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Bombas são máquinas geratrizes cuja finalidade é o de realizar o deslocamento de

um líquido por escoamento.

Transformam o trabalho mecânico que recebem para o seu funcionamento em


energia, que é comunicada ao líquido sob a forma de energia de pressão e cinética.
As bombas classificam-se de acordo com o modo pelo qual é feita a transformação
do trabalho em energia hidráulica e o recurso para cedê-la ao líquido aumentando a
pressão ou a velocidade em:
-Bombas de deslocamento positivo ou volumétricas
-Turbobombas
-Bombas especiais

Bombas de deslocamento positivo


- Nas bombas volumétricas existe uma relação constante entre a descarga e a
velocidade do elemento propulsor.
Possuem uma ou mais câmaras, em cujo interior o movimento de um órgão
propulsor comunica energia de pressão a um líquido, provocando o seu escoamento.
Nestas bombas uma partícula líquida em contacto com o órgão que comunica a
energia tem aproximadamente a mesma trajectória que a do ponto do órgão com o
qual está em contacto

Bombas de deslocamento positivo alternativas


O líquido recebe a acção das forças directamente de um pistão ou êmbolo ou de uma
membrana flexível ou diafragma.

Bombas de deslocamento positivo rotativas


O líquido recebe a acção de forças provenientes de uma ou mais peças dotadas de
movimento de rotação que, ao comunicarem energia de pressão, provocam o seu
escoamento. A acção das forças faz-se segundo a direcção que é praticamente a do
próprio movimento de escoamento do líquido. A descarga e a pressão do líquido
bombeado sofrem pequenas variações quando a rotação permanece constante

Turbobombas
As turbobombas ou bombas rotodinânicas caracterizam-se por possuírem:
- Um elemento rotativo dotado de pás, designado por impulsor ou rotor, que exerce
forças sofre o líquido que resultam na aceleração que lhe imprime.
- Um difusor ou recuperador, onde é feita a transformação da maior parte da
elevada energia cinética com que o líquido sai do rotor, em energia de pressão.

Impulsores fechados- Os rotores são fechados quando além do disco onde se fixam
as pás, existe uma coroa circular também fixa às pás. Utilizam-se para líquidos
límpidos sem substâncias em suspensão.
Impulsores abertos-Os rotores são abertos quando só existe o disco onde se fixam as
pás. Em geral utilizam-se para líquidos contendo pastas, substâncias em suspensão,
areias, águas residuais, etc
Classificação segundo a trajectória do líquido no impulsor
-Bombas centrífugas puras ou radiais
-Bombas de caudal misto.
-Bombas axiais ou propulsoras.

Impulsores centrífugos puros ou radiais- Neste tipo de impulsores o líquido é


admitido paralelamente ao eixo, sendo dirigido pelas pás para a periferia numa
trajectória normal ao eixo (radialmente).
Utilização com água limpa para caudais até  500 l/s e para pequenas, médias e
grandes alturas de elevação até 100 m com um único impulsor

Impulsores de caudal misto- Neste tipo de rotores o líquido é admitido axialmente e


abandona-o segundo um plano ligeiramente inclinado relativamente ao plano
perpendicular ao eixo. A pressão é comunicada ao líquido pela força centrífuga e pela
acção de sustentação das pás. São adequados para grandes caudais e pequenas e
médias alturas de elevação.

Impulsores Axiais -Neste tipo de bombas a trajectória das partículas líquidas é axial.
Não são propriamente impulsores centrífugos, pois a força centrífuga decorrente da
rotação das pá não é responsável pelo aumento da energia de pressão.
Operam segundo a teoria da sustentação aerodinâmica, da propulsão das pás das
hélices ou ainda segundo a teoria do vórtice forçado

Várias inclinações das pás do impulsor

β – ângulo formado pela direcção da velocidade do líquido W2 à saída do impulsor


com o prolongamento do vector que representa a velocidade de arrastamento U2.
O ângulo β influencia os valores da velocidade absoluta V2 à saída do impulsor e da
sua componente circunferencial U2, o que afecta o valor da energia H cedida pelo
rotor

Rotores radiais  2 = 90º (pás tipo Rittinger)

Na descarga radial da velocidade relativa do líquido, a energia total que o rotor


fornece ao líquido é composta de parcelas iguais de energia potencial de pressão e
de energia cinética.

Rotores com pás inclinadas para frente  2 > 90º

Neste tipo de rotor a energia cinética aumenta rapidamente de valor á medida que
2 aumenta. A partir de um determinado ângulo 2 a energia de pressão anula-se e a
energia total é fornecida ao líquido sob a forma de energia cinética. Se o ângulo 2
for ainda mais aumentado resulta na ruptura dos filetes líquidos.
Rotores com pás inclinadas para trás  2 < 90º

u22  u12 w22  w12


  Hp  0
g g
2 > 90º - Nestas condições H < 0 e assim o rotor não tem capacidade para
bombear pelo que trabalharia como o receptor de uma turbina radial centrífuga.
2 = 90º - Nestas condições a energia de pressão devida à força centrifuga é
anulada pela energia de pressão devida à velocidade relativa, H = 0 e assim o rotor
não tem capacidade para bombear.
2 < 90º - Nestas condições a energia potencial cedida ao líquido é inferior à
energia cinética e aumenta com o valor do ângulo 

Que tipo de pás a adoptar - Pás inclinadas para a frente

A energia total cedida ao líquido é tanto maior quanto o valor do ângulo 2, o que
quer dizer que para a mesma velocidade circunferencial os impulsores com pás
inclinadas para a frente fornecem mais energia ao líquido.
Mas neste tipo de impulsores o rendimento é baixo, devido às perdas de energia por
atrito quer no rotor quer no difusor da bomba, porque no curto trajecto desde o
bordo de entrada até ao de saída, o líquido sofre uma acentuada aceleração,
resultando em velocidades elevadas que originam elevadas perdas de energia por
atrito.
No difusor a transformação da elevada velocidade do líquido (energia cinética) em
pressão é nova fonte de perda de energia.

Nas bombas – Apenas para grandes caudais e baixas alturas de elevação.


Nos ventiladores - com os quais se pretende essencialmente fornecer energia de
velocidade ao gás - os impulsores com a pás viradas para a frente, apresentam
vantagem, ao aumentarem directamente a velocidade do fluído que os atravessa.

Que tipo de pás a adoptar - Pás inclinadas para a trás

Neste tipo de pás o líquido é submetido a uma aceleração menos acentuada e as


perdas por atrito são menores, apesar do maior trajecto que os filetes líquidos têm
de percorrer.
O alargamento progressivo do canal entre as pás é mais suave, o que favorece o
escoamento.
Como a maior parte da energia cedida ao líquido pelo impulsor é de pressão, é
menor a parcela de energia cinética que é transformada em pressão, resultando
numa menor perda por atrito no difusor, o que aumenta o rendimento.
Pelos motivos apontados os fabricantes adoptaram para construção corrente, a
forma das pá voltadas para trás na quase totalidade das bombas centrífugas.
2 está compreendido entre 17º 30´ e 30º.
A. J. Stepanoff na sua obra “Centrifugal and Axial Flow Pumps” aconselhou como
regra geral o valor de 22º 30´.

Turbobombas difusor
Um difusor ou recuperador, onde é feita a transformação da maior parte da elevada
energia cinética com que o líquido sai do rotor em energia de pressão, necessária
para vencer a pressão que se opõe ao escoamento, de forma a que o líquido sai da
boca de descarga com uma velocidade razoável.
A transformação opera-se de acordo com o teorema de Bernoulli.
No difusor que tem em geral a secção gradativamente crescente, ocorre uma
contínua e progressiva diminuição da velocidade do líquido que por ele se escoa,
acompanhada de um aumento de pressão.
Na boca de descarga da bomba a pressão deverá ser elevada e a velocidade reduzida.
O difusor pode ser do tipo:
 Tubo recto troncônico nas bombas axiais.
 Voluta nas demais bombas

Empanques
Os empanques mecânicos utilizados nas bombas modernas ou para serviços mais
exigentes, consistem num anel de aço em contacto com um anel de carvão ou
carboneto de tungsténio. Um dos anéis está fixo, e o outro com o veio. O anel do
veio é comprimido no anel fixo através de conjuntos de molas.

Tipo de Bomba mais adequado


Velocidade específica
Para a definição preliminar do tipo de bomba é conveniente a utilização do
parâmetro velocidade específica, derivado da análise feita às características de
operação das bombas (coeficientes adimensionais de escoamento e de carga)
(TABELA KSB 2)
Um impulsor será caracterizado pela sua velocidade específica, no ponto de
rendimento máximo.

(EXERCICIO,GRAFICO) --------FIM 6.1-------------------

CURVAS CARACTERÍSTICAS
Dever-se-á designar por curvas características as curvas que relacionam entre si o
caudal, a altura manométrica, a velocidade, a potência, o NPSH requerido e o
rendimento da bomba. Dado o elevado número de parâmetros, é vulgar
considerarem-se curvas com um ou mais parâmetros fixos. Normalmente toma-se a
velocidade como parâmetro fixo, e nas bombas centrífugas, ainda, o diâmetro do
impulsor. A mesma bomba pode trabalhar com impulsores de diâmetro diferente
dentro de certos limites, alterando-lhe as curvas características.

Curva Característica do sistema

A curva característica do sistema é traçada marcando a altura H em função do caudal


num gráfico de coordenadas cartesianas. Esta curva compreende uma parte estática
e uma parte dinâmica. A parte estática corresponde ao desnível geométrico
adicionado á diferença de pressão entre o sistema de admissão e a secção de
descarga
Pdescarg a  Padmissão
g
A parte dinâmica corresponde à perda de carga que varia com o quadrado do caudal
e a altura cinética entre a admissão e a descarga.

Ponto de Funcionamento
Designa-se por ponto de funcionamento da bomba, o ponto da curva característica
que corresponde ao seu funcionamento, quando integrada na rede de tubagem.
Este ponto, intersecção da curva de carga da rede com a curva característica da
bomba, depende das características da rede, em particular da relação da pressão à
entrada e caudal, e está estreitamente relacionado com as perdas de carga e altura
estática na tubagem de compressão. Geralmente não se determina a curva
característica da rede mas sim apenas o ponto correspondente ao caudal de
dimensionamento, escolhendo-se um bomba cuja curva característica, para o
máximo rendimento, passe tão perto quanto possível desse ponto.

Cavitação
Se a pressão absoluta no interior da bomba baixar até atingir a pressão de vapor do
líquido à temperatura de serviço, inicia-se um processo de vaporização do mesmo.
Inicialmente nas zonas mais rarefeitas da bomba, formam-se pequenas bolsas,
bolhas ou cavidades, daí o nome de cavitação, no interior das quais o líquido
vaporiza-se. Posteriormente arrastadas pela corrente líquida devida ao movimento
do órgão propulsor ás quais imprime uma grande velocidade, atingem regiões de
pressão elevada, aonde se processa o seu colapso, com a condensação do vapor e
retorno ao estado líquido.
Quando a pressão reinante no líquido se torna superior à pressão interna da bolha
preenchida com vapor, as dimensões desta reduzem-se bruscamente, correndo o seu
colapso, provocando um deslocamento do líquido circundante para o seu interior,
que gera desta forma uma pressão de inércia com um grande valor.
As partículas formadas pela condensação chocam-se muito rapidamente umas de
encontro às outras, e de encontro à superfície das pás do impulsor.
Os impactos violentos desagregam os elementos de material de menor coesão, e
formam pequenos orifícios, que, com o prosseguimento do evento, dão á superfície
um aspecto rendilhado, esponjoso, corroído.
É a erosão por cavitação.

NPSH requerido (necessário)

A sigla NPSH, vem da expressão Net Positive Suction Head, a qual sua tradução literal
para o Português não expressa clara e tecnicamente o que significa na prática. No
entanto, é de vital importância para fabricantes e usuários de bombas o
conhecimento do comportamento desta variável, para que a bomba tenha um
desempenho satisfatório

Quanto maior for a vazão da bomba e a altura de sucção negativa, maior será a
possibilidade da bomba cavitar em função do NPSH.

Em termos técnicos, o NPSH define-se como a altura total de sucção referida a


pressão atmosférica local existente no centro da conexão de sucção, menos a
pressão de vapor do líquido.
As bombas centrífugas só funcionam adequadamente se não ocorrer a formação de
vapor do líquido bombeado no seu interior.
Assim a pressão no ponto de referência do NPSH deverá exceder a pressão de vapor
do produto.
O ponto de referência do NPSH é o centro do impulsor.
O NPSHreq é um valor da bomba e é expresso em metros nas curvas das bombas.
Este valor frequentemente inclui uma margem de segurança de 0,5 m.
NPSHdisp  NPSHreq

NPSH : diferença entre a carga estática na sucção e a carga correspondente à pressão de vapor do
líquido na entrada da bomba.

NPSH disponível : (na instalação) é a carga residual disponível na instalação para sucção do fluido.
NPSH requerido : (pela bomba) é a carga exigida pela bomba para aspirar o fluido do poço de sucção
Þ dado do fabricante.

-----------------------FIM 6.2------------------------

Se tivermos a curva funcional de uma determinada bomba, o desempenho de uma


outra bomba do mesmo tipo, pode ser obtida a partir da curva característica de
referência por aplicação das regras de semelhança dinâmica, que permitem afirmar
que:
-O caudal varia directamente com a velocidade de rotação
-A altura manométrica varia com o quadrado da velocidade
-A potência absorvida varia com a terceira potência da velocidade, permitindo
variações no rendimento.

----------------------FIM 6.3------------------------------------

Eventos que Influenciam o rendimento das turbomáquinas

As perdas, que reduzem os rendimentos nas bombas centrífugas, podem-se agrupar


nas seguintes diferentes categorias:
1. fugas do fluido vindo de zonas de alta pressão para zonas de baixa pressão,
2. Perdas por atrito mecânico
3. atrito resultante do movimento dos impulsores no liquido.

Curvas características especiais


Nas bombas em que a curva funcional apresenta o desenvolvimento da figura,
quando o desnível geométrico é superior à altura da bomba com caudal nulo, o
controlo não é estável, aparecendo dois pontos de funcionamento.
Deve evitar-se usar bombas com curvas características deste tipo para colunas
estáticas próximas do ponto de caudal nulo.

Alterações permanentes
Estas alterações podem fazer-se, sempre seguindo as indicações do fabricante, sem
serem excepcionalmente caras:
Para as bombas centrifugas:
 Pode mudar-se o diâmetro do impulsor dentro dos limites permitidos
pelo fabricante, obtendo-se uma gama de curvas características.
 Pode ainda alterar-se a velocidade de accionamento, com recurso a
variadores de frequência.
Nestes processos dever-se-á considerar a alteração da potência absorvida.
Para as bombas de deslocamento positivo:
 Quer sejam rotativas quer sejam alternativas o processo normal será
alterar a velocidade de accionamento.
Dever-se-á considerar a alteração da potência absorvida.

Alteração por desgaste


Para as bombas centrífugas, em particular, dá-se um abaixamento da curva
característica devido ao desgaste, cuja influência no sistema pode ser maior ou
menor consoante a curva do sistema

Associação de bombas
Uma estação de bombagem é constituída normalmente por um conjunto de bombas
(é recomendável que uma delas funcione como reserva) que deverão assegurar o
caudal e pressão requeridas pela rede.
Há normalmente três regras básicas a observar neste tipo de instalação:
1. A instalação deverá ser flexível especialmente se as bombas não forem
de velocidade variável.
2. Os problemas de arranque da instalação deverão ser minimizados
especialmente se os accionadores forem motores eléctricos.
3. Deverão ser minimizados, os problemas causados à operação
decorrentes da paragem inoportuna de uma das unidades.
As instalações correntes são em paralelo.

Na montagem em paralelo, ocorre a possibilidade de desequilíbrio de cargas entre as


diferentes bombas.
Há que ajustar as características hidráulicas das bombas, e respectivas velocidades,
para todas as condições de operação do sistema (“equilibrar o sistema”).
- Os desequilíbrios são mais prováveis de ocorrer para curvas características
tipo patamar, na zona de operação do sistema, onde, um pequeno erro no
ajuste da velocidade poderá implicar uma grande diferença no caudal
debitado.
- Num arranjo em paralelo será desejável curvas características com suficiente
inclinação.
- Outra desvantagem para arranjos de bombas em paralelo resulta do facto da
paragem intempestiva duma das bombas poder originar sobrecargas
instantâneas, perigosas, sobre as restantes.
Contudo esta é a solução corrente em instalações hidráulicas.

Nos pipelines instalam-se normalmente bombas em série e bombas de maior


potencia. Se as bombas forem associadas em série pelo menos 2 a 3 unidades são
necessárias para vencer a pressão estática e assegurar o caudal, assim a paragem de
uma delas é suficiente para interromper o funcionamento da linha. Nestas situações,
é muitas vezes preferível distribuir o caudal através de várias bombas em paralelo,
assim o pipeline poderá continuar a funcionar embora com o caudal mais reduzido

Representação em Perfil longitudinal das condutas


No caso das condutas destinadas a vencer grandes distâncias, no projecto elas são
representadas em perfil longitudinal numa escala 1V:10H, este método é
vulgarmente utilizado no estudo de problemas hidráulicos.
Neste perfil traçam-se também as linha de carga estática, a linha piezométrica e as
envolventes das pressões extremas em regime transitório.
Este perfil constrói-se para uma dada conduta, com base numa determinada
condição de funcionamento (caudal e altura manométrica).
Representa-se em:
-Ordenadas a posição da conduta (em geral o infradorso) e a altura piezométrica do
fluido calculado a partir das perdas de carga.
-Abcissas as distâncias ao longo da conduta

Por este processo é extremamente simples estabelecer:


 A pressão real existente ao longo da conduta.
 Os pontos que ficarão sujeitos ás maiores solicitações.
 Determinarem-se “pontos de controlo” cuja altitude e localização na linha
determinam as pressões de operação mínimas necessárias para as diferentes
condições do trabalho.
A cada conjunto de condições de funcionamento da conduta (bombagem ou
gravítico) corresponderá um conjunto de linhas piezométricas.
A inclinação das linhas piezométricas traduzem a perda de pressão por unidade de
comprimento do tubo para o caudal e fluido considerado.

Esta representação é muito útil para o estudo de:


1. Localização das estações alimentadoras da linha “booster” para as diferentes
fases a considerar na operação.
2. Colocação das ventosas
3. Locais para estabelecimento das descargas de fundo.
4. Introdução de válvulas de seccionamento de troços, para auxiliar a
manutenção.
5. Posição dos dispositivos de protecção das condutas.
6. Pressões nominais por troços de tubos.
7. Verificação se não existem pontos aonde poderá ocorrer a quebra da veia
líquida por vaporização.

Quebra da veia líquida por vaporização do líquido na tubagem


Condições mínimas de funcionamento:
 Primeira condição : A linha piezométrica em funcionamento estacionário não
deverá intersectar a linha do perfil da tubagem.
 Segunda condição: Evitar a vaporização do líquido em regime transitório. Esta
situação produz-se sempre que a pressão iguala ou é inferior a pressão de vapor.
P > Pv

Quando a linha piezométrica è inferior à linha da tubagem nessa região a conduta


funciona em vácuo, haverá tendência para a introdução na tubagem dos materiais
circundantes, com conspurcação do líquido transportado.
No caso de condutas que transportem água potável tal prática não é admissível.
Em regime transitório não é admissível a ocorrência de vaporização nos pontos de
inflexão do perfil da conduta, uma vez que aí poderá ocorrer a ruptura da veia líquida
com subsequente geração de elevadas pressões quando as colunas líquidas se
voltarem a reunir

 Disposição de forma a evitar a formação de bolsas de ar.


O cone de redução de diâmetro excêntrico, deverá ser colocado com
excentricidade para baixo, para evitar introdução de bolhas de ar na aspiração, que
reduzem a secção de escoamento e podem ocasionar cavitação na bomba.
Se a bomba se destina a funcionar em aspiração (na vertical), deverá ser previsto
na tubagem de aspiração uma válvula de pé ou de retenção eventualmente com ralo,
se houver suspensões no fluido, para a sua retenção. Neste caso deverá prever-se um
dispositivo de alívio de pressões.

Deverá ser previsto na tubagem de aspiração uma válvula de isolamento por


bomba, para seccionar o seu circuito e colocá-lo fora de serviço.
Nunca deverá ser instalado um pescoço de cavalo na aspiração

A tubagem de compressão deve incluir:


-Uma peça de transição do diâmetro da boca de compressão da bomba, para a
compressão individual.
-Uma válvula de retenção, para impedir o retorno de líquido.
-Uma válvula de isolamento.
-Nas bombas de grande caudal um medidor de caudal ou um medidor de caudal na
compressão comum.

Instalação de Bombas Rotativas


Para as bombas rotativas passa-se o mesmo, excepto que para as bombas em
aspiração convirá uma elevação do tubo antes da bomba, para que esta arranque
com o corpo cheio de líquido ou ferrada.

Instalação de Bombas Alternativas


As bombas alternativas podem atingir grandes pressões, pelo que para proteger a
tubagem e evitar esforço do motor devem existir:
Uma válvula de segurança, na bomba ou na tubagem de compressão,
Um depósito hidropneu-mático colocado na compressão de formar a atenuar as
flutuações de pressão devidas á cadência do êmbolo.
Processos de escorvamento
(ferragem)
Uma bomba centrífuga para funcionar convenientemente deverá estar cheia de
liquido no arranque, pois se houver ar no interior da voluta, a bomba deixará de ter
poder de sucção e desferrará. Para manter o líquido dentro do corpo da bomba e
repô-lo quando faltar, recorre-se a vários artifícios, como sejam válvulas de pé,
bombas de vácuo, etc.

Sistemas de segurança contra interrupção de caudal


Se houver interrupção de caudal com a bomba em funcionamento a energia
absorvida pela bomba é transformada em calor, que, sendo comunicado ao líquido,
poderá acabar por vaporizá-lo, além de afectar os rolamentos e chumaceiras de
bomba. Se a interrupção for acidental, deverá ser previsto um processo automático
de desligar a bomba, ao fim de um certo tempo, pois a bomba ainda suporta algum
tempo de aquecimento.
Se a interrupção for frequente dever-se-á instalar uma tubagem para retorno do
líquido, (tubagem de recirculação) para o reservatório donde a bomba está a aspirar.
Há duas soluções habituais:
- Válvula de descarga na compressão, quando a curva característica da bomba for
suficientemente inclinada
- Orifício calibrado, permitindo retomar o caudal mínimo, o que tem a desvantagem
de diminuir o rendimento, com o inerente incremento da perda de carga.

Transmissão de vibrações à tubagem e ao fluido


As bombas rotativas produzem pouca vibração, a qual aumenta com a viscosidade do
líquido, se não se reduzir convenientemente a velocidade de accionamento.
As bombas centrífugas vibram mais fora das zonas de máximo rendimento, enquanto
que as alternativas vibram pelo próprio processo de funcionamento.
A vibração é inconveniente, quer para o pessoal quer para o equipamento ligado à
tubagem.
É recomendável a instalação de juntas anti-vibratórias (de borracha, normalmente)
na tubagem.
As bombas alternativas necessitam de um amortecedor tipo reservatório com
almofada de gás, para atenuar as pulsações do fluido.
Na aplicação de juntas antivibratórias de borracha dever-se-á procurar não aumentar
o impulso hidráulico sobre a bomba.
Por isso não é conveniente usá-las para alturas manométricas elevadas
Explique sucintamente o mecanismo de criação de cavitação numa bomba e refira o
processo de o evitar.

A cavitação consiste a na formação de bolhas de vapor do fluido transfegado junto a zona de


aspiração do impulsor, que ao serem arrastadas pelo movimento do fluido para as zonas de
maior pressão, condensam subitamente, junto as pás do impulsor e com tal violência devido
ao elevado valor de pressão localizada, que conseguem “picar” o impulsor originando um ruído
característico, vibração e arranque de material.

Na associação de bombas, podemos ter associação em série e em paralelo, quais as


diferenças?

Associação de bombas em série – teoricamente para o mesmo caudal temos o dobro da altura
manométrica, mas na prática temos quase o dobro da altura manométrica e o caudal não se
mantém, aumenta ligeiramente, devido a curva característica do sistema.

Associação de bombas em paralelo – teoricamente para a mesma altura manométrica temos o


dobro do caudal, mas na prática temos quase o dobro do caudal e a altura manométrica não se
mantém, aumenta ligeiramente, devido a curva característica do sistema.

O k entende por ponto d funcionamento d uma bomba? explique o seu funcionamento.


Ponto de funcionamento é o ponto da curva característica q corresponde ao seu
funcionamento qdo integrada na rede de tubagem. Este ponto resulta da intersecção da curva
d carga da rede com a curva característica da bomba depende, das características da bomba,
das características da rede, em particular da relação da pressão à entrada e caudal, e está
estreita/ relacionado com as perdas d carga e altura estática na tubagem d compressão.

O q entende por NPSH da bomba? Qual o interesse na determinação desse valor. O NPSH d
uma bomba - é a pressão absoluta acima da pressão de vapor do fluido trasfegado q está
disponível a entrada da bomba p/a mover e acelerar o fluido para o impulsor. Cálculo: NPSH-
traduz a pressão mínima a q o sistema deve estar, de modo a q n haja fenómenos de cavitação
qdo o sistema d bomba entra em funcionamento

Refira suscinta/ os sistemas d regulação contra interrupções d caudal q estudou? A


interrupção d caudal é um inconveniente pq a energia absorvida pela bomba é transformada
em calor, q comunicado ao líquido pode vaporiza-lo além de afectar os rolamentos e
chumaceiras das bombas. No caso de interrupção de caudal frequente, deve-se instalar uma
tubagem p/a retorno d liquido (tubagem de recirculação) q pode ser p/a a tubagem d
aspiração ou p/a o tanque donde a bomba está a aspirar. Se houver inconveniente em parar a
bomba, dever-se-á recorrer a uma valv d descarga na compressão, se a curva característica da
bomba for suficiente/ inclinada. Com curvas características horizontais poder-se-á recorrer a
um orifício calibrado, permitindo retomar o caudal mínimo, o q tem a desvantagem d diminuir
o η, com o inerente incremento da perda d carga.

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