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FLORIANÓPOLIS, SC
2010
IANAH RAMOS DE SANTOS
FLORIANÓPOLIS, SC
2010
IANAH RAMOS DE SANTOS
Banca Examinadora:
Orientador:
____________________________________________________________
Prof° David Omar Nuñez Diban, Msc.
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Membro: ____________________________________________________________
Profª
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Membro: ____________________________________________________________
Profª Monique Vandresen, Drª.
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Florianópolis, ** de julho de 2011
Para meus pais, que me apoiaram em
todas as minhas escolhas.
AGRADECIMENTOS
RESUMO
This research aims to identify the consumer of polymers made body adornment
objects. Thus, this study tries to understand the market for such products, studying
the history of synthetic polymers and their use in body adornments, contextualizing
their use and consumption from the twentieth century until now. Moreover, we will
investigate the acceptance of the props in question, among a group of people in
which age and gender vary. With this study, we conclude that synthetic polymers can
be considered a viable option for the expansion of the body ornaments market for
fashion and design, as well as recyclable and almost unlimited modeling able, which
makes them attractive to designers and consumers. Finally, the aim is to understand
what creates value in a made of cheap materials object, applying this idea into
ornaments for the body that are manufactured in synthetic polymers.
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA...................................................................
1.2 OBJETIVOS....................................................................................................
1.2.1 Objetivo Geral..............................................................................................
1.2.2 Objetivos Específicos...................................................................................
1.3 JUSTIFICATIVA..............................................................................................
1.4 METODOLOGIA.............................................................................................
1.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA.........................................................................
2 ADORNOS CORPORAIS E POLÍMEROS........................................................
2.1 O ADORNO CORPORAL E SEU VALOR .....................................................
2.2 A HISTÓRIA DOS POLÍMEROS E SEUS USOS EM ORNAMENTOS
CORPORAIS.........................................................................................................
2.2.1 Os polímeros sintéticos................................................................................
2.2.2 A crise de 1973 ...........................................................................................
2.2.3 O Renascimento do design em plástico......................................................
3 POLÍMEROS .....................................................................................................
3.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DE POLÍMEROS.....................
3.2 O PÚBLICO ALVO..........................................................................................
3.3 DA CONCEPÇÃO ATÉ O CONSUMIDOR.....................................................
3.4 O MERCADO PARA OS ADORNOS CORPORAIS EM POLÍMERO.............
4 O VALOR ALÉM DO PREÇO ...........................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................
REFERÊNCIAS......................................................................................................
APÊNDICES ........................................................................................................
ANEXO..................................................................................................................
1. INTRODUÇÃO
É este sentimento, que favorece tanto a valorização dos itens que utilizamos
para adorno corporal, feitos em uma matéria de custo tão inferior a de um metal, ou
pedra, por exemplo, mas que oferece uma infinidade de possibilidades.
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
1.4 METODOLOGIA
Considerando que os polímeros podem ser de origem natural, é fato que eles
vêm sendo utilizados há séculos, no entanto, a história dos polímeros sintéticos teve
ser começo somente em 1839, quando Charles Goodyear deu início à industria de
materiais plásticos, com o processo de vulcanização de borracha, que ele
desenvolvera (FIELL, 2009, tradução da autora).
1
Art Nouveau é o “estilo ornamental utilizado em arquitetura, decoração, joalheria, ilustração etc., [...]
(Floresceu aproximadamente entre 1890e 1910 e inspirou-se, em parte, na arte japonesa da gravura.”
(HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro; FRANCO, Francisco, 2009. p.197).
“Após cinco longos anos de aparentemente pesquisa inútil, Goodyear
resolveu a instabilidade relativa a temperatura que a borracha natural sofria
durante um processo de tratamento que envolvia a adição de enxofre em
condições de extremo calor e pressão. ” (FIELL, 2009, p.9, tradução da
autora)
Sete anos após essa exposição, Leo Baekeland, um químico belga, que
morava nos Estados Unidos, patenteou a Baquelite, classificada como o primeiro
polímero totalmente sintético. Relativamente fácil de ser replicada, e tendo como
resultado uma resina sem bolhas, podia ser transparente, opaca ou colorida. Por
estas características, a nova descoberta foi muito aplicada, assim como a Galalite,
em adereços da época (FIELL, 2009, tradução da autora).
Algum tempo depois, com as mudanças no modo de comportar-se e viver das
mulheres da década de 1920, os acessórios tiveram de se adequar à praticidade
adotada pelo gênero feminino. As jóias tiveram seus preços diminuídos, e para tal,
começaram a incluir em sua composição a prata, as pedras semipreciosas e o
esmalte. Até este período a costume jewellery 2, ou jóia-fantasia era vista como uma
versão barata das jóias de custo muito alto, no entanto Elsa Schiaparelli e Coco
Chanel colaboraram na difusão destes adereços que por sua vez, eram comumente
fabricados em Baquelite e Galalite, substituindo as pedras preciosas (CAPPELLIERI,
2010, p.21, tradução da autora).
Como Codina (2005) conta, a descoberta de que os plásticos eram
compostos de macromoléculas, levou a novas investigações, que entre os anos
1920 e 1930, tiveram como resultado o aparecimento do policloreto de vinil, o PVC,
como é mais conhecido, e do acetato de celulose. Em 1935, surge o nylon, que era
uma seda artificial, de melhor qualidade que o rayon, desenvolvido em torno da
mesma época da criação da Baquelite. Ainda na década de 1930, os polímeros
sintéticos, adquiriram uma melhora relevante, o que os tornou viáveis de fato para
produção em massa e para a indústria em termos de design e fabricação.
Em 1939, teve início a Segunda Guerra Mundial, e durante este período, que
foi até 1945, o governo Americano investiu milhares de dólares em pesquisas com
fins militares. Esta busca por melhorias nos armamentos e equipamentos militares
acabou gerando avanços exponenciais no desenvolvimento dos materiais em estudo
neste trabalho. Com ajuda da publicidade, entendia-se que os plásticos ajudariam a
servir e definir a nação americana durante e depois do período da guerra (FIELL,
2009, p.18-19, tradução da autora).
Há de se compreender que este foi uma época em que vários materiais, como
os metais, estavam escassos, desta maneira, referindo-se a adornos corporais,
surgiam produtos, que tentavam substituir os feitos normalmente em matéria
preciosa. Considera-se também o aumento dos impostos sobre as jóias (PHILIPS,
2008, p.188, tradução da autora), o que tornava satisfatória a possibilidade através
dos polímeros sintéticos, de copiar e criar, substituindo o material original, mas não
abandonando a ornamentação do corpo.
2
Costume Jewellery , ou bijuterias de fantasia, é um termo que “surgiu em 1873, com a criação da primeira
câmara sindical da bijuteria francesa, em Paris. A instituição agrupava os fabricantes de jóias realizadas com
materiais não preciosos e os que produziam as chamadas jóias de imitação” (CODINA, 2005, p.10).
Durante os anos 1950, os polímeros sintéticos foram bastante utilizados para
a fabricação de objetos domésticos. Apesar da grande produção de produtos no
material, a qualidade dos aparelhos era um tanto duvidosa. Somente nos anos 1960,
que este problema parece ter sido reduzido. A expansão da indústria dos plásticos
que vinha ocorrendo desde a guerra, chegara ao seu ápice, e diversos tipos de
polímeros e processos de moldagem se tornaram disponíveis para os designers.
(FIELL, 2009, tradução da autora)
Um dos homens responsáveis por esta difusão foi o químico Harry Hollander,
que de acordo com SLOAN (2009, tradução da autora), começou uma pesquisa nos
anos 1950 que se estendeu até a década de 1970. Conciliando seu interesse pelas
artes e seu conhecimento em resinas e plásticos, ele decifrou as formulas
necessárias para que as resinas fossem úteis aos artistas. Com isso, pode-se dizer
que graças às descobertas de Hollander que atualmente, a compra de certos
materiais pode ser feita em qualquer loja de ferramentas.
Foi também na década de 1950 que se deu a “época dourada” da bijuteria
nos Estados Unidos, quando firmas como Roger Scemama, Miriam Haskel, Coro,
Trifari, Einsenber & Sons e Bonaz representavam o segmento.
Segundo Fiell (2009, tradução da autora), a partir daí, toda a década de 1970
se viu num período de reflexão sobre o fato de a natureza ser limitada. Essa
mentalidade foi ressaltada com a crise de energia de 1979 que aconteceu no início
da Revolução Iraniana, e também influenciou o aumento de preço dos polímeros
sintéticos.
Com isso, uma tendência que exaltava a aparência natural surgiu, e apesar
desta má fase, os plásticos continuaram a serem usados na fabricação de vários
produtos, porém, a solução para a sua indústria foi imitar a textura e aparência da
madeira ou simular materiais naturais, evitando ao máximo sua estética verdadeira.
Isto acabava ressaltando ainda mais a idéia de que os polímeros eram de mau
gosto, e que tentavam substituir substâncias autênticas, diminuindo sua aceitação
(FIELL, 2009, tradução da autora).
Ainda assim durante esta década, alguns itens como os grandes óculos
coloridos feitos com esses materiais, que serviam praticamente de máscaras,
encobrindo metade dos rostos eram sucesso. (GIANNINI) Independente da crise
tornaram-se ícones do período.
2.2.3 O RENASCIMENTO DO DESIGN EM PLÁSTICO
Uma segunda grande era dos plásticos surgiu, quando em abril de 1980, o
preço do petróleo caiu e permaneceu relativamente baixo até o fim da década.
Nestes anos uma atitude que pretendia mostrar que era possível criar jóias
sem ser joalheiro, levava artistas, que procuravam a máxima espontaneidade, a
enroscar fios de Nylon, recortar materiais leves como papel ou madeira ou juntar fios
de aço com PVC, e fazendo destas experimentações objetos de adornos para o
corpo.
Segundo Charlotte e Peter Fiell (2009, tradução da autora), o potencial formal,
funcional e comercial do plástico foi extremamente explorado por designers, neste
período, exemplificando desde o primeiro relógio da Swatch(1983) até a Air Chair for
Magis(1999), de Jasper Morrison.
A partir de a década de 2000, é possível afirmar que já estamos acostumados
com borrachas, resinas, polímeros sintéticos, sendo utilizados pelos fabricantes de
diversos nichos. Tratando de adornos corporais, sapatos feitos com plástico são
vistos em desfiles em Paris, relógios requintados possuem pulseira feita do material,
bijuterias, tiaras e enfeites para cabelo são compostas pela mesma substância.
Seria impossível negar a onipresença desses materiais de forma direta ou indireta
nas nossas vidas.
Hoje desde as lentes dos óculos, feitas em acrílico ou policarbonato, que
tornam os óculos ainda mais leves, sem contar sua armação, e até sapatos, como
os da Melissa, tornam literal quando alguém diz que estamos usando o plástico “dos
pés à cabeça”.
3 POLÍMEROS
3. 2 O PÚBLICO ALVO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
SLOAN, Susan. 500 Plastic Jewelry Designs. New York: Lark Books, A Division of
Sterling Publishing Co. 2009.
GOLA, Eliana. A Jóia: História e Design. São Paulo: Editora Senac São Paulo. 2008
PHILIPS, Clare. Jewelry: From Antiquity to the Present. 2. Ed. – Londres: Thames
and Hudson,2008.
ALBUQUERQUE, Jorge . Planeta Plástico – Tudo o que você precisa saber sobre
plásticos. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto , 2001.
Mundo Estranho: É possível fazer plástico sem usar petróleo?. Disponível em: <
http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/pergunta_287786.shtm>. Acesso em 28 de
Mar. 2011.
GIANNINI, Miguel. Miguel Giannini óculos: História dos óculos. Disponível em:
<http://www.miguelgiannini.com.br/v1r7/index.php?
cmd=link&linCodigo=7&linCodigoAtual=1&linNivelAtual=0&linNivel=1>. Acesso em
29 de Mar. 2011.
Cada jóia a seu tempo. Anuário Jóias & Acessórios 2010, São Paulo, n.2, p.135-
136, 2010.
UCHÔA, Alícia. G1: Feias, mas na moda, sandálias Crocs chegam aos pés
brasileiros. Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL77185-
5606,00.html>. Acesso em 05 de Abr. 2011.