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Viver como um vampiro é viver com horror.

Sempre de cócoras no ombro de alguém como o demônio de um feiticeiro é o


conhecimento da Fome.
E sempre, sempre, aproxima-se. Às vezes lentamente e subrepticiamente, às vezes
com muita pressa, mas sempre vorazmente.
A Fome nunca pode ser completamente satisfeita.

Fome, nós a chamamos, ainda que o termo seja lamentavelmente inadequado.


Os mortais conhecem a fome, até mesmo a desnutrição, mas isso não é nada.
A Fome substitui todas as necessidades – comida, bebida, sexo, segurança – e é
mais atraente do que todos eles juntos.

Mais do que uma direção, é uma ânsia, uma droga, daquelas que você já nasce
com uma terrível adição.
No beber o sangue repousa não somente nossa sobrevivência, mas também um
prazer além de qualquer descrição.
A Fome é um êxtase físico, mental e espiritual que lança todos os prazeres da vida
mortal na sombra.

Ser um vampiro é estar preso pela Fome.


A Besta só pode ser mantida subjugada pelo maior esforço da vontade; negar a
Fome enfurece a Besta, até que nada mais possa mantê-la sob controle.

Assim, devemos cometer atos monstruosos para nos determos de tornarmos


monstros. Esse é o Enigma.
Monstros nós somos, para que não nos tornemos monstros.

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