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Parte I – Conceito de Derivada João Paulo

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Parte I – Conceito de Derivada João Paulo

PARTE I

CONCEITO DE DERIVADA

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Parte I – Conceito de Derivada João Paulo

Galileu, ao descrever pela primeira vez uma


função que relacionava o espaço com o tempo
na queda dos corpos, deixou em aberto a
necessidade do Cálculo Diferencial, o cálculo
com derivadas.
A derivada expressa o ritmo da mudança instantânea em
qualquer fenômeno que envolva funções.

Mas, quando se trata de corpos em


movimento, esta interpretação é
especialmente precisa e interessante. De
fato, historicamente, foi o que deu
origem ao estudo das derivadas.
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Parte I – Conceito de Derivada João Paulo

Lei da Queda dos Corpos


A tentativa de Galileu de demonstrar que todos os corpos
caem com a mesma aceleração esbarrou na falta de um
instrumento matemático - as derivadas. Quem foi capaz de
completar a tarefa de Galileu?...
Isaac Newton e W.G. Leibniz, ambos separadamente e
quase ao mesmo tempo, o que originou uma forte disputa entre
eles.

Leibniz Newton
(Leipzig, 1 de julho de (Woolsthorpe, 4 de
1646 — Hanôver, 14 de Janeiro de 1643 —
Novembro de 1716) Londres, 31 de Março
de 1727)

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Newton e Leibniz iniciaram o Cálculo Diferencial e, ao


medir o ritmo de mudança dos fenómenos físicos, naturais e
inclusive sociais, abriram as portas ao espectacular
desenvolvimento científico e tecnológico que transformou o
mundo em 3 séculos tanto ou mais que em toda a história
anterior. Parecia que por fim se tinha cumprido o sonho
pitagórico: explicar o mundo com a Matemática.

() O despeito de Newton (1642 – 1727) devido a algumas críticas desfavoráveis levou-o a
manter em segredo durante 30 anos, sem publicá-las, as suas descobertas relativas ao Cálculo
Diferencial e Integral. Na correspondência com Leibniz (1646 – 1716) deu-lhe alguns indícios e
este foi capaz de por si só desenvolver o Cálculo com uma notação melhor. Quando o publicou,
foi acusado de plágio. Leibniz recorreu à British Royal Society, presidida pelo próprio Newton; o
que foi a sua perdição. Desacreditado pela opinião dominante, neste caso nada imparcial, a
historia terminou amargamente para ele. Newton gabava-se de ―ter desfeito o coração de
Leibniz‖.
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Taxa de Variação de uma Função


Se uma função é representada graficamente por uma reta
(função 1º grau) facilmente sabemos com que velocidade varia
essa função. Corresponde, é claro, ao declive da reta (coef.
Angular) representativa da função.
y f (b)  f (a )
tg  tv.m  m    tv.int
y x ba
f(b)
Taxa Média de Taxa
f(b) - f(a) Variação da Instantânea de
 Função Var. da Função
f(a)

b-a Note que em qualquer ponto da reta, a função


tem sempre a mesma inclinação, logo a taxa de
variação instantânea da função é sempre a
O a b x

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mesma em qualquer ponto. t t v.m v .int
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Taxa de Variação de uma Função

E... se o gráfico da função não for uma reta?


Com que velocidade (rapidez) varia essa função?

y f (b)  f (a )
y
tg  tmv  ms  
S
x ba
f(b) Em se tratando de curva a taxa de
variação instantânea sempre
f(b)-f(a) muda, portanto:


f(a)
(b–a)
tv.m  tv.int
a b x
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Parte II – Regras de Derivação João Paulo

Taxa de Variação de uma Função


Para as curvas, os Matemáticos pensaram em “substituir localmente”
a curva por uma reta e calcular o declive dessa(s) reta(s):

Como calcular a inclinação de uma reta com apenas um ponto?


....o resto é História e o estudo das Derivadas…
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Inclinação da Curva X Inclinação da Reta

Quando nos referirmos à inclinação da reta


tangente à curva em um certo ponto, estaremos falando
da inclinação da própria curva naquele ponto.

A idéia por detrás disso é que, se dermos zoom


(suficiente) em direção ao ponto, a curva parecerá quase
uma reta.

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Inclinação da Curva X Inclinação da Reta

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Taxa de Variação de uma Função


Imagine um móvel que se desloca segundo a função do
Espaço(S)xTempo(t), S(t)=t³-2t²+4, cujo gráfico aparece abaixo:

S (metros) Qual a velocidade média


t entre 2 e 6 segundos?
s
148 Vm  S
t  tg  ms 
S S (6)  S (2)
Vm  6 2  148
6 2 
4

 
4
Vm  36m / s
t
Qual a velocidade
instantânea aos 2
segundos?
2 6 t ( seg ) Vint  tg  mt  ?
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Descobrindo a Inclinação da Reta Tangente


Esse foi o problema que deu origem ao Cálculo Diferencial:
“Dada ama curva, como encontrar a inclinação (coef. angular)
da reta tangente à curva em um determinado ponto?”

t
y  f ( x)

P

f ( xP )
horizontal

mt  tg  ?

12 xP
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Descobrindo a Inclinação da Reta Tangente


Vamos primeiro calcular uma aproximação de mt=tgθ,
supondo um outro ponto Q=(x,y) da curva, próximo a P e
calcularemos o coeficiente angular da reta secante PQ (ms).

t s
f ( x )  f ( xP )
f ( x)
Q 

f ( xP ) P  x  xP

Assim,

f ( x )  f ( xP )
ms  tg 
x  xP
xP x
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Descobrindo a Inclinação da Reta Tangente


Imagine agora o ponto Q movendo-se ao longo da
curva em direção à P, como na figura abaixo:
Quando Q tende para P, a reta secante (s)
tende para a reta tangente (t), o ângulo α
tende para θ, logo, o coeficiente angular ms
tende para mt. Isto é:

x  xP  Q  P 
s  t      ms  mt

xP x Logo: mt  lim ms
x  xP
Portanto:
O que acontece com ms? f ( x )  f ( xP )
mt  lim
x  xP x  xP
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Descobrindo a Inclinação da Reta Tangente


Esse limite de tão especial, o chamamos de:
“DERIVADA da função f no ponto de abscissa XP”
E denotamos por:
df dy
f '( xP ) ou ( xP ) ou
Assim: dx dx x xp

f ( x )  f ( xP )
f '( xP )  mt  lim
x  xP x  xP

“Portanto, quando desejarmos descobrir a inclinação de uma


reta tangente a uma curva em um certo ponto, basta
encontrar o valor da derivada da função naquele ponto.”
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Definição
Dado um ponto P do gráfico da função f. A Derivada de f em P,
denotada por
df dy
f '( xP ) ou ( xP ) ou
dx dx x xp
é o limite:
f ( x )  f ( xP )
f '( x p )  lim 1
x  xP x  xP

Caso ele exista. Neste caso, dizemos que f é derivável em xp.

“A derivada f’(x) é o valor da tangente do ângulo de inclinação da


reta tangente à f no ponto de abscissa x.”
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A segunda forma de expressar a Derivada:


Supondo que: x  xp  h  x  xp  h
Logo o limite:
t
s f ( x )  f ( xP )
f ( xP  h )
Q f '( xP )  lim
x  xP x  xP
f ( xP ) P Pode ser reescrito como:

f ( xP  h )  f ( xP )
f '( xP )  lim
h0 h
h
Essa é uma outra maneira
xP x  xP  h de calcular a deriva da
Assim, quando: x  xP  h  0 função f em XP.
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Exemplo: Qual inclinação da reta tangente à curva f(x)=x²


no ponto P=(3,9)?

tg  mt  f '(3)
t
Mas,
f ( x )  f ( xP )
f '( xP )  lim
P  x  xP x  xP
9
f ( x )  f (3)
f '(3)  lim
x 3 x3
x ²  3²
f '(3)  lim  6
x 3 x  3

3
tg  mt  f '(3)  6
tg  mt  ?
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OU, alternativamente, pela 2ª forma de expressão da


Derivada:

tg  mt  f '(3)
t
f ( xP  h )  f ( xP )
f '( xP )  lim
P  h0 h
9
f (3  h)  f (3)
f '(3)  lim
h0 h
(3  h)²  3²
f '(3)  lim  6
h0 h
3
tg  mt  f '(3)  6
tg  mt  ?
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Pratique: Voltando ao nosso problema inicial, vamos


determinar a velocidade instantânea do móvel aos 2
segundos:

S (metros)
t s(t )  t 3  2t 2  4

P 
4
Vins (2)  tg  mt  S '(2)  ?

2020 2 t ( seg )
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Resposta:
Devemos calcular a Derivada da função S no ponto P=(2,4).
Para calcular S’(2) vamos utilizar a 1ª fórmula da derivada.
Assim:
S (t )  S (2) (t ³  2t ²  4)  (2³  2.2²  4)
S '(2)  lim  lim 
t 2 t 2 t 2 t 2

(t ³  2t ²) t ²(t  2)
 lim  lim  lim (t ²)  (2²)  4
t 2 t2 t 2 t 2 t 2

Portanto, a velocidade do móvel exatamente aos 2 segundos é:

Vins (2)  tg  mt  S '(2)  4m / s


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A Derivada como uma Função


No mesmo problema anterior, estabeleça a fórmula da
velocidade do móvel para qualquer instante t0.

S (metros) t s(t )  t 3  2t 2  4

f (t0 )
P 

Vins (t0 )  tg  mt  S '(t0 )  ?

2222 t0 t ( seg )
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A Derivada como uma Função


Vamos calcular a Derivada da função S no ponto genérico
P=(t0,S(t0)), para isso utilizaremos a segunda forma de
expressão da derivada, isto é:
S ( t0  h)  S (t0 )
S '(t0 )  lim 
h0 h
[( t0  h)³  2( t0  h)²  4]  (t0 ³  2t0 ²  4)
 lim 
h0 h
Resolvendo as potências e cancelando os termos semelhantes:

h(3t0 ²  4 t0  3t0h  h ²  2h)


S '(t0 )  lim  lim (3t0 ²  4 t0  3t0h  h²  2h)
h0 h h0

 S '(t0 )  3t0²  4 t0 S '(t0 )  3t0²  4 t0  V (t0 )


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A Derivada como uma Função


De posse da derivada da função S, isto é, da fórmula da
velocidade do móvel, podemos descobrir a velocidade do
mesmo em qualquer tempo t0.

S '(t0 )  3t0²  4 t0  V (t0 )

Experimente descobrir velocidade do móvel nos tempos 0, 3, 10


segundos.

Dizemos neste caso, que S’(t) é a FUNÇÃO DERIVADA de S(t),


pois, para cada valor t escolhido, substituímos na função S’(t) e
descobrimos o valor da derivada da função S (inclinação da reta
tangente) em t, que é justamente a velocidade do móvel no
instante t.
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Resumo
Dada uma função f e um ponto qualquer P=(xp,f(xp))

f ( xP )
É o valor da função em P.
t
y  f ( x) f '( xP )

P
 É o valor da inclinação
f ( xP ) da reta tangente ao
gráfico de f no ponto P.
É sempre uma taxa de
variação instantânea:
y
xP f '( x )  lim
x 0 x
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Pratique: Um fabricante produz peças de tecido com


largura fixa e o custo da produção de x metros desse
tecido é uma função de x, isto é, C(x).
a) Qual o significado de C’(x)? Qual su unidade de medida?

A derivada C’(x) é a taxa de variação instantânea do Custo em


relação a x; isto é, C’(x) significa a taxa de variação do custo de
produção em relação ao número de metros produzidos. Os
economistas chamam essa taxa de variação de custo marginal.
C
Como C '( x )  lim
x 0 x

As unidades para C’(x) são iguais àquelas do quociente de


diferenças ∆C/∆X , portanto, C’(x) é medida em Reais por
26 metro (R$/m).
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Pratique: Um fabricante produz peças de tecido com


largura fixa e o custo da produção de x metros desse
tecido é uma função de x, isto é, C(x).
b) Em termos práticos, o que significa dizer que C’(1000)=9?
A afirmação que C’(1000)=9 significa que, depois de 1.000
metros da peça terem sido fabricados, a taxa segundo a qual o
custo de produção está aumentando é R$9,00/m.
Quando x= 1000, o custo C está aumentando 9 vezes mais rápido
que x.
C C
C '(1000)    C
x 1
Quando x=1000, o custo C por metro a mais produzido é de R$
9,00. Ou seja, o custo de fabricação dos primeiros 1001 metros
está em torno de R$ 9,00 o metro.
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Pratique: Um fabricante produz peças de tecido com


largura fixa e o custo da produção de x metros desse
tecido é uma função de x, isto é, C(x).
c) O que você acha que é maior, C’(50) ou C’(500)?
A taxa segundo a qual o custo de produção está crescendo (por metro) é
provavelmente menor quando x = 500 do que quando x=50 (o custo de
fabricação do 500º metro é menor que o custo do 50º metro), em virtude
da economia de escala econômica (o fabricante usa mais eficientemente os
custos fixos de produção.).
f '(50)  f '(500)
Mas, à medida que a produção expande, a operação de larga escala
resultante pode se tornar ineficiente, e poderiam ocorrer custos de horas
extras.
Logo, é possível que a taxa de crescimento dos custos possa crescer no
futuro.
f '(5000)  f '(500)
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Derivada como Taxa de Variação

• Em física, a taxa de variação do trabalho com relação ao


tempo é chamada de potência.
• Os químicos que estudam reações químicas estão
interessados na taxa de variação da concentração de um
reagente em relação ao tempo (chamada taxa de reação).

• Um biólogo está interessado na taxa de variação da


população de uma colônia de bactérias em relação ao
tempo.

• Na realidade, o cálculo das taxas de variação é


importante em todas as ciências naturais, na engenharia e
mesmo nas ciências sociais.
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Derivada como Taxa de Variação


• Todas essas taxas de variação são derivadas e podem,
portanto, ser interpretadas como inclinações das tangentes.

Sempre que resolvemos um problema


envolvendo retas tangentes, não estamos
resolvendo apenas um problema
geométrico....
Estamos também resolvendo implicitamente
uma grande variedade de problemas
envolvendo taxas de variação nas ciências e
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na engenharia.
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Pratique: Encontre a função derivada das funções:

1) f ( x)  x ² 2) g ( x)  x ³ 3) h( x)  x ²  8x  9

4) i( x)  x 5) j( x)  sen x 6) k ( x)  cos x

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Pratique: Encontre a equação da reta tangente à curva:

f (t )  4t ²  2

No ponto P=(1,6).

Sugestão: utilize a forma para encontrar a equação da reta


conhecido um ponto P(x0,y0) e seu coeficiente angular:
y y  y0
m   y  y0  m( x  x0 )
x x  x0
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Pratique: Encontre a equação da reta tangente à curva:

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g ( x) 
x
No ponto x, tal que, g(x)=1.

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Pratique: Um bola é solta a partir do ponto de


observação do alto da torre CN em Toronto, 450 m acima
do solo. Sabendo que a altura da bola em cada instante t
é dado pela função:

h(t )  450  4,9t ²


Responda:
a) Qual a altura da bola após 5 segundos?
b) Qual função V(t) da velocidade da bola?
c) Qual a velocidade da bola aos 5 e aos 8 segundos?
d) Qual a velocidade com que a bola tocou o chão?
e) Qual a função a(t) da aceleração da bola?
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Parte II – Regras de Derivação João Paulo

PARTE II

REGRAS DE DERIVAÇÃO

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Vimos que a Derivada de uma função em um


determinado ponto x0, pode se calculado pelo limite:

f ( x0  h)  f ( x0 )
f '( x0 )  lim
h0 h

Mas seria tedioso se sempre usássemos a definição para


calcular a derivada, isto é, sempre precisássemos resolver
o limite acima.

Por isso, a partir de agora, desenvolveremos regras para


encontrar as derivadas sem usar diretamente o cálculo do
limite que a define.
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Essas regras de derivação nos permitirão calcular, com


relativa facilidade, as derivadas de:

•ƒfunções polinomiais;
•ƒfunções racionais;
•ƒfunções algébricas;
•ƒfunções exponenciais e logarítmicas;
•ƒfunções trigonométricas.

Em seguida, usaremos essas regras para resolver


problemas envolvendo taxas de variação e aproximação
de funções (problemas de otimização).

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R1 - Derivada da Função Constante


Uma função constante f(x)=c tem como gráfico uma reta
horizontal, logo sua inclinação é sempre zero, isto é:

f ( x)  c  f '( x)  0

Exemplo:

f ( x)  10  f '( x)  0 f ( x)  1  f '( x)  0

f ( x)  0  f '( x)  0 f ( x)   4 187  f '( x)  0

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R2 - Derivada da Função Potência


Se n é um número REAL e f(x)=xn, então:

n 1
f ( x)  x  f '( x )  n. x
n

Exemplo:

f ( x)  x  f '( x)  1 f ( x)  x 100
 f '( x )  100 x 99

1 2
f ( x)   f '( x ) 
f ( x)  x 2  f '( x)  2 x x² x³
2
f ( x)  x 
3
f '( x )  3 x 2 f ( x)  x ²  f '( x )  3
3
3 x
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R3 - Derivada de uma constante vezes uma função


A derivada de uma constante vezes uma função, é a
constante vezes a derivada da função.

g ( x)  c. f ( x)  g '( x)  c. f '( x)
Exemplo:
f ( x)  4 x ³  f '( x)  (4 x³)'  4( x³)'  4(3x²)  12 x²

' ' '


4  4   4 1   4 3 
f ( x)   f '( x )      .    .x 
3x ²  3x ³   3 x ³   3 
4
  x    3x   4
4 3 ' 4 4

3 3 x
40
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Quando as novas funções são formadas a partir


de antigas por adição, subtração, multiplicação ou
divisão, suas derivadas podem ser calculadas em termos
das derivadas das antigas funções.

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R4 - Derivada da Soma
A derivada da soma (ou diferença) de funções é a soma
(ou diferença) das suas respectivas derivadas.

 g ( x )  f ( x )  g '( x)  f '( x )
'

Exemplo:
f ( x)  x ³  x ²  f '( x)  ( x ³  x ²)'  ( x³)' ( x²)'  3x²  2 x

f ( x)  4 x ³  x  100  f '( x )  ( 4 x ³  x  100) ' 


 ( 4 x ³) ' ( x ) ' (100) ' 
1
 12 x ² 
2 x
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Pratique: Encontre a função derivada da função:

f (t )  x8  12 x5  2 x  6 x  189

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R5 - Derivada do Produto
A derivada do produto de duas funções é a derivada da
primeira vezes a segunda, mais a primeira vezes a
derivada da segunda.

 f .g  '  f '. g  f . g '


Exemplo:

f ( x)  x ³. x ²  f '( x )  ( x ³) '. x ²  x ³.( x ²) '  3x ². x ²  x ³.2. x 


 3x 4  2 x 4  5 x 4

f ( x)  ( x³  1).(2 x²  x)  f '( x)  ( x ³  1)'.(2 x ²  x)  ( x ³  1).(2 x ²  x)' 


 3x ²(2 x ²  x)  ( x ³  1).(4 x  1)
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R5 - Derivada do Produto
Essa fórmula pode ser estendida para o produto de n
funções.

 f .g.h  '  f '. g.h  f . g '.h  f . g.h '


Exemplo:

f ( x)  x ³.( x  2).( x ²  3x) 

f '( x )  ( x ³)'.( x  2).( x ²  3x)  x ³.( x  2) '.( x ²  3x)


 x ³.( x  2).( x ²  3x)'
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R6 - Derivada do Quociente
A derivada do quociente de duas funções é a derivada da
primeira vezes a segunda, menos a primeira vezes a
derivada da segunda, dividido pelo quadrado da
segunda.
'
 f  f '. g  f . g '
g 
  g²
Exemplo:
2 x³ (2 x ³)'( x ²  4 x)  2 x ³( x ²  4 x)'
f ( x)   f '( x) 
x²  4 x ( x ²  4 x)²
6 x ²( x ²  4 x )  2 x ³(2 x  4)

46 ( x ²  4 x )²
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Observação: Em algumas situações, é mais vantajoso


efetuar a divisão para depois derivar.

Exemplo: Calcule a derivada:

x³  2 x
f ( x) 

Efetuando primeiro a divisão:

x³ 2 x 32
1
2  12
 f ( x)    x  2x  x  2x
2

x² x²
Derivando:
1
 12
 f '( x )  ( x  2 x ) '  1 
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Pratique: Vimos na Parte I, que:

f ( x)  senx  f ( x)'  cos x


f ( x)  cos x  f ( x) '  senx
Use as igualdades acima e a regra do quociente para
calcular a derivada das funções:

1) g ( x)  t gx 3) i( x)  cos sec x

2) h( x)  sec x 4) i( x)  cot g x
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R7 - Derivada da Função Logaritimo na base “a”

 log  a
x '

1
x.ln(a )
Exemplo:

 f '( x )   log10  '  x ln(10)


1
f ( x)  log10 x x

f ( x)  ln x  f '( x )   loge  ' 


1 1 1 1
x
  
x ln(e) x log e (e) x.1 x
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R8 – Derivada da função exponencial de base “a”

a  x ' x
a .ln(a )

Exemplo: f ( x)  10x  f '( x)  10x.ln(10)

Conseqüência:
f ( x)  e x  f '( x)  e x .ln(e)  e x .logee  e x .1  e x

e  
x '
e x

“Essa é a única função cuja derivada é igual a ela mesma”.


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Derivada de Ordem Superior

Definimos como a n-ésima derivada da função f(x) e


denotamos por f(n) (x), a operação de derivar n vezes a
função f, isto é:

f ( n ) ( x )    ( f ')'  '... '

n vezes derivada.
Exemplo: Calcule:

f (2)
( x )   x ²  3x  4 
(2)
f (32)
( x)   e 
2 x (32)

( x )   2 x  3x  16 ( x )   senx 
(4) 6 4 (4) (27)
(27)
f f
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RESUMO

R1: c '  0 R7:  log  a


x '

1
x.ln(a )
R2:  x  '  nx
n n 1
, nR
R3:  c. f  '  c.( f ) '
R8: a x '
  a x .ln(a )

R4:  f  g  '  f ' g '

R5:  f . g  '  f '. g  f . g '


'
 f  f '. g  f . g '
R6: g 
  g²
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Conseqüências:

 senx   cos x e   x '


' x
e
 cos x    senx
'

1
 tgx   sec ² x  ln x  
' '

x
sec x   sec x.tgx
'

 cossec x    cossec x.cot gx


'

 cot gx    cossec ² x
'

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Pratique: Calcule as derivadas:

1. y  sen(3   ) 9. y  5x 3 .4 x 14. y  5x ².log 2


x

2. y  3   10. y   3x  1   6 x  1 4.ln( x )
3  x 15. y 
3. y  x x²
4. y  x1/ 2 11. y  senx  2 x  1 3x  2  16. y  4 x.3x
5. y  83 x 2 / 3
12. y  6 x / 2 x  3
3 17. y  e x
.2ln x
3
6. y  5 / x
7. y  6 x 3  2 x 13. y  x  2 x  1 / tgx 18. y (99)  (cos2 x)(99)
x 3 3x
8. y  
54 2 2
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PARTE III

REGRA DA CADEIA

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Suponha que você precise derivar a função:

h( x )  x ²  1
As fórmulas de derivação que você aprendeu nas seções
precedentes deste slide não lhe permite calcular f’(x).

Observe que f é uma função composta.


De fato, se tomarmos:

f ( x)  x e g ( x)  x ²  1
Então, h é uma função composta de g com f:

h( x)  fog ( x)  f ( g ( x))  g ( x)  x ²  1
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Regra da Cadeia
Se f e g são funções diferenciáveis, então a derivada da
função composta h(x)=f(g(x)) é dada por:

 f  g ( x)  '  f '( g ( x)). g '( x )

Exemplo: Calcule a derivada da função:

h( x )  x ²  1

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Regra da Cadeia
A Fórmula da Regra da Cadeia diz que derivamos a função
de externa f(x) [na função de interna g(x)] e então
multiplicamos pela derivada da função de dentro.

 f  g ( x )  '  f '  g ( x)  .g '( x)

Função Calculada na Derivada Calculada na Derivada da


externa função da função função função
interna externa interna interna

 x ²  1 ' 1 1

1

  ( x ²  1) .( x ²  1) '
2

2
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Regra da Cadeia
Então:

1 1
1
h( x )  x ²  1  h '( x )  ( x ²  1) .( x²  1) '
2

2
1 x
 .(2 x) 
2 x²  1 x²  1

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Exemplo: Calcule as derivadas.

f ( x)  (2 x  1) 10

f '( x )  10(2 x  1)9 .(2 x  1)'


 10(2 x  1)9 .2  20(2 x  1)9

f ( x)  ln(3x 2  x) 
1
f '( x )  .(3x 2  x ) '
3x ²  x
1 (6 x  1)
 .(6 x  1) 
3x ²  x 3x ²  x
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Exemplo: Calcule as derivadas.

f ( x)  senx ² 

f '( x)  ( senx²)'  cos( x²).( x²)'  cos( x²).2 x

g ( x)  sen ² x 

g '( x)  ( sen² x)'  2( senx).( senx)'  2senx.cos x

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Exemplo: Calcule as derivadas.

1
f ( x)  h( x)  (2 x  1) ( x ³  x  1)
5 4
3
x²  x  1

k ( x)  e sen (4 x ²)

 t2 
9

g (t )    m( x)  sen(cos(tgx))
 2t  1 

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