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Aula 6: Área e Perímetro de Figuras Planas


Esta aula tem como objetivo conhecer as características da superfície de figuras planas.
As aplicações do cálculo de área, perímetro e baricentro de figuras planas tem grande
aplicação na engenharia, como por exemplo, no cálculo de orçamento para materiais
comercializados em unidades de área. Por outro lado, o cálculo de área está presente nos
principais ensaios mecânicos relacionados à Força e Tensão (tração, compressão, torção,
cisalhamento, flexão).

6.2. Áreas de Figuras Planas Regulares

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Fonte: CARVALHO, Benjamin A. Desenho Geométrico.

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6.2. Cálculo de Área por Redução de Polígono Triângulo

Para obter a área de um polígono qualquer (não-regular), pode-se utilizar uma técnica
gráfica de redução de seus número de lados para 3, gerando um triângulo com área
equivalente e assim, poder calcular a área através da fórmula (B x H) / 2.

Para o cálculo da área do quadrilátero irregular abaixo, procede-se da seguinte maneira:

1º) Una C A e trace uma reta por D, paralela a C A;


2º) Trace uma reta horizontal, a partir de A, de modo a cruzar a reta paralela a C A,
formando o ponto E;
3º) A área do triângulo EBC é equivalente à área da figura ABCD.

Abaixo, um polígono irregular de 5 lados. Procede-se da mesma maneira que o exemplo


anterior, reduzindo os dois lados do polígono a triângulos. O triângulo DFG tem área
equivalente à figura ABCDE.

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6.3. Ampliação e Redução de Área de Figuras

O processo gráfico para reduzir ou ampliar a


área de uma figura, mantendo sua semelhança
e de acordo com uma razão dada é descrito
abaixo. No exemplo, o objetivo é gerar uma
figura igual ao dobro da área da figura original.

1º) Pelo ponto B (ponto da base do polígono),


traça-se uma reta vertical, com o comprimento da
aresta A B;
2º) Com o compasso fixado em A, abertura até o
ponto E, traça-se um arco até F, obtido pelo
prolongamento horizontal a partir de B;
3º) A partir de F, traça-se uma reta paralela a BC;
4º) Traçar uma reta com origem em A que passe
pelo ponto C até cruzar a reta desenhada
anteriormente, formando o ponto G;
5º) Por G, traçar uma paralela a CD;
6º) Prolongar AD até cruzar a reta anterior,
formando o ponto H;
7º) A figura AFGH tem o dobro da área da figura ABCD.

Se o objetivo é redução de área, faz-se um processo semelhante, mas ao invés da reta


partir de uma extremidade da base do polígono, parte-se de um ponto interior da reta, de
acordo com o valor da redução. No exemplo abaixo, a razão de redução foi de ½.

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6.4. Cálculo de Áreas por Integração Gráfica

Em superfícies complexas, podemos obter sua área aproximada através de um processo


gráfico de integração, onde divide-se a superfície em partes e, ao final, faz-se uma
transformação destas partes em um retângulo, onde é possível obter o valor da área.
Quanto mais partes, menor será a discrepância entre o valor real e o obtido por este
processo..

1) Traçar a reta x pelos pontos mais afastados O, H;


2) Pelos mesmos pontos traçar as perpendiculares y, y ;
3) Dividir as duas superfícies obtidas em certo número de faixas paralelas às retas
yy , formando figuras próximas a figuras regulares;
4) Projetar os pontos médios M, N, P,... sobre a reta y , obtendo os pontos 1, 2, 3, ....;
5) Traçar 1 paralela a O1; 2 paralela a O2; 3 paralela a O3... até determinar os pontos
B, D;
6) A Área da figura é igual à área do retângulo ABCD.

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6.5. EXERCÍCIOS

1) Obtenha a área das superfícies hachuradas abaixo:

a)

75

R20

b)
90
35

Ø20 Ø20

c)

R40 R20

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d)
30

60
R30

30
60

2) Calcule a área do hexágono abaixo utilizando dois processos diferentes:

a) Através da fórmula descrita na tabela no início desta aula;


b) Através da divisão do polígono em 6 triângulos eqüiláteros.
69,28

40

3) Deduza a fórmula para o cálculo da área do trapézio:

b
h

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4) Obtenha a área do polígono abaixo, através da técnica de redução polígono triângulo.

4) Obtenha um polígono com área equivalente ao dobro da área original do polígono


abaixo:

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5) Obtenha a área da superfície abaixo:

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Aula 7: Volume de Sólidos


Conhecer o volume de um componente é um dado importante para a área de engenharia.
Peças fundidas são orçadas pela quantidade (massa) de matéria-prima que é necessária
à sua formação. Motores, dispositivos, equipamentos e estruturas são calculados e
dimensionados de acordo com o peso (massa) de seus componentes. Abaixo, seguem as
fórmulas para obtenção do volume e também da área da superfície de sólidos regulares:

Extraído de Protec Projetista de Máquinas

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6.1. Volume de Sólidos Compostos

Para obtenção do volume de sólidos não regulares (compostos), divide-se o sólido em


partes formadas por sólidos simples, dos quais pode-se calcular o valor da área e, ao
final, realizar a somatória dos volumes das partes, obtendo o volume total. Veja o
exemplo:

1) Volume 1 - hexaedro: 120 * 100 * 30;


2) Volume 2 hexaedro: 120 * 40 * 40;
3) Volume 3 semi-esfera: ( * 60² * 40)/2;
4) Volume 4 furos: 2*( * 12² * 30)

Fórmula:

VT V1 V2 V3 V4

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6.2. Seções Planas em Sólidos

As seções planas são obtidas através da adição de planos auxiliares os planos de corte
que são posicionados de acordo com a região do sólido que se deseja obter a seção.

Exemplo: Dadas aos coordenadas de uma pirâmide de base quadrada, obter a seção a
partir de um plano no primeiro quadrante, o qual forma um ângulo de 45° com o plano
horizontal ( ), rotacionado a partir do eixo dos afastamentos.

Vista espacial do sistema de planos:

Planos de Projeção e Plano de Corte Os mesmos planos, a partir de um outro ponto


de vista, para melhor visualizar a intersecção
entre o plano de corte e o poliedro.

Vista Planificada:

(A) = 3, 9, 2
Projeção da pirâmide nos três (B) = 3, 2, 2
planos, com o plano de corte (C) = 11, 2, 2
representado na projeção (D) = 11, 9, 2
vertical. No plano horizontal, (V) = 7, 5.5, 10
observa-se a seção produzida
pelo plano de corte.

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Para se obter a verdadeira grandeza da seção, segue o procedimento abaixo:

1) Traçar a reta r paralela ao plano ;


2) Traçar as retas s e t , perpendiculares à reta r a partir dos pontos de intersecção
do plano com o poliedro;
3) Obter (com o compasso) a medida M 1;
4) A partir de r , marcar esta medida, obtendo o ponto 5;
5) Repetir o processo para M 2 obtendo o ponto 6;
6) N 4 irá determinar o ponto 8;
7) N 3 para obter o ponto 7.

s
t

Rebatimento da seção para obtenção da verdadeira grandeza.

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6.3. EXERCÍCIOS

1) Obter o volume total dos sólidos abaixo:

a)

b)

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2.1) Projetar em épura (representação das vistas) o sólido definido pelos pontos abaixo,
segundo os planos de projeção , e , definindo a visibilidade das suas arestas.

Base inferior: Base Superior:


(A) = 4, 7, 1 (E) = 1, 7, 7
(B) = 8, 8, 1 (F) = 5, 8, 7
(C) = 8, 2, 1 (G) = 5, 2, 7
(D) = 4, 3, 1 (H) = 5, 2, 7

2.2) Obter a seção gerada por um plano de corte que forma um ângulo de 45° com o
plano horizontal ( ), rotacionado a partir do eixo dos afastamentos.

2.3) Obter (gráfica e algebricamente) a área real da seção através de seu rebatimento.

2.4) Calcular o volume total do sólido, desconsiderando a existência do corte.

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Aula 8: Planificação de Poliedros


A planificação é um importante recurso utilizado no desenvolvimento de superfícies
planificadas, para posterior montagem e/ou conformação. As aplicações clássicas da
planificação de poliedros estão na calderaria e no corte e dobramento de chapas.
Empresas de embalagem rígidas e flexíveis também fazem uso dos métodos gráficos
para planificação de objetos.

Para se poder efetuar o desenho de um poliedro planificado, inicia-se pela interpretação


do seu formato e dimensões. Numera-se cada vértice do objeto. Em seguida, constrói-se
as três duas principais (Vertical e Horizontal ou vertical e lateral, dependendo do formato).
Pela infinita variedade de formas e dimensões, não existem procedimentos padrão a
serem adotados para se determinar como será a planificação final. Portanto, cada tipo de
poliedro tem seus procedimentos específicos. Você verá a seguir, dois exemplos de
planificação aplicados a um prisma reto e a um tronco de prisma reto de seção retangular.

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Extraído de Protec Desenhista de Máquinas

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Aula 9: Métodos Gráficos na Engenharia


Diversos problemas de engenharia podem ser resolvidos e/ou elucidados através de
construções geométricas especiais. Algumas dessas construções têm sua finalidade
demonstrada na definição formal de elementos mecânicos muito conhecidos, como
motores e bombas. Por outro lado, os métodos gráficos podem auxiliar o engenheiro na
visualização de trajetórias de movimento de elementos mecânicos, tanto rotacionais
quanto lineares. Esta aula aborda algumas, entre as centenas de construções existentes.

9.1. Curva Logarítmica

A

C¹ D¹
3 2 1 0 1 2 3

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9.2. Mais Curto Caminho entre Dois Pontos, a partir de uma reta

9.3. Voluta Jônica

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9.4. Espiral de Arquimedes

9.5. Lugar Geométrico da Trajetória de um Ponto

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9.6. EXERCÍCIOS

1) Obter a curva logarítmica a partir do ponto A do gráfico abaixo:

A
s

2) Definir o mais curto caminho entre os pontos C e D abaixo, a partir da reta s :

C
D

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3) Determinar a trajetória elíptica do ponto C abaixo:

4) Traçar uma voluta jônica a partir de uma circunferência de diâmetro 20mm.


5) Traçar uma espiral de arquimedes a partir de uma circunferência de diâmetro 80mm.

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