Você está na página 1de 95

Mercado de Capitais

Mercado de Capitais
O que é?

O mercado de capitais é um sistema de distribuição


de valores mobiliários, que tem o objetivo de
proporcionar
liquidez aos títulos de
emissão de empresas e
viabilizar seu processo
de capitalização.
Organização Mercados Financeiros
• O Mercado de Capitais ou Mercado Financeiro é , o confronto entre a oferta
e a procura quer de moeda quer de capitais de médio e longo prazo. Assim,
costuma segmentar-se o mercado financeiro em mercado monetário (
de curto prazo ) e mercado de capitais ( médio e longo prazo ). Por vezes,
identifica-se o mercado de capitais com o mercado financeiro ( sentido
estrito ).

• O mercado de capitais divide-se em mercado primário – emissão de títulos


– e mercado secundário – transações de títulos já existentes – sendo a
Bolsa de Valores um dos exemplos mais representativos.
• O mercado financeiro, em sentido amplo, também engloba o mercado de
crédito (bancário e outro) e, ainda, o mercado cambial onde têm lugar as
transacções de divisas.
• Nos mercados monetários destacam-se o mercado monetário interbancário
(MMI) e o mercado monetário interbancário de títulos, ou apenas mercado
interbancário de títulos (MIT). Independentemente da sua designação, o
mercado interbancário de títulos desempenha uma função importante num
sistema financeiro, qualquer que ele seja.
Mercado de
Capitais

Estrutura

O Mercado de Capitais é constituído pelas bolsas de


valores, sociedades corretoras e outras instituições
financeiras autorizadas. O mesmo é subdividido em
Mercado Primário e o Mercado Secundário.
Mercado de Capitais
No Mercado Primário é onde se negocia a subscrição de
novas ações ao público, isto é, onde os valores
mobiliários circulam pela primeira vez e onde a
empresa obtém o capital para seus
empreendimentos, pois o dinheiro da venda vai para
a empresa.
Mercado de Capitais

O Mercado Secundário são as demais negociações com


esses títulos, como simples trocas de possuidores,
pois a empresa emissora já não terá mais contato
com o dinheiro proveniente dessas trocas. Esse
último mercado se caracteriza também pelas
negociações realizadas fora das bolsas, em
negociações que denominamos como mercado de
balcão, trazendo dessa forma mais liquidez para
esses ativos financeiros.
Mercado de Capitais

Classificação do sistema financeiro

• a) - Tipos de Contratos:
– baseado em Crédito.
EX. Japão, Alemanha, todos os mercados emergentes
– baseado em Mercado.
EX. Ações E.U.A.
Mercado de Capitais

Principais papéis negociados no sistema


financeiro
• Títulos públicos
– Podem ser emitidos pelos governos, Estadual e
Municipal
– O objetivo desses papéis reside em:
- Consecução de política monetária
- Financiar o déficit público
Mercado de Capitais

Principais papéis negociados no sistema


financeiro
• Ações
– Títulos de renda variável, emitidos por sociedades
anônimas.
– Podem ser escriturais ou representadas por cautelas ou
certificados.
– As ações são conversíveis em dinheiro, a qualquer tempo,
Podem ser:
• Ordinárias;
• Preferenciais:
• Fruição.
Mercado de Capitais
Principais intervenientes no mercado financeiro
Reguladores

•Responsabilidade de disciplinar
•Fiscalizar
•Coibir irregularidades
•Examinar registros contábeis de
pessoas ou empresas sujeitas á sua
fiscalização
Mercado de Capitais
Principais intervenientes no mercado financeiro
Mercado de Capitais
As empresas, à medida que se expandem, carecem de mais e
mais recursos, que podem ser obtidos por meio de;
Mercado de Capitais
Porque investir no mercado de capitais?
À medida que cresce o nível de poupança individual e a poupança das empresas
(entende-se por poupança o lucro das mesmas) constituem a fonte principal
do financiamento dos investimentos de um país.
Com os recursos necessários, as empresas têm condições de investir em novos
equipamentos ou no desenvolvimento de pesquisas, melhorando seu
processo produtivo.
O investidor em ações contribui para a produção de bens, dos quais ele também é
consumidor. Como acionista, ele é sócio da empresa e beneficia da
distribuição de dividendos sempre que a empresa obtiver lucros.
Mercado de Capitais
Principais Benefícios do Mercado Acionista

Para que o Mercado Acionista se desenvolva, consiga


cumprir com sua função e traga benefícios para as
partes envolvidas, o ambiente de negócios no país
de atuação deve
ter total liberdade
e possuir regras
claras e definidas.
Mercado de Capitais
Principais Benefícios do Mercado Acionista

 Financia a produção e os negócios, pois através


da venda de ações as empresas obtêm
recursos para expandir seu capital, com
obrigações apenas no longo prazo;

 Possibilita que os recursos poupados se tornem


investimentos, proporcionando crescimento
econômico e crescimento de produtividade com
a inserção das poupanças no setor produtivos;
Mercado de Capitais
Principais Benefícios do Mercado Acionista

 Constitui uma forma de crescimento das


companhias, que podem aumentar sua
participação no mercado através
da distribuição de ações, além
de possibilitar a elas aumentar
seus ativos e valor de mercado;
Mercado de Capitais
Principais Benefícios do Mercado Acionista

 Auxilia a redistribuição de renda, à medida


que pode proporcionar
a seus investidores
ganhos decorrentes de
valorizações do valor
da ação e distribuição
de dividendos,
compartilhando assim o
lucros das empresas;
Mercado de Capitais
Principais Benefícios do Mercado Acionista

 Aprimoramento dos princípios da Governança


Corporativa, através de melhorias na
administração e eficiência, visto que as
companhias abertas precisam cumprir a regras
cada vez mais rígidas propostas pelo governo e
pelas Bolsas de Valores, além de deixar o
mercado mais transparente;
Mercado de Capitais
Principais Benefícios do Mercado Acionista

 Possibilita a inserção de pequenos investidores,


já que para investir em ações não há a
necessidade de grandes somas de capital
como outros tipos de investimentos;
Mercado de Capitais
Principais Benefícios do Mercado Acionista

 O Mercado de Ações atua como indicador


económico, uma vez que é extremamente
sensível e a cotação das ações pode refletir as
forças do mercado, como
momentos de recessão,
estabilidade, crescimento,
etc.
Mercado de Capitais
Investimentos em Títulos

 Renda: Divido em fixa e variável. A renda é fixa


quando se conhece previamente a forma do
rendimento que será conferida ao título. Nesse
caso, o rendimento pode ser pós ou pré-fixado,
como ocorre, por exemplo, com algumas
obrigações.

A renda variável será definida de acordo com


os resultados obtidos pela empresa ou
instituição emissora do respectivo título.
Mercado de Capitais
Investimentos em Títulos
 Prazo: Há títulos com prazo de emissão
variável ou indeterminado, isto é, não têm data
definida para resgate ou vencimento, podendo
sua conversão em dinheiro ser feita a qualquer
momento.

Já os títulos de prazo fixo apresentam data


estipulada para vencimento ou resgate, quando
seu detentor receberá o valor correspondente à
sua aplicação, acrescido da respectiva
remuneração.
Mercado de Capitais
Investimentos em Títulos

 Emissão: Os títulos podem ser particulares ou


públicos. Particulares, quando lançados por
sociedades anônimas ou instituições
financeiras autorizadas
respectivamente.
Mercado de Capitais
Como investir e operar
no mercado de capitais?

Para operar no mercado secundário de ações é


necessário que o investidor se dirija a uma
sociedade corretora membro de uma bolsa de
valores, na qual funcionários especializados
poderão fornecer os mais diversos
esclarecimentos e orientação na seleção do
investimento, de acordo com os objetivos
definidos pelo aplicador. Atualmente é possivel
também operar no mercado individualmente
através do acesso online.
O que é a Bolsa de Valores?
• A Bolsa de Valores é o centro especialmente criado e mantido
para negociação de valores mobiliários, em mercado livre e
aberto, organizado e fiscalizado pelos corretores e pelas
autoridades.
A Bolsa não é um meio corrompido que dá lugar a abusos e
em que ganha “o mais esperto” ou “o mais poderoso”. É claro
que existe especulação, mas ela constitui um sistema
importante de escoar dinheiro para o sector industrial, que
necessita de financiamento para desenvolver a sua
actividade. Em Portugal , tal como noutros países, a Bolsa,
durante muito tempo e para muitas pessoas, desfrutava de
má fama e eram postas em causa as suas funções como
dinamizadora da economia nacional.
O que é a Bolsa de Valores?
• O mercado, sendo um mecanismo que liga a produção ao
consumo e que coordena toda a economia. Admitindo que o
mercado é o mecanismo coordenador da economia
capitalista, isso permite-nos afirmar que a Bolsa de Valores
tem desde há muito tempo um papel importante em todo este
processo de troca:
 Permite um fácil escoamento do crédito público e privado. Ela
canaliza a poupança dos particulares e das empresas para o
processo produtivo
 Actua como factor importante na repartição de recursos e na
optimização da aplicação da poupança.

 É um organismo útil para o desenvolvimento económico das


sociedades
O que é a Bolsa de Valores?
• A Bolsa de Valores é um mercado organizado onde se transaccionam valores
mobiliários(acções e obrigações) através de intermediários específicos onde a
transparência é um requisito fundamental. As compras e as vendas de títulos são
realizadas por correctores e por sociedades de corretagem(que só podem actuar no
mercado por conta de nutrem) e as sociedades financeiras de corretagem(que
podem actuar por conta própria gerindo carteiras de clientes e, por isso, são
consideradas Declares).

• O mercado de capitais divide-se em mercado primário- emissão de títulos- e


mercado secundário- transacções de títulos já existentes. Os vários mercados
secundários que podem encontrar-se nos sistemas financeiros distinguem-se pela
organização e modo de funcionamento próprio, e concorrem entre si, não só pelo
lado da oferta – procurando conquistar o interesse das entidades emitentes de
valores mobiliários- como pelo lado da procura- mediante a aquisição desses
valores por parte dos investidores.

• A Bolsa de Valores é um mercado secundário, especialmente, organizado para a


transacção de valores mobiliários. Ter títulos admitidos à cotação na Bolsa é
vantajoso para as empresas devido aos benefícios fiscais que pode usufruir, à maior
facilidade em obter meios financeiros no mercado de capitais e ao prestígio que
oferece.
Preços e Ordens

• Preço dos títulos


• Na Bolsa de Valores os preços dos valores mobiliários são
fixados de acordo com a respectiva oferta e procura. Se para
um determinado valor mobiliário há mais ordens de compra
do que ordens de venda, o preço sobe até atingir um nível
que afaste certos compradores alicie novos vendedores.

Uma ordem de Bolsa representa um mandato relativo às


operações de compra e de venda em Bolsa de valores
mobiliários. As ordens de Bolsa podem ser dadas aos
intermediários financeiros, às sociedades correctoras e às
sociedades financeiras de corretagem(Dealers) antes da
abertura das sessões ou durante o seu funcionamento.
Tipos de Ordens
• Ao Mercado
• Com Limite de Preço
• Stop Loss
• Trailing Stop
O que é a Bolsa de Valores?
• Vamos então ver alguns dos indicadores bolsistas. A
escolha da forma de aplicação exige, para além de
recursos financeiros, muitas vezes avultados,
conhecimentos do mercado financeiro, primário ou
secundário, que não estão ao alcance do investidor
comum. Tomada a decisão de aplicar as poupanças, o
investidor tenta medir o rendimento obtido face ao
investimento realizado tanto em obrigações como em
acções. Alguns indicadores são:
Lucro por acção(EPS – Earnings per share)
Valor contabililístico(Book value)

Price earning ratio (PER)


Price cash flow (PCF)
Payback period

Capitalização Bolsista

Índice de cotações
Outros Indicadores de evolução
O que é um Indice?

O PSI-20, por exemplo é um índice de acções que constitui um indicador da evolução do mercado accionista
Português.

Imagine a feitura de um bolo. Usamos vários ingredientes em várias quantidades, certo? Também neste caso
assim se passa. Juntamos 20 acções, em diferentes proporções, segundo a sua importância em termos de
peso no mercado e da frequência com que são negociadas. Misturamo-las, segundo uma fórmula
matemática, conseguindo um só número (com duas casas decimais) que vai subindo ou descendo quando os
preços das acções sobem ou descem. Concerteza que já ouviu falar no IPC (Índice de Preços no
Consumidor), Também neste caso se trata de um índice, este composto pelo preço de determinados bens e
serviços, enquanto que o PSI-20 se refere a preços de acções.

Um índice de acções contitui uma forma fácil e rápida de avaliar a evolução de um mercado.

Reparando no gráfico seguinte :

[Evolução do Índice PSI-20 entre 04Jan99 e 30Dez99]


Note-se que as acções que, em cada momento, fazem parte deste índice são escolhidas, com base em
critérios objectivos, pela BVLP - Bolsa de Valores de Lisboa e Porto e, em princípio as acções mantêm-se
no índice por períodos de 6 meses.
MERCADO DE DERIVADOS
Conceito de contrato derivado
“derivado é um contrato cujo valor depende
(ou deriva) do valor de um bem básico, taxa
de referência ou índice”
(Grupo dos Trinta, “Global Derivatives Study
Group”,Washington, D.C., julho de 1993).
Conceito de contrato derivado

Isto explica o motivo pelo qual servem tão


bem para limitar o risco de flutuações
inesperadas de preço do ativo em
questão.
Conceito de contrato derivado
“O uso de derivados surgiu da necessidade de
reduzir a incerteza, e certamente não há nada
de novo nisso.”
(Desafio aos Deuses, Peter L.Bernstein, editora Campus, 3a
edição,1997, pág.305/306).
Conceito de contrato derivado
Os contratos derivados só existem porque há a possibilidade
de o preço da mercadoria à vista (ações, moedas, grãos, taxas
e índices)variar.Caso o mercado à vista deixe de existir, o
derivado perde a razão de ser.
A mercadoria física, negociada no mercado à vista, referência
para o derivado, é chamada de ATIVO-SUBJACENTE.
Outro aspecto bem importante é que só pode
existir derivados sobre ativos e mercadorias
que possuam seus preços de negociação
livremente estabelecidos pelo mercado, sem
nenhum tipo de controle, ou seja, os preços
devem ser transparentes, correndo seus
próprios riscos.
derivados Financeiros e Não
Financeiros

Os derivados financeiros são os referenciados sobre


taxas de juros, moedas, ações e índices.
Os não-financeiros são os derivados sobre os preços das
commodities, como o ouro, petróleo e ativos
agropecuários (algodão, soja, açúcar, álcool, milho e
café)
Na prática, os derivados são transações nos
mercados de futuros, a termo, swaps e opções,
ou contratos com características semelhantes a
um ou mais desses instrumentos (contratos de
seguro, por exemplo).
Mercado Futuro
São contratos padronizados negociados entre duas
contrapartes, por intermédio de uma bolsa, para um
determinado vencimento em uma data futura.
Obedecem a um ajuste diário de posições e
pagamento inicial de margens de garantia.
Mercado a Termo
São contratos de compra e venda de um ativo
com liquidação física ou financeira numa data
futura, determinada pelo contrato.
O montante, preços e prazos são definidos
pelas partes.
Diferenças entre o Mercado a Termo e o
Mercado futuro
A diferença básica entre estes dois contratos é que enquanto nos
mercados futuros é exigido o ajuste diário das posições, nos
mercados a termo isto não ocorre. É tudo resolvido no
vencimento do contrato e está aí o seu maior risco.
Os mercados futuros são negociados em CONTÍNUO enquanto
que os mercados a termo são negociados nos chamados
mercados de CHAMADA.
SWAPS
De um modo geral é uma troca de índices entre dois
investidores, sem envolver a troca do principal.
Os swaps com maior liquidez no Brasil são os que
negociam a taxa de juros prefixada contra a pós-
fixada (DI x Pre) e a taxa de juros contra a variação
cambial (DI x US$).
OPÇÕES
Uma opção é um contrato que fornece o direito de
comprar ou vender um número prefixado de
unidades de um ativo em sua data de vencimento
(opções européias) ou em sua vigência (opções
americanas), a um preço combinado na data inicial
do contrato (preço de exercício).
OPÇÕES
O preço da opção é, portanto, um prémio pago
(recebido) por adquirir (fornecer) um direito.
Existem dois tipos básicos de opções, opções de
compra (call) e opções de venda (put).
OPÇÕES
A opção, portanto, é um instrumento que dá ao seu
comprador (titular) um direito futuro sobre algo, mas
não uma obrigação; e, a seu vendedor (lançador),
uma obrigação futura, caso o titular da opção exerça
seu direito.
Por assumir esta obrigação, o vendedor recebe um
prémio.
Participantes dos mercados derivados
• HEDGER
• ESPECULADOR
• ARBITRADOR
• MARKET MAKER
Hedger
• Os hedgers são os agentes econômicos que
desejam proteger-se dos riscos derivados das
flutuações adversas nos preços de
commodities, taxas de juros, moedas
estrangeiras, etc.
Hedger
• A função do hedger é a de administração do
risco. Dessa forma, o hedger, normalmente,
assume uma posição no mercado de
derivados contrária àquela assumida no
mercado à vista.
Hedge Cambial
Um exportador europeu aguarda o pagamento de uma factura
de um cliente norte-americano que irá pagar daqui a 30 dias
um valor pré-determinado em USD.

. Ora, se o USD desvalorizar durante esse período, o valor do


pagamento será inferior ao inicalmente esperado (risco
cambial).

. Abrindo uma posição de “aposta” na desvalorização do USD


face ao EUR, se tal acontecer, esse ganho financeiro
compensará a perda no valor da factura.
Hedge de Taxa de Juros

Um investidor está aplicado em um título prefixado, como,


p.ex., um CDB ou uma LTN – Letra do Tesouro Nacional.
Para ele se proteger contra uma possível alta dos juros,
ele tem de ficar COMPRADO em juros futuro, se
apropriando de renda no caso de uma alta no valor do
mesmo, compensando a perda de rentabilidade no
título físico.
Especuladores
• São os agentes econômicos, pessoas físicas ou
jurídicas, que estão dispostos a assumir riscos
das variações de preços motivados pela
possibilidade de ganhos financeiros.
• A sua motivação básica é a oportunidade de
realização de lucros aproveitando as
flutuações de preços no mercado.
Especuladores
• Contemplam posição contrária à dos hedgers
e de outros especuladores, assumindo o risco
de variação nos preços dos produtos
negociados.
• Sua presença nos mercados futuros é
indispensável, pois é ele que se dispõe a
assumir o risco dos hedgers.
Especuladores
Nos esforços que fazem para conseguir lucros, os
especuladores devem prever, com a maior precisão
possível, as oscilações futuras dos preços e das taxas de
juros e de câmbio. Com objetivo de aperfeiçoar essas
predições, muitos especuladores empregam tempo e
recursos consideráveis para conseguir e analisar as
informações sobre a situação e perspectivas das
condições de oferta e procura.
Especuladores
Portanto, uma função muito importante desempenhada
pelos especuladores é a de projetar os preços, ou seja,
ele forma a expectativa dos preços dos bens. Por esse
motivo, os mercados futuros estimulam a participação
destes agentes, pois sem eles as duas funções
econômicas básicas dos mercados futuros - transferência
de riscos e visibilidade de preços, na prática, ficariam
inviabilizadas.
Especuladores
Outra função importante cumprida pelos
especuladores é sua contribuição para a
liquidez do mercado. A maior liquidez do
mercado oferece maiores facilidades a quem
deseja cobrir-se (os hedgers) para abrir e
fechar posições rapidamente e em condições
competitivas.
Especuladores versus Manipuladores
No entanto, é importante distinguir o especulador do
manipulador. Enquanto o primeiro é imprescindível ao
funcionamento do mercado, o segundo é predador e
deve ser eliminado. O manipulador quer apenas provocar
distorções artificiais nos preços dos contratos para
auferir ganhos fáceis, geralmente assumindo posição
simultânea no derivado e no ativo-subjacente.
Normalmente, as bolsas e autoridades possuem regras
severas quanto a esse tipo de prática.
Arbitrador
Os preços de um bem, transacionado em dois mercados diferentes, podem,
temporariamente, apresentar discrepâncias entre si, provocadas por
desequilíbrios entre a oferta e a demanda do bem, em um ou outro
mercado. Quando isto ocorre, indivíduos atentos ao comportamento dos
preços nos dois mercados imediatamente procuram auferir ganhos destas
distorções, através da compra do bem, no mercado onde ele está mais
barato, e a sua venda, naquele onde ele está mais caro. Os agentes deste
processo são denominados de arbitradores.
Arbitrador

• O arbitrador é o participante que, correndo um


risco bastante pequeno, opera simultaneamente
em mais de um mercado para se valer de
distorções de preços relativos.
• São responsáveis, portanto, pela manutenção de
uma relação entre preços futuros e à vista.
Market Maker
• São especialistas em determinado produto e
devem carregar posição própria para, sempre
que convocados pelas bolsas, oferecerem
preços de compra e de venda para os
produtos em que são especialistas.
• Ajuda na liquidez e na formação de preço.
As Bolsas de Futuros
Os mercados a termo e de opções têm origens muito
remotas. Em períodos anteriores à civilização greco-
romana, já aconteciam negociações que, de alguma
forma, determinavam preços para transações futuras.
No Japão, em 1730, surgiram negociações a termo de
recibos de arroz com especificações de condições de
pagamento, qualidade, quantidade e prazo para entrega
futura.
As Bolsas de Futuros

No próprio interior do Brasil podemos


encontrar raízes históricas dos derivados,
quando surgiram operações a termo do tipo
venda futura de produtos agrícolas com
preço predeterminado.
A simplicidade destas operações, porém,
gerava vários tipos de problemas, tais como:
As Bolsas de Futuros

• Risco de crédito;
• Falta de padronização da qualidade;
• Falta de divulgação ampla de preços;
• Impossibilidade de transferência de posições.
As bolsas somente ganharam a dimensão que têm hoje
porque provaram que eram úteis para eliminarem estes
entraves, tornando mais ágeis e eficientes as
negociações com derivados.
As Bolsas de Futuros

• O papel de uma bolsa de futuros é organizar,


desenvolver e liquidar os mercados
relacionados com os contratos futuros e
derivados em geral.
• As bolsas oferecem aos seus membros uma
localização física para que os negócios
ocorram de forma livre e transparente e
garantam a boa liquidação dos contratos.
Membro de Compensação
• Também detentora de um título junto à Bolsa,
é uma corretora de valores e de mercadorias
que tem como papel assumir a
responsabilidade pelo registro, compensação
e liquidação de todos os negócios realizados
pelas Corretoras de Mercadorias, Operadores
Especiais e Permissionárias Correspondentes;
Sistemas de Garantia e a Clearing
House
• Para que as bolsas possam assegurar a boa
liquidação dos negócios nelas realizados, um
sistema de garantias é administrado pela
Clearing House ou Câmara de Compensação.
Clearing

As compensações das bolsas são realizadas


por esta clearing house, que assume para
si todos os compromissos financeiros e vai
liquidando as partes. Ou seja, é a primeira
garantidora de todas as operações.
Clearing

Entretanto, é bom frisar que, apesar da


câmara garantir a operação perante
outros membros, a corretora é a
garantidora final das posições de seus
clientes.
Salvaguardas da Clearing

• Liquidação das operações em D+1;


• Ajuste diário;
• Margem de garantia;
• Estabelecimento de limites operacionais;
• Caução de títulos; e
• Fundos.
FAQ’s – Perguntas frequentes
• O que são posições curtas e longas? E o
Open Interest?
Curta é a posição do investidor que, em relação a um
dado contrato, vendeu uma quantidade superior à
adquirida. Caso a quantidade comprada seja
superior à quantidade vendida, então a posição
será longa, no contrato em causa. O somatório das
posições curtas do mercado é, naturalmente,
idêntico ao somatório das posições longas e
corresponde - qualquer um - ao valor do Open
Interest (ou Posições Abertas).
FAQ’s – Perguntas frequentes
Em que consiste o mark-to-market?
O mark-to-market (ajustes diários de perdas e ganhos) é o procedimento pelo qual são
diariamente apurados e liquidados os ganhos e as perdas nos contratos de futuros.

O que são as Margens?


Montante de garantias a depositar pelos Membros Liquidadores na Câmara de
Compensação, de modo a cobrir o risco que esta assume ao garantir o cumprimento dos
contratos celebrados. São função directa da magnitude das posições abertas. O mesmo
tipo de relação estabelece-se, por sua vez, entre os Membros Liquidadores e os seus
Clientes.

Em que consiste o efeito de alavanca ou alavancagem?


Multiplicação da taxa de retorno, no caso dos futuros potenciada pelo facto de as
operações necessitarem de um investimento inicial (as Margens) substancialmente
inferior ao de operações sobre o mesmo volume de activos no mercado à vista.

O que é a Câmara de Compensação?


Na BVLP, é o serviço autónomo da Bolsa responsável pelo registo, compensação,
liquidação, gestão dos mecanismos de segurança e controlo do risco das operações
sobre os contratos derivados aí negociados.
FAQ’s – Perguntas frequentes
O que são os Membros Negociadores?
Têm por função exclusiva a intervenção na negociação de contratos de futuros e de
opções.

O que são os Membros Liquidadores?


Têm por função, para além da intervenção na negociação de contratos de futuros e de
opções, a participação no processo de constituição de garantias e de liquidação, física e
financeira, das operações e, bem assim,. dos prémios das opções e das taxas de
realização de operações.

Quais as estratégias típicas dos mercados de derivados?


Cobertura de risco, especulação e arbitragem.

Em que consistem as estratégias de cobertura de risco?


Trata-se da transferência do risco de eventual perda decorrente de variações adversas
do preço do activo subjacente a uma posição no mercado à vista, para um outro agente
económico, mediante a realização de operações de compra ou venda de futuros, que se
traduzem na assunção, neste mercado, de posições opostas às detidas no mercado
spot.

O que é uma estratégia de especulação?


Comportamento do agente económico que compra ou vende futuros em função das suas
expectativas de evolução dos preços, tendo por objectivo fundamental a obtenção de
lucros derivados da concretização dessas expectativas e assumindo o risco inerente à
FAQ’s – Perguntas frequentes
E estratégia de arbitragem?
Trata-se da realização simultânea de compras e vendas de um mesmo activo em
mercados distintos, com vista à obtenção de ganhos virtualmente isentos de risco.

O que é o contrato de Futuros PSI-20?


Contrato que tem como subjacente o Índice PSI-20, construído com o duplo objectivo de
servir de suporte ao lançamento deste contrato e, até por esse motivo, se constituir como
um referencial do segmento mais líquido do mercado accionista português. Trata-se de
um índice baseado numa amostra criteriosamente seleccionada de 20 emissões de
acções do Mercado de Cotações Oficiais, cujo cálculo e divulgação é da
responsabilidade da BVLP em conjunto com uma comissão especializada (Comissão
Gestora do PSI-20).

Qual é a forma de cotação dos Futuros PSI-20?


Os Futuros PSI-20 são cotados em pontos de índice. A mínima variação de cotação (tick)
é de um ponto de índice, valendo EUR 1.

O que é o contrato de Futuros BCP?


É um contrato que tem como activo subjacente acções BCP admitidas à negociação no
mercado a contado. A liquidação no vencimento processa-se através da entrega de 100
acções BCP por cada posição curta detida neste contrato.
FAQ’s – Perguntas frequentes

O que é um contrato de Opções?


Contrato a prazo, no qual o vendedor dá ao comprador, em troca de uma
contrapartida monetária (o prémio), o direito (não a obrigação) de lhe
comprar ou vender, durante um determinado período de tempo, um activo a
um preço pre-fixado.
Opções de compra ou venda também são conhecidos por call ou put options,
respectivamente.
Análise de Ativos FInanceiros

ANÁLISE FUNDAMENTAL E ANÁLISE


TÉCNICA
Análise Fundamental
• Resumidamente, designa-se por Análise
fundamental também conhecida apenas pela sigla AF, a
avaliação de acções com recurso às previsões sobre o futuro
da empresa e tendo por base uma série vasta de técnicas e
indicadores.
• Após essa avaliação chegamos a um Valor teórico para
a ação e que nos permite concluir basicamente o seguinte:
– Se a cotação for superior ao valor teórico, a acção está sobreavaliada
ou cara.
– Se a cotação for inferior ao valor teórico, a acção está subavaliada ou
barata.
– Se a cotação for próxima do valor teórico, consideramos que está
correcta.
Análise Fundamental

• A Análise fundamental difere da Análise técnica, a


qual se baseia, essencialmente, em gráficos que
representam o movimento histórico das cotações.
Análise Fundamental
• A principal base da análise fundamental, é o conceito de que
o valor de um qualquer activo é a soma do valor presente de
todos os cash flows futuros que esse activo alguma vez
poderá gerar.
• Embora seja fácil de compreender esse princípio, é óbvio que
o valor dos cash flows futuros está sujeito a grande incerteza
no caso por exemplo de uma acção, ao passo que será muito
melhor conhecido numa obrigação.
• Assim, em acções teremos forçosamente o uso de
pressupostos, tanto para apurar os cash flows futuros
expectáveis como para as taxas a usar para os descontar. Tal
significa não só uma grande variância do resultado final de
uma análise, como uma grande incerteza sobre a
probabilidade desse resultado.
Análise Fundamental
• São inúmeros os rácios financeiros usados para aferir o
valor de um activo, particularmente em comparações
dentro da mesma indústria. Destacamos alguns:
• PER
• PBV
• ROE
• P/Sales
• P/CF
• P/FCF
• EV/EBITDA
• EV/Sales
• EV/FCF
Earning Per Share (EPS)
• EPS ou "earnings per share" são os resultados
por acção, ou seja, os resultados que
a empresa produziu num dado período
(trimestre, ano) divididos pelo número
de acções emitidas em circulação dessa
empresa:

• A partir do EPS (anual) é possível calcular


o PER da empresa.
Significado e Interpretação De alguns
Rácios Económico-Bolsistas
• O PER (price-to-earnings ratio ou rácio preço/lucro) é
um rácio financeiro, que relaciona os lucros
líquidosda empresa com a sua capitalização bolsista, ou
osresultados por acção com a sua cotação.
• Ou seja, o PER é quantas vezes o investidor paga
pelos lucros da empresa. Se estes fossem totalmente
distribuídos e não existisse crescimento, seria o número de
anos que o investidor demoraria a recuperar o seu
investimento na empresa à cotação presente.
• É portanto uma medida de valorização da empresa,
especialmente útil para estabelecer a valorização relativa
entre empresas, mas também como medida absoluta da
valorização das empresas, embora nesse caso seja
influenciada pelo nível das taxas de juro.
Cálculo do PER
• Existem duas formas simples de cálculo:

• A vantagem mais óbvia é que o PER providencia uma medida de


valorização de cada empresa, mas podemos ainda falar:
• Em situações limite, perante capitalizações bolsistas muito elevadas ou
resultados muito elevados, um PER elevado estará correlacionado com
retornos futuros baixos, pela manifesta incapacidade de crescer
fortemente os resultados e portanto de fazer diminuir substancialmente o
PER nessa situação.
• Também PERs muito baixos em situações de pânico de mercado, nas quais
não exista realmente perspectiva de a actividade subjacente diminuir
fortemente (por exemplo, em utilities) tenderão a levar a retornos
elevados no futuro.
Book Value (Valor Contabilístico)
• Em contabilidade, Book value ou valor
contabilístico ou ainda capitais
próprios / situação líquida corresponde aos
activos menos os passivos presentes
no balanço. Ou seja, é teoricamente o valor do
que a empresa tem (ou lhe devem), menos o
valor do que a empresa deve.
Price to Book Value
• O Price-to-book value, PBV ou Price/Book value é
um rácio financeiro utilizado para comparar o capital
próprio de umaempresa à sua capitalização bolsista.

• Ou seja, este rácio diz quantas vezes um investidor que


compre acções da empresa no mercado paga pelo
valor dos capitais próprios da empresa. É uma medida
de valorização tanto absoluta (PBVs elevados podem
significar que uma empresa está cara) como relativa,
servindo para comparar empresas no mesmo sector.
Análise Técnica
• Pressupostos:
Análise Técnica
• O que é?
Análise Técnica
Análise Técnica
Análise Técnica
Análise Técnica
Análise Técnica
Análise Técnica
Análise Técnica
Análise Técnica
AT Vs AF
• Muito tem sido escrito sobre os relativos méritos da
Análise Técnica (AT) e da Análise Fundamental (AF).
Este texto não toma partido por nenhum dos lados,
apenas afirma que a AF é algo importante e ajuda a
tomar decisões de investimento, tal como a AT. Pode-se
perder muito dinheiro tanto usando a AF como usando
a AT e também se pode ganhar muito usando qualquer
uma delas. Nem a AT nem a AF são, à partida, receitas
mágicas que garantam o sucesso. Tanto a AF como a AT
se desdobram em miríades de métodos diferentes,
cada um com os seus méritos e dificuldades próprias.

Você também pode gostar