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RIBEIRÃO PRETO
2018
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RESUMO
ABSTRACT
The study carried out in this work aims at the importance of the injection grout in
sheaths with posterior adhesion, having the fulfillment of the main functions, as the
complete filling of the space between the sheath and the tendons for later adhesion,
in order to protect them from corrosion and stabilize the internal stresses of the
structural concrete element.
The role of cement grout in the injection of post-traced metal sheaths shows the
purpose of its use, the conditions to be respected and the determination of the
parameters necessary for correct verification of the application of the syrup,
highlighting fluidity and exudation.
The existing tests for the characterization of cement mixtures according to NBR
7681 were listed in the present work. The tests carried out consisted in the
measurement of fluidity of different compositions of the grout by the Marsh cone
method, provided for in the standard. Tests on exudation were also performed,
verifying the quality and importance of the method. The conclusions of the study
based on the analysis of the results and the standard were discussed.
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
A nata de cimento tem grande importância na proteção eficiente dos cabos
protendidos contra a corrosão, provendo a aderência das armaduras protendidas
com o concreto. É um componente importante para armaduras de protensão em
concreto protendido.
As novas tecnologias e novos materiais da construção civil possibilitam um
desenvolvimento mais significativo para as futuras construções. Assim como maior
agilidade e praticidade.
Com o surgimento de aditivos químicos nos últimos anos, como os
superplastificantes e a utilização das adições minerais, como a sílica, na indústria do
concreto. Hoje em dia, a variedade de tipos de aditivos é extensa, e muitos deles
visam a melhorar a trabalhabilidade do concreto.
1.2 OBJETIVOS
2 REVISÃO DE LITERATURA
Figura 2: a) aspecto da cordoalha nua 7 fios aço CP 190 RB diâmetros 12,7 mm e 15,2 mm; b)
aspecto do traçado do cabo a ser tracionado com bainha metálica e cordoalhas sistema aderente.
Figura 3: a) ancoragem passiva em laço; b) ancoragem ativa com cordoalhas – sistema aderente em
vigas pós-tensionadas.
Figura 5: a) Viga pós-tensionada de viaduto bi apoiada sendo lançada; b) aspecto final do viaduto
com vigas pós-tensionadas.
a) b)
Figura 7: a) bainha metálica corrugada galvanizada e de plástico (dutos e bainha chatas para as
lajes); b) purgador e mangueira plástica indicada para colocar nos pontos críticos de injeção.
Para que a injeção de nata de cimento seja bem sucedida, são instaladas em
pontos estratégicos da bainha, tubos de saída de ar, também chamados respiros ou
purgadores, com a utilização mangueira cristal plástica transparentes e flexíveis.
Devendo-se dispor de pontos de injeção nos locais mais baixos e os respiros nos
pontos mais altos do cabo.
A aderência proporciona uma divisão mais uniforme de fissuras esporádicas e
melhora a resistência à ruptura das peças submetidas à flexão, evitando variações
de tensão do aço nas ancoragens.
2.3 CIMENTO
O cimento utilizado deve ser dos tipos CPI – 25, 32 e 40, CP II F – 25,32 ou
40, CP II Z – 25, 32 ou 40. CPIV e CPV ARI. Esse cimento deverá possuir as
seguintes características: teor do composto ≤ 10%; teor de enxofre de sulfetos ≤
0.20%; teor de cloro de cloretos ≤ 0.10%, atendendo rigorosamente os itens 4.1a e b
da NBR 7681 e NBR 5732 e variando conforme o local da região de aplicação.
2.4 ADITIVOS
Atuam na melhor trabalhabilidade, reduzindo a relação água/cimento ou
aumentam a compacidade e impermeabilidade do concreto, aumentando sua
resistência. São proibidos aditivos com composição de cloreto de cálcio ou
halogenetos.
A Norma Brasileira ABNT NBR 7681 - 1 define, '' O aditivo empregado na
mistura proporciona melhorias nas características de fluidez e expansão da calda de
cimento, preenchendo espaços vazios, com benefícios na resistência e estabilidade
da pasta. ’’
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Figura 8 – Efeito do hiperplastificante – (a) estabilização eletrostática; (b) estabilização estérica; (c)
estabilização eletroestérica: FONTE CASTRO, A.L &. PANDOLFELLI, V. C.
Figura 9 – Comparativa de elemento estrutural – viga submetida à flexão simples – com sistema de
protensão aderente (Viga A) e com o sistema de protensão não aderente (Viga B). FONTE: HELENE,
P.R.L.; HARTMANN, C.T
Após os cabos serem protendidos, a injeção das bainhas ainda não foi
realizada, o carregamento aumenta progressivamente. A parte da seção de concreto
que resistia por tração deixa de atuar e todo o esforço que por ela era transmitido é
transferido imediatamente ao cabo.
A corrosão sob tensão (CST) é o fenômeno de deterioração de materiais
causada pela ação conjunta de tensões mecânicas (residuais ou aplicadas) e meio
corrosivo. É pela formação de trincas, na cordoalha, o que favorece a ruptura do
material. Por essa razão, a corrosão sob tensão (CST) é comumente chamada de
corrosão sob tensão fraturante. Acontece comumente com metais dúcteis. Na CST,
praticamente não se observa perda de massa do material, como é comum em outros
tipos de corrosão. Assim, o material permanece com bom aspecto, até que a fratura
ocorre.
A corrosão sob tensão é o processo destrutivo de um metal ou liga metálica
resultante da ação simultânea de um meio agressivo, (específico para cada metal), e
de tensões de tração estáticas residuais ou aplicadas sobre o metal ou liga”.
(Wolynec, 1979)
O tempo necessário para a fratura ocorrer depende: a) da tensão (quanto maior a
tensão, menor o tempo; dessa maneira é aconselhável evitar concentrações de
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Figura 10 – corrosão sob tensão – aspectos internos e externos no elemento estrutural. FONTE :
HELENE, P.R.L.; HARTMANN, C.T (2003)
Figura 11 – corrosão sob tensão: a) detalhe do fio corroído na cordoalha; b) aspecto geral da bainha
metálica e as multicordoalhas corroídas. FONTE: HELENE, P.R.L.; HARTMANN, C.T (2003)
A corrosão sob tensão é por vezes observada nos seguintes sistemas: a) Aços
doces, na presença de álcalis, ou nitratos. A fratura nesse caso é intercristalina, e o
problema se agrava à medida que a dureza do material aumenta; b) Aços de alta
resistência mecânica: esses são sujeitos à fratura em vários ambientes,
principalmente nos com presença de cloreto.
A fim de melhor compreender a relação entre a injeção e a resistência a
ruptura, retornando ao cálculo de uma viga, à qual é submetida à um estado de
carregamento externo. Admitindo, inicialmente, que os cabos tenham sido
protendidos, em que, no entanto, as bainhas não terem sido injetadas. Ao ser
progressivamente introduzido o carregamento, chegando a um ponto em que surgirá
a primeira fissura no concreto. Neste instante, é esgotada a capacidade resistente à
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Figura 13: cabo protendido em viga de concreto estrutural destruído por corrosão. FONTE: HELENE,
P.R.L.; HARTMANN, C.T (2003).
3. METODOLOGIA
Para a realização do trabalho utilizou-se a NBR 7681 como base para os
procedimentos. A calda de cimento é proveniente da adição de água, cimento e
aditivo hiperplastificante, que é destinado para bainhas ou dutos de armaduras de
protensão de concreto protendido. O cimento a ser utilizado deve ser o Portland
comum ou outro tipo, desde que o teor de cloro proveniente de cloretos seja no
máximo igual a 0,20%. Neste caso foi utilizado o CP II Z-32. Além disso, a água a
ser utilizada deve ser isenta de teores prejudiciais de substâncias estranhas e o
aditivo não deve ter componentes que possam atacar o aço. Os ensaios realizados
foram: determinação do índice de fluidez e índice de exsudação.
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Figura 14: Material utilizado – a) aditivo Maxfluid 960H; b) funil de Marsh com suporte, proveta de 1L,
Becker de 1L.
Este ensaio é realizado da mesma forma que o ensaio de fluidez, com exceção
de a proveta ser previamente molhada.
Deverá ser posicionada a proveta em solo firme, nivelado e isento de
vibrações, posicionar o bico de funil no interior da proveta e despejar a calda
cuidadosamente sobre a parede do funil. O volume inicial a ser registrado deve ser
de 750ml aproximadamente e caracterizado como Vi.
Uma vez atingida a calda no fundo da proveta, tem-se o tempo inicial do ensaio
que deve ser cumprido em até 2 horas para a leitura do volume final Vf.
A superfície da proveta deve ser vedada, a fim de evitar a evaporação da água,
sem impedir a expansão da calda. A quantidade de água exsudada ao fim de 2
horas, que constitui o resultado do ensaio, é expressa pela seguinte equação:
Tipo 1 (cimento + água) com uma razão A/C de: 0,44; 0,40
Tipo 2 (cimento + água + aditivo) com uma razão A/C: 0,42; 0,40; 0,36
Fluidez
0,42 10,32
Composição 2
(Cimento + água + 0,40 11,78
aditivo)
0,36 26,67
4.1 ENSAIOS
Fluidez Exsudação
Composição tipo Razão A/C
Ensaio do cone de Proveta 1000ml
Marsh t(s) (%)
Fluidez Exsudação
Composição tipo Razão A/C
Ensaio do cone de Proveta 1000ml
Marsh t(s) (%)
Com base nos resultados dos ensaios que se encontram resumidos no quadro
1 e no quadro 2, foram elaborados gráficos de relacionamento de diferentes
características ou parâmetros que se passam a referir:
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4.3 EXSUDAÇÃO
Como referido anteriormente, foram realizados ensaios para medição da exsudação
das caldas através de utilização de provetas, conforme previsto na ABNT NBR 7681.
Na figura 4.2, encontra-se representada a relação entre a exsudação medida pelas
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diferentes razões A/C. A análise atenta dessa figura permite verificar o que se
descreve a seguir.
Os resultados obtidos com a proveta para as diferentes medidas, gera
proporções próximas para as composições 1. Já para a calda da composição 2, que
inclui adição do hiperplastificante Matchem 960H, os resultados das exsudações
medidas são semelhantes para as mesmas razões A/C, o que evidencia a
potenciabilidade do aditivo em estabelecer a estabilidade da calda.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os ensaios realizados de acordo com a norma ABNT NBR 7681 para medição
da fluidez das caldas de cimento para injeção em bainhas com aderência posterior,
ensaio do cone de Marsh, seguiram, em parte, o que se representava na norma. O
aditivo tem grande influência sobre o resultado da mistura da calda. Os
superplastificantes à base de policarboxilatos são um pouco mais caros que os a
base de naftalenos, porém se usa a quantidade especificada pelo SP II. Em
contrapartida, para obter a fluidez adequada com o SP I, é necessário utilizar três
vezes mais que o recomendado, correndo o risco de ocorrer algo imprevisto com a
estrutura em longo prazo.
Com os experimentos realizados, a mistura deve estar bem fluida e
homogênea, para que atinja o tempo necessário de índice de fluidez com o aditivo
adequado.
O ensaio da calda de cimento atingiu as adequações referentes à norma,
como tempo e exsudação. Com esses resultados a estrutura resistirá por mais
tempo, não havendo corrosão do aço e consequentemente a sua ruptura.
Depreendeu-se as medidas preventivas de maneira a minimizar a corrosão
sob tensão, que algumas providências possam ser tomadas, como: a) redução das
tensões internas dos cabos protendidos; b) alterações no ambiente corrosivo
(modificando o pH eliminando a presença de oxigênio e de cloretos); c) proteger os
materiais com inibidores químicos ou proteção catódica, assuntos que podem ser
abordados em estudos e pesquisas futuras.
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6. REFERÊNCIAS
NAKAMURA, J. Força aplicada. Téchne. Edição 119, fev. 2007. Disponível em:
http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/119/artigo285368-1.aspx