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A geriatria tem emergido recentemente como uma disciplina distinta na prática médica. Com o
aumento da expectativa de vida em todo mundo, a população de idosos vem crescendo
gradativamente, tornando mais relevante o entendimento do processo de envelhecimento que é
complexo e individual. Do ponto de vista renal, têm sido descritas na literatura alterações anatômicas
e fisiológicas com o avançar da idade, entretanto, tais mudanças não são universais, podendo estar
associadas ou não à presença de patologias ou injúrias sub-clínicas. Descreveremos as principais
alterações renais e comentaremos sobre algumas patologias que influenciam diretamente o
comportamento da função renal nesta população.
Disciplina de Nefrologia e Setor de Geriatria De acordo com o censo de 1991 do Instituto Brasi-
Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São
Paulo
leiro de Geografia e Estatística, a população de idosos
Endereço para correspondência: Patrícia Ferreira Abreu no Brasil vem crescendo em termos proporcionais mais
Rua Botucatu, 740 do que qualquer outra faixa etária, representando no
CEP 04023-900 - São Paulo, SP
Tel.: (011) 574-6300 - Fax: (011) 573-9652
momento quase 9 milhões de indivíduos. Isto é fruto
E-mail: rsesso@nefro.epm.br da queda significativa dos coeficientes de fecundidade
neste final de século, aliada ao aumento crescente da
expectativa de vida média do brasileiro. Em 2025, qua-
se 14% da nossa população terá 60 anos ou mais, re-
Idoso, Rim, Envelhecimento
presentando, em números absolutos, uma das maiores
Elderly, Kidney, Aging
populações de idosos do mundo, cerca de 32 milhões
de indivíduos. 2
Nos últimos 30 anos vários estudos transversais e
longitudinais têm demonstrado o efeito da idade no
Introdução sistema respiratório e cardiovascular. Alterações renais
anatômicas e fisiológicas vêm sendo relatadas com o
avançar da idade, entretanto, não está claro se tais mu-
Com o aumento da expectativa de vida em todo
danças são universais. É importante que o clínico co-
mundo, a população de idosos vem crescendo gradati-
nheça estas alterações porque elas predispõem a anor-
vamente. Segundo a Organização Mundial da Saúde
malidades de fluidos e eletrólitos, além de implicarem
(OMS), a população global cresceu em uma taxa anual
no diagnóstico e tratamento do indivíduo idoso. 3, 4
de 1,7%, enquanto que a população de indivíduos com
mais de 65 anos de idade cresceu 2,7%, durante o perí-
odo de 1990-1995. Do total de 355 milhões de pessoas
acima de 64 anos em 1993, 200 milhões se concentra-
Mudanças Anatômicas Renais
vam em países em desenvolvimento, representando
4,6% de sua população e 150 milhões em países de- Histologicamente, a lesão característica do rim se-
senvolvidos, onde esta porcentagem foi de 12,6%. 1 nil é a esclerose glomerular e, apesar de ser há muito
J. Bras. Nefrol. 1998; 20(2) 158-165 159
tempo conhecida, sua patogênese ainda é pobremen- com alguma doença renal, -0,92 ml/min/ano para os
te entendida. 5, 6 O peso e volume renal diminuem em hipertensos e -0,75 ml/min/ano para os normais. Entre
20% a 30% entre as idades de 30 a 90 anos, de 250-270 todos os 446 indivíduos, 65% apresentavam “slopes”
g no adulto não idoso para 180-200 g no idoso. 7 O negativos e 35% positivos. Assim, 1/3 dos indivíduos
número de glomérulos diminui em 30 a 50%, havendo não evoluíram com declínio da função renal por um
um aumento da relação entre os esclerosados e os nor- período de 24 anos. 16
mais: 1 em 10 glomérulos na idade de 80 anos compa- Clinicamente, a creatinina sérica é o marcador de
rados com 1 em 100 no adulto não idoso. 8 O mesân- função renal mais freqüentemente utilizado; entretan-
gio mostra graus variados de expansão, bem como de to, no idoso, é objeto de várias influências especiais. A
fibrose intersticial. 9 Os túbulos se mostram diminuí- diminuição da massa e da atividade muscular e o me-
dos em número, volume e extensão. Atrofia tubular nor consumo de proteínas fazem com que o idoso te-
focal, fibrose intersticial e inflamação crônica são acha- nha uma creatinina sérica “aparentemente normal” as-
dos freqüentes e, em algumas situações, podem estar sociada a graus variados de função renal. 17 Assim, a
associados a áreas de esclerose glomerular. 10 As arte- relação creatinina/depuração de creatinina se altera com
ríolas desenvolvem espessamento da íntima, duplica- a idade. A creatinina permanece constante enquanto a
ção da lâmina elástica interna, hialinização com graus depuração tende a diminuir; a creatinina de 1,0 mg/dl
variados de estenose do lúmen. Estudos em autópsias pode representar depuração de 120 ml/min em um
mostram que na ausência de hipertensão arterial, so- indivíduo de 20 anos e 60 ml/min em um idoso de 80
mente 15% dos indivíduos com mais de 50 anos de- anos. 18
senvolvem mudanças morfológicas vasculares, enquan- A depuração de inulina ainda é o método ideal
to que em hipertensos estas alterações aparecem em para se medir RFG. No entanto, devido ao alto custo e
95% dos casos. 11 Embora estejam bem definidas na a dificuldade técnica, a depuração de creatinina tem
literatura, estas alterações variam em intensidade pro- sido aceita como substituto para quantificação clínica
porcionando graus variados de deterioração da função
da função renal. 19 O maior problema se refere à con-
renal. Acredita-se que outros fatores de risco, como
fiabilidade da coleta de urina de 24 horas, especial-
doenças sistêmicas, dieta, meio ambiente e hábitos
mente em idosos. Sendo assim, vários investigadores
pessoais quando superimpostos no idoso, acelerem este
têm desenvolvido fórmulas a partir da creatinina séri-
processo de deterioração. 12
ca, a fim de predizer a depuração renal. A mais utiliza-
da tem sido a de Cockcroft & Gault. 15 (Depuração de
creatinina ml/min = [(140 - idade em anos) x peso em
Mudanças Fisiológicas Renais kg / 72 x creatinina sérica mg/dl. Se mulher, multipli-
car a equação por 0.85]. Esta fórmula se originou de
Gradualmente, o fluxo plasmático renal diminui de dados de 249 indivíduos, dos quais 137 com menos de
600 ml/min na 3ª década para 300 ml/min na 8ª déca- 60 anos, basicamente do sexo masculino e que se en-
da, sendo que um importante fator para se levar em contravam em condições físicas estáveis. Ela se baseia
consideração quando este parâmetro for avaliado é o no princípio que a excreção urinária de creatinina é
declínio do débito cardíaco associado à idade. 13 O constante e igual à produção, que por sua vez é pro-
ritmo de filtração glomerular (RFG), estimado pela de- porcional à massa muscular, podendo ser estimada a
puração de EDTA, inulina ou creatinina, tem sido mos- partir da idade, sexo e peso. Muitos trabalhos vêm tes-
trado em estudos longitudinais e retrospectivos decli- tando a validade desta fórmula com resultados confli-
nar com a idade. É relatada uma diminuição de 1 ml/ tantes. Tem sido demonstrado que a equação tende a
min/1,73 m 2 por ano após a 3ª década, sendo espera- superestimar depurações mais altas e a subestimar as
da uma depuração de 50 ml/min na maioria dos indi- mais baixas, sendo um pobre índice em níveis extre-
víduos com 90 anos de idade. 14, 15 mos de função renal. 19 O seu valor em idosos, na
No “Baltimore Longitudinal Study on Aging” 446 correção de drogas potencialmente nefrotóxicas ou de
indivíduos, entre 22 e 97 anos, foram seguidos por 24 eliminação exclusivamente renal, ainda é discutível,
anos com o objetivo de se determinar o coeficiente de especialmente em situações de perda de massa mus-
regressão da depuração de creatinina com o avançar cular, obesidade, edema. A dosagem sérica da droga
da idade. Este foi de -1,10 ml/min/ano em indivíduos seria o método mais indicado.
160 J. Bras. Nefrol. 1998; 20(2): 158-165
te de insuficiência renal crônica nos Estados Unidos, leira. O número de trabalhos com indivíduos idosos em
tanto na população geral como na geriátrica. 60 nosso meio ainda é limitado, especialmente no que se
refere à função renal. Mesmo na literatura mundial, vá-
rios aspectos clínicos e fisiopatológicos renais no idoso
Hipertensão Arterial Sistêmica
não estão completamente esclarecidos. Estes incluem o
Mais da metade dos idosos em todo mundo são comportamento da função renal tubular, a prevalência
hipertensos. 61 Nos Estados Unidos, cerca de 50% dos e as conseqüências de anormalidades assintomáticas
indivíduos com mais de 65 anos de idade apresentam do sedimento urinário, os fatores de risco associados à
elevação da pressão arterial sistólica (PAS) e/ou dias- perda da função renal, a identificação de indivíduos
tólica (PAD), com graves conseqüências sistêmicas que apresentam redução progressiva do ritmo de fil-
como infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, do- tração glomerular e possíveis intervenções que pos-
ença vascular periférica e insuficiência renal. 62 sam retardar a esclerose glomerular, etc. Mais traba-
No Brasil, em 2025, cerca de 7% da população lhos necessitam ser realizados nesta área no sentido
total (16 milhões) será composta de idosos hiperten- de orientar não só os nefrologistas, mas também o clí-
sos, o que constituirá um dos grandes problemas de nico geral para que seja possível prevenir a morbidade
saúde pública a serem enfrentados. 63, 64 Em nosso e a mortalidade dos indivíduos idosos, bem como para
meio, Lólio 65 detectou prevalência de hipertensão em tratá-los de forma mais efetiva.
54% dos idosos residentes na cidade de Araraquara
(SP), considerando o critério da OMS (PAS > 160 e ou
PAD > 95 mmHg).
Dentre a principais alterações fisiopatológicas res- Summary
ponsáveis pela presença de hipertensão no idoso des-
tacam-se: diminuição de elasticidade dos vasos, au-
The geriatrics has been emerging recently as a dif-
mento de aterosclerose com consequente aumento
ferent discipline in the medical practice. With the in-
da resistência vascular periférica, diminuição da fun-
crease of the life expectation, the seniors’ population
ção β-adrenérgica, permanecendo normal a função
comes growing gradually, turning more important the
α-adrenérgica. 61
understanding of the aging process that is complex
Dados do estudo de Framingham indicam que em
and individual. On the renal point of view, they have
indivíduos acima de 65 anos tanto a pressão arterial
been described in the literature anatomical and physi-
sistólica como a diastólica deverão ser tratadas. 66, 67
ologic alterations with moving forward of the age, how-
Vários trabalhos até o momento foram publicados deli-
ever, such changes are not universal, could be associ-
neando o valor do tratamento anti-hipertensivo no ido-
ated or not the presence of pathologies or offenses
so. Todos os estudos, entre eles, EWPHE, 68 SHEP, 69
sub-clinics. We will describe the main renal alterations
STOP - hypertension 70 e MRC, 71 mostraram que o
and we will comment on some pathologies that influ-
tratamento reduz o risco de acidentes cardiovasculares
ence the behavior of the renal function directly in this
e reduzem a taxa de mortalidade em até 43%. Várias
population.
combinações de tratamento para HAS têm sido pro-
postas. 72, 73, 74 Para o clínico, o mais importante é ava-
liar efeitos colaterais, mecanismos de absorção, distri-
buição, metabolismo e excreção das drogas
anti-hipertensivas, 75 além de fatores de risco como
Referências
presença de hipertrofia ventricular. 76 Somente assim o
médico poderá individualizar e propor um tratamento
adequado para cada paciente. 1. World Health Organization. The World Health Report. 1995;
Apesar da dificuldade em selecionar uma popula- 37-39
ção apropriada e definir o que seja normalidade, inú- 2. Ramos LR, Almada Fo CM, Neto JT, Santos RG, Sustovich
meros trabalhos referentes à população geriátrica vêm DR. Hipertensão arterial no idoso. RSCESP. 1992; 2 (4): 75-
se desenvolvendo. Em nosso meio estes estudos são 79
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