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Rafael Firmino
Graduando em Tecnologia em Gestão Empresarial/Processos Gerenciais da FATEC- Cruzeiro-SP
e-mail: firmino-rafael2012@bol.com.br
PALAVRAS-CHAVE
Produção Enxuta, Qualidade, Indústria, Mercado.
ABSTRACT
The global economic scenario has led entrepreneurs of today to rethink their production
methods which, over the years, have become ineffective and unviable due to the wide
range of producers of goods and services, which are all over the world, making their
enterprises constantly adapt to necessary changes to meet a public demand for quality
products and good price. It is in this context that Lean Manufacturing System is inserted
as a proposal to meet all the requirements that a company needs to survive in the market.
Accordingly, this study aims to highlight the contributions that this production system
can bring to a reputable veterinary products factory, which is the subject on this paper.
KEYWORDS
Lean Manufacturing, Quality, Industry, Market.
1. OBJETIVO
Analisar a usabilidade do processo lean manufacturing (produção enxuta) em uma
empresa fabricante de produtos veterinários, mediante as vantagens competitivas que seu
2. JUSTIFICATIVA
Esse trabalho justifica-se pelo cenário econômico atual, no qual a percepção de
consumidores e clientes em relação a produtos e serviços com valor agregado é importante,
visto que o mercado prima cada vez mais por qualidade, preço e flexibilidade, a fim de que
se consiga expansão e fidelização de clientes. Nesse contexto, surge a proposta de analisar
o lean manufacturing (produção enxuta) como um processo que pode agregar vantagens
competitivas em uma empresa fabricante de produtos veterinários.
Segundo Liker (2005, p.51), o diagrama tornou-se um dos símbolos mais facilmente
reconhecíveis na indústria moderna. E por que uma casa? Porque uma casa é um sistema
estrutural. A casa só é forte se o telhado, as colunas, e as fundações são fortes!
Nas interpretações de Calado (2006, p. 119) e Liker (2005, p. 51), o telhado seriam
as metas em que se baseia a operação de eliminar as perdas, o centro como as pessoas, e
como fundação a filosofia: o modelo que a Toyota desenvolveu para alicerçar e manter
uma estabillidade diante dos ambientes internos e externos.
De acordo com Liker (2005, p. 51), ainda que cada elemento da casa por si só seja
crítico, o “mais importante é o modo como os elementos reforçam uns aos outros [...]”.
Podemos, com base no que foi transcrito pelos autores, pensar na casa como uma
premissa para implantar a filosofia da produção enxuta na empresa, visto que a mesma deve
possuir base e pilares fortes para sua sustentação. Para tanto Liker (2005, p. 52) ressalta que:
Sendo assim julgamos pensar que just-in-time é um conceito que visa eliminar perdas
com estoque, e dinamizar a produção com a buca do tempo zero, segundo o qual a empresa
fabrica, produz e estoca somente o necessário e de acordo com a demanda dos seus clientes.
A autonomação interrompe o processo de produção. Isso quer dizer que os
trabalhadores devem resolver os problemas imediatamente e com urgência para a retomada
da produção.
3.2 KAIZEN
Podemos definir Kaizen como uma palavra japonesa que significa “mudar para
melhor” ou “aprimoramento contínuo” e que permeia toda a Administração Japonesa.
Kaizen pode então, até servir de sinônimo de Administração Japonesa.
Kaizen é um processo integrado de TQC – Total Quality Control (Controle Total
da Qualidade) de aprimoramento contínuo, que é a essência da Administração Japonesa.
Os japoneses dão tanta importância a esse processo integrado, quanto ao resultado que
se busca, em que o meio é tão importante quanto o fim. É tão importante fazer bem
feito (eficiência), quanto obter o resultado certo (eficácia).
Para os japoneses é muito importante ganhar dinheiro, mas trabalhando e vivendo
de forma mais satisfatória possível, unindo o útil ao agradável – afinal, passamos mais
de um terço de nossas vidas trabalhando. Esta é a essência da Administração Japonesa
chamada Kaizen: buscar ao mesmo tempo resultado e processo, em busca desse resultado.
Podemos compreender Kaizen como um centro de aprendizagem, uma atitude e
um modo de pensar de todos os líderes e funcionários, uma atitude de auto-reflexão e até
mesmo de autocrítica, um ardente desejo de melhorar.
A empresa precisa conhecer seu Lead Time Real, pois existem empresas que
consideram Lead Time somente como o tempo de fabricação, esquecendo o tempo de
transporte ou o tempo de processamento do pedido. O conhecimento desse processo total é
importante, pois possibilita à empresa ter maior flexibilidade perante os seus concorrentes,
oferecendo maiores vantagens aos seus clientes.
Com base nos autores mencionados, podemos relacionar a Produção Enxuta como
vantagem do desempenho da manufatura à sua aderência, com relação a três princípios:
A essa forma de produção, damos o nome de Produção Enxuta, pois ela possui
aplicações por toda empresa, e através desse sistema podemos observar a importância
da criação de produtos e serviços por meio de processos que ultrapassem as fronteiras
funcionais a fim de criar valores aos clientes. Isso propõe que o aprimoramento na
produtividade das grandes indústrias; não é somente resultado da introdução de novas
técnicas de manufatura, mas sobretudo a consequência da aplicação de ações e ideias na
forma de entender e definir uma cadeia de produção como uma corrente de valor.
O modo dominante da manufatura da produção em massa padronizado prevaleceu
até o surgimento da produção enxuta, que combinou a eficiência em custo, qualidade,
flexibilidade e tempo. A Produção Enxuta, na visão de Womack e Jones (2004), mudou
as regras da competição, diminuindo Lead Times, aumentando a variedade de produtos
e modificando as preferências dos consumidores.
A Produção Enxuta envolve ações de prevenção de defeitos ao invés da correção
posterior, além de ser flexível e organizada por meio de times de trabalho formados por
operadores multifuncionais nos quais se busca um envolvimento ativo na solução das causas
de problemas, buscando maximizar a agregação de valor ao produto final. Assumindo em
sua última e utópica instância, a produção enxuta tem como objetivo atender à demanda
instantaneamente, com qualidade perfeita, e sem nenhuma espécie de desperdício.
4. MÉTODO
A metodologia a ser utilizada será, basicamente, a coleta de dados e informações
acerca da empresa a ser analisada, principalmente, através do mapeamento do fluxo de
valor dos processos produtivos e logísticos da empresa, visto ser o único meio pelo qual
se possa mapear os processos, e quantificar de forma eficaz os dados obtidos durante esse
procedimento, que servirá como base para posterior análise e avaliação dos resultados
obtidos durante a coleta de dados. Além disso, serão realizadas pesquisas bibliográficas,
que permitam que se tome conhecimento de material relevante, tomando-se por base o que
já foi publicado em relação ao tema, de modo que se possa delinear uma nova estratégia
de procedimentos e ações sobre o mesmo, chegando a conclusões que possam servir de
embasamento para pesquisas futuras.
A pesquisa de campo, por meio do estudo de caso, torna-se primordial no
acompanhamento do processo produtivo e será feita por meio de medição dos tempos
de produção, estoque, documentos e observação das operações.
Este trabalho se caracteriza por ser de caráter qualitativo e quantitativo, em
que o público entrevistado na pesquisa será constituído de funcionários de diversos
5 RESULTADOS ESPERADOS
Esperamos com essa pesquisa fazer uma análise detalhada de todos os processos da
cadeia de valor da empresa em estudo, no sentido de encontrar fontes de desperdícios e
gargalos e através dessas informações, sugerir soluções que possam sanar esses desperdícios
e propor para a empresa as melhorias advindas do nosso estudo.
REFERÊNCIAS
ALVARELI, L. V. G. Roteiro para elaboração do projeto de trabalho de graduação. Cruzeiro:
Centro Paula Souza, 2012. Disponível em: <http://www.fateccruzeiro.edu.br/Documentos/arquivosge/
rot_projtg2012.pdf>.
Acesso em: 18 maio.2012.
DALVIO, Ferrari Tubino. Sistemas de Produção: A produtividade no chão de fábrica. Porto Alegre:
Bookman, 1999. Cap. 5, p. 112.
LIKER, Jeffrey k. O modelo Toyota: 14 princípios de gestão do maior fabricante do mundo. Porto
Alegre: Bookman, 2005, p.52
OHNO, TAIICHI. Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala. Porto Alegre:
Bookman, 1997, p. 31-35
SAYER, A.; WALKER, R. A nova economia social: A reformulação da divisão do trabalho. Cambridge,
MA: Oxford, Blackwell, 1992. EM Costa, Achyles B. Inovações e mudanças na Organização
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WOMAC, J. P; JONES, D. T; ROSS, D. A máquina que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Campus,
1992, p. 42-43.