nesta direção?

Derivadas parciais de segunda ordem

5) Calcule as derivadas parciais de segunda ordem , e das funções


abaixo:

a) b)

c) d)

84
Trabalho 3
Valor: 4 pontos
 Derivadas direcionais
 Máximos e mínimos relativos
 Máximos e mínimos absolutos
O trabalho deve ser entregue no dia da segunda prova, com capa e grampeado.

Derivadas direcionais
1) Calcule sendo dados:
a)

b)

c)

d)

e)

2) Para a função e o ponto indicado determine um vetor unitário na direção da


derivada direcional máxima e o valor máximo da derivada direcional.
a)

b)

c)

3) A temperatura (Celsius) num ponto dado é descrita pela função


. Se , e são dados em metros, calcule:

a) A taxa de variação de no ponto na direção , com .

b) Em qual direção a temperatura cresce mais rapidamente?

85
c) Em qual direção a temperatura decresce mais rapidamente?

d) Qual a maior taxa de variação em P?


4) O potencial elétrico de um ponto é dado por .

a) Determine a taxa de variação em na direção de para a


origem.
b) Determine a direção e sentido que produz taxa máxima de variação de em
.
c) Qual a taxa máxima de variação em ?

5) A temperatura em uma chapa é dada por sendo a fonte


de calor localizada em seu centro e e em centímetros. Uma formiga está
sobre a região da chapa com coordenadas .

a) Se ela deseja caminhar na direção , com que velocidade a


temperatura irá variar?
b) E se ela desejar caminhar na direção , com que velocidade a
temperatura irá variar?
c) Em qual direção ela deverá caminhar para que a temperatura diminua mais
rapidamente? Com que velocidade a temperatura diminuirá nesta direção?

6) Uma empresa produz dois tipos de produtos, tipo I e tipo II, sendo a
quantidade de unidades produzidas do produto tipo I dado por e a
quantidade de unidades produzidas do produto tipo II dado por . A equação
que relaciona o lucro com a quantidade de produção dos dois tipos de produtos
é (mil reais). Em um dado mês foram produzidas 5 unidades
do tipo I e 4 unidades do tipo II.
a) Com base neste mês, qual será a taxa de variação do lucro em relação à
quantidade de produção se aumentarmos a produção em uma proporção de 3
produtos do tipo I para 1 produto do tipo dois?
b) Qual a proporção que devemos aumentar para obtermos um aumento máximo
do lucro? De qual será esta taxa?

Máximos e mínimos relativos

7) Encontre todos os máximos locais, mínimos locais e pontos de sela nas funções
abaixo:

a)

b)

86
c)

d)

e)

Máximos e mínimos absolutos

8) Encontre os máximos e mínimos absolutos das funções nos domínios dados.

a) na placa triangular fexhada e limitada


pelas retas ; e no primeiro quadrante.

b) na placa triangular fechada limitada pelas retas ;


e no primeiro quadrante

9) Encontre três números que somados dê um resultado igual a 10 e multiplicados


dê o maior valor possível.
10) Encontre três números de forma que e o produto seja o maior
possível.
11) Quais as dimensões mais econômicas de uma caixa (sem tampa) de 5 litros com
o fundo e uma das faces laterais custando (por cm2) o dobro das outras três
faces?

87
Trabalho 4
Valor: 4 pontos
 Multiplicadores de Lagrange
 Integrais duplas sobre regiões retangulares
 Integrais duplas sobre regiões não retangulares
O trabalho deve ser entregue no dia da terceira prova, com capa e grampeado.

Multiplicadores de Lagrange

1) Encontre três números reais e positivos de forma que


sendo o maior possível.

2) Uma caixa com tampa com volume deve ser construída com a
menor quantidade possível de material. Quais as dimensões que a
caixa deve ter?

3) Encontre os pontos de máximos e mínimos de


sobre a esfera .

4) Encontre o valor máximo de sobre a reta


.

5) Um lago tem relevo do fundo determinado pela equação


. Um barco com trajetória descrita pela função
que passa sobre este lago estará passando pelo ponto mais fundo do
lago em um ponto com quais coordenadas? Qual será a profundidade
do lago neste ponto?

6) A temperatura em um ponto sobre uma placa metálica é


. Uma formiga sobre esta chapa anda ao redor
da circunferência de raio 5 centrada na origem. Quais os pontos onde
a temperatura é máxima e mínima e quais são as temperaturas
máxima e mínima encontradas pela formiga?

7) Uma sonda espacial no formato de um elipsóide


penetra na atmosfera da Terra e sua superfície começa a se aquecer.
Depois de 1h, a temperatura no ponto sobre a superfície da
88
sonda é . Encontre o ponto mais
quente sobre a superfície da sonda.

Integrais duplas

8) Calcule as integrais duplas abaixo:


a.

b.

c.

d.

e.

f.

g.

9) Calcule as integrais abaixo:


a.

89
b.

c.

d.

e.

f.

10) Calcule o volume dos sólidos descritos abaixo:


a. Sólido cuja superfície é dada por e a base
formada pelo retângulo , , e .

b. Sólido cuja superfície é dada por e a base


formada pelo triângulo , e .

c. Sólido cuja superfície é dada por e a base


formada pelo triângulo delimitado pelas retas , e
.

d. Sólido limitado superiormente pelo cilindro e


inferiormente pela região delimitada pela parábola e
pela reta no plano .

e. Sólido cuja base é a região no plano que é limitada pela


parábola e pela reta , enquanto o topo do
sólido é limitado pelo plano .

90
Anexo 3

Respostas da página 8
1) 2)
a) a)
b) b)
c) c)
d) d)
e) e)
f) f)
g) g)
h)
h)
i)
j)

Respostas da página 13

1)
a)

b)

91
c)

d)

e)

Respostas da página 19

1)
a)

92
b)

2)
a)

b)

93
c)

3)
a)

b)

94
c)

4)

5)
a)

b)

95
6)
a)

b)

7)
a)

b)

96
8) 1 -> b
2 -> c
3 -> e
4 -> a
5 -> f
6 -> d

Respostas da página 22

1)
a) Lim=-2
b) Lim=0
c) Lim=-1
d) Lim=0
e) Lim=8
f) Lim=12
g) Lim=6
h) Lim=0
i) Lim=5

Respostas da página 29
1)
2)
3)
4)
a)
b)

c)

d)

97
e)

f)

5)
a)

b)

c)

d)

6)
a)
b)
c)
d)

7)
a)
b)
c)
d)

8)
a)

b)

9)
a)
b)

Respostas da página 34

1)
a)
b)

98
c)
d)
e)
f)

g)

h)

2)
a)

b)

c)

d)

e)

Respostas da página 46

1)
a)
b)
c)
d)
e)

2)
a)
b)
99
c)
d)
e)

3)
a)
b)
c)
d)

4)
a)
b)
c)
d)
e)

5)
a)
b)

6)
a)
O sinal negativo da derivada indica que ele estará descendo se
caminhar na direção oeste.
b)
Ele estará subindo a uma taxa de 0,283 m/m.
c)

7)
a)
b)
c)

Respostas da página 52

1)
a)
b)
c)

100
d)

e)

f)
g)
h)
i)
j)

. . . .
. . . .
. . . .

Respostas da página 56
1)
a)

b)

c)

d)

101
e)

f)

2)
3)
4)

Respostas da página 63

Respostas da página 68

Respostas da página 72

Respostas da página 77

Respostas do trabalho 01

1)
a) b)

c) d)

e) f)

102
2)
a) b)

c) d)

3)
a)

b) Coordenadas do canto superior direito

c)

103
d)

4)
a)

b)

c)

5)

a) b)

c) d)

e) f)

g) h)

104
Respostas do trabalho 02
1)
a) b)

c) d)

e) f)

g) h)

2)
a)

b)

c)

3)

Esta equação determina a variação da corrente I em relação à resistência R


enquanto L e V se mantêm constantes.

105
Esta equação determina a variação da corrente I em relação à indutância L
enquanto R e V se mantêm constantes.

4)
a)

b)

c)
A temperatura irá diminuir 4 °C por centímetro que a formiga caminhar
nesta direção x positiva

d)
A temperatura irá diminuir 4 °C por centímetro que a formiga caminhar
nesta direção y positiva

5)
a) b)

c) d)

Respostas do trabalho 03

1)
a)
b)
c)
106
d)
e)

2)
a)
b)
c)

3) S
a)
b) Cresce mais rapidamente na direção do gradiente
c) Decresce mais rapidamente na direção oposta ao gradiente

d)

4)
a)
b) Cresce mais rapidamente na direção do gradiente

c)

5)
a)
b)
c) Decresce mais rapidamente na direção oposta ao gradiente

6)
a)
b) Na proporção mostrada pelo gradiente , ou seja, a uma proporção
de 2 produtos do tipo I para cada produto do tipo II

7)
a)
b) á
c) á
d) á
e) á á

8)
a) á

b) á

107
9)
10)
11)

Respostas do trabalho 04

1)

2)

3) á

4)

5)

6)

7)
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)

8)
a)
b)
c)
d)
e)
f)

108
9)
a)
b)
c)
d)
e)

109

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