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Advogado e político, iniciou sua vida pública como juiz municipal no Rio de Janeiro, de 1858 a
1859. Depois, foi deputado (provincial e geral), senador, ministro da Fazenda, presidente da
Província do Rio Grande do Sul e também conselheiro de estado.
No início da carreira era antimonarquista e liberal, fazendo duras críticas aos governos
conservadores da década de 1870. No entanto, com o desenrolar político da época e a
subsequente divisão da política nacional em monarquistas e republicanos, alinha-se aos
monarquistas.
Em 1889 foi o pivô da crise que culminou com a proclamação da república: o Marechal Deodoro,
amigo do Imperador, concorda em participar da quartelada apenas para depor o gabinete do
Visconde de Ouro Preto e volta para casa; no entanto, Benjamin Constant informa que Silveira
Martins, desafeto de Deodoro, seria o escolhido para suceder Ouro Preto.[3] Gomes, Laurentino (2013).
1889: como um imperador cansado, um marechal vaidoso e um professor injustiçado contribuíram para o fim da monarquia e a
proclamação da República no Brasil. São Paulo: Globo. pp. 279 e 280
Tal fato desencadeou definitivamente a Proclamação da República, pois Deodoro da Fonseca não
aceitava ver um inimigo, que o chamava pejorativamente de sargentão, como primeiro ministro.
Com isto, o marechal aquiesce em assinar o decreto que institui o governo provisório
republicano.
Com a deposição de D. Pedro II Silveira Martins parte para um exílio na Europa. Em 1892, com a
anistia concedida por Deodoro, volta à sua terra natal, para logo se indispor com a conduta dos
governantes republicanos, por ele chamados de ditadores comtistas. Por ser declaradamente
monarquista, participou de reuniões com outros brasileiros que tinham por objetivo restaurar a
monarquia parlamentarista no Brasil. Numa delas, insistiu em vão para que D. Pedro II
retornasse ao país, após o marechal Deodoro ter fechado o Congresso Nacional. Em seguida,
propôs à princesa Isabel que permitisse aos militares ligados à Revolta da Armada levarem seu
filho mais velho, D. Pedro, príncipe do Grão-Pará, para ser aclamado D. Pedro III. Ouviu da
princesa que "antes de tudo era católica, e, como tal, não poderia deixar aos brasileiros a
educação do filho, cuja alma tinha de salvar".[4] Indignado, Silveira Martins respondeu: "então,
senhora, seu destino é o convento."