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CARACTERIZAÇÃO LIMNOLÓGICA DO RIO BUCATU, NO MUNICÍPIO DO CONDE,

PARAÍBA, NORDESTE DO BRASIL

RANDOLPHO SAVIO DE ARAÚJO MARINHO1;RONIELLY DINIZ2;WAGNER


FALCÃO3;Gil Dutra Furtado

1 Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente,


Universidade Federal da Paraíba, Campus I, CEP 58051-900. João Pessoa, PB,
Brasil. E-mail: rando28br@gmail.com
2 Bacharel em Ciências Biológicas, Universidade Federal da Paraíba, Campus I,
CEP 58051-900. João Pessoa, PB, Brasil.
3 Bacharel em Ciências Biológicas, Universidade Federal da Paraíba, Campus I,
CEP 58051-900. João Pessoa, PB, Brasil.
4 Engenheiro Agrônomo/UFPB, Especialista em Psicopedagogia/UNINTER, Mestre
em Manejo de Solo e Água/UFPB, Doutor em Psicobiologia/UFRN, Pós-Doutor em
Desenvolvimento e Meio Ambiente/UFPB, Professor Colaborador do
PRODEMA/UFPB. Email: gdfurtado@hotmail.com

RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar os níveis de impactos ambientais em uma
nascente da micro-bacia do rio Bucatu, litoral sul do estado da Paraíba, utilizando
parâmetros físico-químicos e paisagísticos, além do zooplâncton e fitoplâncton. As
coletas foram realizadas no ano de 2006, sendo determinadas três estações de
coleta ao logo do percurso do rio. Foi aplicado o protocolo de aplicação rápida para
classificar a atual situação do ambiente. Os parâmetros utilizados foram:
condutividade, nutrientes, pH, profundidade, temperatura, e transparência da água.
O zooplâncton foi coletado por filtragem de 40 litros de água, por uma rede de
plâncton com malha de 45m, sendo acondicionado em frascos de vidro, e fixado
em formol 4%. O fitoplâncton foi coletado por meio de arrastos horizontais com rede
de plâncton de 20m de abertura de malha, acondicionados em frascos de
polietileno e preservadas com formol a 4% neutralizado. A identificação dos
organismos foi feita utilizando-se um microscópio binocular Olympus CBA. A
aplicação dos protocolos propostos indicou haver um aumento da qualidade
ambiental ao longo do transecto estudado, verificando-se os maiores valores em
umas das nascentes do rio, e os menores valores próximos ao estuário. Assim, a
estação 1 foi considerada a mais impactada por ações antrópicas. Os resultados
demonstraram que não houve diferenças entre os nutrientes analisados com relação
ao plâncton, nas três estações de coleta. No entanto, na estação 2, apenas a
temperatura e a condutividade tiveram valores maiores em relação às demais
estações, no qual foi observado uma maior diversidade de espécies.

PALAVRAS-CHAVE: Ambiente lótico, Fitoplâncton, Parâmetros físico-químicos,


Protocolo de avaliação rápida, Zooplâncton.

ABSTRACT

The objective of this work was to evaluate the environmental impact levels in a
source of the Bucatu River micro-basin, south coast of Paraíba State, using physical-
chemical and landscape parameters, besides zooplankton and phytoplankton. The
collections were carried out in the year of 2006, being determined three stations of
collection to the logo of the route of the river. The rapid application protocol was
applied to classify the current situation of the environment. The parameters used
were: conductivity, nutrients, pH, depth, temperature, and water transparency. The
zooplankton was collected by filtration of 40 liters of water, by a plankton net with a
45 mal mesh, being packed in glass jars, and fixed in 4% formalin. Phytoplankton
was collected by means of horizontal trawls with plankton netting of 20 μm mesh,
packed in polyethylene bottles and preserved with 4% neutralized formaldehyde. The
organisms were identified using an Olympus CBA binocular microscope. The
application of the proposed protocols indicated that there was an increase in
environmental quality along the studied transect, with the highest values in one of the
sources of the river, and the lowest values close to the estuary. Thus, season 1 was
considered the most impacted by anthropogenic actions. The results showed that
there were no differences between the nutrients analyzed in relation to plankton in
the three collection seasons. However, in season 2, only temperature and
conductivity had higher values in relation to the other stations, in which a greater
diversity of species was observed.

KEYWORDS: Lotic environment, Phytoplankton, Physico-chemical parameters,


Rapid assessment protocol, Zooplankton.
INTRODUÇÃO

A água ocupa um lugar específico entre os recursos naturais. É a substância


mais abundante no planeta, embora disponível em diferentes quantidades, em
diferentes lugares (Tundisi 2005). Possui papel fundamental no ambiente e na vida
humana, e nada a substitui, pois sem ela a vida não pode existir.
Segundo Tundisi (1999), alterações na quantidade, distribuição e qualidade
dos recursos hídricos ameaçam a sobrevivência humana e as demais espécies do
planeta, estando o desenvolvimento econômico e social dos países fundamentados
na disponibilidade de água de boa qualidade e na capacidade de sua conservação e
proteção.
A quantidade e qualidade da água das nascentes de uma bacia hidrográfica
podem ser alteradas por diversos fatores, destacando-se a declividade, o tipo de
solo e o uso da terra, principalmente das áreas de recarga, pois influenciam no
armazenamento de água subterrânea e no regime da nascente e dos cursos d’água.
Assim, o estudo das interações de recursos aquáticos e das ações antrópicas em
uma bacia hidrográfica é importante, uma vez que a conservação da água não pode
ser conseguida independentemente da conservação dos outros recursos naturais.
(Pereira 1973)
Nas bacias com cobertura de floresta natural, a vegetação promove a
proteção contra a erosão do solo, a sedimentação e a lixiviação excessiva de
nutrientes (Sopper 1975), sendo essas áreas muito importantes para manter o
abastecimento de água de boa qualidade.
As práticas que se seguem após a retirada das árvores tendem a produzir
intensa e prolongada degradação da qualidade da água. Segundo o novo código
florestal, em nascentes (mesmo intermitentes) e olhos d’água, a distância a ser
preservada com mata é de 50 m (Dos Santos et al. 2013); no entanto, o que se
observa muitas vezes é que as atividades agrícolas [e imobiliárias] não respeitam
essa distância.
Os múltiplos impactos antrópicos sobre os ecossistemas aquáticos têm sido
responsáveis pela deterioração da qualidade ambiental de inúmeras bacias
hidrográficas do território brasileiro.
Entre os fatores de maior influência negativa no equilíbrio de um ecossistema
aquático, principalmente nos que se encontram em zonas litorâneas, está a
crescente especulação imobiliária, que ascende e se fortalece com a consolidação
da sociedade como de caráter amplamente urbano.
Até a metade do século passado, as alterações nas bacias hidrográficas que
alimentavam os estuários com água doce foram pequenas, e os efluentes das
cidades lançados nesses corpos d’água eram adequadamente diluídos e renovados
com impactos praticamente desprezíveis sobre os ecossistemas, entretanto, com o
crescente aumento das populações das cidades, a expansão da agricultura e a
revolução industrial, as obras portuárias e canais de navegação, a quantidade e
diversidade de sedimentos e resíduos domésticos e industriais passaram a ser cada
vez maiores, ameaçando as características naturais dos estuários. Sendo assim, as
atividades humanas diretas ou remotas ocasionaram variações com diferentes graus
de impacto, sendo as causas potenciais da degradação dos estuários (Miranda et al.
2002).
A avaliação da diversidade de habitats oferece oportunidade para avaliar os
níveis de impactos antrópicos em trechos de bacias hidrográficas (Galdean et al.
2001). Assim, a qualidade de um habitat é essencial em qualquer pesquisa biológica
porque a fauna aquática frequentemente tem exigências especificas de habitats que
são independentes da qualidade de água (Hannaford et al. 1997).
O aumento no aporte de nutrientes pode levar a um estado de eutrofização do
ambiente, resultando em mudanças na composição das comunidades presentes no
corpo aquático.
Inventários da diversidade de habitats aquáticos, avaliação dos recursos
tróficos disponíveis e levantamento dos organismos presentes em um meio aquático,
constituem-se em um importante fator para a proposição de estratégias de
conservação e entendimento dos ecossistemas aquáticos continentais (Galdean et
al. 1999; Callisto et al. 2001).
O rio Bucatu, no município do Conde, estado da Paraíba (Brasil), vêm
passando por um processo de deterioração, fruto das pressões ocasionadas pelas
populações humanas que agem direta e indiretamente sobre sua bacia. A beleza
cênica das praias próximas ao rio e a facilitação ao acesso a estas praias,
promovida pela existência de uma rodovia estadual que liga a região à capital do
estado, favoreceram o crescimento do setor imobiliário, que transcendeu os espaços
costeiros, adentrando cada vez mais rumo ao interior do continente.
Inserida em uma área de proteção ambiental, o atual estado da bacia do rio
Bucatu e de suas áreas proximais mostram quão danosas são as relações do
homem com o meio ambiente, e como é preocupante a falta de políticas públicas
necessárias para a preservação do ecossistema, tais como: educação das
populações que usufruem do rio ou cujas ações repercutem direta e indiretamente
na bacia, maior rigor na fiscalização, com a respectiva punição, além da
recuperação do ambiente cuja proteção está constitucionalmente resguardada.
Diante desse cenário, é necessário um estudo de avaliação dos impactos
antrópicos no referido ambiente, com o propósito de resguardar as características
ainda preservadas do mesmo e propor alternativas de recuperação das áreas
danificadas. Portanto, este trabalho analisou os níveis de impactos ambientais (com
base no Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats em Trechos de
Bacias Hidrográficas, proposto por Callisto et al. 2002) em uma nascente da micro-
bacia do rio Bucatu, no litoral sul do estado da Paraíba, utilizando parâmetros físico-
químicos e paisagísticos, bem como as comunidades zooplanctônicas e
fitoplanctônicas.

MATERIAL E MÉTODOS

ÁREA DE ESTUDO
As coletas foram realizadas no rio Bucatu que está localizado entre as
coordenadas 7º19’11,64” S/34º49’26,87” W, e 7º18’32,70” S/34º48’01”W, no
município do Conde-PB (Figuras 1 e 2).
Foram determinadas 3 estações de coleta para que fosse possível analisar os
diferentes parâmetros, e avaliar a ação impactante durante todo o percurso do rio

Fig. 1. Micro-bacia do rio Bucatu (Fonte: AESA 2016; Google Earth 2016).

Figura 2: Micro-bacia do rio Bucatu, evidenciando as três estações de coleta (Fotos:


Google Earth 2016; Randolpho Marinho).
E3
E2

E1

Classificação do ambiente de acordo com o Protocolo de Aplicação Rápida

O Protocolo de Aplicação Rápida, proposto por Callisto et al. (2002), expõe


caracteres que devem ser observados nas estações do rio, que devem ser julgados
e receber uma pontuação também estabelecida no protocolo, sendo, ao final do
levantamento dos padrões observados, classificado o ambiente como em situação
natural, leve ou severamente alterada.

Parâmetros físicos e químicos


A medida da transparência do ambiente será feita em campo, através do uso
do disco de Secchi e as análises laboratoriais das variáveis anteriormente citadas
serão realizadas de acordo com a metodologia padrão para o exame de água e
efluentes (“Standard methods for the examination of water and wastewater” – APHA)
(Clesceri et al. 1998).

Análise das comunidades zooplanctônicas e fitoplanctônicas

O zooplâncton foi coletado por filtragem de cerca de 40 litros de água do local


de estudo, utilizando uma rede de plâncton com malha de 45m, sendo o conteúdo
retido acondicionado em frascos de vidro devidamente etiquetados e fixado ainda no
campo com uma solução de formol a 4% (Crispim et al. 2000)
Por outro lado, o fitoplâncton foi coletado por meio de arrastos horizontais
com rede de plâncton de 20m de abertura de malha, e acondicionadas em frascos
de polietileno de aproximadamente 200ml e preservadas com formol a 4%
neutralizado.
A identificação dos organismos foi realizada utilizando-se um microscópio
binocular Olympus CBA, com até 1000 vezes de aumento,
Os táxons foram identificados a partir de amostras populacionais, sempre
que possível a níveis específicos e intraespecíficos, analisando-se as características
morfológicas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Classificação do ambiente de acordo com o Protocolo de Aplicação Rápida


A aplicação dos protocolo proposto indicou haver um aumento da qualidade
ambiental ao longo do transecto estudado podendo-se verificar os maiores valores
onde se localiza umas das nascentes do rio e os menores surgindo a partir do
momento em que estes se aproximam do estuário.
Com isto, pode-se ver que a estação 3 apresentou um melhor estado de
conservação, alcançando a qualidade de ambiente "natural", enquanto que a
estação 2, apresentou a condição de ambiente "alterado" e a estação 1, a condição
de ambiente "impactado” (Figura 3).

Figura 3. Total da pontuação do protocolo de análise ambiental das três estações de


coleta do rio Bucatu.

36
35
34
33
32
31
30
29
28
27
Estação 1 Estação 2 Estação 3
O desenvolvimento econômico e a diversificação da sociedade resultaram em
usos múltiplos e variados dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. O
aumento destes usos múltiplos da água resultou em uma multiplicidade de impactos,
de diversas magnitudes, que exigem, evidentemente, diferentes tipos de avaliação
qualitativa e quantitativa, além do monitoramento adequado e de longo prazo
(Tundisi 2005).
Figura 4. Pontuação dos diferentes parâmetros do protocolo de aplicação rápida.

16

14

12

10

0
Estação 1 Estação 2 Estação 3
Tipo de ocupação das margens do rio Erosão próxima nas margens do rio
Alterações trópicas Cobertura vegetal no leito
Odor da água Oleosidade da água
Transparência da água Odor do sedimento
Oleosidade do fundo Tipo de fundo

Figura 5. Pontuação dos diferentes parâmetros do protocolo de aplicação rápida.


25

20

15

10

0
Estação 1 Estação 2 Estação 3

Extensão de rápidos Frequência de rápidos Tipos de substrato


Deposição de lama Depósitos sedimentares Alterações no canal do rio
Características do fluxo das águas Presença de mata ciliar Estabilidade das margens
Extensão da mata ciliar Presença de plantas aquáticas

De acordo com as figuras 3, 4 e 5, foi possível constatar que a estação 1 foi a


que atingiu a maior pontuação, segundo o protocolo de análise ambiental, sendo
caracterizada como um ambiente impactado. Tal resultado é fruto da localização da
estação na porção mais a jusante do rio e pela conformação da bacia nas porções a
montante.
A bacia encontra-se em uma região de vale, cuja curva de nível supera os 50
metros de altitude e cuja inclinação da encosta, na maior parte da bacia supera os
45°. Tais características somadas ao fato de toda a cobertura vegetal nas porções a
cima de 15 metros de altitude ter sido removida, aumenta o índice de carreamento
de nutrientes para o leito do rio.
Como, em um ambiente ripário, a concentração de determinados elementos é
a soma do que foi acumulado nas porções a montante daquele ponto, as alterações
observadas na estação 1 são, por esse motivo em grande parte justificadas.
A estação 2, um ambiente com impactos intermediários, uma vez que os
níveis de degradação provocados pela desordenada ocupação do solo pelo homem,
ao longo da bacia do rio Bucatu, ocorrem de relativamente de forma homogênea, a
classificação do ambiente como alterado (um nível intermediário entre o alterado e o
impactado) é justificado pela situação da estação, do mesmo modo,
geograficamente de forma intermediaria.
A estação 3 trata-se de uma das nascentes que alimentam o rio Bucatu. Foi
classificada como “ambiente natural” segundo o protocolo de análise ambiental,
sendo justificada a referida classificação, seguindo os mesmos critérios das análises
anteriores, devido à porção geográfica que ocupa no rio.
Segundo Callisto et al. (2002), em vários países da Europa e nos EUA, as
agências de proteção ambiental têm utilizado abordagens de avaliação de condições
ecológicas em rios de cabeceira e monitoramento de bacias hidrográficas, utilizando
sistemas de referência (Sommerhäuser et al. 2000).
Esta abordagem visa ter um ou vários ecossistemas com suas condições
naturais preservadas e alta biodiversidade para que possam ser comparados com
outros em diferentes níveis de impacto antrópico (Callisto et al. 2002).
Neste sentido, o uso de protocolos e métodos de avaliação ecológica rápida
são de fundamental importância e tem sido amplamente difundido por todo o mundo.

Variáveis físico-químicas e comunidades fito e zooplanctônicas

De acordo com os parâmetros físico-químicos (figuras 6 e 7) pode-se verificar


que não houve diferenças entre os nutrientes analisados com relação as
comunidades fito e zooplanctônicas, nas três estações de coleta,
No entanto, na estação 2 apenas a temperatura e a condutividade tiveram
valores mais altos que nas demais estações, o que possa ter influenciado
diretamente sobre a diversidade de espécies.
Figura 6. Parâmetros físicos analisados.

120

100

80

60

40

20

0
Estação 1 Estação 2 Estação 3

Protocolo ambiental Condutividade pH Temperatura Secchi Profundidade

Figura 7. Parâmetros químicos analisados.


60

50

40

30

20

10

0
Estação 1 Estação 2 Estação 3

Protocolo ambiental Amônia O-Fosfato Oxigênio dissolvido Nitrito

A presença de nutrientes em ambientes aquáticos é resultante de fontes


naturais antropogênicas. As fontes naturais incluem a intemperização de rochas e
solos, deposição atmosférica e decomposição da matéria orgânica. O ingresso no
ambiente normalmente se dá pela água de escoamento superficial, precipitação
direta e através da descarga de água subterrânea em rios ou riachos. As fontes
antrópicas incluem as pontuais e as não pontuais, ou difusas, sendo resultantes das
atividades agrícolas, industriais e de descarga de esgotos, principalmente em áreas
urbanas (USGS 1999).
De acordo com as análises de ocorrência das espécies do plâncton, foi
observado que a estação 2 teve uma maior diversidade de espécies zooplanctônicas
e fitoplanctônicas.
Nessa mesma estação, a maior frequência na comunidade zooplanctônica, foi
a de rotíferos, seguidos de copépodes calanóides e ciclopóides, além da presença
de Bosmina sp. e larva de caranguejo. Com relação ao fitoplâncton, foi observado
uma maior frequência de algas cianofíceas da espécie Nostoc sp. e Microcystis sp.
Tabela 1. Comunidade de zooplâncton e fitoplâncton em cada estação, Rio Bucatu,
município do Conde (PB).

Estação 1
Zooplâncton Fitoplâncton
Náuplio de Copepoda Gyrosigma sp.
Ciclopoida Oscillatoria sp.
Copepodito Pleurosigma sp.
Bacillaria sp.

Estação 2
Zooplâncton Fitoplâncton
Lecane sp. Trachelomonas sp.
Monostyla sp. Pedinomonas sp.
Keratella sp. Chlorella sp.
Mastigophora sp. Nostoc sp.
Ciliophora sp. Microcystis sp.
Entocythere sp. Pleurosigma sp.
Cyclops sp.
Coleps sp.
Bosmina sp.
Náuplio de Copepoda
Copepodito
Larva de caranguejo

Estação 3
Zooplâncton Fitoplâncton
Cypronotus sp. Cosmarium sp.
Ácaro Elaterium sp.
Náuplio de Copepoda Closteriopsis sp.
Chamydotheca sp. Pinnularia sp.
Frustulia sp.
Neidium sp.
Navicula sp.
Rhopalodia sp.
Rhizoclonium sp.
Euglena sp.
Stauroneis sp.
Caloneis sp.

CONCLUSÃO

Conclui-se que no ambiente em estudo, a estação 1 foi considerada como


mais impactada por ações antrópicas. Em um nível intermediário de impacto
encontra-se a estação 2 e, em um nível inferior de interferência humana, encontra-
se a estação 3.
Foi constatada diferença quanto a algumas variáveis físico-químicas de
estação para estação.
As diferenças observadas sob o ponto de vista do protocolo de análise
ambiental e dos parâmetros físico-químicos foram determinantes na diversidade de
espécies observada em cada estação.
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