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Licenciado em Filosofia, doutor em Teologia, escritor e conferencista, gestor do Centro de Reflexão
sobre Ética e Antropologia da Religião (Crear) da Universidade Católica de Brasília onde é também pro-
fessor de Antropologia da Religião e Ética.
(DAMATTA, p. 86-87). Na opinião desses antropólogos não se pode situar o
nascimento da Antropologia num simples relato de viagem de Heródoto no qual
ele reúne informações de povos que os gregos consideravam “bárbaros”. Eles
acreditam ainda que a história da Antropologia é uma verdadeira especulação,
uma vez que ela tem a ver com a capacidade dos seres humanos de percebe-
rem as suas diferenças e com os sistemas ideológicos que usaram os próprios
dados da Antropologia para justificar invasões e aniquilações de tantos grupos
étnicos.
Para DaMatta todo antropólogo terá que conviver sempre com generali-
zações sobre o específico de uma certa sociedade ou grupo e com a necessi-
dade de escolher alternativas (Ibid. p. 87-89). Jamais será possível num deter-
minado momento ter-se uma visão completa e definitiva de uma determinada
cultura. Isso explica porque até o século XVIII a Antropologia não era vista co-
mo ciência. Muitas pessoas como cronistas, viajantes, soldados, missionários,
comerciantes relataram fatos e deixam dados sobre povos e culturas, mas so-
mente nos meados do século XVIII é que a Antropologia começa a aparecer
como ciência. Normalmente se considera como primeiros antropólogos os se-
guintes cientistas: Linneu (que foi o primeiro a descrever as raças humanas),
Boucher de Perthes (o primeiro a relatar achados pré-históricos) e John Lubock
que fez os primeiros estudos sobre a Idade da Pedra, estabelecendo as dife-
renças culturais entre o Paleolítico e o Neolítico. Porém, a consagração definiti-
va da Antropologia como ciência vai se dar somente depois dos estudos de
Darwin, o qual propôs a teoria da evolução. No século XX a Antropologia co-
nhece um grande progresso, fruto das descobertas sobre o ser humano e as
constantes pesquisas de campo realizadas com bastante rigor científico
(MARCONI; PRESOTTO, p. 10-11).
Conclusão
Bibliografia