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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR


DEPARTAMENTO DE MEDICINA

EDILSON MOREIRA BORGES

TERAPIA GÊNICA PARA DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE

PORTO VELHO/RO
2018
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EDILSON MOREIRA BORGES

TERAPIA GÊNICA PARA DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE

Trabalho apresentado como requisito parcial


para conclusão da disciplina de Genética e
Evolução apresentado à Fundação
Universidade Federal de Rondônia - UNIR.

Professor: Andonai Krause

PORTO VELHO/RO
2018
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1 GENÉTICA DA DOENÇA

A distrofia muscular de Duchenne é uma doença causada pela mutação em um gene,


o DMD, ambas com padrão de herança recessivo ligado ao cromossomo X (Xp21). Deleções
(perda de DNA) e duplicações (ganho de DNA) no gene DMDsão responsáveis pela doença
em aproximadamente 70% dos pacientes. Os casos restantes são causados por mutações de
ponto ou microrearranjos. O gene DMD codifica uma proteína chamada distrofina que, em
conjunto com outras proteínas, forma um complexo importante para a manutenção da
integridade da membrana da célula muscular. Em cerca de 2/3 dos casos de DMD, a mutação
responsável pela doença foi herdada da mãe do paciente (em geral, assintomática). Mulheres
portadoras de mutação no gene DMD têm, em cada gestação, 50% de chance de transmitir
esta alteração a sua prole, o que significa que podem ter tanto um menino afetado (25%),
como uma menina portadora (25%). Esta, por sua vez, poderá transmitir a mutação a seus
descendentes.

2 QUADRO CLÍNICO

Distrofia muscular progressiva do tipo Duchenne (DMD): A DMD é a forma mais


comum de distrofia, com uma incidência aproximada de 1 em 3000 a 4000 nascimentos
masculinos. Os primeiros sinais clínicos manifestam-se antes dos 5 anos, com quedas
frequentes, dificuldade para subir escadas, correr, levantar do chão e hipertrofia das
panturrilhas. O comprometimento muscular é simétrico com início pelos músculos da cintura
pélvica (quadril e pernas), atingindo mais tarde os membros superiores. Os meninos afetados
têm uma acentuação da lordose lombar e uma marcha anserina (andar de pato). Contraturas e
retrações dos tendões levam alguns pacientes a andar na ponta dos pés. A fraqueza muscular
piora progressivamente, levando à incapacidade de andar dentro de cerca de dez anos a partir
do início dos sintomas. A sobrevida depois dos 20 anos de idade depende de cuidados
especiais. Aproximadamente 30% dos casos têm déficit cognitivo e dificuldade de
aprendizado.

3 TESTE GENÉTICO

O diagnóstico da Distrofia muscular de Duchenne é baseado no quadro clínico do


paciente, na história familiar e nos seguintes exames complementares:
 Dosagem dos níveis séricos da enzima Creatinoquinase (CK), que se encontram
elevados;
 Exame de DNA para pesquisa de deleção / duplicação no gene da distrofina;
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 Biópsia muscular para o estudo qualitativo e quantitativo da proteína distrofina no


músculo do paciente, especialmente nos casos em que o exame de DNA não identifica
a alteração no gene da distrofina.

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