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FACULDADE CEARENSE

PÓS-GRADUAÇÃO

AUDITORIA E CONTROLADORIA

RONALDO BRASIL SOARES NEPOMUCENO

A AUDITORIA INTERNA E CONTROLADORIA COMO


FERRAMENTA NA TOMADA DE DECISÃO
ORGANIZACIONAL: O CASO DO GRUPO MRH LTDA.

FORTALEZA

2011
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FACULDADE CEARENSE

PÓS-GRADUAÇÃO

AUDITORIA E CONTROLADORIA

RONALDO BRASIL SOARES NEPOMUCENO

A AUDITORIA INTERNA E CONTROLADORIA COMO


FERRAMENTA NA TOMADA DE DECISÃO
ORGANIZACIONAL: Estudo de Caso: Grupo Mrh Ltda.

Monografia apresentada ao curso de Pós-


Graduação em Auditoria e Controladoria da
Faculdade Cearense, como requisito necessário
para obtenção do grau de Pós-Graduado em
Auditoria e Controladoria em Contabilidade.
Orientadora: Prof. Ms. Márcia Maria Machado
Freitas.

FORTALEZA

2011
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Ronaldo Brasil Soares Nepomuceno

A Auditoria Interna e Controladoria como ferramenta na tomada de decisão


organizacional: O caso do Grupo Mrh Ltda.

Monografia como pré-requisito para obtenção do


título de Pós-Graduado em Controladoria e
Auditoria, outorgado pela Faculdade Cearense –
FaC, tendo sido aprovada pela banca examinadora
composta pelos professores.
Data de aprovação:____/____/_____.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________
Prof. Ms. Márcia Maria Machado Freitas
Orientadora

____________________________________
Prof. Ms. Aline da Rocha Xavier Casseb

____________________________________
Prof. Dra. Aline Liliana Farias Lacerda
4

Dedico este trabalho a minha esposa


Daniele Brasil, pelo inesgotável
incentivo e a minha mãe (in memoriam),
que está com o Senhor, mas permanece
sempre presente em minha vida.
5

AGRADECIMENTOS

A DEUS, que me deu vida e inteligência, e que me dá força para continuar a


caminhada em busca de meus objetivos.

A todos os professores, que as suas experiências, puderam transmitir seus


conhecimentos ao longo desses quatro anos.

A minha orientadora, Professora Mestre Márcia Maria Machado Freitas, à


Coordenação do curso e todos os professores que participaram com ensinamentos nesta
caminhada, pela dedicação, paciência e compreensão.

À Mrh, cujos dirigentes gentilmente se disponibilizaram a me auxiliar,


possibilitando às informações contábeis e seus relatórios para o desenvolvimento do
estudo de caso.

A meus amigos de turma, que partilharam os momentos de descoberta,


crescimento e troca de experiências.

A minha esposa Daniele da Silva Arruda Brasil por seu companheirismo e apoio
durante a elaboração deste trabalho.
6

RESUMO

As organizações modernas necessitam de uma estrutura organizacional bem projetada e


estruturada para sua sobrevivência, observa-se que as empresas necessitam de órgãos
e/ou departamentos internos, cuja sua finalidade é a garantia das informações íntegras e
controles internos para o processo decisório. Esta monografia tem o objetivo de
evidenciar e demonstrar a importância da Auditoria Interna e Controladoria na
organização, para isso desenvolveu-se estudo de caso no grupo Mrh Ltda, na qual está
dividida em três grandes empresas, Mrh – Gestão de Pessoas e Serviços Ltda, Mrh –
Gestão de Arquivos e Informações Ltda e Mrh – Locação de Mão de Obra Ltda. Neste
sentido, o objetivo geral deste trabalho é demonstrar os controles e procedimentos que a
ferramenta Auditoria Interna e Controladoria proporciona aos gestores organizacionais
para o processo de controle interno e procedimentos inerentes a organização. A
Auditoria Interna atua na forma de prevenção de irregularidades e controle minucioso
na entidade, isso para transparecer a credibilidade, já para a Controladoria enfoca o
planejamento, controle operacional, sua responsabilidade e valor. Para atingir os
objetivos geral e específicos deste trabalho e sua realização, foram desenvolvidas
leituras, interpretações em material disponível em pesquisas bibliográficas e
eletronicamente, dados e informações da entidade estudada, e buscando descrever os
conceitos, teorias dentre outras com uma abordagem qualitativa. Através dessas duas
ferramentas citadas anteriormente, conclui-se que ambos contribuem para o controle
interno, processo de gestão, planejamento e principalmente fornecendo informações
úteis e íntegras para a tomada de decisão da alta administração, e auxiliando os gestores
departamentais para posicionar-se a determinados assuntos de interesse coletivo, para
tomar decisões eficazes para a continuidade da organização, na qual podemos classificar
como uma das principais metas do corpo directivo.

Palavras-Chave: Auditoria Interna, Controladoria, Controle e Gestores.


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ABSTRACT

Modern organizations require an organizational structure well designed and structured


for their survival. It´s noticeable that companies need organs and / or internal
departments, where their purpose is to ensure integrity of the information and internal
controls for decision making process. This monograph is intended to highlight and
demonstrate the importance of Internal Audit and Controlling in the organizations. In
order to show that, it was developed a case study in MRH Group Ltd., which is divided
into three large companies, MRH - People Management and Services Ltd., MRH -
Archives and Information Management Ltd. and MRH - Location of Manpower Inc..
The general aim of this work is to demonstrate the controls and procedures that the
Controlling and Internal Audit tools provide to the organizational managers to the
process of internal controls and procedures inherent in the organization. The Internal
Audit works in order to prevent irregularities and the detailed control in the entity,
aiming to let the credibility very clear. In the other hand the Controlling focuses on the
planning, operational control, responsibility and value. To achieve the general and
specific objectives of this work and its implementation, readings have been developed,
interpretations of material available in library research and in the INTERNET, data and
information from the studied institution, seeking to describe the concepts, theories,
among others with a qualitative approach. Through these two tools mentioned above we
can conclude that both contribute to the internal control, process management, planning,
and especially providing useful and intact information for decision making by senior
management, and helping the departmental managers to position themselves to certain
issues of collective interest, to make effective decisions for the continuity of the
organization, which can be classified as one of the main goals of the high management
directors group.

Key Words: Internal Audit, Controlling, Control e Managers.


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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fases da Pesquisa...........................................................................................19

Figura 2 – Estrutura da Controladoria.............................................................................31

Figura 3 – Organograma da Auditoria Interna................................................................39

Figura 4 – Diferenças de Auditoria Externa e Interna.....................................................40

Figura 5 – Estrutura Corporativa Mrh.............................................................................48

Figura 6 – Estrutura Corporativa Sugerida......................................................................49


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LISTA DE ABREVIATURAS

AICPA – American Institute of Certifield Public Accounts / Instituto Americano de


Contadores Públicos Certificados;
AAA – American Accounting Association / Associação Americana de Contadores;
BACEN – Banco Central do Brasil;
BMF – Bolsa de Mercadorias e futuros;
CVM – Comissão de Valores Mobiliários;
CFC – Conselho Federal de Contabilidade;
CIA – Companhia;
CIA - Certifield Internal Auditor / Certificado de Auditores Internos;
CCSA - Certification in Control Self-Assessment / Certificado de Auto Avaliação de
Controles e Riscos;
CFSA - Certifield Financial Services Auditor / Certificado de Auditor em Serviços
Financeiros;
CGAP - Certifield Government Auditing Professional / Certificado Profissional de
Auditor no Setor Público;
COSO - The Comitee of Sponsoring Organizations of The Treadway Commission /
Comitê das Organizações Patrocinadoras sobre Controles Internos;
EUA – Estados Unidos da América;
ERP - Enterprise Resource Planing / Sistemas Integrados de Gestão;
FASB - Financial Accounting Standard Board / Comissão de Padrões de Contabilidade
Financeira;
FEI – Financial Executive International / Executivos Financeiros Internacioanal;
IIA - Institute of Internal Auditores / Instituto de Auditores Internos;
INPS – Instituo nacional de Previdência Social;
IPPF - Estrutura Internacional de Práticas Profissionais;
IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil;
IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa;
IASB – International Accounting Standard Board/ Conselho Internacional de Padrões
Contábeis;
IFRS – International Financial Reporting Standards/ Padrões Internacionais de
Relatórios Financeiros;
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IMA - Institute of Management Accountants / Instituto dos Contadores Gerenciais;

NBC-TA - Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica de Auditoria;

NBC-P - Normas Brasileiras de Contabilidade Profissional;


NBCT-TA - Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica, Trabalhos de Auditoria;
NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade;
NBCT - Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica;
SPIA - Standards for the Professional practice of internal auditing / Padrão de Práticas
Profissionais de Auditoria Interna;
XX – Vinte.
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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO......................................................................................13
1.1Justificativa.............................................................................................15
1.2 Problema da Pesquisa.........................................................................16
1.3 Objetivos...............................................................................................17
1.3.1 Geral...................................................................................................17
1.3.2 Específicos..........................................................................................17

1.4 METODOLOGIA...............................................................................17

2.0 REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................19


2.1 Conceitos de controladoria....................................................................20
2.1.2 Surgimnto e objetivos da Controladoria.............................................22
2.1.3 Funções da Controladoria...................................................................23
2.1.4 Controladoria em sincronização com as diversas áreas.....................24
2.1.5 A função Controller............................................................................28
2.1.6 Estrutura da Controladoria.................................................................30
2.1.7 Missão e objetivos gerais da Controladoria na entidade....................31
2.1.8 Razões para criar setor de Controladoria...........................................32
2.2 Conceitos de Auditoria Interna..............................................................33
2.2.1 Missão da Auditoria Interna...............................................................34
2.2.2 Objetivos e funções da Auditoria Interna...........................................35
2.2.3 As obrigações do Auditor Interno......................................................36
2.2.4 O perfil do Auditor interno.................................................................37
2.2.5 A atuação da Auditoria Interna na Organização................................38
2.2.6 Organograma da Auditoria Interna na organização...........................38
2.2.7 Principais diferenças da Auditoria Externa para Interna....................39
2.2.8 Diferenças entre Auditoria Interna e Controladoria ..........................40
12

2.2.9 Normas Brasileiras de Contabilidade, resoluções aplicáveis e órgãos


representativos de classe.............................................................................41
2.2.10 Órgãos internacionais de Auditoria Interna e representativos de
classe...........................................................................................................41
2.2.11 Razões para criar setor de Auditoria Interna...................................42

3 ANÁLISE DOS RESULTADOS...........................................................43


3.1 Departamento Contabilidade.................................................................44
3.2 Departamento Financeiro......................................................................45
3.3 Departamento Pessoal ..........................................................................46
3.4 Departamento Suporte Administrativo .................................................46
3.5 Estrutura Corporativa Atual..................................................................48
3.6 Estrutura Corporativa Sugerida.............................................................49
3.7 Considerações Finais.............................................................................50

REFERÊNCIAS........................................................................................52
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1. INTRODUÇÃO

As últimas décadas têm-se caracterizado por expressivas e rápidas mudanças


globais, incluindo-se às tecnológicas, econômicas, políticas e sociais, com reflexos
diretos nas organizações influenciadas por mudança na economia, criando-se assim, um
mercado concorrencial, em nível global bastante competitivo. As novas práticas de
Auditoria como um todo, bem como aplicação de forma eficiente pela ferramenta
Controladoria nas entidades, vêm-se destacando pela sua importância no controle da
integridade contábil, financeira e patrimonial.

As empresas impulsionadas em divulgar sua imagem e seus produtos necessitam


de algo mais concreto para demonstrar aos usuários externos a confiança, para isso não
basta apenas os gestores demonstrarem a integridade da entidade, mas sim, mostrar que
a entidade esta apoiada por setor de Auditoria Interna e Controladoria, ou seja, criam-se
setores responsáveis por todo esse controle interno, departamento de análise, avaliação e
credibilidade nas informações a serem divulgadas.

Tais procedimentos podem ser aplicados e desenvolvidos em vários tipos de


portes de empresas, quais sejam: pequena, média e grande. Entende-se que a
Controladoria também tem o objetivo de mostrar a visão, meta, missão empresarial e
repassar informações relevantes onde possibilitam os gestores a elaborar o planejamento
estratégico da administração, auxiliando-os no processo de tomada de decisão.

Todos os pontos relatados acima exigem maior confiabilidade nas informações ali
demonstradas através dos relatórios contábeis e financeiros. Para tanto, torna-se
necessário controlar as atividades desenvolvidas pelos setores da organização por meio
de controles internos específicos, com a finalidade de salvaguardar os ativos
empresariais bem como aprimorar os sistemas de informações para proporcionar
subsídios úteis à tomada de decisões por parte dos gestores. A Controladoria e Auditoria
Interna na organização estabelecem determinadas metas para alcançar objetivos e
evidenciar de forma clara e precisa seus demonstrativos financeiros e controles internos.

Conforme Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCT) aplicáveis na área de


Auditoria, na qual é regulamentada de Normas Técnicas de Auditoria Independente
(NBC-TA), na qual está inserida as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicáveis aos
Trabalhos de Auditoria Interna (NBC-T-12) que cita todos os procedimentos que o
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Auditor Interno deverá utilizar-se para implementação do trabalho na entidade. Conta à


história que a Controladoria surgiu em meados do século XX (Vinte) nos Estados
Unidos da América, devido às expansões empresariais, fusões, incorporações e outros
meios de crescimento empresarial, houve a necessidade de um maior controle sobre as
entidades ali implantadas, criando o setor de Controladoria, cujo reúne os custos,
orçamentos e planejamento estratégico. Conforme estudos realizados a respeito do
surgimento da Controladoria no Brasil, começou-se a ser implementada a partir de
surgimentos de multinacionais aqui instaladas, profissionais americanos se dirigiam as
filias na qual estavam em operação e repassavam informações e normas para o
desenvolvimento e utilização dessa ferramenta, surgiu à função Controller ou
Controlador.

O setor de Auditoria Interna e Controladoria em determinada organização, visa


maior segurança nas informações e integridade. Segundo Raupp e Beuren (2004, p.45):

A controladoria objetiva, dentre outros fatores, promover a continuidade da


empresa e a maximização de seu resultado. Sendo um órgão de suporte,
auxilia no controle e na definição das estratégias da organização, fornecendo
informações sobre as variáveis internas e externas à empresa.

A Auditoria Interna visa assegurar a utilização das ferramentas e procedimentos


na qual são estabelecidos para assegurar a integridade da entidade, visando a utilização
dos procedimentos técnicos administrativos e a segurança como um todo dos sistemas
de informações gerenciais, apresentando através dessas ferramentas subsídios para os
gestores, buscando o aperfeiçoamento dos processos de controle da entidade e
recomendando soluções na qual seja necessário.

Essas ferramentas que podem ser utilizadas pelos profissionais da área contábil
(Auditoria) e demais profissionais (Controladoria) são de relevância enorme para o
corpo gerencial de uma entidade, sempre buscando melhorias para o bom desempenho e
objetivando a continuidade organizacional.

Este trabalho monográfico tem por objetivo apresentar a ferramenta Controladoria


e Auditoria Interna para a tomada de decisão na organização, visando os enfoques da
primeira enquanto área responsável por suprir os gestores com informações fidedignas e
úteis para otimizar o processo de tomada de decisão, já a segunda visa assegurar os
procedimentos adotados pela organização bem como assegurar aos gestores a utilização
15

dos procedimentos cabíveis e também repassando informações úteis para a continuidade


da entidade.

A estrutura deste trabalho está dividido em três (3) capítulos e 20 subítens, na


qual nos primeiros oito abordaremos a Controladoria e no restante sobre Auditoria
Interna, na qual podemos destacar: conceito de Controladoria, surgimento e objetivos da
Controladoria, funções da Controladoria, a Controladoria em sincronização com as
diversas áreas, a função Controller, estrutura da Controladoria, missão e objetivos
gerais da Controladoria na entidade, razões para criar o setor de Controladoria,
conceitos de Auditoria Interna, missão da Auditoria Interna, objetivos e funções da
Auditoria Interna, as obrigações do Auditor Interno, o perfil do Auditor Interno, a
atuação da Auditoria Interna na organização, organograma da Auditoria Interna na
organização, principais diferenças da Auditoria Interna para a Externa, diferenças entre
Auditoria Interna e Controladoria, Normas Brasileira de Contabilidade, órgãos
internacionais de Auditoria Interna e representativos de classe e razões para criar setor
de Auditoria Interna.

Além disso, são apresentadas justificativas relevantes para criação destes


departamentos na organização.

1.1 Justificativa

Determinado tema é relevante no controle interno das atividades empresariais, isto


devido à grande expansão industrial, comercial e de serviços, tornando-se importante
ferramenta para a gestão na tomada de decisão.

O crescimento empresarial em diversos setores, primário, secundário e terciário


no decorrer das últimas décadas, tornou-se ainda mais evidente a necessidade que as
organizações sempre tiveram de mostrar suas informações ao público (clientes, bancos,
fornecedores, governo) de forma clara, sintética e evidente.

Através dessas necessidades empresariais e exigências dos investidores,


constatou-se a importância da utilização da ferramenta Auditoria Interna e
Controladoria, isso devido ao controle interno, na qual traz maior segurança e
estabilidade no mercado nacional e internacional.
16

A justificativa do trabalho também está direcionada com o crescimento


profissional, pessoal, organizacional e científico demonstrando através dessas
ferramentas sua relevância enorme no controle interno e buscando desenvolver
ferramentas eficazes nos procedimentos desenvolvidos.

A importância deste trabalho justifica-se na demonstração de como o controle


interno é fundamental nas organizações, solicitando criação departamental de Auditoria
Interna e Controladoria, tendo como ponto de estudo e análise o Grupo Mrh Ltda.

Esta confiabilidade evidencia-se com o exercício da Auditoria Interna e


Controladoria, que surge como elemento verificador da exatidão das informações
obtidas e desenvolvidas, estando em sintonia com os princípios contábeis de
contabilidade.

1.2 Problema da pesquisa

Na busca de demonstrar dados confiáveis e nos objetivos da Contabilidade, que é


gerar informações sobre a posição econômica e financeira da entidade, insere-se a
Controladoria e Auditoria Interna, na qual ambas tem o objetivo de demonstrar de forma
evidente a posição atual da organização, isto através de relatórios gerenciais, contábeis e
financeiros, permitindo que os usuários da contabilidade avaliem esses demonstrativos.
Os órgãos regulamentadores estão publicando diariamente normas técnicas na área de
Auditoria Interna como Externa que devem ser adotadas pelas empresas para se
adequarem às normas internacionais de contabilidade a fim de trazer maior segurança
para os gestores empresariais e convergir com o mundo em relação aos procedimentos
adotados.

Diante da importância da Auditoria Interna e Controladoria nas entidades


empresariais, verifica-se a importância desta ferramenta na tomada de decisão por parte
dos gestores empresariais, a utilização desses procedimentos visa à continuidade da
entidade e otimiza os resultados empresarias e procedimentos, não só buscando medidas
benéficas para os gestores, mas sim também para os colaboradores que a cada dia tem o
papel de desempenharem seus procedimentos de forma correta.
17

Por esse motivo na qual o grupo Mrh está inserido e aplicando as normas cabíveis,
vem estabelecer medidas e soluções que poderão ser utilizados diariamente pela
entidade e estabelecer formas de acompanhamentos internos.

Diante do exposto, o problema está relacionado com: Que controles e


procedimentos a ferramenta Auditoria Interna e Controladoria proporcionam aos
gestores organizacionais?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Geral

O objetivo geral do trabalho é analisar a Controladoria e Auditoria Interna como


ferramenta na tomada de decisão organizacional no grupo Mrh Ltda.

1.3.2 Específicos

O estudo tem os seguintes objetivos específicos:

- Identificar quais os setores da entidade necessita de melhor controle e


acompanhamento departamental;

- Apontar os procedimentos que visam melhor desempenho dos departamentos;

- Verificar o processo decisório da organização.

1.4 METODOLOGIA DA PESQUISA

Será apresentada a metodologia utilizada para a elaboração da monografia que irá


demonstrar a importância da Controladoria e Auditoria Interna como ferramenta na
tomada de decisão organizacional e controle interno.

. Conforme Beuren (2006, p.67) “a metodologia é definida com base no problema


da pesquisa, tanto o problema quanto as hipóteses são definidoras da metodologia da
pesquisa a ser adotada no trabalho monográfico”.
18

A metodologia quanto aos objetivos será tipo descritiva, já que tem como ponto a
observação, analisa os fatos e registra. Para Bervian (1996, p.49) “a pesquisa descritiva,
observa, registra,analisa os fatos ou fenômenos sem manipulá-los”, busca verificar as
diversas situações, analisando aqueles dados que merecem serem melhores estudados.

A pesquisa descritiva, segundo Thomas; Nelson; Silverman (2007, p. 75) tem o


seguinte conceito:

O tipo de pesquisa que se classifica como "descritiva", tem por premissa


buscar a resolução de problemas melhorando as práticas por meio da
observação, análise e descrições objetivas, através de entrevistas com peritos
para a padronização de técnicas e validação de conteúdo.

A metodologia quanto aos procedimentos, será feito um estudo de caso sobre


quais os controles e procedimentos que a ferramenta Auditoria Interna e Controladoria
proporciona aos gestores organizacionais.

Yin (1993) cita o seguinte conceito de estudo de caso:

Caso estudo, caso de estudo ou estudo de caso são expressões sinônimas que
designam um método da abordagem de investigação em ciências sociais
simples ou aplicadas. Consiste na utilização de um ou mais métodos
quantitativos de recolha de informação e não segue uma linha rígida de
investigação. Caracteriza-se por descrever um evento ou caso de uma forma
longitudinal. O caso consiste geralmente no estudo aprofundado de uma
unidade individual, tal como: uma pessoa, um grupo de pessoas, uma
instituição, um evento cultural, etc.

A pesquisa será quantitativa, pois utilizará documentos internos para


levantamento dos dados necessários, sem uso de ferramentas estatísticas ou qualquer
outro método quantitativo.

Para Beuren (2004, p. 92), pesquisa quantitativa apresenta o seguinte conceito:

Caracteriza-se pelo emprego de quantificação, tanto nas modalidades de


coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas
estatísticas, desde as mais simples como percentual, médias, desvio-padrão,
as mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão......

Para o levantamento deste trabalho, serão utilizadas informações internas do


grupo bem como pesquisa bibliográfica para explicar os procedimentos a serem
desenvolvidos pela organização através do referencial teórico e análise dos dados.
19

1.5 INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS

Análise documental

Serão utilizados documentos e procedimentos internos do grupo Mrh disponíveis


para a pesquisa, bem como arquivos que serão utilizados para a elaboração com base
nessas informações obtidas. O pesquisador utilizará as informações para elaboração dos
resultados.

PESQUISA

COLETA DE DADOS

SELEÇÃO DE DADOS QUE SERÃO ANALISADOS

FIGURA 1 – Fases da Pesquisa


FONTE: Adaptado de Almeida (2008, p.43)

Na fase da pesquisa, será observado o ambiente interno e controles internos da


organização utilizados no momento.

A coleta de dados terá com ponto de partida todos os procedimentos internos


utilizados pelos departamentos no desempenho de suas funções, na qual iremos verificar
a integração com outros departamentos e analisar sua funcionalidade no ambiente
interno e integridade das informações.

A seleção de dados que serão analisados, é o ponto final do trabalho, na qual


iremos descrever a fragilidade dos departamentos analisados e sugerir ajustes internos
para melhor desempenho organizacional e controle interno.
20

2. REFERENCIAL TEÓRICO

O tempo atual da economia e globalização em massa juntamente com a


alavancagem dos mercados nacionais e internacionais, estão cada vez mais disputados
pelas organizações empresariais, os concorrentes cada vez estão se aperfeiçoando na
estrutura empresarial para manter-se no mercado global, para isso surgir determinados
setores que é relevante sua criação, podemos citar a Controladoria, responsável por
suprir os gestores com informações úteis, confiável e íntegra para tomada de decisão.

2.1 Conceitos de Controladoria.

Conforme Oliveira (1998, p.19) ”Pode-se entender controladoria como


departamento responsável pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do
sistema integrado de informações operacionais”. Diante dos estudos realizados, pode-se
conceituar também a Controladoria um conjunto de princípios, procedimentos dentro de
várias áreas: Ciência da Administração, Economia, Psicologia, Estatística, e
especificamente a Contabilidade, que tem como principal finalidade a orientação para a
eficácia empresarial.

De acordo com as áreas de conhecimentos que se agregam pela Controladoria, os


autores Nascimento e Reginato (2010, p.2) citam que:

É nesse sentido que a Controladoria deve ser entendida como um ramo do


conhecimento, pois deve apropriar-se de conhecimentos oriundos da
psicologia, da antropologia, da administração, da economia, das teorias de
sistemas e de decisões, entre outras teorias, sempre no sentido de entender da
melhor forma os modelos decisórios, o ambiente cultural da organização,
bem como os problemas de decisão nos quais ela está envolta, as suas
necessidades de proteção quanto à qualidade da informação divulgada a
qualquer que seja o seu usuário.

Segundo o conceito de Knoeppel (1935, p.58)

A Controladoria tem a função de coordenação do negócio de modo destacado


e imparcial, com responsabilidade sobre o planejamento de lucros e provisão
do aparato necessário ao controle destes lucros. É uma função investigativa,
analítica, sugestiva e conciliadora, pela qual se estuda o negócio no tempo e
no espaço, o que possibilita a formulação dos planos de controle de produção
e vendas a serem executados, os quais quando aceitos ou modificados pela
administração se tornam a referência para a avaliação de desempenho.
21

Conforme Catelli (2001, p.28), apesar de sua conhecida obra conter muitas
críticas contundentes à contabilidade, apoiadas predominantemente em autores norte
americanos, afirma que:

A controladoria enquanto ramo do conhecimento, apoiada na Teoria da


Contabilidade numa visão multidisciplinar, é responsável pelo
estabelecimento das bases teóricas e conceituais necessárias para a
modelagem, construção e manutenção de sistemas de Informações e Modelo
de Gestão Econômica, que supram adequadamente as necessidades
informativas dos Gestores e os induzam durante o processo de gestão,
quando, a tomarem decisões ótimas.

Conforme informações e citações de alguns autores estudados finalizam-se o


conceito de Controladoria como ramo do conhecimento multidisciplinar onde todos os
setores e departamentos empresariais de uma entidade estarão juntos gerando
informações úteis a Controladoria para filtrar e repassar informações relevantes aos
gestores na tomada decisão.

Para Padovese (2009, p.4) “unidade administrativa responsável pela utilização de


todo o conjunto da Ciência Contábil dentro da empresa”.

A Controladoria é um segmento da contabilidade geral, mas pode ser definido por


alguns autores como ramo da administração isso conforme o enfoque de cada
profissional.

A Controladoria como órgão administrativo, tem o objetivo de sugerir


informações úteis para os gestores tomarem decisão empresarial, isso partindo do
princípio que o primeiro efetuou todos os levantamentos necessários para a geração de
dados confiáveis, corroborando com informações úteis de vários departamentos da
organização. Conforme Auster e Luciane (2010, p.126) “a Controladoria como um ramo
do conhecimento está voltada para o estudo de teorias e temas que permitam ao
profissional desta área entender a complexidade do processo decisório e as razões pelas
quais cada gestor tem as suas próprias características, no que tange à forma como toma
suas decisões”.

Devido a sua grande funcionalidade dentro da organização e seus objetivos, houve


a necessidade da criação do setor de Controladoria na área empresarial, com isso o
surgimento originou-se nos EUA, conforme artigo publicado por Elias de Castro.
22

2.1.2 Surgimento e objetivos da Controladoria.

Conforme publicação em artigo de Elias de Castro (2011), “Conta à história que a


controladoria surgiu no início do século XX nos Estados Unidos, com o crescimento e
desenvolvimento organizacional das empresas e mais tarde com fusões, formando
grandes organizações e conseqüentemente aumentando a complexidade de suas
atividades. No Brasil foi incorporada á prática empresarial com a instalação das
multinacionais americanas no país.

A controladoria tem diferenças significativas entre várias organizações, seja ela de


pequeno, médio e grande porte, porém com o objetivo de gerar informações úteis para a
tomada de decisão por parte dos gestores, é nessas características básica de garantir
informações, que concentra o grande trabalho, na qual exige grande conhecimento por
parte do profissional, na área econômica, administrativa, contábil, gestão dentre outras.

Para Catelli (2002, p.35), ”o controle liga-se diretamente à função de


planejamento, uma vez que sua função é assegurar que as atividades da empresa sejam
desempenhadas de acordo com o plano”. No mesmo sentido, Coronado (2001, p.56)
“aduz que o controle relaciona-se com o processo de planejamento, pois de nada
adiantaria um bom planejamento sem controle efetivo”.

Os controles internos de uma organização auxiliam a manter a entidade na direção


correta de suas metas e objetivos, identificam quando o processo está em desacordo com
o objetivo estabelecido.

Para Sá (1998, p.87) “cita e afirma que quando melhor o controle interno, maior
segurança para o trabalho, e quanto menor o controle interno mais atenção será exigida
no desenvolvimento das tarefas”.

O controle interno da organização, é ponto de partida para a Auditoria Interna e


Externa, são pontos de referências para os diversos testes existentes de Auditoria a
serem aplicados pelo Auditor que atua nas atividades ligadas a administração, ou seja,
todo o planejamento de Auditoria deve levar em conta o grau de controle interno.

Devido a esse controle interno organizacional na qual a Auditoria interfere-se


corroborando com a Controladoria, surgiram as funções desempenhadas pela
Controladoria, na qual entre várias funções, visa gerir informações úteis aos gestores.
23

2.1.3 Funções da Controladoria.

A função primordial da Controladoria é garantir informações íntegras e confiáveis


para a tomada de decisão dos gestores, juntamente com essas informações geradas,
busca a eficácia gerencial na organização, através de relatórios e dados existentes.

As funções estão incorporadas em cada departamento da entidade, pode-se citar a


função contábil, na qual está inserida a fiscal, custos, tributária e etc. Vale ressaltar que
existem as funções de Controladoria e a organizacional, na qual ambas são
heterogêneas.

Como destaca Borinelli (2006, p.98), “há funções de Controladoria (aspecto


conceitual) e funções da área organizacional de mesmo nome (aspecto organizacional).”

Podemos citar algumas funções que Borinelli (2006, p.135-139) o classificou na


área de Controladoria:

 Contábil;
 Gerencial estratégica;
 Custos;
 Tributária;
 Proteção e controle de ativos;
 Controle interno;
 Controle de riscos; e
 Gestão da informação.

Conforme Borinelli há várias funções atribuídas a Controladoria, podemos afirmar


que vários setores na organização são subordinados a si, isso devido sua importância e
sincronização com vários departamentos para assegurar informações íntegras por parte
destes, isto para garantir confiabilidade por parte dos gestores nos recebimentos das
informações para tomada de decisão.

A natureza das informações prestadas pela área de Controladoria pode ampliar a


qualidade das decisões operacionais diuturnamente tomadas por gestores e, mais do que
isso, possibilita a avaliação de seus desempenhos, indicadores dentre outros, permitindo
à administração verificar a potencialidade da organização, corrigir, orientar o seu
24

caminho quando necessário, até orientando os gestores quanto às suas posturas frente
aos problemas de decisão.

Devido a sua grande e potencial funcionalidade organizacional, a Controladoria


deverá estar diuturnamente sincronizada com diversas áreas, poderemos citar algumas
no próximo capítulo a seguir.

2.1.4 A Controladoria em sincronização com as diversas áreas.

 Sistemas de Informações.

Os Sistemas Integrados de Gestão, são conhecidos pela sigla ERP que significa
Enterprise Resource Planing, é peça fundamental para a controladoria na geração de
informações úteis, isso devido sua capacidade de armazenamento de dados financeiros,
contábeis dentre outros, a partir destas informações a Controladoria irá desenvolver
mecanismos para aglutinar todos esses dados para serem formatados em um único, ou
várias demonstrações e simulações dependendo da utilização para gerir o corpo de
gestores.

Para Garcia (2010, p.35) “isso porque a controladoria, para atingir seu propósito,
passa a depender não somente das informações contábeis, mas também das informações
geradas pelos diversos gestores da empresa, informações essas que, pelo uso dos
sistemas de informática, alimentarão a contabilidade”.

A utilização dessa ferramenta na organização é importantíssima, visto sua


capacidade de arquivar dados relevantes e informações diárias da entidade. Um bom
sistema de informação instalado na entidade visa assegurar os dados ali elencados e a
integridade física.

São várias funções desempenhadas por esses sistemas, pode-se citar controle
financeiro, controle contábil, controle administrativo, faturamento dentre outros na qual
a entidade sentir necessidade de sua implementação e sua dependência para
levantamento de dados, na qual Garcia afirma (2010, p.36) “a contabilidade passa a
depender dos sistemas de ERP. Pois são os diversos usuários de sistemas informatizados
que executam as operações de outros departamentos da empresa e que alimentarão de
alguma forma a Controladoria e a Contabilidade”.
25

Os sistemas de informações na qual foi citado sobre sua funcionalidade acima,


juntamente com o sistema de controle interno na organização, buscam evidenciar de
forma eficiente as informações ali geradas, sincronizando seus dados para gerir
relatórios confiáveis. Devido sua funcionalidade, o sistema de controle interno na
organização é ponto relevante na sua continuidade.

 Sistemas de controles internos.

A importância dessa ferramenta para organização para a tomada de decisão é


relevante, isso devido a sua abrangência no ambiente empresarial, coletando
informações de vários departamentos, procedimentos utilizados pelos colaboradores,
observar se normas estão sendo cumpridas rigorosamente cujo diretivo se encaixa
nesses procedimentos também, isso devido à visão ampla dessa ferramenta juntamente
com a Controladoria.

A Controladoria direta ou indiretamente depende da eficácia dos sistemas de


controles internos, na qual irá subsidiar seus relatórios com informações encaminhadas
através dessa ferramenta, na qual é importante sua correta aplicação na organização.
“Para Garcia (2010, P.52)” essa afirmação demonstra a total dependência da
controladoria com o sistema de controles internos da organização. Ele é a base que
garantirá a integridade, a confiabilidade e a tempestividade das informações acumuladas
pela controladoria, que apoiarão os gestores no processo de gestão e de tomada de
decisões.”

Para Reginato e Nascimento (2007, p.34)” a Controladoria alimenta todo o


processo de gestão da organização, subsidiando os gestores com informações seguras e
consistentes com vistas à eficaz tomada de decisões e essas informações têm como base
o sistema de controles internos.”

Os Sistemas de Controles Internos é bem mais complexos que o controle interno,


visa salvaguardar o ambiente interno e externo, e exigir a utilização dos procedimentos
pelos colaboradores, ou melhor, significa todas as normas e procedimentos existentes na
organização.
26

Para Nascimento e Reginato (2010, p.149):

Nesse sentido, controles internos podem ser entendidos como todo arcabouço
de normas de procedimentos existentes na empresa, que visam a tornar os
seus processos administrativos rastreáveis, de forma que as informações
necessárias ao bom andamento desse processo sejam fidedignas,
proporcionando ao mesmo tempo tomadas de decisões seguras e a
rastreabilidade e a salvaguardar dos ativos da empresa consumidos durante as
suas implementações.

O surgimento do controle interno aqui no Brasil deu-se a partir dos procedimentos


normatizados nos Estados Unidos da América (EUA) depois de diversas falhas nas
organizações ali instaladas, na qual foi criada a Lei Sarbanes-Oxley, que regulamenta e
cita os procedimentos de controles internos que as empresas devem utilizar-se para
salvaguardar sua integridade e permitir o melhor detalhamento das informações
divulgadas.

No Brasil, o Banco Central do Brasil (BACEN), a Comissão de Valores


Mobiliários (CVM) e Instituto Brasileiro dos Contadores (IBRACON), regulamentaram
normas e procedimentos internos para empresas de sociedades anônimas e com
negociação na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMF) através das suas normas há
regulamentos que devem ser utilizados pelas entidades.

Para Nascimento e Reginato (2010, p.150):

Contudo, o termo sistemas de controles internos é mais abrangente,


representando o conjunto de todos os controles internos que almejam
proteger os recursos cujo consumo seja detectável pelos registros contábeis,
agregando-se a eles, entretanto, normas específicas que visem a padronizar o
comportamento da organização, ou a conduta de seus funcionários, como, por
exemplo, os manuais de normas e condutas.

Geralmente as empresas que tem um eficiente sistema de controle interno


organizacional possuem também governança corporativa, isso devido ao seu alto grau
de comprometimento com suas informações geradas para com terceiros, devido sua
importância no mercado nacional e internacional.
27

 Governança corporativa.

A Governança Corporativa está em destaque nas organizações, principalmente as


classificadas como Sociedades Anônimas e como movimentação em Bolsa de Valores,
cuja sua importância é garantir maior controle interno e organograma mais complexo
para assegurar aos usuários da contabilidade maior confiabilidade e integridade de suas
informações contábeis.

“O conceito de Governança Corporativa, é muito amplo, para Auster e Luciane


(2010, p.95)” O conceito de governança corporativa no Brasil vem sendo tratado como
sinônimo de monitoramento da administração de uma empresa com vistas à proteção
daqueles que por ela são interessados, normalmente por razões econômicas, e que não
participam da sua administração.”

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) define que governança


corporativa” [...] é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas
envolvendo os relacionamentos entre acionistas/cotistas, conselho de administração,
diretoria, auditoria independente e conselho fiscal.”

Como foi citada anteriormente por autores, à utilização do sistema de Governança


Corporativa nas organizações visa maior controle, isso devido à criação de
departamentos específicos na entidade, citamos a criação do o conselho fiscal, auditoria
externa, conselho de administração.

Conforme Nascimento e Reginato (2010, p.117):

A governança corporativa é um conjunto de mecanismos que serve para


monitorar através de controles a gestão e o desempenho das organizações; ou,
ainda, pode ser definida como uma forma de esforço contínuo em alinhar os
objetivos da alta administração aos interesses dos acionistas ou proprietários,
mas também pode ser entendida como um sistema que permita a usuários
internos e externos certificarem-se de que a empresa tem a melhor gestão
possível de seus recursos, com competência e transparência por parte de cada
um dos gestores que diuturnamente tomam decisões sobre consumo de
recursos para a geração de resultados.

Através de normas e órgãos internacionais como Financial Accounting Standard


Board / Comissão de Padrões de Contabilidade Financeira (FASB), International
Accounting Standard Board / Conselho Internacional de Padrões Contábeis (IASB),
International Accounting standard / Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) e
28

Normas Brasileiras através do CFC, visam dar maior segurança aos usuários internos,
externos.

Devido ao grande monitoramento por parte da governança corporativa para com


os departamentos e com terceiros, a função Controller busca auxiliar e demonstrar de
forma evidente o desempenho da entidade e abastecer-se de relatórios gerenciais para
com os gestores para verificar e analisar o andamento da organização no mercado, por
isso tem importância de adornar a alta administração com dados confiáveis, isso devido
seu conhecimento multidisciplinar.

2.1.5 A função Controller.

 Conceitos e atributos do Controller.

Podemos conceituar o Controller, como a expansão de um contador voltado para


atribuições importantes, um profissional voltado para gerenciamento da organização
com habilidades interpessoais que corrobora a interagir com outros setores e
departamentos, bem como gerenciar atividades bem preparadas para o desnvolvimento
crescente da entidade. No dia de hoje, o moderno controller requer vasta experiência em
administração e vasto conhecimento contábil dentre outras áreas.

Os atributos do controller na organização empresarial visa assegurar maior


confiabilidade das informações geradas pela Controladoria, na qual o primeiro irá
desenvolver e elaborar relatórios confiáveis para o corpo de gestores, visando assegurar
os atributos da contabilidade que é a confiabilidade, compreensibilidade,
comparabilidade e tempestividade das informações contábeis, financeiras e
administrativas.

No mesmo raciocínio Garcia (2010, p.2):

O Controller tem papel preponderante no auxílio aos gestores da empresa na


implementação das melhores práticas de controle, até mesmo porque ele tem
interesse que tais controles sejam exercidos da melhor maneira possível, para
garantir informações com integridade, que por sua vez, alimentarão a
contabilidade.
29

O Controller deverá ter conhecimentos avançados, envolvendo área financeira,


administrativa, contábil, gerencial, mercado nacional e internacional, variáveis
econômicas no âmbito nacional e internacional, ou seja, ter conhecimento ilibado em
relação a sua função e adequado comportamento junto aos gestores.

Segundo Nascimento e Reginato (2010, p.142):

O Controller não poderia ser diferente. Além de um adequado domínio dos


instrumentos dos quais se utiliza para a execução de suas atividades, tais
como os conhecimentos técnicos envolvendo as fases de planejamento, as
contabilidades financeiras e de custo e os sistemas de informações e de
controles internos, deve possuir atributos pessoais fortemente identificados
dada a necessidade que tem de interagir com os demais gestores.

Segundo Nascimento e Reginato (2010, p.142), segue abaixo os principais


atributos do controller, apesar de existirem diversos:

 Capacidade de liderança;
 Ética profissional;
 Capacidade de comunicação e de poder de síntese;
 Inclinação para a cooperação e para a disponibilização;
 Imparcialidade, ponderação e discrição;
 Visão sistêmica;
 Capacidade de persuasão;
 Visão crítica; e
 Consciência de suas próprias limitações.

Quem desempenhar a função Controller, deverá ficar atento ao seu desempenho


profissional e comprometimento, já que o citado não poderá ser designado para
qualquer profissional, sua a responsabilidade será redobrada em relação a outras funções
na organização, podemos citar sua vivência o tempo inteiro com os gestores sem
barreiras impeditivas a sua responsabilidade. Segundo Auster e Luciane (2010, p.144)
“O Controller deve viver intensamente todos os aspectos que cercam uma atividade
organizacional e estar disponível para a facilitação da fluência de tais atividades, deve-
se preocupar-se com a empresa em si tanto quanto a alta administração.”
30

Verificamos que sua função e atributos são importantes para com a organização,
para isso o Controller precisa estar amparado por uma estrutura bem equiparada e
ajustada para desempenhar suas funcionalidades, por isso a estrutura da Controladoria é
relevante no seu desempenho, na qual irá utilizar-se dessa estrutura para dar de si o
melhor.

2.1.6 Estrutura da Controladoria.

A Controladoria tem papel fundamental da organização, visando primeiramente


sua continuidade e buscando ferramentas úteis e dados confiáveis para elaboração de
determinados indicadores empresarial. Para cumprir seu papel, a Controladoria deverá
participar ativamente com outros departamentos a fim de exercer seu controle e
posteriormente assegurar o planejamento correto e caso seja necessário vir corrigi-los
para alcançar resultados ótimos.

Para isso a estrutura da Controladoria deverá estar bem elaborada na organização


em relação ao seu organograma. Segundo Padovese (2003, p.36) a controladoria pode
ser estruturada em duas grandes áreas:

 Área contábil e fiscal; e


 Área de planejamento e controle.

Buscando um escopo bem estruturado do organograma de uma determinada


organização, o autor demonstra abaixo como deveria ser a estrutura da Controladoria,
sincronizando o máximo os departamentos com os demais setores, para que a mesma
tenha competência suficiente para desempenhar suas funcionalidade do decorrer da
continuidade empresarial.

Na tentativa de encontrar pontos da integração da Controladoria entre as áreas de


gestão, o referido autor nos mostra a estrutura da controladoria.
31

CONTROLADORIA

RELAÇÃO COM
INVESTIDORES

AUDITORIA INTERNA SISTEMA DE


INFORMAÇÃO
GERENCIAL

PLANEJAMENTO
ESCRITURAÇÃO
E CONTROLE

• ORÇAMENTOS, PROJEÇÕES E
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
•CONTABILIDADE DE CUSTOS
•CONTABILIDADE POR CUSTOS •CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
•CONTABILIDADE POR • CONTROLE PATRIMONIAL
RESPONSABILIDADE •CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
•ACOMPANHAMENTO DO
NEGÓCIO E ESTUDOS
ESPECIAIS

FIGURA 3 – Organograma da Auditoria Interna


FONTE: Portal de Auditoria
32

A estrutura da Controladoria tem que estar bem adequada na organização,


conforme o autor através do modelo citado acima, buscar sincronizar alguns
departamentos e delegar atribuições para cada um, estas atribuições e sincronização dos
departamentos visa desempenhar sua missão e objetivos para com a organização.

2.1.7 Missão e objetivos gerais da Controladoria na entidade.

Pode-se classificar uma característica fundamental em um sistema organizacional,


é a existência de uma missão e objetivos, ou seja, a forma de construir um todo.

Assim uma organização dotado de missão, tem o ponto principal atingir seus
objetivos. Nesta missão entra a Controladoria, que visa otimizar os resultados da
empresa, por meio de integração e esforços do corpo de colaboradores para atingi-lo.

Segundo Perez Júnior, Pestana e Franco (1997, p.37) “a missão da controladoria é


otimizar os resultados econômicos da empresa através da definição de um modelo de
informações baseado no modelo de gestão”.

Os objetivos para alguns autores é sua missão como parte integrante desta
escalada, Conforme Almeida Apud Parisi e Pereira (2001, p.347) os objetivos da
Controladoria, tendo em vista a missão estabelecida são:

 Promoção da eficácia organizacional;


 Viabilização da gestão econômica;
 Promoção da integração das áreas de responsabilidades.

A partir de todas as suas funcionalidades, missões, objetivos e atributos dentre


outros citados acima, a Controladoria é importantíssima na organização, isso devido ao
estabelecimento de metas, e essencialmente para prover a administração com
informações seguras que a leva a tomada de decisões acerca da continuidade da
entidade e seu futuro imediato, faz com que esse setor seja criado na organização.
33

2.1.8 Razões para criar setor de Controladoria

As razões para determinada entidade criar o setor de Controladoria são inúmeras,


poderemos citar alguns, esses benefícios estão deste o maior controle da organização e
departamentos, suas diversas ferramentas permitem através de seus relatórios
repassarem informações gerenciais para os gestores na tomada de decisão, analisando o
desempenho, o ambiente interno e externo, as variáveis macro e micro econômicas etc.

No período atual das organizações, verificamos que os gestores estão mais atentos
ao desempenho financeiro e econômico, por isso, o setor de Controladoria vem
crescendo nos últimos anos, isso devido sua importância na continuidade da entidade.

A Controladoria como citamos anteriormente, tem vários objetivos dentro da


organização, visa assegurar informações úteis, tem o desafio de elaborar planejamento
estratégico que atenda as necessidades do público externo, ou seja, os stakeholders
(clientes, fornecedores, acionista etc.), com o objetivo de trazer contribuições e
sugestões valiosas para os gestores.

A Auditoria tem vários objetivos, o mais conhecido é o parecer, na qual é


elaborado por Auditores Independentes, mais conhecidos como Auditoria Externa, que
visa assegurar que suas demonstrações financeiras estão de acordo coma as NBCT e que
reflete sua posição patrimonial e financeira naquele determinado momento. Todo esse
trabalho é feito por amostragem levantada na entidade pelo Auditor.

Nesse sentido a Auditoria Interna tem papel relevante, através dos procedimentos
estabelecidos e levantados diariamente na entidade, a Auditoria Externa tomará como
base esses controles para iniciar o levantamento auditorial, por isso juntamente com a
Controladoria tem privilégios de informar e gerir os gestores sobre o andamento da
organização.

2.2 Conceitos de Auditoria Interna

Departamento na qual visa garantir a utilização dos procedimentos e normas


internas da organização, auxiliando os gestores referentes à adoção das normas
estabelecidas, já que os mesmos não poderiam supervisionar pessoalmente todas as
etapas das diversas operações e atividades desenvolvidas.
34

No aspecto etimológico da palavra, auditoria vem da língua latina “audire”, que


significa ouvir. Para Ferreira (1999, p.231) “exame analítico e pericial que segue o
desenvolvimento das operações contábeis, desde o início até o final do balanço.”

Já voltado diretamente para conceito de Auditoria Interna, conforme Humberto


(2011, p.163) “Já o conceito de auditoria interna tem evoluído ao longo dos anos.
Inicialmente, atribuía-se à auditoria interna, sobretudo, as funções de salvaguarda dos
ativos das empresas, a verificação do cumprimento dos procedimentos estabelecidos
pela Administração e a constatação de se a informação financeira era verossímil.”

Como vimos, a Auditoria Interna na organização é importantíssima, isso para


verificar sua adequada utilização dos procedimentos internos a ela inerentes, com isso
torna-se parecido com a função da Auditoria Externa, já que o segundo ao avaliar o
controle interno da organização verifica e analisa a funcionalidade do primeiro na
organização para obter informações confiáveis para o levantamento dos papéis de
trabalho.

Com a aprovação dos Standards for the Professional practice of internal auditing
/ Padrão de Práticas Profissionais de Auditoria Interna (SPIA), no decorrer da 37ª
Conferência Internacional do Institute of Internal Auditores / Instituto de Auditores
Internos (IIA), realizada em São Francisco (Estados Unidos da América), no ano de
1978, definiu-se auditoria interna como:

Uma função de apreciação independente, estabelecida dentro de uma


organização, como um serviço para a mesma, para examinar e avaliar as suas
atividades. O objetivo da auditoria interna é o de auxiliar os membros da
organização no desempenho eficaz das suas responsabilidades. Com esta
finalidade a auditoria interna fornece-lhes análises, apreciações,
recomendações, conselhos e informações respeitantes às atividades
analisadas (1978 apud COSTA, 1991, p.28).

Foram citados acima os diversos conceitos de Auditoria Interna, a partir destes


conceitos surgi à figura da missão que irá ser desempenhada na entidade, buscando
aglutinar e sincronizar a missão organizacional com sua respectiva.
35

2.2.1 Missão da Auditoria Interna

A Auditoria Interna tem como principal finalidade e missão desenvolver plano de


ação e procedimentos que visam assegurar o melhor funcionamento dos processos
gerenciais da organização, evitando com isso perdas e riscos empresariais diante de suas
operações. Inclui-se também na sua missão, assessorar os administradores em relação a
procedimentos internos e externos que influencie nas operações da empresa, buscando
melhor controle organizacional.

2.2.2 Objetivos e funções da Auditoria Interna

Os objetivos da Auditoria Interna visam examinar, comunicar e analisar se os


procedimentos estão sendo aplicados e usados na organização. Para Rasmussen apud
Humberto (2011, p.182), o auditor interno em seus trabalhos, teria ainda os seguintes
objetivos:

 Examinar a integridade e fidedignidade das informações formadas pelos


sistemas de controles internos, referentes às atividades e transações dos setores,
utilizando meios e sistemas de aferir, localizar, classificar e comunicar eventuais
imperfeições na aplicação de normas estabelecidas ou até atos fraudulentos.
 Examinar os sistemas de controles internos e operacionais estabelecidos, para
certificar o seu cumprimento e observância e identificar focos e áreas de
sensibilidade que podem ter impacto sobre as operações dos setores.
 Verificar se os recursos são empregados de maneira eficiente e fidedigna,
observando a separação dos processos de autorização, aprovação e execução na
manipulação destes recursos.
 Examinar operações e transações e verificar se os resultados são compatíveis
com os planos estabelecidos, utilizando os sistemas de análises.
 Comunicar o resultado do trabalho de auditoria à alta gestão e aos executivos
competentes e certificar que foram tomadas as providências necessárias e
adequadas para corrigir as discrepâncias ou descobertas no curso das
verificações.
36

A função da Auditoria Interna está interligada com o objetivo. Para Monteiro


apud Humberto (2011, p.184) cita:

a) Zelar para que as Leis Fiscais e Sociais sejam cumpridas rigorosamente,


evitando-se, assim, multas e autuações;
b) Fiscalizar o rigoroso cumprimento das normas administrativas da
empresa (Manual de Rotinas, Procedimentos, Limites de concessão, de
crédito, Ordenações ou Autorizações de pagamentos etc.);
c) Fiscalizar o cumprimento exato dos contratos;
d) Evitar fraudes internas;
e) Orientar e visar os recibos de pagamentos a pessoas físicas ou sociedades
civis, com referência às retenções de tributos, leis sociais e
provisionamentos legais (INPS de Autônomos), Reembolso de
Autônomos etc;
f) Propor sugestões ao Diretor Administrativo ou ao Controller destinadas
a aperfeiçoar o Manual de Procedimentos Administrativos da Cia,
Manual de Rotinas etc.;
g) Conferir sistematicamente os controles financeiros, inclusive fazendo
tomadas de contas (junto a Tesouraria, Setor de Bancos, Caixas, Setor de
Compras, Estoques);
h) Fiscalizar permanentemente, através de checagens periódicas, a Carteira
de Cobrança, o Cadastro, a Concessão de crédito;
i) Fiscalizar permanentemente os Seguros em vigor;
j) Orientar a diretoria ou a controladoria quanto aos aspectos legais
contábeis e fiscais dos atos a serem praticados.

Os objetivos e funções visam assegurar a organização sua ferramenta e utilização


no dia a dia empresarial, buscando desempenhar seus objetivos na qual foi destacado
para aplicação diária, a partir desses dois elementos citados na Auditoria Interna,
surgiram às obrigações na qual os Auditores terão que cumprir rigorosamente,
desenvolvendo processos internos na organização dentre outros cabíveis.

2.2.3 As obrigações do Auditor Interno

Obrigação significa dever, responsabilidade para com terceiros, esses pontos que a
Auditoria Interna tem que cumprir com a organização em relação a seu posicionamento
e atitudes que serão desempenhadas.
37

Conforme Araújo (1998, p.229-230), no que se referem suas obrigações, o auditor


deve:

1. Ser independente.
2. Exercer sua profissão com competência, zelo, diligência, honestidade e
responsabilidade.
3. Observar as disposições legais vigentes.
4. Resguardar os interesses da instituição e da sociedade, sem prejuízo da
sua dignidade e independência profissional.
5. Guardar sigilo sobre o que souber em razão de sua função.
6. Zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços
sob sua responsabilidade.
7. Reportar, imediatamente, eventuais circunstâncias adversas que possam
influir na conclusão do seu trabalho.
8. Inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opiniões.
9. Evitar declarações públicas sobre o resultado do seu trabalho.
10. Manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o
exercício de sua atividade.
11. Manter-se atualizado com as modernas técnicas e métodos de auditoria e
de áreas correlatas.
12. Respeitar as regras de disciplina impostas pela instituição a que pertença.
13. Obter formas de aumentar a economia, a eficiência e a eficácia das
operações e atividades dos organismos auditados.
14. Conduzir-se de forma a obter crédito e prestígio em sua profissão.
15. Comporta-se de forma exemplar em todas as suas atividades
profissionais e particulares, de modo a ser um modelo que seja imitado
por todos os servidores.

As obrigações elencadas acima citadas por Araújo visam garantir a personalidade,


profissionalismo dentre outros do Auditor, com isso a organização fica mais segura em
relação ao seu trabalho desempenhado. Para desempenhar sua função na organização, é
desejável que seu perfil seja íntegro, imparcial e conhecimento ilibado da atividade
empresarial dentre outros conhecimentos para desempenhar seu trabalho.

2.2.4 O perfil do Auditor Interno

Em relação ao perfil do Auditor Interno, verificamos que primordialmente deverá


ter conhecimento na área contábil e administrativa, dentre outros conhecimentos é
essencial. O setor de recursos humanos deverá ser cuidadoso em selecionar profissionais
para o determinado setor, isso devido à responsabilidade que o mesmo terá na
organização bem como seu conhecimento ilibado que será solicitado.
38

O Auditor interno deverá possuir conhecimentos em diversas áreas, isso devido a


complexidade do seu trabalho na organização, na qual podemos citar: contabilidade,
sistemas de informações, economia e processos administrativos de uma forma geral, na
qual outras áreas de conhecimento podem ser importantes para seu desempenho.

Partindo-se dos comentários citados acima em relação à missão, objetivos,


funções, obrigações e perfil, poderão afirmar que sua atuação na organização irá
contribuir muito e efetivamente para sua continuidade, visando sempre à integridade da
entidade como um todo.

2.2.5 A atuação da Auditoria Interna na organização.

A atuação da Auditoria Interna na organização é auxiliar os gestores se os


procedimentos e controles internos estão sendo aplicados e garantir a integridade e
proteger seus ativos.

Para Rasmussen apud Humberto (2011, p.181) “é auxiliar os membros da


administração a descobrir, com eficácia, a falta de aplicação de elementos de controles
internos e, eventualmente, proteger a empresa contra sinistros no patrimônio e os
recursos da empresa atingidos por eventuais atividades nocivas, nas áreas sensíveis da
empresa.” No mesmo encontro de raciocínio Avalos (2009, p.73)” a auditoria interna é
um mecanismo de segurança e deve prestar seus serviços a toda a organização. [...]
também ajuda na vigilância, em representação da autoridade superior, do adequado
funcionamento do sistema”.

Devido sua atuação organizacional, iremos destacar o modelo sugerido de


organograma na organização, sempre lembrando que a organização deverá desenvolver
seu próprio modelo através da sua estrutura empresarial e atividade desempenhada no
mercado, sempre efetuando ajustes quando necessário para seu melhor desempenho e
controle.
39

2.2.6 Organograma da Auditoria Interna na organização

O organograma na organização em relação ao setor de Auditoria Interna pode


variar em relação a cada tipo de sociedade, ou seja, sociedades anônimas têm um padrão
específico, já para as sociedades anônimas de capital fechado é outros, para as pequenas
e médias empresas tem um padrão, isso vai depender da estrutura e posição dos setores
para o desenvolvimento, exemplificamos abaixo o modelo de organograma adequado
para holding.

PRESIDÊNCIA

AUDITORIA
INTERNA

DIRETORIA DIRETORIA DIRETORIA DIRETORIA


TÉCNICA FINANCEIRA ADMINISTRATIVA DE
MARKETING

GERÊNCIA GERÊNCIA GERÊNCIA

FIGURA 3 – Organograma da Auditoria Interna


FONTE: Portal de Auditoria
40

Nos próximos dois (2) subitens iremos abortar as principais diferenças entre a
Auditoria Externa para Interna, bem como a segunda sobre a Controladoria, na qual são
pontos relevantes que a distingue as três (3) funcionalidades. Essas diferenças são
importantíssimas para os gestores, para que não venham a caracterizar que alguma
funcionalidade dessas possa desempenhar outras funções na organização.

2.2.7 Principais diferenças da Auditoria Externa para a Interna

As diferenças entre Auditoria Externa e Interna são poucas, já que a primeira


utiliza-se de normas e controles internos coordenados pela Auditoria Interna da
organização, verificamos que a maior diferença esteja em relação ao parecer dos
Auditores Independentes (Auditoria Externa) na qual são mais conhecidos por essa
funcionalidade.

Tanto a Auditoria Externa como Interna utilizam os mesmos procedimentos de


auditoria, quando cabíveis, baseados no ponto de controle interno identificado e de
acordo com o grau de extensão das atividades aplicadas. Abaixo segue diferenças entre
Auditoria Interna e Externa conforme pesquisa.

Principais diferenças
Elementos
Auditoria Externa/Independente Auditoria Interna
Profissional Profissional independente Funcionário da empresa
Exame das demonstrações Exame dos controles internos
Ação e objetivo contábeis e trabalhos especiais operacionais
Opinar sobre as demonstrações Promover melhorias nos controles
Finalidade contábeis internos
Recomendações de controle
Produto final Parecer interno e eficiência administrativa
Grau de independência Mais amplo Menos amplo
A empresa, público em geral,
Interesse no trabalho clientes e fornecedores, governo Á empresa
Responsabilidade Profissional, civil e criminal Trabalhista
Número de áreas cobertas
pelo exame durante um
período Maior Menor
Intensidade dos trabalhos
em cada área Menor Maior
Continuidade do trabalho Periódico Contínuo

FIGURA 4 – Diferenças de Auditoria Externa e Interna


FONTE: Adaptado do portal de auditoria (2011)
41

2.2.8 Diferenças entre Auditoria Interna e Controladoria.

As diferenças entre a Controladoria e Auditoria Interna são relevantes, a primeira


é o grande banco de dados a serviço dos gestores na organização, a segunda não oferece
tais serviços a seus usuários, visto que um sistema de informações é algo complexo e de
custo elevadíssimo para sua implantação.

Conforme Oliveira e Diniz Filho apud Humberto (2011, p.167), são


principalmente as seguintes:

1. A Auditoria exerce uma função de assessoria, como órgão de staff. Em


suas funções de assessoria, a Auditoria não exerce qualquer tipo de
autoridade sobre os demais departamentos, podendo apenas recomendar,
jamais impor, qualquer tipo de controle e outros procedimentos
administrativos. A Controladoria, por sua vez, tem como obrigação, entre
outras tarefas, manter um controle efetivo sobre os gastos das demais áreas.
2. A Controladoria é um órgão de linha e, como tal, responsável pela
execução de diversos trabalhos rotineiros. A Auditoria não realiza atividades
de linha, preocupando-se apenas com a revisão dos trabalhos de outros
departamentos, inclusive os executados pela Controladoria [...].
3. Salvo casos de atribuições específicas que partem do alto comando da
empresa, a Controladoria não tem acesso aos documentos e relatórios
confidenciais dos demais setores [...]. É comum, na prática, a Controladoria
transferir aos auditores a realização de tarefas que envolvem o acesso aos
dados confidenciais [...].
4. A diferença mais importante, no entanto, reside no fato de que uma
controladoria deve caracterizar-se como um processo contínuo de
identificação, de mensuração e de comunicação de informações para
subsidiar as tomadas de decisões. Sua função básica é suprir seus “clientes
internos” de informações adequadas para a gestão econômica, financeira e
operacional das empresas.

Através de todas as características, funcionalidade dentre outras citadas acima


sobre a Auditoria Interna, iremos destacar e citar nos próximos dois (2) capítulos, as
normas que a regem e órgãos internacionais de classe, isso para termos conhecimento
amplo de sua importância e funcionalidade com regras que o subordinam para
desempenho eficaz na organização.
42

2.2.9 Normas Brasileiras, resoluções aplicáveis a Auditoria Interna e órgãos


representativos de classe

A Resolução CFC 986/2003 regulamenta as NBC-T-12.1, 12.2 e 12.3, juntamente


com NBC-P-3 Normas Profissionais do Auditor Interno e NBCT-TA-610 utilização do
trabalho de Auditoria Interna - pela Auditoria Independente.

No Brasil existe o Instituo de Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil), sua sede é
localizada em São Paulo, na qual representa os Auditores Internos e dos profissionais de
Controle Interno e Externo, buscando o fortalecimento destes profissionais, sua
formação, qualificação, capacitação e permanente atualização de seus membros ali
associados.

2.2.10 Órgãos Internacionais de Auditoria Interna e representativos de classe

O The Institute of Internal de Auditors / Instituto de Auditores internos (IIA),


localizado no EUA, tem como finalidade emissão de certificados internacionais na área
de Auditoria Interna, tem o objetivo de qualificar os profissionais emitindo certificados
internacionais, na qual suas certificações estão divididas em: Certifield Internal Auditor
/ Certificado de Auditores Internos (CIA), Certification in Control Self-Assessment /
Certificado de Auto Avaliação de Controles e Riscos (CCSA), Certifield Financial
Services Auditor / Certificado de Auditor em Serviços Financeiros (CFSA) e Certifield
Government Auditing Professional / Certificado Profissional de Auditor no Setor
Público (CGAP).

Segue abaixo órgãos representativos de classe na área internacional:

 AICPA – American Institute of Certifield Public Accounts / Instituto Americano


de Contadores Públicos Certificados;
 AAA – American Accounting Association / Associação Americana de
Contadores;
 FEI – Financial Executive International / Executivos Financeiros
Internacioanal;
 IIA – The Institute of Internal Auditors / Instituto dos Auditores internos; e
43

 IMA - Institute of Management Accountants / Instituto dos Contadores


Gerenciais.

Finalmente através de todos os arcabouços citados a respeito da Auditoria Interna,


iremos comentar alguns pontos relevantes e razões para a criação deste departamento na
organização, buscando enfatizar um pouco mais do que foi comentado anteriormente.

2.2.11 Razões para criar setor de Auditoria Interna

A importância da Auditoria Interna visa assegurar os procedimentos internos da


organização com os departamentos.

A Auditoria hoje é fundamental para todos nós, com ela que podemos tomar
decisões, medidas, prevenções que encontramos nos relatórios de Auditoria Interna.
Visa assegurar os ativos empresarias e por meios de relatórios sugerir procedimentos e
normas reguláveis para melhor desempenho.

Devido a sua grande importância na organização, a Auditoria Externa toma como


base suas informações para início das suas atividades, analisando o controle interno e
normas aplicáveis a cada departamento e colaboradores. Assegura também se os
procedimentos que estão sendo utilizados estão de acordo com a parte externa, que
inclui recolhimento de impostos, informações acessórias fiscais dentro do prazo etc.
Devido a sua funcionalidade, é recomendada sua criação departamental na organização.

Conforme Portal de Auditoria (www.portaldeauditoria.com.br/departamento),


conjunto de fatores que formam necessidades da criação de um departamento de
Auditoria Interna:

1 – Ambiente empresarial contemporâneo em mudanças;

2 – Grau de organização;

3 – Dispersão geográfica da empresa;

4 – Aumento da complexidade organizacional;

5 – Globalização;

6 – Avanço tecnológico;
44

7 – Competitividade; e

8 – Economicidade.

3. ANÁLISE DOS RESULTADOS

A análise a seguir foi realizada por meio das informações recebidas através dos
departamentos do Grupo Mrh, tendo como foco os procedimentos executados, suas
obrigações e controle dos respectivos setores da organização.

As sugestões de alterações referentes aos procedimentos utilizados, normas,


controle dentre outros ficará a critério dos diretores, o devido estudo irá apontar a
utilização da ferramenta Auditoria Interna e Controladoria para a tomada de decisão.

Todos os departamentos do Grupo Mrh serão descritos, a partir desse estudo a


Auditoria Interna e Controladoria adentram para sugerir novos procedimentos internos
e externos caso seja necessário, com o objetivo de aperfeiçoar seus procedimentos e
garantir maior controle organizacional por parte dos colaboradores que ali
desempenham suas funções.

Iremos sugerir essa implantação no início de 2012, já que em meados do citado,


uma nova sede do Grupo será erguida, ficando todos os setores apenas em um local,
facilitando as informações entre os departamentos e centralizando suas funcionalidades,
na qual poderemos sugerir também implantação de novos setores, trazendo benefícios
para todos, destes diretores a colaboradores incluindo os Stakeholders, mostrando maior
controle interno e integridade organizacional para com o mercado interno e externo.

3.1 Departamento Contabilidade

Atualmente a Contabilidade está dividida nos respectivos setores: fiscal e


tributário, orçamento, contabilidade Mrh locação, contabilidade Mrh arquivo e gestão.
Todos esses setores estão situados em um único setor, na contabilidade do grupo.

 Atividades desenvolvidas

Responsável pela contabilidade fiscal, societária e tributária dentre outros


procedimentos internos.
45

 Atividades extras

Levantamentos orçamentários para tomada de decisão, análise contratual com


terceiros, declarações de imposto de renda dos diretores.

 Sugestão

Auditoria Interna: Responsável pela análise contratual com terceiros.

Controladoria: Ficaria responsável pela parte orçamentária, acompanhamento


empresarial e declarações de imposto de renda dos diretores.

Controle Interno: Separação desses setores da contabilidade, sugerindo criação de


novas salas para receber cada setor respectivo, utilizando-se a ferramenta segregação de
funções na qual a Auditoria Interna enquadra-se, e ao mesmo tempo melhorando o
acompanhamento pela Controladoria.

3.2 Departamento Financeiro

Atualmente o setor Financeiro está dividido nos respectivos setores: contas a


pagar e receber, cobrança, faturamento, tesouraria. Todos esses setores estão situados
em um único setor, no financeiro atualmente.

 Atividades desenvolvidas

Responsável por todo procedimento financeiro do grupo Mrh, na qual está


inclusos pagamentos, recebimentos, faturamento e tesouraria geral.

 Atividades extras

O setor de faturamento atualmente está faturando notas das filiais, isso


acarretando carga de trabalho para devido funcionário, algumas vezes recebe
informações errôneas sobre valores e impostos retidos.

O setor de contas a receber não está tendo controle absoluto sobre os


recebimentos de clientes, na qual meses ficam valores em abertos e os mesmos
solicitando composição das filiais.

O setor de tesouraria atualmente está sem controle diário dos valores em caixa,
efetuando algumas vezes pagamentos sem o devido procedimento da contabilidade.
46

 Sugestão

Auditoria Interna: Iria verificar o acompanhamento desses recebimentos que estão


em abertos bem como o controle de alunos das filiais sobre os devidos valores. Irá
acompanhar a parte de retenções de tributos e auxiliando com informações as filias
sobre os procedimentos fiscais regidos para cada município ou estado. Na tesouraria irá
verificar acompanhamento diário do caixa sobre sua disponibilidade em espécie ou
cheques e acompanhamento mensal in loco nas filiais.

Controladoria: acompanhamento desse controle que irá ser efetuado nos


respectivos setores citados bem como acompanhamento da evolução das receitas
oriundas deste controle.

Controle Interno: Sugerir maior controle sobre as operações de recebimentos de


alunos, acompanhamentos nas filiais e deixar mais íntegro o sistema de informações.

3.3 Departamento Pessoal

Atualmente o setor pessoal está dividido nos respectivos setores: benefícios,


pessoal.

 Atividades desenvolvidas

Responsável por todo procedimento de folha de pagamento do Grupo Mrh,


benefícios em geral.

 Atividades extras

Não desempenha atividades que não seja de sua competência atualmente.

 Sugestão

Auditoria Interna: Maior controle dos contratos de terceirização, funcionários,


acompanhamento eficiente do que se diz a respeito de benefícios em geral para os
colaboradores (vale transporte, vale refeição, plano de saúde) isso buscando evitar
perdas e fraudes por algum colaborador, fiscalização dos tributos levados pelo setor
pessoal, atualmente quem faz isso é a contabilidade, não sendo de sua competência
efetuar devidos levantamentos e conferência.
47

Controladoria: acompanhamento desse controle, sempre verificando e analisando


o custo mensalmente, isso tendo como objetivo maior controle dos custos e verificando
variáveis que podem ocorrer em determinados períodos, solicitando explicações dos
responsáveis, caso seja necessário.

Controle Interno: Sugerir a implantação com urgência de pontos eletrônicos para


colaboradores e terceirizados, evitando assim questionamentos futuros na área
trabalhista.

3.4 Departamento Suporte Administrativo

Atualmente o setor suporte administrativo está dividido nos respectivos setores:


suprimentos, manutenção e conservação, compras, TI, transportes, condomínio
(recepção, refeitório, segurança e limpeza).

 Atividades desenvolvidas

Responsável por todo procedimento administrativo do grupo Mrh, na qual está


acompanhamento de contratos administrativos, designação de serviços para o pessoal da
tele entrega, pagamentos de despesas de pequenos valores referentes a fundo fixos,
emissão de ordens de pagamentos para o financeiro e outras solicitações que não requer
autorização de coordenador departamental.

 Atividades extras

Atualmente o setor de compras na qual se enquadra o administrativo, desenvolve


as funções de acompanhamento de contrato de locação dos prédios do grupo, na qual
não é sua competência efetuar devido acompanhamento.

 Sugestão

Auditoria Interna: Controle dos contratos de locação dos prédios, efetuar


segregação de funções do setor de compras, na qual o mesmo efetua sua conferência,
acompanhamento do estoque, já que o setor de suprimentos conferi as mercadorias,
entrega os fardamentos e o mesmo conferi no final do mês o estoque atual, o setor de
manutenção não tem cronograma de atividades que irão desempenhar, já que falta
normas internas sobre os procedimentos a serem utilizados, setor de TI não tem
48

cronograma de atividades que irá desempenhar em relação a acompanhamento


permanente em relação a manutenção dos equipamentos eletrônicos, o transporte tem
necessidade do controle de frota para demonstrar devidos gastos.

Controladoria: Através desses procedimentos que a Auditoria Interna poderá


implantar na organização, a Controladoria irá desempenhar suas funções na verificação
e acompanhamento de custos, despesas e controle relacionados aos setores respectivos.

Controle Interno: Sugerir a implantação com urgência de normas e procedimentos


inerentes a cada departamento organizacional bem como sistemas de controle externo,
com podemos citar o controle de frotas.

3.5 Estrutura Corporativa Atual

A Estrutura corporativa atual do Grupo Mrh Ltda está dividida em departamentos,


na qual foi incluída recentemente o comitê RH, Comercial e Orçamentário, todos com
objetivo de verificar e analisar procedimentos e normas que visam o melhor
desempenho da organização tanto interno como externo.

Logo abaixo situa-se as filiais, na qual atualmente são subordinadas pela atriz,
onde a maioria dos procedimentos contábeis, financeiros e comerciais deve ser
respaldada pela matriz, repassando informações na qual as mesmas necessitam para
efetuar alguma operação.

A partir deste organograma atual e trabalho desenvolvido, pretendemos sugerir a


inclusão de novos departamentos na organização, visando maior integridade,
comunicação e controle.
49

Estrutura
Corporativo atual CONSELHO
ACIONISTA

DIRETORIA
EXECUTIVA

COMITÊ
COMITÊ RH
ORÇAMENTÁRIO

COMITÊ COMERCIAL ASSESSORIA JURÍDICA

COORPORATIVO
Ger. Corporativa

FNANCEIRO SUPORTE
CONTABILIDADE PESSOAL
Contas a ADMINISTRATIVO
Pagar e
Suprimentos
Fiscal & Receber Benefícios Condomínio
Tributário Manutenção
Cobrança
Pessoal &
Recepção
Orçamento Faturamento Grupo Conservação
Grupo Refeitório
Contabilidad Pessoal Compras
e Locação Faturamento
Locação Segurança
Locação Ti
Contabilidad
Tesouraria Limpeza
e Mrh Transporte
(Demais)
FILIAIS

MRH NATAL MRH TERESINA MRH JOÃO


PESSOA

FIGURA 5 – Estrutura Corporativa


FONTE: Mrh (2011)
50

3.6 Estrutura Corporativa Sugerida

Abaixo segue estrutura corporativa sugerida a partir do estudo levantado sobre a


importância da Auditoria Interna e Controladoria na organização, verificamos que o
departamento citado em comitê RH, comercial e orçamento, poderiam ser inseridos na
gerência corporativa, na qual ficaria responsabilizado pelos procedimentos e normas
estabelecidos pelos comitês.

Os outros departamentos ficariam em suas determinadas posições, apenas


sugerindo a criação de alguns setores que estão vinculados na sua atividade no momento
ao mesmo departamento, conforme estudo levantado na análise de dados.

Foi incluído nesta nova estrutura, o departamento da Auditoria Interna e


Controladoria, na qual o primeiro ficaria como staff, logo abaixo da Controladoria, na
qual sua importância tem maior relevância na organização.

A partir desta nova estrutura, o Grupo Mrh ficará respaldado por determinados
departamentos que visam maior segurança, integridade e informações confiáveis para
dar continuidade, já que o principal objetivo de uma organização é dar prosseguimento
as suas atividades, sem pensar em nenhum momento em ficar em descontinuidade
organizacional.
51

Estrutura
Corporativo
DIRETORIA
Sugerida ADMINISTRATIVA

CONTROLADORIA

AUDITORIA
INTERNA
ASSESSORIA
JURÍDICA

COORPORATIVO
Ger. Corpoativa

FNANCEIRO SUPORTE
CONTABILIDADE PESSOAL ADMINISTRATIVO
Contas a
Fiscal & Pagar e
Receber Suprimentos Condomínio
Tributário Benefícios
Cobrança Manutenção
Orçamento Pessoal & Recepção
Faturamento Grupo Conservação
Contabilidad Grupo Refeitório
e Locação Faturamento Pessoal
Compras
Locação Locação Segurança
Contabilidad
Tesouraria Ti Limpeza
e Mrh
(Demais) Transporte
FILIAIS

MRH NATAL MRH TERESINA MRH JOÃO


PESSOA

FIGURA 6 – Estrutura Corporativa Sugerida


FONTE: Adaptado do aluno (2011)
52

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O devido trabalho foi elaborado e desenvolvido com o intuito de analisar


primeiramente as contribuições que a Auditoria Interna e Controladoria levam para a
organização e gestores, já no segundo momento sugerir sua implantação, isso visando
maior controle interno e desempenho empresarial.

O trabalho partiu-se de uma busca incessante sobre bibliografias a respeito da


Auditoria Interna e Controladoria, redigindo e citando revisão bibliográfica sobre
conceitos, funções, obrigações, normas, procedimentos, sugestões para implantação de
ambas as ferramentas na organização.

Neste trabalho foi citada a importância desses dois (2) departamentos e/ou setores
na organização, devido sua necessidade de atender e obter melhores controles,
desempenho, isso para obtenção das melhores diretrizes e planos para a empresa
garantir sua continuidade, já que é um dos principais objetivos dos gestores, dentre
outras metas e missões que queira obter no futuro mais próximo.

As funções que a Controladoria desempenha na organização é valiosa entre todos


os quesitos, isto devida sua grande expansão dentro da entidade, haja vista que a mesma
tem e deve ter sincronia departamental entre todos os setores, na qual a função
Controller tem a obrigação de permitir momentos de reflexão e discussão conjunta com
o corpo de gestores sobre a situação atual na qual está vivendo, sugerindo dados e
informações para a tomada de decisão, e como será sua situação futura, na qual
podemos contar também como uma ferramenta muito importante para medição
financeira e não financeira da empresa.

As funções desempenhadas pela Auditoria Interna, tem grande expansão e papel


importantíssimo na entidade, isso devido também sua abrangência com que se expande
na empresa, assessorando de forma eficiente a organização em relação aos
procedimentos internos inerentes a ela e principalmente tentando evitar irregularidades,
já que ultimamente verificamos grande quantidade de colaboradores que tentam
verificar a fragilidade do sistema para obter vantagens, sejam pessoal ou profissional.

O trabalho de Auditoria é de grande importância, quando realizado com


competência e seriedade, contribuindo mais uma vez para continuidade da entidade, que
também visa maior credibilidade da Contabilidade, como citado no referencial teórico,
53

auxiliando com informações seguras e controles internos eficazes para a Auditoria


Externa emitir seu parecer sem ressalva, na qual qualquer organização deseja obter.

Ao analisarmos todos os benefícios que a Auditoria Interna e Controladoria levam


para a entidade, concluem-se que é de fundamental importância e relevância a criação
destes dois departamentos e/ou setores na organização, visando sua integridade, maior
confiabilidade das informações, controle interno e garantindo maior credibilidade no
mercado, trazendo benefícios para os proprietários e também para os colaboradores, na
qual também sua participação é honrosa para o desempenho da organização.

Para o Grupo Mrh na qual esta sendo efetuado o devido estudo, verifica-se a
necessidade de maior controle interno das operações ali elencadas para cada
departamento, sempre observando as normas legais aplicáveis ao setor de Auditoria
Interna e Controladoria.
54

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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aula – Aplicáveis à área governamental e aos programas de concursos públicos.
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BUEREN, Ilse Maria. O papel da controladoria no processo de gestão. IN


SCHMIDT, Paulo (org). Controladoria: agregando valor para a empresa: Bookman,
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contabilidade. 3. ed.São Paulo: Atlas,2006.

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CATELLI, A. Controladoria: uma abordagem da gestão econômica - GECON. 2.


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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI. 3. ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

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controle de gestão das empresas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

NASCIMENTO, Auster Moreira; REGINATO, Luciane: Controladoria: instrumento


de apoio ao processo decisório. 1. ed.São Paulo: Atlas,2010.

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PADOVESE, Clóvis Luís. Controladoria: estratégica operacional: conceitos,


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estrutura e aplicação. São Paulo: Thompson Learning, 2003.

SÁ, A. L. de. Curso de Auditoria. 1. ed.São Paulo: Atlas, 1998.


55

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em: 20 de out.2011

MACHADO, Michele Rilane Rodrigues; MACHADO, Lúcio de Souza; DOS


SANTOS, Eduardo José. A atuação da Controladoria em uma empresa de médio
porte: um estudo de caso. Finanças, Brasília, v.1, n.1, 1997. Disponível
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PIMPINATO, Ana Paula. Quais as contribuições da controladoria para o processo


de planejamento estratégico, Piracicaba: Faculdade de Gestão de Negócios, 2010. 53
p. (Monografia).

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