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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

ENGENHARIA ELÉTRICA

Murilo Henrique Dias de Oliveira

CURVA CONJUGADO (τe) X ESCORREGAMENTO DO MOTOR DE


INDUÇÃO TRIFÁSICO

Palmas - TO
2018
Murilo Henrique Dias de Oliveira

CURVA CONJUGADO (τe) X ESCORREGAMENTO (s) DO MOTOR DE


INDUÇÃO TRIFÁSICO

Trabalho apresentado como requisito


parcial para obtenção de aprovação na
disciplina Motores Elétricos II, do curso de
Engenharia Elétrica da Universidade Federal do
Tocantins.

Prof. Dr. Ivan Ney Alvizuri Romani

Palmas - TO
2018
TABELA DE FIGURAS

Figura 1 – Curva característica Torque x Velocidade de um MIT ................................. 5


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3
2. PLOTAGEM DA CURVA ............................................................................................... 5
3. ANEXO I ............................................................................................................................ 6
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 7
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INTRODUÇÃO

Máquinas elétricas são dispositivos capazes de converter energia elétrica em energia


mecânica e vice-versa, sendo assim: geradores convertem energia mecânica em elétrica e
motores energia elétrica em mecânica. As máquinas estudadas na disciplina de motores II são
as rotativas, ou seja, atuam de acordo com um movimento relativo. Esses dispositivos podem
ser classificados de forma básica em: Geradores (energia mecânica para elétrica) e Motores
(Energia elétrica para mecânica).
Estudaremos a curva de torque x velocidade característica de um tipo de motor
especifico o motor de indução trifásico, para tal vamos entender primeiro o funcionamento deste
tipo de motor. O estator está ligado à fonte de alimentação CA, o rotor não está ligado
eletricamente a nenhuma fonte de alimentação então quando o enrolamento do estator é
energizado através de uma alimentação trifásica, cria-se um campo magnético girante. À
medida que o campo varre os condutores do rotor, é induzida uma f.e.m. nesses condutores
ocasionando o aparecimento de uma corrente elétrica nos condutores estes, percorridos por
corrente elétrica, interagem com o campo magnético girante do estator para produzir um torque
eletromagnético que atua sobre os condutores do rotor fazendo-o girar. Entretanto, como o
campo do estator gira continuamente, o rotor não consegue se alinhar com ele. A velocidade do
rotor é sempre menor que a velocidade síncrona (velocidade do campo girante).
De acordo com a Lei de Lenz, qualquer corrente induzida tende a se opor às variações
do campo que a produziu. No caso de um motor de indução, a variação é a rotação do campo
do estator, e a força exercida sobre o rotor pela reação entre o rotor e o campo do estator é tal
que tenta cancelar o movimento contínuo do campo do estator. Esta é a razão pela qual o rotor
acompanha o campo do estator, tão próximo quanto permitam o seu peso e a carga. O motor de
indução tem corrente no rotor por indução, e é semelhante a um transformador com secundário
girante. É impossível para o rotor de um motor de indução girar com a mesma velocidade do
campo magnético girante. Se as velocidades fossem iguais, não haveria movimento relativo
entre eles e, em consequência, não haveria f.e.m. induzida no rotor. Sem tensão induzida não
há conjugado (torque) agindo sobre o rotor.
O motor de indução também é conhecido por motor assíncrono, exatamente por não
poder funcionar na velocidade síncrona. A diferença percentual entre as velocidades do campo
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girante e do rotor é chamada de deslizamento (S de “slip”). O deslizamento também é


comumente chamado de escorregamento. Quanto menor for o escorregamento, mais se
aproximarão as velocidades do rotor e do campo girante (velocidade síncrona). A velocidade
do motor de indução cai, com cargas pesadas. Realmente, apenas pequenas variações de
velocidade são necessárias para produzir as variações na corrente induzida para atender às
alterações normais de carga. A razão disto é a resistência muito baixa do enrolamento do rotor
(barras de cobre). Por este motivo, os motores de indução são considerados motores de
velocidade constante.
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2. PLOTAGEM DA CURVA

Utilizando software de linguagem MATLAB foi obtida a curva desejada, o código é


descrito no Anexo I. Os dados para se formular esta curva foram retirados do exemplo 6.4 do
livro “Fundamentos de Máquinas Elétricas” (CHAPMAN, 2013):
 Resistência do Estator (R1) – 0,641 
 Reatância do Estator (X1) – 0.750 
 Resistência do Rotor (R2) – 0,300 
 Reatância do Rotor (X2) – 0,500 
 Reatância do Ramo de magnetização (Xm) – 26,3 
 Tensão de Linha (Vf) – 460 V
 Nº de Polos – 4
 Frequência (f) – 60 Hz
Figura 1 – Curva característica Torque x Velocidade de um MIT

Fonte: Acervo Pessoal


O conjugado, de acordo com a simulação atinge o seu maior valor quando a rotação
atinge 1404 rpm com modulo de 266,6 N.m e o conjugado é nulo quando a velocidade é 1800
rpm.
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3. ANEXO I

% Plotagem da curva caracteristica de um MIT - Exemplo 6.6 (Chapman)

% Definindo as váriaveis do MIT envolvidas

r1 = 0.641; % Resistência do Estator


x1 = 0.750; % Reatância do Estator
r2 = 0.300; % Resistência do Rotor
x2 = 0.500; % Reatância do Rotor
xm = 26.3; % Reatância do Ramo de Magnetização
v_phase = 460 / sqrt(3); % Tensão de Fase
n_sync = 1800; % Velocidade Síncrona (rpm)
w_sync = 188.5; % Velocidade Síncrona (rad/s)

% Calculando a tensão e impedância de Thévenin do sistema

v_th = v_phase * (xm / sqrt(r1^2 + (x1 + xm)^2)) ;


z_th = ((j*xm) * (r1 + j*x1)) / (r1 + j*(x1 + xm));
r_th = real(z_th);
x_th = imag(z_th);

s = (0:1:50) / 50; %Escorregamento


s(1) = 0.001;
nm = (1 - s) * n_sync; %Velocidade mecânica

%Laço para o cálculo do conjugado para rotor de gaiola simples

for ii = 1:51
t_ind1(ii) = (3 * v_th^2 * r2 / s(ii)) / (w_sync * ((r_th + r2/s(ii))^2 +
(x_th + x2)^2)) ;
end

%Fazendo a plotagem da curva caracteristica "Conjugado x Velocidade"

plot(nm,t_ind1,'Color', 'b','LineWidth', 2.0);


hold on;

xlabel('\bf\itn_{m}'); %Eixo x;
ylabel('\bf\tau_{ind}'); %Eixo y;
title ('\bfCaracterística de Conjugado x Velocidade do motor de indução');
%Ttitulo
legend ('R_{2}'); %Curva;

grid on;
hold off;
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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de máquinas elétricas. AMGH Editora, 2013.

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