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O Servidor Público Celetista é aquele que não prestou concurso público para exercer sua
atividade (como professores, médicos e outros profissionais contratados em caráter
emergencial), ou que o prestou em empresa de economia mista ou privada (Banco do Brasil,
Petrobrás, Eletrobrás, etc.).
Diferente do estatutário, ele não terá direito à integralidade.
O servidor contratado contará com o depósito desse fundo ao longo de sua atividade pública.
Já o concursado estatutário até terá direito ao FGTS, mas de atividades anteriores (ou
posteriores) ao serviço público, pois durante o período de atividade como concursado não
haverá nenhum tipo de investimento neste fundo por conta do órgão empregador.
O servidor celetista tem direito legal de continuar trabalhando, pois tanto a aposentadoria
quanto o livre exercício da profissão são direitos constitucionais. Isto inclui casos de
Aposentadorias Especiais.
Caso você tenha sido exonerado para que a aposentadoria fosse concedida, poderá entrar na
justiça solicitando a reintegração ao cargo, com direito a receber retroativamente todos os
salários referentes ao período que esteve afastado.
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Aposentadoria de Servidor Público Proporcional por Invalidez
Para aquele servidor que comprove incapacidade permanente para exercer o cargo ou função.
Nesses casos, cabe a contagem do tempo de contribuição para o RGPS, que deve ser
certificado pelo INSS e averbado no órgão do servidor.
É possível computar tempo rural ou como pescador, inclusive com documentos dos pais, neste
tempo, fazendo a comprovação no INSS e fazendo o pagamento de uma indenização para o
RGPS.
Mas cuidado, o INSS faz um cálculo ilegal, sem respeito à lei e a decisão do STJ, que definiu
pela ilegalidade de cobrança de Juros moratórios e Multa em períodos anteriores a 11/1996.
Essa cobrança ilegal é afastada na justiça com facilidade, e reduz em até 70% o valor cobrado
pelo INSS.
Aposentadoria de Servidor Público por Invalidez Integral por Doença Grave, Doença
Ocupacional ou Acidente de Trabalho
Comprovada a doença profissional ou ocupacional, inclusive após o servidor ter se aposentado
proporcionalmente por invalidez, terá direito a Aposentadoria Integral.
Doenças Ocupacionais podem ser desde doenças por esforço repetitivo, doenças da coluna
vertebral e outras degenerativas, e também doenças psiquiátricas.
Doenças graves são: câncer maligno, AIDS, Sequelas de AVC, Doenças graves do Coração,
tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, cegueira, hanseníase, paralisia dos
braços ou pernas, doença de Parkinson e Alzheimer, espondiloartrose anquilosante,
hepatopatia grave (Hepatite), estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante),
contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a
doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma, diz o texto cuja redação foi
dada pela lei nº. 11.052 de 2004.
Acidentes de trabalho, mesmo que no trajeto de casa para o trabalho, ou causados por
terceiros ou colegas no horário de trabalho.
Caso a aposentadoria por invalidez tenha sido concedida de forma proporcional é possível
fazer uma ação de transformação de aposentadoria por invalidez proporcional em
aposentadoria por invalidez integral, efetuando a prova de possuir a doença grave ou a
ocorrência de acidente de trabalho ao qual a administração não tenha reconhecido.
Assim, o servidor passa a receber o salário integral. Além disso, é uma condição ainda mais
favorável, pois reconhecida essa condição, o servidor inativo fica isento de imposto de renda.
Também cabe ao Servidor Público Estatutário, desde que se comprove contato com agentes
nocivos à saúde, a Aposentadoria Especial. Quem garante tal direito é a Súmula Vinculante 33
e o parágrafo único do Artigo 201 da Constituição Federal.
Além disso, também existe o direito à paridade. Na paridade, o reajuste anual do benefício do
aposentado não é feito com base na inflação (INPC), e sim no salário de quem ainda está em
atividade. Por exemplo: se você se aposentar com salário integral de R$ 3.000 e o reajuste dos
servidores que continuam em atividade fixar o novo valor em R$ 3.125, seu benefício de
aposentado deve ser reajustado também para R$ 3.125. Isto é a paridade.
Para conquistar a integralidade e a paridade não basta apenas ser servidor público concursado
estatutário. Existem alguns requisitos básicos que variam conforme cada RPPS – Regime
Próprio de Previdência Social. Os RPPS são fundos criados pelos órgãos empregadores com a
finalidade exclusiva de garantir os direitos da aposentadoria de servidor público.
Se você é funcionário estatutário do Estado, está filiado a um Regime Próprio, pois todos os 27
estados brasileiros (incluindo o Distrito Federal) possuem RPPS. Entretanto, dos 5 mil
municípios que existem no Brasil, mais da metade (principalmente os do interior) não possuem.
A Constituição Federal permite que todos criem um, mas a decisão cabe ao município. Caso
você seja funcionário municipal sem RPPS, existem alguns obstáculos a serem enfrentados,
conforme iremos esclarecer a seguir.
Se você é funcionário público concursado municipal de uma cidade sem regime próprio, você
será filiado ao INSS e seu pedido de integralidade e paridade poderá ser negado em processo
administrativo. Assim, o benefício concedido pelo INSS sofrerá as reduções (média, teto e fator
previdenciário). Caso isso aconteça, o que fazer?
A Complementação de Aposentadoria é a diferença que deverá ser paga entre o valor integral
do salário e o valor calculado pelo INSS. Por exemplo: Se você recebia salário de R$ 3.000
quando se aposentou e o INSS calculou seu benefício em R$ 2.300, o valor da
complementação será R$ 700, para manter seu benefício no valor integral que recebeu no seu
último salário.
Para ter direito à complementação, existem algumas exigências que variam conforme o caso
de cada servidor, como explicaremos a partir de agora.
Para aqueles que completaram o tempo para aposentadoria até o dia 16 de dezembro de
1998
Conforme a Emenda Constitucional 20/1998 do Artigo 40 da Constituição, terão direito homens
que cumpriram 35 anos de atividade e mulheres que cumpriram 30 anos de atividade. Tanto
para homens quanto para mulheres, não é exigida idade mínima.
30 anos de serviço
30 anos de serviço
Para aqueles que ingressaram no serviço público até 31 de dezembro de 2003
A estes, a Emenda Constitucional 41/2003 do Artigo 40 da Constituição estabelece as
seguintes regras:
Homens: 60 anos de idade, 35 anos de contribuição, 20 anos de serviço público, 10 anos de
carreira e 5 anos no cargo.
Mulheres: 55 anos de idade, 30 anos de contribuição, 20 anos de serviço público, 10 anos de
carreira e 5 anos no cargo.
A segunda opção é solicitar a aposentadoria sem parar de trabalhar. Esta possibilidade existe
porque você estará se desligando do INSS, e não do órgão empregador.
Muitos órgãos sem RPPS exoneram o servidor público municipal com base no parágrafo 10 do
artigo 37 da Constituição, que diz: É vedada a percepção simultânea de proventos de
aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição,
os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
exoneração. Porém, o trecho declara com clareza que se trata de aposentadorias decorrentes
do art. 40, 42, e 142 (servidores, militares e magistrados). Ou seja, não é possível continuar
trabalhando após se aposentar caso você possua benefício com valor integral do salário.
Já a aposentadoria pelo INSS é regulada pelo artigo 201 da Constituição.
Se você foi exonerado e não recebe seu benefício integralmente, poderá pedir na justiça a
restituição ao cargo. Já publicamos uma decisão favorável ao servidor neste tipo de ação,
inclusive recebendo salários retroativos referentes ao período que deveria estar em atividade
após a exoneração, com juros e correção monetária.
Aposentadoria de Professores Concursados
A Aposentadoria de Servidor Público Concursado do magistério (exceto para bibliotecários e
secretários) possui os mesmos requisitos e direitos dos demais servidores concursados. A
diferença é que, atuando como professor, a idade mínima exigida e o tempo de contribuição
são diferentes. O professor poderá se aposentar 5 anos mais jovem, pois a exigência é de 55
anos de idade para homens e 50 para mulheres, e com menos tempo de contribuição, 30 anos
para homens e 25 para mulheres.
PROFESSOR PROFESSORA
Entrou no serviço público até 12/2003 Entrou no serviço público até 12/2003
30 anos de contribuição
25 anos de contribuição
55 anos de idade
50 anos de idade
20 anos no serviço público
20 anos no serviço público
10 anos de carreira
10 anos de carreira
5 anos no cargo
5 anos no cargo
Entrou no serviço público até 12/1998 Entrou no serviço público até 12/1998
30 anos de contribuição
35 anos de contribuição
55 anos de idade
60 anos de idade
25 anos no serviço público
25 anos no serviço público
15 anos de carreira
15 anos de carreira
5 anos no cargo
5 anos no cargo
Redução de 1 ano de idade para cada ano de
Redução de 1 ano de idade para cada ano de contribuição que supere 35
contribuição que supere 35
Completou o tempo em 12/1998 Completou o tempo em 12/1998
25 anos de contribuição
30 anos de contribuição
IMPORTANTE: Caso você tenha se aposentado, quer continuar no cargo e, portanto, ainda
não recebeu sua complementação, não resgate FGTS ou PIS! Resgatando estes fundos, a
Previdência entenderá que você já está aposentado e concederá apenas o benefício
estabelecido pelo INSS, sem complementação. Assim, para reverter a situação, a ação se
torna muito mais complexa e poderá atrasar a concessão dos benefícios em mais de 2 anos.
Aguarde até a complementação estar garantida (e recebida) e, apenas após isso, resgate os
fundos que tiver direito.
Quem deve pagar a Complementação da Aposentadoria de Servidor Público?
O município tem a opção de criar um RPPS para garantir os direitos dos seus servidores. Caso
fique inerte a esta opção e não crie um, é responsabilidade dele pagar a complementação.
Portanto, é um pagamento que deve ser feito pelo município.
O que devo fazer para receber a Complementação da Aposentadoria?
O processo pode ser um tanto quanto trabalhoso. Muitos municípios evitam pagar o direito e a
questão ainda não chegou ao Supremo Tribunal, o que faz com que alguns tribunais tenham
interpretações diferentes a cerca do tema. Porém, cumprindo os requisitos que descrevemos, o
servidor tem o direito. Tendo direito, a maneira correta a se proceder é a seguinte:
Caso você tenha sido exonerado para que a aposentadoria fosse concedida, poderá entrar na
justiça solicitando a reintegração ao cargo, com direito a receber retroativamente todos os
salários referentes ao período que esteve afastado.
Aposentadoria de Servidor Público Proporcional por Invalidez
Para aquele servidor que comprove incapacidade permanente para exercer o cargo ou
função. O salário será reduzido proporcionalmente ao tempo de contribuição. Nesses casos,
cabe a contagem do tempo de contribuição para o RGPS, que deve ser certificado pelo INSS e
averbado no órgão do servidor.
É possível computar tempo rural ou como pescador, inclusive com documentos dos pais, neste
tempo, fazendo a comprovação no INSS e fazendo o pagamento de uma indenização para o
RGPS. Mas cuidado, o INSS faz um cálculo ilegal, sem respeito à lei e a decisão do STJ, que
definiu pela ilegalidade de cobrança de Juros moratórios e Multa em períodos anteriores a
11/1996. Essa cobrança ilegal é afastada na justiça com facilidade, e reduz em até 70% o valor
cobrado pelo INSS.
Aposentadoria de Servidor Público por Invalidez Integral por Doença Grave, Doença
Ocupacional ou Acidente de Trabalho
Comprovada a doença profissional ou ocupacional, inclusive após o servidor ter se aposentado
proporcionalmente por invalidez, terá direito a Aposentadoria Integral.
Doenças Ocupacionais podem ser desde doenças por esforço repetitivo, doenças da coluna
vertebral e outras degenerativas, e também doenças psiquiátricas.
Doenças graves são: câncer maligno, AIDS, Sequelas de AVC, Doenças graves do Coração,
tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, cegueira, hanseníase, paralisia dos
braços ou pernas, doença de Parkinson e Alzheimer, espondiloartrose anquilosante,
hepatopatia grave (Hepatite), estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante),
contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a
doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma, diz o texto cuja redação foi
dada pela lei nº. 11.052 de 2004.
Acidentes de trabalho, mesmo que no trajeto de casa para o trabalho, ou causados por
terceiros ou colegas no horário de trabalho.
Caso a aposentadoria por invalidez tenha sido concedida de forma proporcional é possível
fazer uma ação de transformação de aposentadoria por invalidez proporcional em
aposentadoria por invalidez integral, efetuando a prova de possuir a doença grave ou a
ocorrência de acidente de trabalho ao qual a administração não tenha reconhecido. Assim, o
servidor passa a receber o salário integral. Além disso, é uma condição ainda mais favorável
pois, reconhecida essa condição, o servidor inativo fica isento de imposto de renda.