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ENERGIAS

Disciplina Nutrição de animais monogástricos


Profa. Me. Paula Duarte Garcia Wajnsztejn

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Avaliação energética
 Unidade

– Caloria (Cal)

 Quantidade de calor usado para elevar 1ºC de 1


grama de água

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Formas de energia
 Avaliação por Partição Biológica

– Energia bruta (EB)


– Energia digestível (ED)
– Energia metabolizável (EM)
– Energia líquida (EL)

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Formas de energia
 EB

– Caloria total do alimento

– Calor proveniente da queima do alimento –


bomba calorimétrica

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Formas de energia
 ED

– EB não é totalmente aproveitada, uma parte é


perdida nas fezes

ED = EB – energia fezes

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Formas de energia
 EM

– ED menos as perdas nos gases e urinas


– Monogástricos (aves e suínos) desconsiderar
perdas nos gases – insignificante

EM = ED – energia urina

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Formas de energia
 EL

– EM menos as perdas sob a forma de


incremento calórico – digestão dos alimentos
– 2 formas
 Mantença (ELm) – metabolismo basal, regulação
térmica
 Produção (ELp) – produção

EL = EM - IC
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ELm
EL
EM ELp
ED IC
Gases e
EB
urina
fezes

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ADITIVOS

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OBJETIVOS DO USO
Para garantir que os nutrientes ingeridos sejam
digeridos e protegidos da destruição, absorvidos e
transportados para as células do organismo, costuma-
se incluir determinados aditivos não nutritivos na
formulação das rações.

Melhorar a qualidade da alimentação animal


Melhorar a qualidade dos produtos de origem animal
Melhorar a performance e a saúde animal
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Codex Alimentarius (2004)
grupo intergovernamental
Microelementos
Normativa 13 30/11/2004

 Aditivos sensoriais
– qualquer substância adicionada ao produto para
melhorar ou modificar as propriedades organolépticas
destes ou as características visuais dos produtos
 Aditivos tecnológicos
– qualquer substância adicionada ao produto destinado à
alimentação animal com fins tecnológicos
 Aditivos zootécnicos
– toda substância utilizada para influir positivamente na
melhoria do desempenho dos animais
 Aditivos nutricionais ou suplementos
– toda substância utilizada para manter ou melhorar as
propriedades nutricionais do produto 12
Classificação
- Flavorizantes - Promotores de crescimento
- Corantes - Antibióticos
- Adsorventes - Enzimas sintéticas
- Aglutinantes - Anticoccidianos
- Conservantes - Probióticos
- Antifúngicos - Prebióticos
- Antioxidantes
- Acidificantes
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SENSORIAS

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FLAVORIZANTES
= AROMATIZANTES E PALATABILIZANTES

 Os aromatizantes são substâncias que conferem aroma

 Os palatabilizantes são substâncias que modificam o


paladar dos produtos destinado à alimentação animal,
melhorando a sua aceitação e, consequentemente,
estimulando seu consumo.

 A maioria das pesquisas sugere que o uso desses


microingredientes promove benefícios limitados a não
ser quando o objetivo é mascarar odores e sabores
indesejáveis. 15
FLAVORIZANTES
 Os principais aromatizantes e sua destinação nas rações são os seguintes:

– Alho – cães e gatos;


– Anis – suínos, bovinos, ovinos e misturas minerais;
– Bacon – cães e gatos;
– Baunilha – equinos;
– Carne – cães e gatos;
– Caramelo – bovinos;
– Cebola – cães;
– Chocolate – suínos;
– Fígado – cães;
– Leite – suínos, cães, sucedâneos do leite;
– Maçã – animais de laboratório, tais como macacos, ratos, cobaias,
coelhos e hamsters;
– Melaço – bovinos, misturas minerais;
– Morango – suínos;
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– Queijo – suínos e cães;
CORANTES

 Conferir ou intensificar cor de produtos destinados

à alimentação animal

 Carophyll-amarelo e vermelho – frango de corte e

poedeiras

 Citranaxantina Carotenóides
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TECNOLÓGICOS

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CONSERVANTE

 Finalidade:

– inibir ou controlar o crescimento bacteriano


em ingredientes e rações.

– Antimicrobianos

– Ácido propiônico
usados
– Formaldeído
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ADSORVENTES
Não absorvidos no TGI

Ligação química – micotoxinas

Desativa e transporta (TGI)  excreção

 Aluminosilicatos
usados
 Mananoligossacarídeos
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ANTIFÚNGICOS

 Previne ou elimina - matérias primas e rações

– Possível ocorrência de micotoxinas

 Ácido propiônico
 Propionato de cálcio matéria prima
 Violeta de genciana matéria prima e ração

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AGLUTINANTES
= Aglomerantes

 Naturais ou artificiais

– Auxiliam e melhoram - peletização:

 maior produtividade

 aumento da qualidade

 durabilidade dos pelets


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AGLUTINANTES

 Bentonita (argila natural)

 Polimetilolcarbamida
USADOS
 Lignosulfonato

 Proteína isolada

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ANTIOXIDANTES

 Preservar, retarda deterioração, rancificação e

perda de cor óleos e gorduras

 Processamento dos alimentos acelera oxidação

 Naturais: vit. E e Se

 Sintéticos: BHT, BHA e etoxiquim


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ZOOTÉCNICOS

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ANTICOCCIDIANO
 Previnir o aparecimento de coccidiose
 Produção de aves, suínos

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ANTICOCCIDIANO
 Classificação

– Ionóforos: provocam desequilíbrio osmótico das eimérias,


qua causa maior perda de energia na bomba sódio
potássio, e assim resultando na sua vacuolização. Eles
geralmente agem no início do ciclo de vida das eimérias, e
podem ser: coccidicidas e/ou coccidiostáticos;

– Químicos: atuam em diversos pontos do metabolismo das


eimérias, e também em diferentes fases da sua vida,
podendo ser: coccidicidas e/ou coccidiostáticos;

– Associações
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ANTICOCCIDIANO
 Arpinocid – não poedeiras
 Buquinolato
 Clopidol
 Diclazuril
 Halofunginona
 Lasalocide
 Monensina – não poedeiras, retirar 72 h antes do abate
 Nicarbazina – não poedeiras
 Primicina amônio
 Salinomicina
 Zoalene
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PROMOTORES DE CRESCIMENTO

 Antibióticos
– compostos produzidos por bactérias e fungos
que inibem o crescimento de outros
microrganismos.

 Quimioterápicos (síntese química)


– produtos quimicamente sintetizados para inibir
o crescimento de certos microrganismos

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PROMOTORES DE CRESCIMENTO

 ANTIBIÓTICOS

– Indústria de alimentação animal

 Desempenho (GP, EA);

 Profilaxia de doenças;

 Terapia para doenças

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PROMOTORES DE CRESCIMENTO

– Exigências para o uso:

 Melhorar desempenho (efetivo e econômico);

 Baixas dosagens, espectro de ação reduzido

 Não uso na terapêutica humana ou veterinária;

 Não apresentar resistência cruzada (outros antimicrob.);

 Permitir a manutenção do equilíbrio da flora TGI (normal)


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PROMOTORES DE CRESCIMENTO
– Bacteriostáticos:

 bloqueiam a reprodução

 facilita destruição (defesa orgânica)

– Bactericidas:

 matam os agentes patogênicos (danos anatômicos

irreversíveis)
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PROMOTORES DE CRESCIMENTO

RESTRIÇÕES NO BRASIL

 Decisões apoiadas no Codex alimentarius (FAO/WHO)

– Limites Mínimos de Resíduos

– Prazos de carência dos promotores nas rações

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PROMOTORES DE CRESCIMENTO

 Por que proibir nas rações animais?

– Preocupação  resistência bacteriana

– Exigência do consumidor

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ENZIMAS
 DEFINIÇÃO:

– Bioquímica:
 Proteínas especializadas
 Funcionam acelerando reações químicas (catalizadores)
 Não devem alterar a constante de equilíbrio da reação
 Não devem alterar os produtos dessa mesma reação

– Atividade dependente:
 Temperatura, pH, umidade,
 Presença de coenzimas e inibidores
 Da própria concentração 35
ENZIMAS EXÓGENAS

 Suplementar atividade das enzimas endógenas

– Favorecer a digestão e absorção de nutrientes dos

alimentos

– Propiciar ações não realizadas por enzimas

autóctones
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Enzimas
 a - Amilase: É uma enzima que atua sobre o amido
presente nos cereais, degradando os em carboidratos
mais simples e de digestão mais rápida pelos animais.

 Proteases: São enzimas que atuam sobre as proteínas


degradando-as em peptídeos mais simples e
aminoácidos.

 Pectinases: São enzimas que atuam sobre as pectinas


presentes nos alimentos vegetais degradando-os em
carboidratos mais simples e de fácil digestão.

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 Carboidrases

– Xilanase e a Glucanase

 Produzidas por fungos do gênero Aspergillus

 Têm sido usadas para hidrolizar PNA

 Aumentam a digestibilidade de alimentos:

– cevada, trigo, centeio ,aveia e triticale.


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 Fitase

– Problema ambiental
 Melhora a disponibilidade - P (vegetal)

 Em dietas com baixo P disponível

 Reduz a suplementação P

 Redução de 20 a 30% do P fecal

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ACIDIFICANTES

 ácidos orgânicos ou inorgânicos (fracos)

 reduzir o pH do trato digestivo

– facilitar a digestão

– controlar a flora microbiano

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ACIDIFICANTES

- Ácido Fórmico - Ác.Málico

- Ác. Acético - Ác. Sórbico

- Ác. Propiônico - Ác. Tartárico

- Ác. Lático - Ác. Fumárico

- Ác. Cítrico
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PROBIÓTICOS
Definição:
 Microrganismos vivos  benefícios à flora intestinal

– Melhora o equilíbrio microbiano do intestino

 Microrganismos (ingeridos) com efeitos benéficos na saúde

 Mais conhecidas bactérias com tal função:

– Bifidobacterium e Lactobacillus

 **Lactobacillus acidophillus
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PROBIÓTICOS
Ação:

 Colonizam o novo ambiente


 Melhora balanço microbiota intestinal
– Produção de enzimas digestivas

 Competição - Antagonismo

 Estimulo a imunidade da mucosa


– Proteção contra toxinas pré-formadas (outros organismos)

 Vantagem:
– não são tóxicos
– não induzem a resistência microbiológica
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PROBIÓTICOS

 Requisitos - Microrganismos:
– Sobreviver às condições adversas do TGI

– Capacidade antagonista às bactérias intestinais indesejáveis

– Viável e estável durante a estocagem

 Propriedades desejáveis:
– Estocado e com sua viabilidade mantida até o momento do uso

– Condições de permanecer no ecossistema intestinal

– Hospedeiro animal seja beneficiado pelo uso


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Prebióticos

 Ingredientes alimentares não digeríveis pelo animal


– Por ação endógena

 Estímulo seletivo ao crescimento e ou atividade de um


número limitado de bactérias no intestino

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Prebióticos

 Características:

– Não hidrolisável ou absorvível no TGI

– Substrato para um ou mais tipos de bactérias intestinais benéficas

– Estimular bactérias probióticas crescerem e ou tornarem


metabolicamente ativas

– Alterar a microbiota em favor do animal

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Prebióticos
 Funções:

– Ajuda na manutenção da flora intestinal

– Estimula a motilidade intestinal (trânsito intestinal)

– Contribui com a consistência normal das fezes

 Previne diarréia e constipação intestinal

 Alteram a microflora colônica por uma microflora saudável


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Prebióticos

 Exemplos:
– Frutooligosacarídeos (FOS)

– Manoligossacarídeos (MOS)

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SIMBIÓTICOS
 O conceito de simbiótico alia o
fornecimento de microrganismos
probióticos juntamente com substâncias
prebióticas específicas que estimulem seu
desenvolvimento e atividade,
potencializando o efeito de ambos os
produtos.

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Aditivos

"É perfeitamente aceitável que os alimentos de


origem animal contenham resíduos de aditivos. A
própria Organização Mundial da Saúde reconhece
essa possibilidade. Mas a OMS também determina
os patamares desta presença. Se os resíduos
estiverem em proporção menor que os níveis de
segurança identificados pela OMS, não haverá
problema para a saúde humana"

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