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Arco Elétrico (Flash Over)
O meio ambiente, contendo partículas condutoras em suspensão, resultante da poluição
provocada pelos processos industriais e pela névoa salina oriunda da arrebentação das ondas
marítimas, favorece extremamente o surgimento de um arco entre o terminal energizado e a
blindagem do condutor, danificando, em consequência, a isolação.
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Fenômeno Tracking
Um outro fenômeno nocivo à isolação dos cabos é a circulação de correntes através da sua
superfície, na região compreendida entre o material condutor e a blindagem. Este fenômeno é
favorecido pela natureza dos poluentes na atmosfera e resulta na queima da isolação, formando
inúmeros caminhos em forma arborescente. É conhecido como tracking e a sua gravidade está
relacionada também com o tipo de isolamento utilizado.
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Mufla Terminal Singela
Vista Externa Vista Interna
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Terminação Termocontrátil (Raychem)
• Substitui as tradicionais, que são as de porcelanas;
• Boa elasticidade térmica;
• Resistentes ao calor (Temperatura de Fusão entre 50°C e 100°C);
• Contém aditivos como: antioxidantes, retardantes de chamas, estabilizantes contra raios UV etc.
Vista Externa Vista Interna
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Terminação Termocontrátil Tripolar
Terminal Tripolar Terminal na Caixa de Entrada do Equipamento
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Aplicação de Muflas Terminais
Inicialmente será explanada a confecção de mufla terminal
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Aplicação de Muflas Terminais
b) Execução da terminação
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Aplicação de Muflas Terminais
b) Execução da terminação
b5) aplicar sobre o cone de deflexão uma camada de fita
semicondutora a partir de sua base até atingir a blindagem
do cabo;
b6) aplicar sobre a fita semicondutora a fita de blindagem, a
uma determinada distância da base do cone de deflexão e
conectando a sua outra extremidade à cordoalha de
aterramento;
b7) dobrar sobre a blindagem eletrostática parte da camada
semicondutora;
b8) aplicar sobre a parte enfaixada do cone de deflexão
uma camada de fita isolante;
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Aplicação de Muflas Terminais
b) Execução da terminação
b9) aplicar um número especificado de
camadas de fita de autofusão sobre toda a parte
enfaixada do cabo, desde a superfície da
isolação até a capa externa de proteção;
b10) envolver toda a superfície da terminação
com um determinado número de camadas de
fita isolante.
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Aplicação de Muflas Terminais
c) Montagem da mufla
c1) introduzir no interior do corpo de
porcelana vitrificada a terminação
anteriormente preparada;
c2) preencher com resina epóxi os espaços
vazios do interior do corpo de porcelana;
c3) ligar ao terminal terra do corpo de
porcelana a blindagem eletrostática.
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Aplicação de Terminais Termocontráteis
• As terminações termocontráteis não devem ser utilizadas em ambientes de
elevada poluição.
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Aplicação de Terminais Termocontráteis
Aplicação de Terminais Termocontráteis
A execução de uma terminação termocontrátil envolve uma quantidade de passos bem
menor e uma simplicidade de trabalho característica deste material, ou seja:
• preparar o cabo da mesma maneira mencionada nos passos al-a2-a3-a4;
• aplicar o tubo de controle de campo elétrico que envolve parte da blindagem eletrostática;
• aplicar calor sobre o tubo de controle de campo elétrico, através de maçarico;
• envolver as extremidades da terminação de uma camada de fita adesiva;
• colocar sobre a terminação o tubo isolante e depois aplicar calor sobre o tubo isolante;
• aplicar a quantidade necessária de saias, contidas no kit. Que possuem a função de
aumentar a distância de escoamento da corrente de fuga.
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Aplicação de Terminais Termocontráteis
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Aplicação de Terminações a Frio
• O cabo deve ser preparado de forma
semelhante ao que já foi descrito.
• Para aplicar, por exemplo, o tubo defletor
sobre a isolação do cabo basta retirar a fita
plástica espiralada instalada no interior do
referido tubo. De forma natural, o tubo se
contrai sobre a isolação do cabo aderindo
uniformemente a esta.
• É de aplicação rápida e não utiliza nenhum
artifício externo.
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Aplicação de Muflas em Ambientes Poluídos
• Quando as muflas são utilizadas em atmosferas com alta poluição marítima ou
industrial, é necessário utilizar o corpo de porcelana com uma distância de
escoamento superior àquela normalmente empregada em ambientes comuns.
• Este procedimento dificulta a formação de centelhamento entre o ponto de
conexão da mufla com o sistema e o seu ponto de fixação ou o seu próprio
terminal de aterramento.
• Quanto maior a distância de escoamento, maior é o tempo necessário para se fazer
à limpeza da mufla.
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Ensaios
O fabricante deve ensaiar as terminações em suas instalações na
presença do inspetor do comprador. Os ensaios compreendem:
• aspectos construtivos e visuais;
• ensaios no isolador ;
• ensaios nos elementos componentes do kit.
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Ensaios
Tipos de ensaios
• Ensaios Térmicos
• Ensaios Físico-Químicos
• Ensaio de Névoa Salina: O ensaio de névoa salina tem como objetivo medir
a variação da corrente de fuga de terminações externas operando em ambientes
com névoa salina.
• Ensaio de Hidrofobicidade: hidrofobicidade é uma propriedade dos materiais
que refere à capacidade em repelir água evitando que ocorra formação de
zonas molhadas na sua superfície. Proporcionando a supressão da corrente de
fuga superficial e aumento da suportabilidade a descargas disruptivas.
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Ensaios
Tipos de ensaios
• Ensaios Elétricos
• Ensaio de Fator de Dissipação: O fator de dissipação fornece indicações de
perdas no dielétrico.
• Ensaios Mecânicos.
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Especificação Sumária
Para se especificar corretamente uma mufla ou terminação, é necessário
estabelecer os seguintes parâmetros:
• tensão nominal;
• tensão máxima de operação;
• tensão suportável de impulso;
• tensão suportável a seco durante 1 minuto;
• tensão suportável sob chuva, durante 10 segundos;
• características técnicas e dimensionais do cabo;
• nível de isolamento: 100% - para sistemas com neutro ligado à terra e 133% para
sistemas com neutro isolado;
• material do condutor: cobre ou alumínio;
• tipo do encordoamento.
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Bibliografia Consultada
• FILHO, João Mamede;Manual de Equipamentos Elétricos. 3a. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005.
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